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  • Valor Econômico
    10/08/2012

    Embraer amplia rede de serviços no Brasil
    Virgínia Silveira

    Em um ano, a frota de jatos executivos no Brasil deve ser a segunda maior no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que lidera o ranking mundial com 11.120 jatos. O país já possui o segundo maior mercado de aviação geral, que inclui aviões de pequeno porte e helicópteros. Hoje, o país tem 720 jatos desse tipo, contra 760 voando no México.

    Para atender um dos principais mercados em expansão no mundo e dentro do seu próprio país, a Embraer está investindo na ampliação e melhoria da oferta de serviços. Um passo importante será dado nos próximos dias com o início da construção do segundo centro de serviços próprio da Embraer no Brasil, projeto que vai absorver um investimento de US$ 25 milhões em cinco anos.

    O novo centro de serviços ocupará uma área de 20 mil m2, no aeroporto de Sorocaba, com um hangar cinco vezes maior do que o centro de serviços localizado hoje em São José dos Campos. "O atual tem capacidade para atender 10 aeronaves simultaneamente e o de Sorocaba poderá receber entre 40 e 50 jatos de pequeno e grande porte", ressaltou o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.

    A inauguração está prevista para meados de 2013, o que coloca o novo centro disponível para atender a grande movimentação de jatos executivos que o Brasil irá receber durante a Copa do Mundo e também em outros eventos, como Fórmula 1 e Fórmula Indy.

    "A Embraer passa a ter, com a nova unidade, rede de serviços em localizações estratégicas do país, já que temos centros autorizados em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Goiânia", explicou.

    A expectativa da fabricante é de que haja uma demanda de 420 a 600 aeronaves nos próximos 10 anos, negócio estimado em mais de US$ 8 bilhões. "Esperamos capturar uma parcela significativa dessas vendas, algo em torno de 30% do volume previsto para o período", disse Pellegrini.

    Em 10 anos, a Embraer conseguiu colocar 550 jatos executivos de sete modelos diferentes em operação no mundo. Desse total, o Brasil absorveu 112 aeronaves, sendo 90 do modelo Phenom.

    Com o centro de Sorocaba, a Embraer também estará inaugurando um novo negócio no mercado, o de FBO (sigla em inglês para operador de base fixa), um leque de serviços de atendimento vip para os clientes que pousam no aeroporto e necessitam de reabastecimento, limpeza da aeronave, atendimento à tripulação, áreas de descanso, entre outros.

    Outro diferencial importante que a Embraer estará oferecendo para seus operadores de Phenom no Brasil, a partir da próxima semana, é a disponibilidade de um simulador para treinamento dedicado em português. Fruto de uma parceria entre a Embraer e a empresa canadense CAE, o equipamento será o primeiro simulador de voo de avião executivo no Brasil. "O treinamento poderá ser feito no Brasil, evitando o deslocamento de pilotos para os EUA e Europa e também as barreiras do idioma estrangeiro", destacou o executivo.

    Segundo Pellegrini, até 2011 a área de suporte ao cliente era o calcanhar de Aquiles da aviação executiva da Embraer, mas pesquisa recente da publicação "Aviation International News", referência na área de aviação executiva no mundo, colocou a Embraer em segundo lugar entre todos os fabricantes de jatos no quesito suporte ao cliente.

    "Melhoramos 13% em relação a 2011. A americana Gulfstream está em primeiro lugar, com nota 8,2, mas apenas com o jato G550. A Embraer conquistou essa posição para todos os seus sete modelos de jatos e recebeu nota 8,1", disse. Na área de jatos menores, a Gulfstream ficou em sétimo lugar na pesquisa.

    A área de serviços ao cliente na Embraer, segundo Pellegrini, representa ao redor de 10% da receita da aviação executiva da companhia. "Existe espaço para crescer e ficar entre 20% e 25%, que é a média hoje dos grandes fabricantes de jatos executivos", disse.

    "A venda no segmento não é só o produto, mas muito mais como você se relaciona com o cliente", ressaltou. Com a grande concorrência no mercado, segundo ele, a única forma de capturar o cliente é através de soluções inovadoras.

    No Brasil, diz o executivo, além dos novos investimentos feitos no simulador do Phenom e no centro de serviços de Sorocaba, a Embraer tem se destacado por oferecer ao mercado um produto com um custo operacional entre 10% e 15% menor que o praticado pela concorrência. "Além de um plano de manutenção e um programa de peças ágil e eficiente, temos a vantagem de produzir no Brasil", completou.

    A divisão de jatos executivos representa cerca de 20% da receita global da Embraer. Tendo em vista o cenário atual, em 2012, a companhia espera entregar de 75 e 85 jatos executivos leves e de 15 a 20 jatos executivos grandes, o que deve gerar um faturamento entre US$ 1,1 bilhão e US$ 1.3 bilhão.

     

     

    Valor Econômico
    10/08/2012

    TAM Executiva avalia operar aeroportos
    Alberto Komatsu

    A TAM Aviação Executiva tem interesse em ser operadora de aeroportos privados de aviação executiva e já mantém conversações para participar de dois projetos nesse sentido. O Valor publicou ontem que o governo baixará decreto, nos próximos dias, autorizando empresas privadas a operarem comercialmente terminais com esse perfil. Há pequenos aeroportos privados no país, mas seus administradores não podem fazer uso comercial deles.

    "Nós fomos contactados e temos interesse em participar, pelo menos do processo de discussão e estarmos presentes como operadores. Estamos conversando. Estamos em contato e temos interesse em participar se as condições nos atenderem", afirmou ao Valor, o presidente do conselho de administração da TAM Aviação Executiva, Mauricio Amaro. "Do ponto de vista de oportunidade societária, eu acho difícil. Não acho que o negócio de operadores de aeronaves é possuir aeroportos. Demanda muito investimento e um conhecimento de gestão que nós não possuímos", acrescenta ele.

    O executivo se referiu aos dois projetos que já foram protocolados na Secretaria de Aviação Civil (SAC). Um é do grupo imobiliário JHSF, que atua em incorporações, aluguel de escritórios comerciais e shopping centers. O outro é da dupla de empresários Fernando Botelho Filho e André Skaf, este último filho do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

    O projeto da JHSF deverá ser erguido em São Roque, no interior de São Paulo, a 62 quilômetros de distância da capital, com área destinada ao aeroporto de 2 milhões de metros quadrados, de uma área total de 7 milhões de metros quadrados que vai incluir shopping, centro empresarial, centro universitário e residencial.

    "O investimento no aeroporto está em torno de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões, fora o investimento da área imobiliária", disse o diretor de novos negócios da JHSF, Humberto Polatti, acrescentando que, a previsão de início de operações é no primeiro semestre de 2014, "em tempo para a abertura da Copa do Mundo".

    O segundo projeto é no município de São Paulo, "quase na divisa com Embu-Guaçu, entre 19 e 21 quilômetros, em linha reta, do Aeroporto de Congonhas", conta Skaf. Segundo ele, foi criada a empresa Harpia para ser a administradora do aeroporto, que ainda não tem nome.

    Segundo ele, o investimento já foi estimado, mas só poderá divulgá-lo posteriormente. As dimensões e capacidade operacional só serão divulgadas após a obtenção das licenças ambientais.

    "Além da TAM, estamos conversando com outras empresas do mercado", acrescentou Skaf. No entendimento dele, o contrato que deverá ser assinado com o governo é uma "autorização para investimento público". O empresário acrescentou que o prazo de vigência ainda não está claro.

    Amaro, da TAM Aviação Executiva, afirma que uma das condições para a empresa participar como a operadora é justamente o tempo de duração do contrato.

    "Operadores estratégicos para esses aeroportos deveriam ter algum tipo de condição específica, porque somos fontes de receita grande, de operação de aeronave e manutenção. Uma dessas condições é o contrato de concessão com prazos mais longos".

     

     

    Folha de São Paulo
    10/08/2012

    Greve de servidores leva caos a aeroportos, vias e portos
    Movimento causa filas, atrasos e irrita usuários - Serviços como a emissão de passaportes estavam ontem reduzidos a quase zero em alguns Estados

    A greve dos servidores federais ampliou ontem os transtornos à população provocando atrasos e muita irritação em portos, aeroportos, rodovias e avenidas importantes como a Rio Branco (Rio) e a Paulista (São Paulo).No aeroporto de Cumbica (Guarulhos), operação-padrão de policiais federais gerou filas na imigração, dezenas de voos atrasados e passageiros deixados para trás.

    De tão extensas, as filas dos terminais 1 e 2, um de cada lado do aeroporto, separados por mais de 1 km, por pouco não se encontravam.

    Quem estava lá teve que esperar, como o veterinário chileno Diego Sangeado, 55, que perdeu o voo para Santiago e a conexão da capital chilena para o México, onde trabalha. "Vou ter que procurar a companhia aérea. Não tem jeito."

    Um voo da TAP para Lisboa decolou sem 13 passageiros que estavam na fila. Outro da Lufthansa tinha 30 na fila a 10 minutos de sair. A partida foi adiada em meia hora.

    Um garoto português de 13 anos, que passava férias no Brasil, só conseguiu embarcar porque a família pediu ajuda ao presidente do sindicato dos agentes federais.

    A greve da PF também provocou filas em aeroportos de Brasília, Rio (Galeão), Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus.

    Também afetou a emissão de passaportes, que foi reduzida a quase zero no Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco. Em São Paulo, a estimativa é de queda de 30% na emissão de passaportes no Estado, cuja média diária é de 2.000.

    TRÂNSITO

    De manhã, servidores fecharam as quatro pistas da avenida Rio Branco, uma das principais do centro do Rio.

    À tarde, grevistas interditaram as duas faixas da direita da avenida Paulista, no sentido Consolação. "Acho nada a ver eles atrasarem o nosso lado para adiantar o deles", afirmou o técnico Marcos Rodrigues, 30.

    Protestos de policiais rodoviários federais provocaram congestionamentos em várias rodovias do país, como em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina.

    Em Foz do Iguaçu (PR), o pátio do porto seco estava com lotação 25% superior à sua capacidade. Outros mil caminhões estavam na fila.

    "Falta habilidade política ao governo. Estamos sentados em cima de um barril de pólvora", diz o empresário Mário Camargo, diretor Acifi (associação comercial local).

     

     

    Folha de São Paulo
    10/08/2012

    Cumbica atrasa 1/3 dos voos internacionais

    A operação-padrão da PF parou Cumbica por cerca de quatro horas e atrasou um terço dos voos internacionais. O impacto se deu no embarque internacional. Os policiais inspecionaram todas as bagagens; normalmente, isso é por amostragem. A checagem de passaportes também foi afetada. Agentes assumiram o serviço, que é terceirizado -a terceirização é uma das críticas da categoria. O procedimento, então, passou a se arrastar.

    Grevistas distribuíram folhetos sobre a estrutura precária da PF. Os passageiros criticavam o protesto.

    Funcionários de empresas aéreas reclamavam que a PF proibia passar à frente passageiros cujos voos estavam prestes a sair -procedimento adotado habitualmente.

    Já idosos e gestantes eram passados na frente pelos policiais. O gerente industrial Humberto Ramos da Silva, 58, foi retirado da fila pela PF após uma hora e dez minutos. "Disseram que eu era idoso." Ele foi para o Canadá, para o casamento da filha.

    Um garoto português de 13 anos, que passava férias no país, só embarcou após a família pedir ajuda ao presidente do sindicato da categoria.

    Quem perdeu voo nessas condições têm direito à remarcação do bilhete. Ronaldo Jenkins, diretor do sindicato das empresas aéreas, afirmou que a greve é um prejuízo muito grande às companhias, que, mesmo sem ter responsabilidade direta, têm que arcar com as reparações.

    Dois executivos estrangeiros da Acsa, empresa sul-africana que venceu o leilão para administrar o aeroporto de Cumbica, disseram estar preocupados com o desconforto causado aos passageiros.

     

     


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