:::::RIO DE JANEIRO - 31 DE OUTUBRO DE 2006 :::::

 

Folha de São Paulo
31/10/2006
Ex-dirigente da Vale vai presidir a Varig
Guilherme Laager diz que empresa tem marca forte e internacional e maior desafio é fazer rotas voltarem a funcionar
Executivo, que passou pela Andersen Consulting e pela AmBev, deve assumir cargo no dia 20; aérea sondou outros nomes para o cargo

MAELI PRADO DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de três meses, a nova Varig -parte operacional da companhia vendida à sua ex-subsidiária, a VarigLog- anunciou seu presidente: Guilherme Laager, que era diretor-executivo da área de logística da Companhia Vale do Rio Doce.

O executivo, que se desligou na semana passada da Vale, onde trabalhou nos últimos cinco anos, deve assumir a presidência da empresa no dia 20 de novembro. Desde o início de agosto, a aérea sondava nomes para a presidência. Maria Silvia Bastos Marques, ex-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), hoje no comando da Icatu-Hartford, chegou a ser convidada, mas não aceitou.

Ela preferiu assessorar a nova Varig e é membro do conselho de administração. Foi a executiva quem conversou com Laager sobre a possibilidade de ele assumir a presidência. "Tive uma conversa com a Maria Silvia, que é do conselho e me motivou a enfrentar e aceitar o desafio, assim como o Audi [Marco Antonio Audi, presidente do conselho de administração da VarigLog]", disse ele à Folha.

Atualmente, uma das questões é se a aérea conseguirá crescer em um mercado dominado por TAM e Gol, que juntas têm mais de 90% do mercado. A Varig, que em janeiro tinha participação de 20% no mercado doméstico, chegou a cair para menos de 2% e possui hoje cerca de 5% do mercado.

A companhia enfrenta também processos trabalhistas dos funcionários que foram demitidos pela Varig antiga -o Ministério Público do Trabalho entende que a nova empresa tem responsabilidade pelo pagamento desses trabalhadores.

"O maior desafio é fazer com que as rotas voltem a funcionar, porque a companhia aérea já tem uma marca forte, uma das mais lembradas. E é internacionalmente conhecida. Você vai ao Japão e o pessoal chama a Varig de "Varigô'", disse.

Em comunicado, a Varig destacou o fato de o executivo ser "extremamente voltado para resultados". "Ele tem o perfil ideal para liderar a Varig neste momento de grandes desafios. Estamos satisfeitos e confiantes: hoje a Varig dá mais um importante passo para retomar seu espaço no mercado de aviação", diz Audi.

Perfil

Laager é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhou por 12 anos na Brahma e na AmBev. Ele estruturou a área de logística da empresa e participou da fusão Brahma e Antarctica. Saiu da empresa para trabalhar na Vale.

O início de sua carreira foi em 1977, na construtora João Fortes Engenharia. Foi para a Internacional Engenharia em 1979, de onde saiu dois anos depois para ser consultor na Andersen Consulting, atual Accenture. "Quando se tem professores como o Roger [Agnelli, da Vale], o Marcel [Telles, da Ambev] e o pessoal da Accenture, é um bom ingrediente e experiência para fazer com que a Varig volte ao seu lugar".

Segundo Laager, a aérea agora está sendo montada "do zero". "A Varig está começando do zero. Então ela já vai entrar usando os processos certos, com a equipe certa, na hora certa. Ela nem existe ainda como empresa, já que o Cheta ainda não foi concedido". A Varig aguarda da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo), condição para obter concessão como empresa aérea.

 

 

Mercado e Eventos
31/10/2006
Executivo da Vale do Rio Doce é o novo presidente da Varig

A companhia aérea Varig já tem um novo presidente. O executivo Guilherme Laager, que até semana passada ocupava o cargo de diretor executivo de Logística da Companhia Vale do Rio Doce, assume a presidência de uma das principais companhias aéreas do Brasil.

O comunicado oficial com o novo nome do presidente deveria ter sido anunciado durante o 34º Congresso da Abav - Feira das Américas, mas Laager ainda não havia se desligado da mineradora. No final da última semana, um boletim interno foi distribuido aos funcionários da Vale informando sua saída.

Laager esteve à frente da Logística desde setembro de 2001. Anteriormente, o engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro atuou como diretor de Suprimentos e Logística da Ambev.

 

Valor Econômico
31/10/2006
Guilherme Laager é o novo presidente da Varig
Ana Paula Grabois

O executivo Guilherme Laager será o novo presidente na Varig. Ele assumirá o cargo no dia 20 de novembro, a convite de Marco Antonio Audi, presidente do conselho de administração da VarigLog, controladora da companhia aérea.

Desde a venda de seu controle, em julho, a companhia aérea ainda não havia indicado um presidente.

Laager deixou na semana passada o cargo de diretor de Logística da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), onde permaneceu durante cinco anos. O executivo foi substituído interinamente pelo diretor de assuntos corporativos da mineradora, Tito Martins.

Laager também foi diretor de suprimentos e logística da Ambev. De acordo com Audi, ele tem o perfil ideal para liderar a Varig, com "espírito de equipe e voltado para resultados".

"Vamos colocar a Varig de volta ao lugar fundamental que sempre ocupou no país: de geradora de divisas e empregos na economia e de melhor empresa aérea em qualidade e serviços" , disse Laager, em nota divulgada pela companhia aérea.

O executivo é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com MBA pela Coppead.

A Varig tentou levar a executiva Maria Silvia Bastos Marques para a presidência da empresa, mas ela preferiu apenas fazer um trabalho de consultoria.

A executiva acabou indo para a presidência do grupo Icatu Hartford.

A Varig opera hoje com 15 aeronaves e voa para nove destinos nacionais e quatro internacionais.

 

 

Estadão
30 de outubro de 2006 - 21:19
União não terá mais que pagar aposentadorias da Vasp
O pagamento havia sido determinado por medida provisória concedida pelo TRF


SÃO PAULO - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, aceitou o pedido da União para suspender os pagamentos de complementação de aposentadorias, pensões e auxílios-doença dos funcionários da Vasp que participavam do Fundo de Previdência Complementar Aerus.

O pagamento havia sido determinado por medida cautelar (provisória) concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O Aeros alegou que a União, na qualidade de interventora, teria praticado condutas que resultaram em prejuízo para o fundo de pensão. A intervenção, decretada pela Secretaria de Previdência Complementar, teria dilapidado o patrimônio da entidade, gerando a sua insolvência e posterior liquidação extrajudicial.

A União, ao pedir a suspensão da liminar, afirmou que a decisão provoca "efetiva lesão à ordem e economia públicas", tendo em vista o artigo 202, parágrafo 3º da Constituição Federal, que veda o aporte de recursos pelas pessoas jurídicas de direito público a entidade de previdência privada, salvo como patrocinadores.

Para a ministra, o Supremo não é a instância adequada para se discutir e apurar atos praticados por órgãos e agentes da União na fiscalização e na intervenção do fundo. No momento, disse ela, "cabe a esta Presidência a apuração da existência de lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia pública na execução da liminar emanada pelo TRF-1".

Os pedidos formulados pelo Aeros na ação inicial possuem natureza indenizatória por danos e prejuízos sofridos pelo fundo que, se comprovados, "caberá à União o pagamento de verba pecuniária suficiente para reparar o dano financeiro causado. E só", declarou Ellen Gracie.

Ao suspender a execução da liminar, a presidente do STF concluiu que "obrigar a União, a garantir a continuidade de um microssistema previdenciário financeiramente comprometido já em processo de liquidação extrajudicial provoca, sem dúvida, lesão à ordem pública, não só considerada em termos de ordem jurídica como também em termos de ordem administrativa".

 

 

Do G1
30/10/2006 - 20h17m em São Paulo
EX-EXECUTIVO DA VALE É NOVO PRESIDENTE DA VARIG
Laager fez parte do time da Brahma e da Ambev por mais de 12 anos e assume cargo a partir de 20 de novembro

O executivo Guilherme Laager assumirá, a partir do dia 20 de novembro, a presidência da nova Varig. O convite foi feito por Marco Antonio Audi, Presidente do Conselho de Administração da VarigLog, dona da nova Varig.

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com MBA pela COPPEAD, Guilherme Laager trabalhou nos últimos cinco anos na Companhia Vale do Rio Doce, como Diretor Executivo da Área de Logística, de onde se desligou para vir presidir a Varig.

Antes, Laager fez parte do time da Brahma e da Ambev por mais de 12 anos, tendo desenvolvido a área de logística do grupo, bem como atuado como Diretor de Suprimentos e de TI, além de ter participado da histórica fusão Brahma/Antarctica. Iniciou sua carreira profissional na atual Accenture, onde por nove anos participou de diversos projetos de consultoria gerencial.

"É um desafio estimulante e uma honra trabalhar para reerguer uma companhia que faz parte da minha história e de todos os brasileiros. Eu cresci admirando a Varig e quero, junto com o time da companhia, contribuir para que a estrela brasileira volte a brilhar. Vamos colocar a Varig de volta ao lugar fundamental que sempre ocupou no país: de geradora de divisas e empregos na economia e de melhor empresa aérea em qualidade e serviços", diz o executivo.
Depois de passar por grave crise financeira que quase tirou a Varig do mercado nacional, a companhia tenta se reerguer.

A companhia acumula bilhões em dívidas. Embora a nova Varig - parte operacional da antiga companhia que foi comprada por R$ 24 milhões pela VarigLog - não tenha herdado as dívidas, tem um longo caminho a percorrer no mercado de aviação brasileiro: só no setor de viagens internacionais, a participação da Varig caiu de 75,33% em setembro do ano passado para 19,1% um ano depois.

No total, dos 272 vôos que a Varig operava, a empresa manterá apenas 124. Os outros serão redistribuídos em leilão.

 

 

Valor Online
30/10/2006 18:36
Guilherme Laager é o novo presidente da Varig


RIO - O executivo Guilherme Laager será o novo presidente na Varig. Ele assumirá o cargo no dia 20 de novembro, a convite de Marco Antonio Audi, presidente do Conselho de Administração da VarigLog, controladora companhia aérea.

Laager deixou na semana passada o cargo de diretor de Logística da Companhia Vale do Rio Doce, onde permaneceu durante cinco anos. Ele foi substituído interinamente pelo diretor de assuntos corporativos da mineradora, Tito Martins. Laager também foi diretor de suprimentos e logística da Ambev. De acordo com Audi, ele tem o perfil ideal para liderar a Varig, com "espírito de equipe e voltado para resultados".

"Vamos colocar a Varig de volta ao lugar fundamental que sempre ocupou no país: de geradora de divisas e empregos na economia e de melhor empresa aérea em qualidade e serviços " , disse Laager, em nota divulgada pela empresa aérea.

O executivo é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com MBA pela Coppead. A Varig tentou levar a executiva Maria Silvia Bastos Marques para a presidência da empresa, mas ela preferiu apenas fazer um trabalho de consultoria. A executiva acabou indo para a presidência do grupo Icatu Hartford.

(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 

 

Jornal Última Instância
Segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Supremo suspende liminar que obrigava União a pagar fundo de pensão da Vasp


A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Ellen Gracie, concedeu liminar em favor da União, que não é mais responsável pela manutenção dos pagamentos de complementação de aposentadorias, pensões e auxílios-doença, como ocorriam às vésperas da liquidação do Aeros - Fundo de Previdência Complementar da Vasp. A decisão derruba os efeitos de uma medida cautelar concedida pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região.

De acordo com o STF, a ministra determinou que o valor de R$ 5.770.250 permaneça indisponível até que seja proferida decisão definitiva em ação civil pública em curso na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. O valor, referente a crédito extraordinário, foi aberto por força da Medida Provisória 299/06, transformada na Lei nº 11.353/06, em favor do Aeros, em processo de liquidação extrajudicial.

O Aeros alegou que a União, na qualidade de interventora, teria praticado condutas que resultaram em prejuízo para o fundo de pensão. A intervenção, decretada pela Secretaria de Previdência Complementar, teria dilapidado o patrimônio da entidade, gerando a sua insolvência e posterior liquidação extrajudicial.

A União, ao interpor a suspensão de liminar, afirmou que a decisão da relatora provoca efetiva lesão à ordem e economia públicas, tendo em vista o artigo 202, parágrafo 3º da Constituição Federal, que veda o aporte de recursos pelas pessoas jurídicas de direito público, a entidade de previdência privada, salvo como patrocinadores.

Para a ministra, o Supremo não é a instância adequada para se discutir e apurar a alegada ocorrência de atos praticados por órgãos e agentes da União na fiscalização e na intervenção do fundo.

No momento, disse ela, “cabe a esta Presidência a apuração da existência de lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia pública na execução da liminar emanada pelo TRF-1”.

Os pedidos formulados pelo Aeros na ação inicial, possuem natureza indenizatória por danos e prejuízos sofridos pelo fundo que, se comprovados, “caberá à União o pagamento de verba pecuniária suficiente para reparar o dano financeiro causado. E só”, declarou Ellen Gracie.

Ao suspender a execução da liminar, a presidente do STF concluiu que “obrigar a União, a garantir a continuidade de um microssistema previdenciário financeiramente comprometido já em processo de liquidação extrajudicial provoca, sem dúvida, lesão à ordem pública, não só considerada em termos de ordem jurídica como também em termos de ordem administrativa”.