Negocios Online
27/07/2012
Airbus adia lançamento do A350 XWB para corrigir falha nas asas

Airbus revelou que irá adiar o lançamento do seu novo avião com uma tecnologia mais eficiente em termos de combustível, o A350 XWB, para corrigir uma falha relacionada com as suas asas. O planeado lançamento do avião, o qual é concorrente do Dreamliner da Boeing, irá ser adiado por três meses, até ao segundo trimestre de 2014, obrigando a sua empresa-mãe, a EADS, a assumir uma perda de 124 milhões de euros.

O adiamento do A350 acontece após a EADS ter revelado que o seu lucro mais que triplicou no segundo trimestre do ano, para 461 milhões de euros face aos 121 milhões de euros registados no ano anterior, de acordo com a “BBC News”. Após a divulgação dos seus resultados, as acções da EADS dispararam até 6,66% na bolsa.

O atraso no lançamento do A350 deve-se a um problema na produção relacionado com a abertura de orifícios nas asas do avião, segundo informações avançadas pela “BBC News”.

O responsável pelo projecto do A350, Didier Evrard, revelou que a preparação de um novo processo automatizado de perfuração demorou mais tempo que o esperado, originando atrasos de várias semanas nos calendários de produção.

O A350, que é feito de carbono composto, já está um ano atrasado face à data inicialmente prevista para o seu lançamento, segundo a "BBC News".

A Airbus tem enfrentado também problemas relacionados com fendas nas asas dos aviões “Superjumbo” A380, as quais obrigaram alguns clientes como a Qantas Airways a atrasarem as suas encomendas em quase quatro anos, até os aviões estarem completamente reparados.

 

 

Valor Econômico
27/07/2012
Receita da United Continental cai 3,4% na América Latina
Alberto Komatsu

No mesmo dia em que divulgou redução de 37% no lucro líquido no segundo trimestre, para US$ 339 milhões, a maior companhia aérea do mundo, a United Continental, indicou ontem que passa por uma etapa de desaceleração na América Latina, enquanto cresce nas demais partes do mundo.

No primeiro trimestre deste ano e no quarto trimestre de 2011, a situação era exatamente inversa. Nesses dois períodos, a United obteve, na América Latina, as maiores taxas de crescimento global.

Já de abril a junho, a companhia teve redução de 3,4% na receita com transporte de passageiros na região, para US$ 657 milhões. Nos três primeiros meses do ano, a companhia havia registrado alta de 11,7% na comparação anual, ao se situar em US$ 726 milhões. A taxa de crescimento no quarto trimestre do ano passado foi de 14,2%, com receita de US$ 624 milhões. Esses dois resultados foram os melhores por regiões, ficando acima das taxas de expansão do mercado americano e das regiões Atlântico e Pacífico.

"A United sempre foi fortemente comprometida com o mercado latino-americano. A região continua sendo parte da estratégia global da companhia, mas está enfrentando uma comparação anual muito desafiadora no segundo trimestre", informou a companhia, por meio de nota.

A demanda por voos na América Latina também teve recuo no segundo trimestre, de 3,4% na comparação anual. A oferta de assentos na região ficou estável, com variação de 0,1%, e o valor que o passageiro paga por milha transportada ("yield") teve redução de 7,2%, na mesma base de comparação.

Esses resultados chamam a atenção quando comparados com os do primeiro trimestre deste ano e do quarto trimestre de 2011. De janeiro a março, o volume de passageiros transportados na região havia crescido 7%, em relação a igual período de 2011. A oferta de assentos mostrou expansão de 4,4% e o yield teve aumento de 6,9%. Todas as taxas superam a média internacional, a americana, e das regiões Atlântico e Pacífico.

Os resultados da United na América Latina, no quarto trimestre de 2011, também haviam sido os melhores na comparação com o resto do mundo. A demanda por viagens aéreas teve expansão de 11,7%, em relação ao mesmo período de 2010. A oferta mostrou crescimento de 2,2% e o yield apresentou aumento de 11,3%.

 

 

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