Valor
Econômico
31/01/2007
Varig pretende entrar com ação
contra a Anac
Janaina Vilella
A Nova Varig informou ontem, por meio de
nota, que pretende entrar com uma ação na
Justiça por perdas e danos contra os diretores da
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
"pelo atraso na liberação do Certificado
de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo
(Cheta) e pelas sucessivas tentativas da agência de
tirar slots (horários de pouso e decolagem) da companhia
aérea antes do prazo previsto".
Na semana passada, a Anac cancelou o direito
da Nova Varig a operar 119 linhas domésticas, o que
corresponde a 44% da malha que foi herdada da antiga Varig.
Mas a empresa conseguiu reaver na Justiça do Rio
22 rotas que partiam do aeroporto de Congonhas, em São
Paulo.
Ontem, em nota, a agência informou
que ainda não foi notificada do teor da decisão
judicial. "A 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro
tem responsabilidade legal pela recuperação
judicial da antiga Varig, mas não tem alçada
sobre a Nova Varig. A companhia é uma empresa aérea
concessionária recentemente homologada pela Anac
e tem saúde financeira, não estando em recuperação
judicial", informou a agência no comunicado.
De acordo com a Portaria 569, de setembro
de 2000, diz a Anac, toda companhia aérea tem um
prazo de 30 dias para operar seus vôos.
A Superintendência de Serviços
Aéreos (SSA) avaliou as operações realizadas
no período que compreende a data de assinatura do
contrato de concessão e a data da decisão
da Diretoria Colegiada e verificou que, dos 270 vôos,
entre eles 23 slots em Congonhas, a Varig operava apenas
151.
"Não são poucos os
episódios que mostram a forma pouco equilibrada com
a qual a Anac tem agido. Desde o leilão judicial
ocorrido em julho do ano passado, a Anac vem tentando leiloar
os slots da Nova Varig a fim de que sejam distribuídos
entre seus principais concorrentes", disse o advogado
da empresa, Cristiano Martins.
Ainda na avaliação do advogado
da companhia aérea, "o comportamento da Anac
é descabido". Para ele, "a agência
vem dando sinais de privilégio às concorrentes
da Varig".
Segundo Martins, desde o leilão
da companhia aérea, ocorrido em julho do ano passado,
a Anac já tentou em quatro outras ocasiões
distribuir os slots da Varig entre a TAM e a Gol, as duas
principais companhias do setor no Brasil.
"Felizmente, em todas essas ocasiões,
a Justiça impediu a agência de cometer essa
atrocidade. Antes mesmo de nos dar a autorização
para operar normalmente, a Anac já tentava leiloar
as linhas da Varig. É um absurdo. Eles terão
de responder a isso na Justiça", completa o
advogado da companhia aérea.
Folha de São Paulo
31/01/2007
Para Anac, decisão sobre Varig
não é da Justiça do Rio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) afirmou ontem que a Justiça do Rio não
tem competência para tentar reverter a decisão
da agência de retirar da Varig a concessão
de 119 linhas e 23 slots (espaços) em Congonhas que
não foram usadas no prazo legal.
Em nota à imprensa, a Anac afirma que a VRG Linhas
Aéreas (Nova Varig) não está na "alçada"
da 1ª Vara Empresarial do Rio. Na semana passada, a
pedido da Nova Varig, o juiz Paulo Roberto Campos Fragoso
ordenou a devolução das linhas e slots por
entender que o prazo legal para operação dos
vôos é calculado de outra forma e não
havia vencido.
"A 1ª Vara Empresarial tem responsabilidade legal
pela recuperação judicial da antiga Varig,
mas não tem alçada sobre a VRG. A companhia,
também conhecida como Nova Varig, é uma empresa
aérea concessionária recentemente homologada
pela Anac e tem saúde financeira", diz a nota.
Apesar da crítica indireta de ingerência, a
agência não se posicionou sobre o cumprimento
da decisão. Afirma que não recebeu notificação
da decisão, o que só pode acontecer por "carta
precatória a ser cumprida por juiz federal, uma vez
que a autarquia tem sede no DF". A nota se baseia em
informações divulgadas pela imprensa.
Procurado pela Folha, o juiz Paulo Roberto Campos Fragoso
afirmou que não poderia comentar a postura da Anac
para evitar impedimento em futuros julgamentos sobre o tema.
Segundo ele, há diferença interpretativa do
tema.
A Varig anunciou que pode mover ação de perdas
e danos contra os diretores da Anac. Para os advogados da
empresa, a Anac tem "plena consciência da impossibilidade
de seus atos", mas usa "a tática para tentar
quebrar a companhia em benefício de terceiros".
O Estado de São Paulo
31/01/2007
Anac mantém decisão
sobre rotas da Varig
A disputa entre o Tribunal de Justiça
do Rio e a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) sobre direitos de vôos da Varig continua.
A Anac declarou ontem não reconhecer a competência
do TJ, que na semana passada proibiu a agência de
redistribuir 22 slots (vagas para pouso) em Congonhas. Para
a Anac, o TJ é responsável pela velha Varig,
em recuperação judicial, e não pela
nova.
INVERTIA
Quarta, 31 de Janeiro de 2007, 7h55
Anac contraria TJ e mantém
decisão sobre rotas da Varig
A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) declarou ontem que não reconhece o competência
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ), que
na semana passada proibiu a agência de redistribuir
23 slots (vagas para pouso) da Varig no aeroporto de Congonhas,
em São Paulo.
De acordo com o Estado de S. Paulo, a Anac
acredita que o TJ só é responsável
pela recuperação judicial da Varig. A nova
administração da aérea não seria
responsabilidade do tribunal.
Na última quinta-feira, a agência
suspendeu o direito da Varig de uso de 23 "slots"
do aeroporto mais movimentado do País, por considerar
que a empresa não havia cumprido o prazo de utilização
dos "slots".
Pelas normas da aviação brasileira,
uma empresa tem até 30 dias para iniciar a operação
de uma freqüência de vôo a que tem direito
após receber o Certificado de Homologação
de Empresas de Transporte Aéreo (Cheta).
A Justiça do Rio de Janeiro determinou
na sexta-feira que a Anac devolvesse à Varig o direito
dos espaços e horários para pousos e decolagens.
Também na quinta-feira, a Anac anunciou
o cancelamento de 119 dos 270 vôos domésticos
que a Varig tinha o direito de operar, porque a empresa
aérea não teria cumprido os prazos legais
para iniciar essas operações.
Segundo a Varig, a empresa já previa
não operar essas 119 freqüências, e isso
"não afeta sua operação".
Brasilturis Jornal
30/01/2007 11:45
Matlin Paterson (que adquiriu a Varig)
é um dos favoritos para aquisição
O processo de venda da Alitalia na participaçaão
de 30,1% do governo italiano começou mesmo neste
final de janeiro e atraiu onze potenciais interessados.
A principal surporesa é a ausência do grupo
Air France-KLM, que para muitos analistas seria o principal
concorrente.
“Air France – KLM não participará
no processo montado pelo governo italiano pois as condições
não foram satisfeitas” - afirmou nota do grupo
franco-holandês, informando que continuará
a desenvolver sua parceria com a Alitalia no contexto da
Sky Team e da cooperação industrial e comercial..
Os fundos de investimentos foram maioria entre os candidatos
para aquisição da companhia, entre eles o
Matlin Paterson (o mesmo que comprou a Varig através
da VarigLog) o Texas Pacific Group Ventures, o Inicredit
SpA, o Management & Capital SpA, o e o Terra Firma Investments.
Outro candidato é Carlo Toto, líder da low
cost italiana Air One.
O governo da Itália detém
49,9% da companhia que desde 1998 não apresenta resultados
positivos, com prejuizos diários que chegam a somar
um milhão de euros. A companhia informou que o 2006
deverá apresentar um prejuizo geral de 380 milhões
de euros, 72% a mais que o previsto de 221 milhões.
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