O Estado de São Paulo
30/09/2006
Avião da Gol some com 155 pessoas
Boeing do vôo 1907, que ia de Manaus para o Rio, bateu em jato em Mato Grosso e não havia sido achado até a 1 hora

Um avião da companhia aérea Gol com 149 passageiros e 6 tripulantes desapareceu ontem sobre Matupá (MT), 207 quilômetros a sudeste da base Aérea da Serra do Cachimbo (PA), após ter se chocado no ar com um jato Legacy, fabricado pela Embraer. Esse pode ter sido o pior acidente aéreo da aviação brasileira. Até a 1 hora de hoje, o avião não havia sido localizado.

O Boeing 737-800 da Gol fazia o vôo 1907, de Manaus para o Rio, com escala em Brasília. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião saiu de Manaus às 14h30 (horário local) e deveria ter pousado na capital federal às 18h12. Às 16h48, o Boeing sumiu dos radares. A lista oficial dos passageiros do vôo da Gol não foi divulgada. Conforme nota da companhia, o último contato com o avião ocorreu às 17 horas, via rádio. A Gol recebeu o Boeing, que tinha 200 horas de vôo, no dia 12. Décio Chaves Júnior era o comandante do vôo. Antes da Gol, atuou na Transbrasil.

A Aeronáutica informou que o Legacy pousou na Base Aérea da Serra do Cachimbo e que seus tripulantes passam bem. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou cinco aviões e helicópteros para as buscas. Também estavam sendo utilizados satélites. “A chance de ter caído é de 99%”, afirmou o coronel Ramón Bueno, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo (SRPV) de São Paulo.

Um radioamador de Goiás foi o primeiro a informar a Polícia Civil sobre o acidente, às 17h55. Ele recebeu informação de um fazendeiro de Peixoto Azevedo, que disse ter visto o acidente. Conforme o fazendeiro, o avião se chocou contra o solo e explodiu.

O clima era de desespero nos aeroportos de Brasília, Manaus e Rio. Em Brasília, cerca de 200 pessoas aguardavam pela chegada do vôo. Em Manaus, outras 100 buscavam informações sobre o Boeing.

O Estado de São Paulo
30/09/2006
Asa de jato pode ter cortado boeing
Laura Diniz, Marcelo Godoy

O Boeing 737-800 da Gol tem combustível suficiente para voar cerca cinco horas sem precisar reabastecer, afirmou ontem o coronel Ramón Bueno, chefe do Serviço Regional de Proteção ao Vôo (SRPV) de São Paulo. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o avião saiu de Manaus às 14h30, com destino a Brasília. “A chance de ter caído é de 99%, infelizmente”, disse o coronel Bueno, às 23h40, quando o Boeing da Gol, movido a querosene, ainda não havia sido encontrado. Oficialmente, até as 23h45 o avião era considerado desaparecido.

A Aeronáutica montou dois núcleos de crise para as buscas ao Boeing. O primeiro ficou baseado em Brasília e o outro na Base Aérea de Cachimbo, no Pará. “Temos cinco aeronaves sobrevoando a área”, afirmou o brigadeiro Teles Ribeiro, do Centro de Comunicação da Aeronáutica. Entre elas estão aviões R-99 equipados com radares de buscas. Além deles, a Força Aérea mobilizou um satélite que está monitorando a área à procura do avião. “Trata-se de um satélite usado nesse tipo de acidente”, contou o brigadeiro.

O brigadeiro contou ainda que a equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) já estava na área ontem à noite para começar a apurar as causa do acidente. Também foram deslocados do Rio, em um avião Hércules C-130, os homens do Para-Sar, grupo especializado em buscas e resgates.

Por volta das 23 horas, a Força Aérea recebeu uma informação de que moradores das proximidades da Fazenda Jarinã, no município de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, desconfiavam que o Boeing teria caído na área da fazenda. “Essa é uma informação que veio do pessoal de terra, mas que nossas aeronaves ainda não confirmaram.” Ainda ontem de madrugada, a Aeronaútica ia enviar mais aviões para a região a fim de auxiliar nas buscas.

A Base Aérea da Serra do Cachimbo informou que a tripulação do Legacy passava bem, depois do pouso forçado. A Aeronáutica entrou em contato com o destacamento da Polícia Militar de Guarantã do Norte, cidade mais próxima da base, e pediu aos policiais que colocassem em alerta os hospitais da região norte de Mato Grosso. “Nós informamos os hospitais de Guarantã, de Matapá e de Peixoto de Azevedo para que eles fiquem em alerta”, afirmou o tenente Mário Willian, da PM do Mato Grosso.

Bueno explicou por que o choque pode ter sido fatal para o avião maior, da Gol, enquanto o menor, o Legacy, pousou com avarias na asa. “A asa do Legacy é uma navalha. Durante a colisão, ela pode ter atingido um dos pontos vitais do Boeing, como o corpo ou a parte traseira (a cruz formada pelas empenagens vertical e horizontal).”

Segundo o coronel, o avião da Embraer voa a cerca de 850 quilômetros por hora e o Boeing, a 900 quilômetros por hora. “Bastaria um picozinho (uma pequena fissura) do Legacy para que a força aerodinâmica cortasse o Boeing em dois. Mas ainda não sabemos o que aconteceu. Essas são algumas hipóteses.”

MOTIVOS

Especialistas apontam diversas hipóteses como causa do acidente. Pode ter havido um erro de altimetria - por um problema de cálculo na altitude e na rota dos vôos, os aviões passariam pelo mesmo local na mesma hora. Um ex-coronel da Aeronáutica, que trabalha na aviação civil, explicou que, ao apresentar o plano de vôo, os aviões são “encaixados no espaço aéreo”. Segundo ele, o sistema de controle é tão evoluído que, às vezes, quando se tenta encaixar dois aviões na mesma rota , o computador não aceita. Outras hipóteses são de falha no piloto automático ou nos radares de um dos aviões, de modo que um não teria detectado o outro.

Para o presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, Uébio José da Silva, a possibilidade mais forte para o desaparecimento do avião da Gol é de um problema nos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) 4, que controla o espaço aéreo na região amazônica, ou até mesmo dos operadores da Base Aérea da Serra do Cachimbo.

O sindicalista disse que, se houvesse maior empenho do governo federal, a aviação brasileira seria mais segura. “Lamentavelmente é preciso cair uma aeronave para que se comece a discutir o assunto. É preciso melhorar a navegabilidade aérea no País”, explicou. Santos lembrou do caso da queda do avião com o grupo musical Mamonas Assassinas, na Serra da Cantareira, em São Paulo, no dia 2 de março de 1996. “Se provou depois que a torre deveria ter corrigido a rota do avião dos Mamonas. Talvez tivesse sido evitado aquela tragédia.”

Segundo Jorge Sawaya Jank, piloto que sobrevoou a região várias vezes entre 1995 e 2004, quando trabalhava numa empresa de táxi aéreo, a possibilidade de um acidente aéreo na região do Cachimbo é pequena, pois o tráfego aéreo é reduzido. Jank também estranhou a informação de que o Legacy poderia estar sendo usado para o tráfico de drogas, divulgada pela imprensa com base em fontes extra-oficiais. “Além de ser um avião caro, ele voa numa altitude elevada, muito monitorada pelos radares. Os aviões usados pelo tráfico costumam ser modelos menores, capazes de voar baixo.”

Folha de São Paulo
30/09/2006
Avião com cerca de 150 passageiros some após colidir no ar com outra aeronave
Aeronave saiu de Manaus e teria se chocado com um avião da Embraer, que pousou no Pará; acidente ocorreu por volta das 17h
Legacy, da Embraer, teria atingido a parte debaixo do Boeing da Gol, que iria para o Rio; empresa não informou se há vítimas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um Boeing 737 da Gol, que teria 150 passageiros, sumiu dos radares aeronáuticos ontem no final da tarde durante um vôo entre Manaus e Brasília. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que o destino final do vôo era o Rio de Janeiro.

A Anac disse que ainda não era possível precisar o número de passageiros.

A aeronave foi atingida, na parte debaixo, com uma aeronave Legacy, fabricada pela brasileira Embraer e adquirida pelos Estados Unidos. O Legacy conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará.

Numa reunião da alta cúpula do Comando da Aeronáutica, por volta das 20h45 de ontem, oficiais militares tentavam rastrear o trajeto do avião da Gol por meio de cinco computadores, sem sucesso. O governo trabalhava com a possibilidade de que o choque provocou a queda do Boeing.

Até a conclusão desta edição, não havia informações sobre feridos ou mortos.

Acidente

O acidente teria sido por volta das 17h (hora de Brasília, uma a mais do que em Manaus), perto de São Fêlix do Xingu, ao sul da Serra do Cachimbo, no Pará.

Na escala de vôos da Gol, havia ontem o vôo 1907, saindo de Manaus com horário de chegada previsto no aeroporto de Brasília para 18h12.

Relatos de moradores de Matupa, no Mato Grosso (700 km ao norte de Cuiabá), indicam que o choque entre as duas aeronaves teria ocorrido na região, que fica na divisa do Estado com o Pará.

Segundo a Infraero, o Legacy tem capacidade para nove passageiros. A Infraero não soube informar se a aeronave que pousou teve feridos.

Equipes de resgate da FAB (Força Aérea Brasileira) saíram de Anapólis (Goiás), e do Rio de Janeiro. Além da ajuda de aviões e helicópteros de Campo Grande.

Famílias que aguardavam parentes no aeroporto de Brasília foram levadas, por funcionários da Gol, a hotéis da região.

Resgate

O Esquadrão Pelicano, sediado em Campo Grande (MS), enviou duas aeronaves e dois helicópteros para fazer buscas na região do sul do Pará, onde um avião da Gol desapareceu.

De acordo com informações da Base Aérea, as buscas serão feitas na região da Serra do Cachimbo.

Criado em 1957, o Esquadrão é especializado em operações de buscas e resgates.

Gol

Procurada à noite pela Folha, a assessoria de imprensa da empresa aérea da Gol disse que não tinha condições de passar informações sobre o vôo.

O Globo Online
30/09/2006 às 08h19m
Moradores viram avião perder altura, diz funcionário de fazenda
Reuters

SÃO PAULO - Moradores da região de Peixoto de Azevedo, no norte do Mato Grosso, disseram que viram um avião de grande porte fazendo manobras incomuns e perdendo altura na tarde de sexta-feira, dia em que um Boeing 737-800 da Gol desapareceu entre o norte do Estado e o sul do Pará com 155 pessoas.

- O pessoal viu um avião de grande porte fazendo manobras estranhas e perdendo altura, mas perderam a visibilidade em função da distância e da altura das árvores - afirmou à Reuters Ademir Ribeiro, administrador da Fazenda Jarinã, localizada a 230 quilômetros de Peixoto de Azevedo, em entrevista por telefone.

Segundo Ribeiro, os relatos foram feitos a ele pelo gerente da Fazenda Maderuna, que fica a 20 quilômetros da Fazenda Jarinã.

Não foi possível entrar em contato com representantes da Fazenda Maderuna, que não tem telefone, segundo Ribeiro. Ele obteve a informação quando se dirigiu à fazenda na sexta-feira, a pedido de autoridades do Comando Aéreo de Brasília.

- A mata por aqui é fechada, nativa, o pessoal perdeu contato visual por causa das árvores - disse Ribeiro, afirmando que não foi possível confirmar se o avião era da Gol. Ele explicou que a fazenda está abaixo de rotas regulares de aviões.

Segundo ele, o encarregado da Jarinã, que por volta de 16h30m e 17h (hora local) estava no campo cuidando do gado, "ouviu um estrondo muito forte" nesse horário. - Não se viu fumaça ou coisa parecida - depois do barulho, disse Ribeiro.

Ribeiro informou ainda que "ontem à noite tinha avião da força aérea se movimentando aqui por cima da Jarinã. Até 1h da manhã eles estavam rondando".

A fazenda é equipada com central hidrelétrica e tem iluminação, "mas de madrugada em diante eu não vi mais nada. Pode ser que o pessoal tenha concluído que não caiu por aqui e tenha se movido para outra área", disse Ribeiro.

Representantes da Superintendência Norte da empresa que administra os aeroportos do país, Infraero, e da Aeronáutica não puderam ser localizados para fornecer informações atualizadas sobre os esforços de busca da aeronave.

O vôo 1907 da Gol decolou de Manaus às 15h35 (horário de Brasília) de sexta-feira com destino ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro. A Força Aérea Brasileira perdeu contato com o vôo às 16h48, quando o avião sobrevoava a região sul do Pará, nas proximidades da cidade de São Félix do Xingu. Moradores dessa cidade também informaram ter visto um avião de grande porte voando baixo.

O prefeito de Matupá (no Mato Grosso), Valter Mioto, disse à Reuters na noite de sexta-feira ter informações de que o avião tinha caído na Fazenda Jarinã, mas Ribeiro informou que a aeronave não caiu na propriedade e que não tinha mais informações.

Ainda na sexta-feira, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, disse em entrevista à rádio CBN que o avião da Gol sumiu do radar depois de um choque com uma aeronave menor, um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer . O jato, apesar de ter sofrido avarias, conseguiu pousar na Serra do Cachimbo, no sul do Pará.

O Globo Online
30/09/2006 às 08h18m
Aeronáutica confirma envio de oito aeronaves para auxiliar nas buscas ao avião desaparecido
GloboNews TV

RIO - A assessoria de comunicação da Aeronáutica confirmou neste sábado que oito aeronaves - cinco aviões e três helicópteros - já estão sobrevoando a área onde desapereceu o Boeing 737 da Gol, próximo à Serra do Cachimbo, na divisa entre os estados do Pará e Mato Grosso.

Dois dos aviões tem radares capaz de detectar sinais de calor e de rádio e, segundo a Aeronáutica, todas as bases estão em prontidão, prontas para enviarem mais aviões, caso seja necessário.

O Globo
30/09/2006

Do Portal G1:
30/09/2006 - 01:18h
"O avião explodiu", gritam parentes de passafeiros

"Parentes de passageiros do vôo 1907 da Gol, desaparecido nesta sexta-feira (29), começaram a sair em desespero da sala onde funcionários da companhia aérea Gol tinham reunido o grupo no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. Os familiares gritavam que "o avião explodiu". Um dos parentes, que não se identificou, disse que o avião bateu na Serra do Cachimbo, em Mato Grosso.

O vôo tinha 155 pessoas e saiu do aeroporto de Manaus, às 14h36, com chegada em Brasília prevista para as 18h10. Segundo a Infraero, a aeronave, um Boeing 737-800, perdeu contato com a torre de controle às 16h48, a 207 km ao sul de Cachimbo, município de São Felix do Araguaia, no em Mato Grosso.

O vôo tinha 155 pessoas a bordo e seguiria para o Rio de Janeiro."

Folha Online
29/09/2006 - 22h47
Parentes de passageiros do vôo da Gol reclamam da falta de informações

Parentes do vôo 1907 da Gol, que desapareceu nesta sexta-feira no Pará, reclamam da falta de informações sobre o avião. Eliete Monteiro, que esperava pelo marido --que estava a bordo do avião--, reclama da falta de informações sobre o desaparecimento do avião.

Eliete disse que foi informada sobre o incidente primeiro pelo filho que estava em casa do que pela Gol e Infraero.

Segundo ela, os parentes e amigos dos passageiros que aguardavam pelos ocupantes do vôo ficaram sem informações até as 20h30 desta sexta-feira --quando foram levados para um prédio da Infraero. O vôo deveria ter pousado por volta das 18h10 em Brasília.

Somente às 21h10 foram informados sobre o desaparecimento por Paulo Albano de Godoy Penteado, diretor de segurança aeroportuária da Infraero.

Nesse prédio, cerca de 50 pessoas aguardam por informações sobre os passageiros do vôo da Gol. A maioria reclama da falta de informações. Muitas estão chorando.

Atendentes da Gol estão servindo água, barras de cereal e salgadinhos para os parentes, amigos dos passageiros do vôo.

O Globo Online
29/09/2006 às 22h45m
Sete passageiros que saíram do aeroporto em Manaus viriam para o Rio
Érica Ribeiro - O Globo

RIO - A assessoria de comunicação da Infraero no aeroporto Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, informou que sete das 155 pessoas que saíram do aeroporto internacional Eduardo Gomes, em Manaus, desembarcariam no Rio.

Os nomes destes passageiros ainda não foram divulgados mas, segundo a assessoria da Infraero, parentes dos passageiros já estão no aeroporto Tom Jobim e foram encaminhados para uma sala isolada pela direção da Gol.

O avião, que saiu às 14h36m de Manaus, faria escala em Brasilia e chegaria ao Rio às 20h.

Blog Noblat
29/09/2006 - 22:39h
Um esperança; uma má notícia

Flávia, uma moça que está no aeroporto de Brasília neste minuto, ligou mais de uma vez para o celular de seu chefe, Luiz Antônio Pereira de Carvalho, que estava no vôo da Gol desaparecido ao sul do Pará.

Para a surpresa dela, Luiz Antônio atendeu o telefone, mas a ligação caiu. Ela disse ter certeza de que ouviu a voz dele:

- Eu falo com ele todos os dias!-, afirmou ao repórter Gustavo Noblat.

Ao mesmo tempo, um rádio amador que está na cidade de Alexânia (GO), Laudir Benevides, disse em entrevista à TV Bandeirantes que uma testemunha ocular viu o avião explodindo ao tocar no solo.

Folha Online
29/09/2006 - 22h36
Desaparecimento de Boeing da Gol mobiliza mídia estrangeira
da Folha Online

A notícia do desaparecimento de um Boeing da companhia aérea Gol na região da Amazônia mobilizou a mídia internacional, que costuma, nestes casos, correr para checar suspeitas de seqüestros de aeronaves por terroristas.

Logo após a confirmação pela Infraero, a CNN, rede norte-americana de televisão, entrou ao vivo com o relato de "breaking news" (notícia urgente).

A CNN exibiu um mapa do Brasil localizando Brasília, destino do Boeing, informando que 155 passageiros e tripulantes estavam a bordo da aeronave.A barra de notícias da TV americana também mostrou detalhes da apuração do caso.

O jornal americano "The New York Times" também já noticiou o caso, em seu site, reproduzindo um despacho da Associated Press. Sites de jornais argentinos, como o "La Nacion", também destacaram o desaparecimento do avião na Amazônia, em seu noticiário on-line.

O Dia
29/9/2006 22:28h
Famílias de passageiros do vôo 1907 são levadas para área restrita do aeroporto Tom Jobim

Rio - As famílias dos passageiros que estavam no vôo 1907, da Gol, que desapareceu quando seguia de Manaus para Brasília, estão sendo levados para uma área restrita da Infraero, no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, onde recebem atendimento médico e psicológico.

A assessoria de imprensa da empresa ainda não divulgou nenhuma nota oficial sobre o incidente.

Blog Noblat
29/09/2006 - 22:14h
Falta de Atenção

O ministro da Defesa, Waldir Pires, diz que falta de atenção da tripulação da Gol pode ter provocado o acidente com o avião que deveria ter pousado às 18h10 em Brasília.

- É uma coisa que conduz os especialistas a imaginarem que houve certa distração da tripulação. Não se compreende como terá acontecido isso-, afirmou em entrevista à rede Bandeirantes.

Blog Noblat
29/09/2006 - 22:06
Nota Oficial - sem confirmações

Esta é a nota divulgada neste minuto pela Aeronáutica, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero:

"Comunicamos que o vôo da Gol número 1907, com cerca de 150 pessoas a bordo, decolou de Manaus (AM) às 14h30 (hora local) com destino ao Rio de Janeiro. O vôo faria escala em Brasília, onde deveria ter chegado às 18h10. O controle de vôo da Força Aérea Brasileira (FAB) perdeu o contato com a aeronave às 16h48 quando ela sobrevoava a região à 207 km ao sul da cidade de Caximbo, município de São Félix do Araguaia no estado do Pará.

A FAB mobilizou o serviço de busca com cinco aeronaves de diferentes portes.

Assim que as três instituições tiverem novas informações, elas serão repassadas à imprensa.

Centro de Comunicação da Aeronáutica, Anac e Infraero"

Estadão
29 de setembro de 2006 - 20:59h
Avião com 155 passageiros desaparece durante vôo Manaus-Brasília
Aeronove que partiu de Manaus rumo a Brasília colidiu com outra de pequeno porte, que conseguiu pousar

Modelo semelhante ao Boeing 737-800 desaparecido nesta sexta

BRASÍLIA - Um Boeing 737 da Gol que ia de Manaus para Brasília, com 155 passageiros, desapareceu, nesta sexta-feira, depois de colidir com uma aeronave de pequeno porte, um Legacy – fabricado pela Embraer –, no município de São Félix do Araguaiana, região da Serra do Cachimbo, no Pará.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que o avião pequeno era pilotado por um estrangeiro e conseguiu aterrissar numa base áerea nas proximidades da Serra, mesmo com a ponta da asa e parte da cauda destruídas.

Até agora, a informação da Infraero é de que o Boeing fazia o vôo 1907 e saiu com 155 passageiros de Manaus, faria escala em Brasília e depois seguiria para o Rio de Janeiro. A aterrissagem em Brasília estava prevista para as 18h10. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero em Manaus, a aeronave saiu da cidade às 14h36.

Cerca de 25 familiares de passageiros choram no saguão do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, mas ainda não há qualquer informação sobre a localização do avião. Funcionários da Gol levaram alguns familiares para um espaço dentro da sala de embarque, longe dos jornalistas que estão no aeroporto.

FAB inicia buscas por aeronave

A Força Aérea Brasileira (FAB) já deslocou dois aviões, um C-99, de Anápolis (GO), e um C-130, do Rio de Janeiro, para a região da Serra do Cachimbo, no oeste do Pará.

De acordo com o Infraero, o vôo aparece no sistema como "atrasado". A Gol confirmou o desaparecimento da aeronave. A região paraense onde as buscas começaram é de difícil acesso, cercada de florestas com árvores de até 40 metros de altura, montanhas, e está localizada próximo da fronteira com Mato Grosso. O hospital mais próximo fica em Santarém, a mais de 500 km de Cachimbo.

A área onde aconteceu a colisão foi campo de provas da Aeronáutica, durante o regime militar. Era lá que o governo pretendia fazer testes com a primeira bomba atômica nacional. O projeto, que nunca chegou a ser implantado, foi simbolicamente arquivado durante o governo civil do ex-presidente Fernando Collor.

No final dos anos 50, durante o governo de Juscelino Kubitschek, a base militar, localizada no município de Jacareacanga, serviu para a revolta de um grupo de militares comandados pelo brigadeiro Haroldo Veloso.

Agência Estado
29/09 - 15:31h
Petrobras reduz querosene de aviação em 12,1%

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) informou hoje que a Petrobras reduzirá o preço do querosene de aviação em 12,1% a partir de 1º de outubro. É a terceira redução consecutiva repassada ao preço do combustível, que tem reajustes quinzenais.

No dia 1º de setembro, a Petrobras havia reduzido o preço do produto em 5,1% e, no dia 15, em 4%. Com esses reajustes para baixo, a alta acumulada este ano sobre os valores de 2005, que chegou a ser de 26% em agosto, praticamente se anulou e está hoje em 1%.

O Snea não informou se o reajuste será repassado aos preços das passagens aéreas. O valor do combustível corresponde a algo entre 35% e 40% dos custos de uma companhia aérea.

Estadão
29 de setembro de 2006 - 13:24
Varig anuncia nome de novo presidente na próxima semana
Segundo o presidente do conselho de administração da VarigLog, trata-se de "um profissional do mercado, que trabalha em uma empresa de capital aberto"
Alberto Komatsu

RIO - A nova Varig deverá anunciar na próxima semana o nome de seu novo presidente, revelou na quinta-feira o presidente do conselho de administração da controladora VarigLog, Marco Antonio Audi. Segundo o executivo, trata-se de "um profissional do mercado, que trabalha em uma empresa de capital aberto".

A ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Maria Silvia Bastos Marques, que foi convidada para o cargo, mas recusou e agora trabalha como consultora para a nova Varig, disse que permanecerá ao lado da empresa, mas não comentou se continuaria a ser consultora ou se poderia se tornar executiva. Segundo Audi, Maria Silvia não ocupará a presidência da nova Varig.

Jornal de Negocios Lisboa Portugal
29/09/2006
Varig e Governo do Rio devem assinar memorando na próxima semana
Ana Torres Pereira

A nova Varig e o Governo do Rio marcaram para a próxima sexta-feira a assinatura de um memorando no qual a transportadora aérea se compromete a manter a sua sede no Rio, a contratar cerca de 4.500 empregados e a retomar as operações que a companhia tinha antes da crise, agravada no início deste ano.

Em 2004, a Varig firmou um acordo com o governo do Rio para receber de volta 103 milhões de reais em ICMS cobrados indevidamente pelo Estado.

Em contrapartida, a empresa aérea, vendida à VarigLog em Julho passado teria que cumprir com as metas de contratação e operação, além de manter sua sede no Rio.

"A nossa intenção sempre foi deixar a sede da empresa no Rio de Janeiro. A Varig ficará no Rio", disse o presidente do Conselho de Administração da VarigLog, Marco Antonio Audi.

O executivo disse aguardar duas autorizações (certificação de homologação de empresa de transporte aéreo e concessão para voar) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para começar a contratar mais funcionários, comprar 14 aviões e aumentar suas operações, prioritariamente em âmbito doméstico.

Até o momento, a companhia conta com 1.700 funcionários e 15 aeronaves. De acordo com o presidente do conselho de administração da empresa, logo que a nova Varig conseguir as autorizações, deve contratar mais 1.500 empregados.

Na semana que vem, companhia deve anunciar o seu novo presidente executivo.

Agencia Lusa
29-09-2006 07:37:40
Air Macau anuncia contratação de 18 ex-pilotos da Varig

Macau, China - A companhia aérea Air Macau anunciou a contratação de 18 ex-pilotos da Varig, concluindo assim um processo de seleção iniciado em meados de agosto.

A empresa asiática anunciou a contratação dos pilotos brasileiros, que têm 35 anos de idade em média e de cinco mil a oito mil horas de vôo, em comunicado à imprensa.

A Air Macau revela ainda na nota que os profissionais foram selecionados por meio de um rigoroso processo de avaliação.

Segundo a empresa, os novos pilotos devem passar ainda por um período de formação com vôos simulados – formalidade exigida pelas autoridades de Aviação Civil de Macau.

Em agosto, o administrador-executivo da Air Macau, David Fei, já havia anunciado que a empresa tinha entrevistado 18 pilotos brasileiros da Varig para viabilizar suas contratações.

A incorporação dos pilotos à companhia asiática é feita após a nomeação de Rodrigo Passos, também brasileiro, ao cargo de piloto-chefe da Air Macau.

Passos, ex-comandante da Korean Airlines e que já trabalhou na Varig, substituiu Do Guo Fu, que passou a exercer o cargo de vice-presidente de operações da Air Macau.

Com dívidas estimadas em mais de US$ 7 bilhões, a Varig foi leiloada em 20 de julho último no Rio de Janeiro e adquirida por sua ex-subsidiária de transportes de carga VarigLog.