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  • Valor Econômico
    26/06/2012

    Gol pretende fechar 2,5 mil postos de trabalho

    A Gol, segunda maior companhia aérea do Brasil, pretende fechar 2,5 mil postos de trabalho a fim de voltar à rentabilidade, disse seu diretor financeiro, Leonardo Pereira. A empresa está demitindo funcionários e deixará de substituir os que deixam a companhia, disse Pereira em entrevista concedida ontem na sede da Bloomberg em Nova York.

    A companhia acumula a dispensa de 900 funcionários desde janeiro, a maior parte de pilotos e comissários. A Gol prevê encerrar 2012 com 138 aviões, em relação aos 150 com que iniciou o ano.

    A desaceleração do crescimento da economia brasileira, a desvalorização cambial e a incapacidade de elevar os preços em meio ao acirramento da competição alimentaram os prejuízos contabilizados pela empresa em três dos últimos quatro trimestres, segundo dados reunidos pela Bloomberg. A Gol mais do que duplicou sua capacidade nos últimos cinco anos, com a disparada do crescimento brasileiro.

    "Muito provavelmente" a empresa encerrará o ano com menos de 18 mil funcionários, disse Pereira. "Isso decorrerá da não contratação de pessoas, da não abertura de novas vagas. Estamos muito atentos aos custos."

    As ações da empresa despencaram 47% nos últimos 12 meses, comparativamente à queda de 12% contabilizada pelo índice Bovespa. Os rendimentos dos bônus referenciais da empresa em dólar com vencimento em 2020 dispararam 326 pontos-base nos últimos três meses, para 12,17%, segundo dados da Bloomberg.

    A economia brasileira deverá crescer 2,18% este ano, em relação aos 2,7% de 2011, segundo a mediana das estimativas de 100 economistas ouvidos pelo Banco Central. A moeda do país perdeu quase 12% de seu valor neste trimestre, o maior recuo na cesta de 16 moedas mais negociadas monitoradas pela Bloomberg. Cerca de 55% dos custos da Gol, como combustível e arrendamento de aviões, têm preços fixados em dólar, enquanto a maioria dos recebíveis está denominada em reais.

    A companhia aérea anunciou no dia 18 que seu principal executivo, Constantino de Oliveira Jr., está deixando o cargo, e que Paulo Kakinoff, o diretor da Audi Brasil, se prepara para assumir o posto em 2 de julho. Constantino, maior acionista individual da companhia, vai atuar como presidente do conselho de administração.

    "Fizemos um tremendo exercício na empresa em termos de adaptar a estrutura de custos", disse Pereira. "Quando se tem um cenário em que se tem um real mais fraco ou custos mais altos com combustível, é necessário ter uma operação mais enxuta. Estamos altamente empenhados em cortar os custos fixos."

     

     

    Valor Econômico
    26/06/2012

    Novo presidente da Airbus rebate dúvidas sobre o futuro do A350
    Andrew Parker | Financial Times, de Londres

    O novo executivo-chefe da Airbus, Fabrice Brégier, está disposto a "apostar" que o jato de passageiros A350 de fuselagem larga da fabricante europeia de aviões não sofrerá os mesmos atrasos de três anos da Boeing com seu 787 Dreamliner. Em sua primeira entrevista desde que assumiu o principal cargo na Airbus, em 1º de junho, Brégier disse acreditar que a empresa poderá cumprir a meta, que já passou por revisões, de entregar o A350 para seu primeiro cliente no primeiro semestre de 2014. O executivo-chefe descreveu o cronograma como "desafiador", mas "alcançável".

    Os acionistas da EADS, grupo que controla a Airbus, estão preocupados com a possibilidade de graves atrasos no A350, depois dos sérios problemas de produção e atrasos com o superjumbo A380 da mesma companhia.

    Os problemas com o modelo foram um grande transtorno para os lucros da Airbus e, consequentemente, da EADS, sendo que o programa do superjumbo apenas deixará de ser deficitário e passará a igualar despesas e receitas em 2015.

    O programa do A350 já passou por dois adiamentos, com a data de entrega do primeiro A350 passando de meados de 2013 para possivelmente meados de 2014, em parte, por problemas com fornecedores de peças.

    Perguntado se poderia tranquilizar os investidores de que o A350 não sofreria os mesmos três anos de atrasos do 787 de fuselagem larga da Boeing antes de ser entregue a seu primeiro cliente, Brégier disse ao "Financial Times" estar "disposto a fazer essa aposta [de que não haveria atraso de três anos]."

    "Vamos colocar desta forma, [a Airbus se sairá] melhor com o A350 do que o consenso do mercado acredita", acrescentou.

    Em seu cargo anterior, como diretor operacional da Airbus, Brégier estava encarregado do programa do A350, superior a €10 bilhões. Como executivo-chefe, manterá essa responsabilidade.

    A Boeing enfrentou longos atrasos com o 787, em parte, porque promoveu um grande salto tecnológico. Ao em vez de usar uma liga de alumínio, a companhia produziu a aeronave essencialmente com uma espécie de plástico reforçado por fibra de carbono. O material é mais leve que o alumínio e, portanto, traz economia significativa no consumo de combustível.

    Com o A350, a Airbus embarca em um salto tecnológico semelhante, com cerca de 53% do avião sendo feito de fibra de carbono.

    O programa do 787 da Boeing também teve dificuldades por problemas com os fornecedores. As complicações da Airbus com fornecedores de componentes do A350 também influenciaram o anúncio da EADS, em novembro, de que a data de "entrada em operação" do modelo poderia ser adiada para meados de 2014.

    Brégier reiterou que Airbus está bem posicionada para aumentar os lucros e dar uma maior contribuição aos resultados da EADS, escorada no aumento da produção de aeronaves.

     

     

    O Estado de São Paulo
    26/06/2012

    Ministério Público entra com ação na Justiça contra TAM e Anac
    MPF-DF calculou que a indenização por atrasos que afetaram cerca de 80 mil passageiros pode chegar a R$ 63,684 milhões
    Anne Warth e Eduardo Rodrigues

    BRASÍLIA - O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) entrou com ação na 20ª Vara Federal do DF contra a TAM e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para cobrar fiscalização da agência reguladora e indenização aos passageiros prejudicados pela empresa aérea por atrasos e cancelamentos em voos entre os dias 28 e 30 de novembro de 2010. No período, a TAM registrou 266 cancelamentos e 200 atrasos, que afetaram cerca de 80 mil passageiros. O MPF-DF calculou que a indenização a ser paga pela TAM pode chegar a R$ 63,684 milhões.

    Segundo o MPF-DF, a TAM alegou que os transtornos foram causados por condições meteorológicas adversas que obrigaram a companhia a remanejar tripulações. A empresa aérea, porém, não comprovou ter prestado a assistência devida aos consumidores lesados. Na época, 340 reclamações foram registradas no site da Anac.

    "Nem à Anac nem ao Ministério Público foram apresentados quaisquer comprovantes ou notas fiscais referentes a reacomodação de passageiros, reembolso de valores pagos, alimentação, traslados a hotéis, hospedagem e facilidades de comunicação, entre outros serviços de assistência aos passageiros", afirma o MPF.

    Quanto à Anac, o MPF-DF afirma que não foram registradas sanções efetivas aplicadas pela agência reguladora à empresa aérea. Segundo o MPF-DF, Anac e TAM foram negligentes com suas obrigações. "A omissão da Anac na fiscalização do setor e a morosidade da agência na análise dos procedimentos que poderão redundar a punição das infrações cometidas precisam ser exemplarmente combatidas pelo Poder Judiciário, sob pena de instalar-se no País o 'caos' aéreo permanente", diz a nota.

    Na ação, o MPF-DF pede à Justiça que a Anac passe a exigir comprovação documental da assistência prestada aos usuários em atrasos e cancelamentos e publique em seu site a relação das punições aplicadas às empresas aéreas. O MPF-DF também cobra indenização por danos morais aos usuários afetados. A soma, de R$ 63,684 milhões, considera o valor de R$ 500 a cada consumidor que sofreu com atrasos e R$ 1 mil para aqueles que tiveram o voo cancelado.

    A TAM afirmou que se manifestará nos autos do processo. Já a Anac informou que ainda não foi notificada.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/06/2012

    Voo atrasado por causa de neblina pode gerar multas
    Fiscais vão a aeroporto em dia de nevoeiro e apontam mau atendimento - Congonhas teve atraso de mais de meia hora em 67,6% do total de decolagens; TAM e Gol foram notificadas

    O forte nevoeiro que atingiu a cidade de São Paulo ontem parou o aeroporto de Congonhas, afetou passageiros e mobilizou o Procon. Segundo meteorologistas, novos nevoeiros podem voltar a ocorrer hoje e amanhã. Em Congonhas, até o início da noite de ontem, 123 voos tiveram atraso de mais de meia hora -67,6% do total. Além disso, 43 voos, quase um quarto dos previstos, foram cancelados.

    De manhã, o aeroporto ficou fechado para pousos por quase quatro horas. Foram desviadas 14 aeronaves.

    No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, pousos e decolagens ocorriam com auxílio de instrumentos. Até as 18h, 17,7% dos voos domésticos e 11,5% dos internacionais haviam tido atraso.

    O Procon de São Paulo fez uma fiscalização no aeroporto de Congonhas, das 8h às 12h. Segundo o órgão, Gol e TAM -as duas empresas que operavam no horário- não prestaram atendimento adequado aos passageiros.

    REGRAS

    Segundo a norma vigente, mesmo por causa do mau tempo as empresas precisam dar informação sobre os motivos do atraso.

    Quando o atraso extrapolar uma hora, as empresas aéreas devem também oferecer telefone e internet para os passageiros.

    Se passar de duas horas, devem fornecer alimentação. Com mais de quatro horas ou em caso de cancelamento, devem pagar o transporte do passageiro até sua casa ou hospedá-lo em um hotel.

    NOTIFICAÇÃO

    As duas empresas foram notificadas e têm até amanhã para responder. Se as infrações forem confirmadas, elas podem ser multadas em até R$ 6 milhões.

    As empresas Gol e TAM disseram que se manifestarão dentro do prazo estipulado pelo Procon.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/06/2012

    Gol deve demitir mais 1.500 até o fim deste ano, afirma diretor
    Empresa, que registrou prejuízo de R$ 710 mi em 2011, já cortara mil

    A reestruturação na Gol vai levar a um enxugamento de 2.500 vagas, o dobro do que que havia sido anunciado até dois meses atrás. A informação é do diretor financeiro da Gol, Leonardo Pereira, em entrevista à agência Bloomberg em Nova York. Desde o início do ano, a Gol demitiu mais de mil funcionários. Segundo Pereira, o número inclui, além das demissões, desligamentos voluntários e congelamentos de vagas.

    A companhia planeja encerrar o ano com menos de 18 mil trabalhadores, ante 20,5 mil no fim de 2011.

    O plano de reestruturação e corte de custos inclui também redução, já anunciada, de 20% na malha de voos.

    A Gol teve prejuízo de R$ 710 milhões no ano passado, em meio a um cenário de redução da demanda e aumento de custos por conta de câmbio e da alta do preço do petróleo.

     

     

    Folha de São Paulo
    26/06/2012

    Empresas aéreas menores ganham mercado
    Avianca, Trip e Azul apresentam crescimento de até 83%, mas TAM e Gol ainda têm fatia de 72%
    JULIA BORBA

    Avianca, Trip e Azul se destacaram, em maio, como as empresas que mais conquistaram clientes em 12 meses. A expansão da demanda de passageiros foi de, respectivamente, 83%, 66% e 46% entre maio de 2011 e de 2012, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

    No entanto, TAM e Gol seguem na liderança e abocanham a maior fatia do mercado -somadas, são responsáveis por 72,4% do transporte em rotas nacionais.

    O levantamento também mostra que a demanda doméstica no transporte aéreo, acumulada nos cinco primeiros meses do ano, apresentou crescimento de 6,5% ante igual período de 2011.

    A procura pelas rotas internacionais, por sua vez, teve crescimento de apenas 0,8%.

    A oferta, por sua vez, caiu 2,4%, também entre maio de 2012 e maio de 2011.

    AEROPORTOS

    O número de aeroportos com voos comerciais deverá passar de 129 para 200 no Brasil até 2014, disse ontem o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt.

    Segundo o ministro, a expansão de 55% da aviação civil fará com que 94% da população passe a ter um aeroporto com voos comerciais a menos de cem quilômetros de distância de casa.

     

     


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