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  • AFP
    17/04/2011

    EUA mudam horário dos controladores aéreos, para acabar com cochilos
    De Jean-Louis Santini

    WASHINGTON — Os Estados Unidos, país com o maior tráfego aéreo do mundo, anunciaram neste domingo a reorganização dos horários dos controladores de tráfego aéreo, depois que vários deles cochilaram durante o trabalho nas últimas semanas.

    "Aplicaremos tolerância zero em relação a dormir no trabalho", disse o secretário de Transporte, Ray LaHood, em uma declaração na qual anunciou mudanças no regime de trabalho. "A segurança é nossa principal prioridade", acrescentou.

    "Esperamos que os controladores venham ao trabalho descansados e prontos para trabalhar, e que assumam pessoalmente a responsabilidade pela segurança", acrescentou LaHood, ao anunciar as novas medidas que entrarão em vigor durante a semana.

    "As investigações realizadas mostram que dar aos funcionários a possibilidade de descansar mais uma hora (...) pode melhorar seu desempenho no trabalho e reduzir seu potencial de fadiga", declarou, por sua vez, Randy Babbitt, diretor da Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA).

    Nas últimas semanas, foram divulgados seis casos de controladores que adormeceram em seu horário de trabalho. Três destes casos foram registrados na segunda-feira.

    Os controladores dormiam enquanto os aviões sobrevoavam a região aguardando autorização para pousar, como foi reportado. Em alguns casos, os aviões aterrissaram sem receber instruções da torre de controle.

    No futuro, os cerca de 15 mil controladores de tráfego aéreo americanos deverão ter ao menos nove horas de descanso entre dois turnos de serviço, em vez de oito. Esta norma também será recomendada para os pilotos, disse La Hodd à rede de televisão Fox.

    Os controladores tampouco poderão trocar horários, a não ser que isso não afete o descanso de pelo menos nove horas.

    Os dirigentes da FAA também terão que reorganizar seus horários de trabalho, de modo a garantir sua presença em todos os turnos de controle.

    O diretor da FAA e o presidente da Associação Nacional americana de Controladores de Tráfego Aéreo (NATCA), Paul Rinaldi, realizarão a partir de segunda-feira um giro pelos principais aeroportos do país para se reunir com os controladores.

    Além da reorganização dos horários de trabalho, as autoridades federais preveem um programa de formação para sensibilizar os controladores sobre os ricos da fadiga, algo que devem aprender a evitar.

    Além disso, a FAA submeterá os controladores a uma prova independente de sua formação e qualificações, para garantir que eles têm uma preparação adequada.

    A Agência americana de segurança no transporte (NTSB) havia publicado em 2007 um documento recomendando à FAA e aos controladores de tráfego aéreo a modificação dos horários de trabalho.

    "Percebemos que a NTSB provavelmente tinha razão", disse neste domingo LaHood, que rejeitou a ideia de que os controladores possam ter sestas, como recomendaram alguns cientistas e como ocorre no Canadá e na Europa.

     

     

    Diario do Nordeste
    17/04/2011

    Aéreas são lentas na resolução de problemas

    Mesmo após mais de dois anos da aprovação da chamada Lei do SAC, que regula o serviço de atendimento ao consumidor por telefone, a principal falha das companhias aéreas ainda é o atendimento às queixas dos passageiros. Esse problema resultou na pior nota de avaliação de sete das 14 empresas reclamadas no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    O acesso ao canal de reclamação é, muitas vezes, facilitado, porém a resolução do problema não é tão fácil assim. "Consegui registrar minha queixa com facilidade e a empresa até se manifestou rapidamente, mas de forma burocrática e não respondeu a minha pergunta", reclama o advogado José Barros, que teve dificuldade em usar as milhas acumuladas no programa de fidelidade da TAM.

    Alta demanda

    "Existe um público diferenciado utilizando o serviço aéreo, em decorrência da melhora da renda e tarifas aéreas mais baratas. Nós não sentimos uma mudança que pudesse atender o aumento da procura", analisa a técnica do Procon-SP, Solange Silva. Entre as companhias que tiveram como nota mínima o atendimento ao passageiro estão a Puma Air (7,74), Avianca (6,53), Azul (5,76), Webjet (4,47) e TAM (4,15).

    O Espaço do Passageiro - sessão do site da Anac - serve para que os consumidores opinem sobre os serviços das companhias. Porém, a Anac não utiliza os dados como parâmetro para pesquisas e fiscalizações. Segundo a Agência, ainda não há uma portaria para regulamentar a ouvidoria das aéreas, que são submetidas ao Código de Defesa de Consumidor (CDC). Assim, os passageiros descontentes com o SAC podem registrar queixa com a agência, mas quem pode estabelecer multas e fiscalizar o são órgãos como o Procon.

     

     


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