:::::RIO DE JANEIRO - 31 DE AGOSTO DE 2006 :::::

 

O ESTADO DE SÃO PAULO
31/08/06
STJ derruba bloqueio de contas da VarigLog
Alberto Komatsu

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou ontem o bloqueio de R$ 244 milhões que estavam reservados para a reestruturação da Varig e para a operação da VarigLog. O dinheiro havia sido bloqueado por uma decisão do juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara do Trabalho, do Rio, que na segunda-feira responsabilizou a VarigLog pelo pagamento de dívidas trabalhistas da Varig. Só de rescisões são R$ 253 milhões, mais salários atrasados que acumulam R$ 106 milhões.

O advogado trabalhista da nova controladora da Varig, Marcelo Mascaro, conta que o dinheiro que havia sido bloqueado está nas contas da VarigLog, da Volo do Brasil (controladora da VarigLog) e da Aéreo Transportes Aéreos S. A. (empresa criada para investir na Varig). Segundo ele, a sucessão de dívidas trabalhistas para a VarigLog permanece e será contestada no prazo de 8 dias, a partir da notificação da decisão do juiz Borges, feita terça-feira.

"Se houver sucessão (de dívida trabalhista), dificilmente o investidor vai continuar no negócio", diz Mascaro, da Mascaro e Nascimento Advogados. O chinês Lap Chan, acionista da Volo do Brasil, tem dito a trabalhadores da Varig que a sucessão de dívida trabalhista para a VarigLog e a não homologação da nova Varig como concessionária de transporte aéreo poderiam provocar a sua saída do investimento.

GARANTIA
No início deste mês, o STJ já havia impedido o bloqueio de US$ 75 milhões que a VarigLog havia destinado para a continuidade das operações da Varig. O pedido havia sido feito por sindicatos de funcionários da companhia aérea. O STJ considerou que o dinheiro deveria ter como destino a garantia da operação da empresa.

 

 

Folha de São Paulo
31/08/06
Varig derruba bloqueio de contas no STJ
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

A Varig conseguiu derrubar ontem no STJ (Superior Tribunal de Justiça) uma decisão da Justiça do Trabalho que bloqueava recursos da VarigLog para o pagamento de dívidas trabalhistas.

O juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara do Trabalho do Rio, havia reconhecido sucessão de dívida trabalhista e determinado o bloqueio das contas da VarigLog, Volo do Brasil e Aéreo Transportes Aéreos. Segundo a decisão, seriam bloqueados R$ 244,457 milhões.

O ministro do STJ Ari Pargendler concedeu liminar a favor da VarigLog. Segundo a liminar, a decisão da Justiça do Trabalho contraria decisão anterior do STJ sobre conflito de competência. O mesmo ministro já havia designado a 8ª Vara Empresarial do Rio como responsável por questões que interferem no plano de recuperação.

A decisão da Justiça do Trabalho ainda não havia sido publicada quando saiu a liminar do STJ. Segundo o Ministério Público do Trabalho, os procuradores vão examinar a decisão e, se ela contiver elemento que possa ferir a competência da Justiça do Trabalho, vão recorrer.

O argumento dos novos donos da Varig para não aceitar o pagamento de dívidas trabalhistas é o artigo 60 da nova lei de recuperação judicial, que diz que não há sucessão em casos de venda de unidade produtiva isolada.

Antes de saber da decisão do STJ, Marco Antonio Audi, presidente do conselho da VarigLog, havia afirmado que o negócio ainda não foi fechado, e que, portanto, a Justiça não pode determinar sucessão. "Essa questão da Varig está tão quente que as pessoas acabam passando a carroça na frente dos bois."

Segundo ele, a aérea só será da VarigLog quando a nova Varig receber o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo) e a venda for adjudicada pela Justiça.

Ele disse que a empresa pode desistir do negócio. "Se juiz não quiser aceitar a argumentação, pegamos nossa malinha e vamos embora."

A Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) vai instaurar CPI sobre o caso Varig. Será investigado o pagamento de dívidas trabalhistas, entre outras questões. O governo do Rio também quer questionar a Varig na Justiça. O Rio pagou dívidas referentes à cobrança indevida de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) com a condição de que a Varig mantivesse sede no Rio, mas a aérea manifestou disposição contrária.

Colaborou a Reportagem Local

 

 

O Globo
31/08/06

 

O Globo
31/08/06

 

O Globo
31/08/06

 

O Globo
31/08/06

 

O Globo
30/08/2006 às 18h34m
Funcionários da Varig fazem dossiê contra a venda da empresa

Uma comissão de funcionários da Varig entregará nesta quinta-feira, às 15h, no Palácio Guanabara, um dossiê com denúncias sobre o leilão de venda da companhia. Segundo o secretário-chefe de gabinete da governadora, Fernando Peregrino, que recebeu alguns dos integrantes da comissão esta manhã no Palácio Guanabara, as denúncias podem antecipar o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembléia Legislativa e, inclusive, no governo federal.

O comandante Marcelo Duarte Lins, assessor de Relações Institucionais da Associação de Pilotos da Varig, frisou que a nova proprietária da empresa tem três problemas graves para solucionar. O primeiro é a falta do certificado de habilitação; o segundo o pagamento das dívidas trabalhistas; e, por último, a regulamentação da categoria, que define critérios para a demissão dos funcionários, o que não foi respeitado pelos novos proprietários. Além disso, os funcionários garantiram que em todas as reuniões tem sido clara a decisão da empresa de levar os setores Operacional e de Manutenção para São Paulo.

O Estado do Rio pretende acionar judicialmente a nova empresa, para que ela mantenha a palavra acordada na ocasião. Da mesma forma, acionará a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão regulador do segmento, por não ter tomado as medidas necessárias para a recuperação da Varig e a manutenção dos postos de trabalho. A empresa possuía no Rio de Janeiro cerca de 60% de suas operações. Aqui estão cerca de 50% dos aposentados também, que, com a liqüidação do Fundo de Pensão Aerus, ficaram desamparados.

 

 

Valor Online
30/08 - 14:52h
VarigLog terá de arcar com passivo trabalhista da Varig, dizem fontes

RIO - A Justiça do Trabalho do Rio obrigou a VarigLog a assumir o passivo trabalhista da Varig, segundo informaram fontes envolvidas no caso.

A decisão foi do juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara do Tribunal de Justiça do Trabalho, que acatou o pedido elaborado por procuradores do Ministério Público do Trabalho.

A sentença será publicada provavelmente amanhã no Diário Oficial da União.

Além da sucessão trabalhista, a sentença judicial bloqueia as contas da VarigLog, da nova Varig e dos administradores das empresas, entre eles, Marco Antônio Audi, presidente do Conselho de Administração da VarigLog, e Lap Chan, sócio do fundo de investimentos americano MatlinPatterson (fundo que é sócio da Volo do Brasil, controladora da VarigLog).

A VarigLog adquiriu a parte operacional da Varig em 20 de julho por US$ 20 milhões, mas o passivo trabalhista ficaria com a parte da empresa que não foi vendida e que permaneceu sob recuperação judicial.

Pelo plano de recuperação da Varig antiga, empresa que herdou uma dívida de R$ 7 bilhões, o pagamento das rescisões e salários atrasados seria feito por meio da emissão de títulos resgatáveis em 20 anos.

Entretanto, no entender do Ministério Público do Trabalho, como as operações da Varig e a maior parte do seu patrimônio ficaram com a VarigLog, existe a sucessão trabalhista.

Segundo cálculos da Varig antiga, o pagamento das rescisões e salários atrasados chegaria a cerca de R$ 260 milhões.

Além disso, as dívidas trabalhistas incluídas no plano de recuperação somam R$ 170 milhões.

Para o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o passivo trabalhista deve alcançar R$ 800 milhões, se consideradas todas as ações impetradas na Justiça pelos funcionários.

(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 

 

Agência Estado - CONSULTOR JURÍDICO
30/08 - 14:21h
Varig é condenada a pagar indenização a ex-funcionária

A reparação por abalo moral é cabível quando a empresa, mesmo ciente do nexo de causalidade entre a doença ocupacional da empregada e sua atividade diária, não toma providências no sentido de diminuir os riscos ergonômicos ou impedir o avanço da lesão. O entendimento é da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul), que manteve condenação da Varig.

Os juízes determinaram o prosseguimento da execução da ação de indenização por dano moral movida contra a empresa aérea por uma funcionária que contraiu doença ocupacional comprovada em perícia médica. Cabe recurso.

A execução trabalhista foi suspensa por causa do prazo de 180 dias dados no processo de recuperação judicial da Varig. Para os juízes, ainda que passível de controvérsia jurídica, transcorrido o prazo, o procedimento executório deve retomar seu andamento normal.

Ao longo do processo, a Varig recorreu pedindo nulidade da ação por cerceamento de defesa, já que não foi feita nova perícia técnica, como solicitado pela empresa. Prevaleceu o entendimento da primeira instância.

RO 00209-2001-029-04-00-2

 

 

InfoMoney
30/08 - 08:02h
Varig velha pode ser multada se não liberar FGTS e seguro-desemprego

SÃO PAULO - A juíza da 63ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Maria Teresa da Costa Prata, aprovou a medida que obriga a Varig velha a pagar o FGTS e o seguro desemprego aos funcionários demitidos.A empresa tem cinco dias para liberar os termos da rescisão contratual, que possibilitam o pagamento dos encargos especificados.Caso isso não aconteça, ela será multada em R$ 20 mil por empregado.

O valor arrecadado será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Quem paga o restante da dívida? O pagamento do resto da dívida trabalhista ainda gera discussões. A justiça do trabalho do Rio de Janeiro está julgando o assunto. Os sindicatos da categoria e o Ministério Público esperam que a VarigLog, nova dona da companhia aérea, arque com essas despesas.