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  • Revista Exame
    20/12/2012

    Empresas aéreas aumentam rigor com mala de mão
    Fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online
    Nataly Costa

    São Paulo - As companhias aéreas estão mais rigorosas com a bagagem de mão dos passageiros. Nesta semana, a Gol começou a usar gabaritos de metal - semelhantes aos usados pelas empresas americanas e europeias - para medir o tamanho das malas na porta do avião. Aquelas cujas dimensões (largura, altura e comprimento) somadas ultrapassam os 115 cm são etiquetadas e enviadas para o bagageiro da aeronave.

    O processo é feito na fila de embarque por funcionários da companhia, ou seja, não é preciso voltar ao balcão de check-in do aeroporto para despachar a mala acima do limite.

    A maior fiscalização ocorre por causa da popularização do check-in online. É quando o passageiro imprime o cartão de embarque em casa ou no totem de autoatendimento. Em alguns casos, usa apenas o smartphone para entrar na sala de embarque.

    Com isso, o passageiro ganha independência: não pega filas e não tem contato com nenhum funcionário da companhia aérea até a hora de entrar no avião. Mas acaba levando uma bagagem que não cabe nos compartimentos da cabine.

    "Isso causa problemas operacionais que atrasam o embarque. E normalmente tem mais seis ou sete voos depois, então acaba prejudicando um monte de passageiros", explica o gerente corporativo de aeroportos da Gol, Alessandro Minucci.

    Por enquanto, a fiscalização da Gol ocorre apenas em Congonhas - mas será expandida para todos os voos da companhia em Cumbica, Galeão, Santos Dumont, Confins e Porto Alegre nas próximas semanas.

    Para que a própria verificação do tamanho de cada bagagem não se transforme em um motivo de atraso do voo, funcionários da Gol estão fazendo a medição por amostragem - as malas que parecem maiores passam pelo teste do gabarito. Para isso, o embarque dos voos será adiantado.

    "Vamos chamar para embarque cinco minutos antes do previsto. Com a fila formada, o agente do aeroporto circula e faz a avaliação", diz Minucci. No Brasil, o limite de bagagem é estabelecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nos Estados Unidos e na Europa, é determinado pelas empresas.

    O desejo das companhias brasileiras é de que a Anac desregulamente o quesito bagagens. Com isso, o peso, o tamanho e o número de peças que cada um pode carregar poderá ser diferente dependendo de cada companhia. "Um laptop modelo antigo pode pesar 2 quilos e o limite de uma mala de mão hoje é de apenas 5 quilos", exemplifica Minucci. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

     

     

    Valor Econômico
    20/12/2012

    Triunfo reafirma interesse por Galeão
    Fábio Pupo

    O presidente da Triunfo Participações e Investimentos (TPI), Carlo Alberto Bottarelli, reafirmou ontem o interesse em disputar o leilão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A concessão deve ser anunciada hoje pela presidente Dilma Rousseff, no pacote de investimentos voltado ao setor.

    A Triunfo conquistou neste ano o aeroporto de Campinas (SP) e, para Bottarelli, a possibilidade de o governo barrar os vencedores de leilões anteriores em novas disputas não faz sentido, significaria mudar as regras durante o jogo. "O governo não tem motivo pra isso", afirmou, em almoço com jornalistas. "Tirar Petros, Previ, Funcef... Parece 'nonsense'", disse o executivo. Os fundos de pensão são acionistas da Invepar, vitoriosa do aeroporto de Guarulhos (SP).

    Bottarelli ainda defendeu não ser necessária uma exigência alta para operadores de aeroportos, em termos de movimentação anual de passageiros. O primeiro leilão exigia das empresas experiência prévia em terminais que movimentassem ao menos cinco milhões de pessoas ao ano. O governo pretende aumentar esse requisito para 35 milhões. Caso esse número se confirme, a atual parceira da Triunfo, a francesa Egis, não poderá entrar na disputa.

    O aeroporto conquistado no início do ano pela Triunfo é visto com otimismo. Segundo o executivo, a taxa de retorno do projeto será de "dois dígitos". "Tem muito potencial imobiliário", afirmou.

    O capital mínimo exigido no projeto é de R$ 435,5 milhões até maio de 2014. Pelo cronograma, em 2013, será aplicada a maior parte do total - R$ 395,6 milhões, valor a ser repartido proporcionalmente entre as sócias Triunfo (23%), UTC (23%), Egis (5%) e Infraero (49%). À Triunfo, caberá aplicar R$ 90,8 milhões em 2013. "Vocês vão ver o melhor aeroporto do país", garantiu Bottarelli.

    Enquanto faz planos no setor aeroportuário, a Triunfo continua a avaliar outras oportunidades. Em rodovias, Bottarelli diz que a companhia estuda "muito profundamente" a BR-040 - cuja concessão pode gerar investimentos de R$ 3 bilhões em cinco anos, segundo os cálculos da empresa. A concessão da estrada, ensaiada há tempos pelo governo, foi incluída em agosto no pacote do Planalto voltado ao setor e, pela estimativa mais recente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), teria edital publicado amanhã (dia 21).

    O presidente diz estudar o setor ferroviário e não descarta interesse no projeto do trem de alta velocidade, embora diga que sua eventual participação em um consórcio seria pequena.

    Bottarelli defendeu a disputa por novos projetos mesmo com o patamar atual de endividamento. A relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a 3,9 vezes no terceiro trimestre e ainda pode aumentar. Para a empresa, a obrigação de investimentos em mais projetos coincide com a geração de caixa da nova usina hidrelétrica da Triunfo - o que está previsto para agosto de 2013 e deve dar fôlego à companhia.

     

     

    Valor Econômico
    20/12/2012

    Governo português pode decidir hoje futuro da TAP
    Francisco Góes

    Fontes próximas à holding Synergy Aerospace, controladora da Avianca, esperam para hoje o anúncio oficial do governo português sobre a proposta feita pela empresa para a compra da companhia aérea TAP. A Synergy teria apresentado oferta de € 1,5 bilhão e, segundo a imprensa portuguesa, o valor considera dívidas da TAP de € 1,2 bilhão. A Synergy não fala sobre o assunto.

    Hoje o conselho de ministros de Portugal pode decidir sobre o futuro da TAP. Mas a proposta da Synergy enfrenta resistências por parte da opinião pública portuguesa, que considera a oferta insuficiente e que o melhor seria rejeitá-la. O "Diário Económico", de Lisboa, informou, na semana passada, que o governo português queria que German Efromovich, controlador da Avianca, deixasse claro se assumiria riscos associados a contingências fiscais e trabalhistas da operação da TAP M&E Brasil, envolvendo cerca de € 300 milhões, relativos a 2011.

    Ontem o "Diário Económico" publicou reportagem segundo a qual a Parpública, holding que controla as participações do Estado português na TAP, vai emprestar € 100 milhões à empresa área para atender necessidades imediatas de tesouraria. A TAP também receberia crédito de € 20 milhões de uma instituição financeira.

     

     


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