O Estado de São Paulo
30/08/2007
Varig antiga pode adotar marca
Flex
Empresa pretende voltar a
voar no dia 1.º de novembro
Alberto Komatsu
A Varig antiga, que adotou no processo de recuperação
judicial o nome da ex-subsidiária Nordeste, pode
voltar a voar no dia 1º de novembro, entre o Rio
e Salvador, com a marca Flex. Tudo depende, porém,
de um acerto de contas de cerca de R$ 50 milhões
que estão sendo cobrados na Justiça por
serviços que a empresa prestou, na época
da transição, à nova Varig (VRG)
e à VarigLog (empresa de cargas), conta uma pessoa
próxima às negociações.
A quantia em questão está em análise
pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara
Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, responsável
pela recuperação judicial da companhia.
Ayoub confirmou a provável data de reestréia
e também relatou que o avião a ser utilizado,
um Boeing 737-300, poderá vir da Gol por meio
de um acordo operacional de distribuição
de passageiros.
De acordo com uma fonte do setor, a idéia é
usar até seis aviões, que poderão
ser operados por meio de diversas frentes de negociação,
'de preferência aviões que já estão
no Brasil', para encurtar prazos. Aviões da nova
Varig que foram comprados pelo fundo americano Matlin
Patterson, ex-acionista da empresa que vendeu sua participação
para a Gol, também são algumas opções.
A Varig antiga também cogitou as marcas Sol,
Nova, Lig, a manutenção de Nordeste, o
nome da também ex-subsidiária Rio Sul
e até mesmo a volta da bandeira Cruzeiro do Sul,
empresa que foi adquirida pela Varig em 1975. A marca
Flex, porém, está na preferência
dos envolvidos na escolha.
CAIXA
Segundo a fonte do setor, o gestor judicial da Varig
antiga, Miguel Dau, não quer mexer no dinheiro
do caixa da empresa para fazê-la voar, já
que a preferência é dos credores. É
por isso que a esperança reside na dívida
cobrada na Justiça. Dau foi procurado, mas não
retornou até o fechamento desta edição.
A Varig antiga permanece em recuperação
judicial para amortizar uma dívida de R$ 7 bilhões,
contraída antes de a nova Varig ser desmembrada,
sem dívidas, e ser arrematada em leilão
judicial, no dia 20 de julho de 2006, por US$ 24 milhões
pela ex-subsidiária VarigLog. O juiz Ayoub lembra
que a nova controladora da VRG, a Gol, que comprou a
empresa por US$ 320 milhões em 28 de março,
não tem responsabilidade pelas dívidas
da empresa que permanece em recuperação
judicial.
Site da AMVVAR
30/08/2007
Carta do Cmte Luiz Pereira ao juiz Dr. Ayoub
Amigos,
a entrevista do Dr. Ayoub foi uma coisa tenebrosa! Sorte
mesmo teve A Princesa Isabel, a Redentora, porque se
ela vivesse nos nossos dias ela seria presa por ofender
os senhores dos escravos... Ela seria acusada de controvérsia
conflituosa... A partir da Lei Áurea os senhores
dos escravos passaram a ter direito a pago pelos valores
sociais do seu trabalho... O suor laborial.. Aquilo
não foi uma estupidez , caro juiz....Aquilo foi
soberania, porque foi fruto também da gestação
de mentes priviligiadas, que só poucos seres
humanos são capazes de oferecê-los aos
seus semelhantes; são espíritos em que
nada os compromete. São livres como as plantas
do deserto e, quando a seca é prolongada uma
gota de orvalho as satisfaz.
Senhor Juiz o senhor esqueceu os estudos de Filosofia
do Direito ! Como uma máquina programada o senhor
esqueceu de aplicar os seus conhecimentos em prol da
construção de uma sociedade livre, justa
e solidária; preferiu ser o Juiz do ruído
das máquinas e a da poliuição das
chaminés e rasgou Constituição
da República Federativa do Brasil, logo no seu
início - Os Princípios Fundamentais -
O senhor não viu que A CONSTITUIÇÃO
É SUPREMA; ELA TEM SUPREMACIA SOBRE TODAS AS
LEIS! O Senhor rasgou a CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA
SOCIAL - CTPS -, documento obrigatório para o
exercício de qualquer emprego ou atividade profissional.
Nela são registrados todos os dados do Contrato
de Trabalho, elementos básicos para o reconhecimento
dos seus direitos perante à justiça do
Trabalho., balizados na Consolidação das
Leis do Trabalho criação do estadista,
Gênio, mente previligiada.Getúlio Vargas,
- O estadista!- A atuação do senhor como
Juiz da Vara Empresarial, me faz pensar que esquece-lo,
é ao mesmo tempo uma caridade e um perigo !
(Theodor Heus)- O senhor patricou a paz dos pântanos,
a paz enganadora que esconde injustiças e cegueira.
A
atuação do senhor, poderá ser medida
pelo senhor mesmo, depois que o senhor ler parte do
documento que Getúlio legou aos brasileiros do
Brasil .
Quando a fome bater em vossa porta, sentireis em vosso
peito a energia para a luta por vocês e vossos
filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento
a força para a reação. Meu sacrifício
vos manterá unidos e meu nome será a vossa
bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será
uma chama imortal na vossa consciência e manterá
a vibração sagrada para a resistência'
.
Getúlio
Vargas, carta-testamento, 24 de agosto de 1954.
Assina: Luiz Pereira Neto
Comandante Aposentado VARIG/AERUS
O Estado de São Paulo
30/08/2007
Fiscal não teve treinamento
para medir chuva na pista
Funcionário da Infraero
fez a medição no dia da tragédia
em Congonhas
Luciana Nunes Leal
O fiscal de pátio Agnaldo Molina, da Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero),
surpreendeu ontem os deputados da CPI do Apagão
Aéreo ao revelar que não há um
treinamento específico para a verificação
das condições das pistas principal e auxiliar
do Aeroporto de Congonhas. Ele trabalhava no dia do
acidente com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas,
em 17 de julho.
'Não passei por treinamento, não fiz
curso. Isso é passado de companheiro para companheiro,
a gente vai pegando ao longo do tempo, com o pessoal
mais velho', disse o funcionário, que trabalha
em Congonhas há quatro anos, ao responder a uma
pergunta da deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
Entre 17 horas e 17h20 do dia do acidente, Molina,
em companhia do coordenador de Prevenção
e Emergência de Congonhas, Esdras Barros, arquiteto
com especialização em segurança
do trabalho, fez a verificação da pista
principal de Congonhas, a pedido da torre de controle.
O diagnóstico repassado à torre, segundo
eles, foi de que a pista estava molhada, mas sem poças.
Com isso, a pista continuou em operação.
Às 18h48, o Airbus A320 da TAM pousou, mas o
piloto não conseguiu frear o avião, que
atravessou a pista e explodiu ao bater no prédio
da TAM Express, na Avenida Washington Luís.
Esdras, que estava saindo do trabalho naquele momento,
participou da verificação por acaso, já
que tinha pego uma carona no carro da Infraero dirigido
por Molina, para chegar até seu carro. Com o
pedido de verificação feito pelos controladores
da torre do aeroporto, o fiscal e o coordenador circularam
pela pista de carro, em uma verificação
visual. 'Chovia pouco, não tinha poça
nem lâmina. A pista é nova e não
tem como empoçar com aquela quantidade de chuva',
afirmou Esdras.
O coordenador disse que fez o comunicado à torre
e que cabe aos controladores a decisão de determinar
a manutenção ou a suspensão das
operações na pista. Segundo Esdras, há
24 anos funcionário da Infraero e há 6
no cargo de coordenação, não havia
motivos para suspensão de pousos e decolagens
na pista principal. Pelas normas de segurança
que estão em vigor desde 25 de janeiro, a pista
do aeroporto de Congonhas deve ser fechada quando a
lâmina d'água atingir 3 milímetros.
Esdras disse não se lembrar de, após a
reabertura da pista, em 29 de junho, ter havido 'caso
de 3 milímetros de lâmina'.
Molina contou que ficou no lugar do chefe dos fiscais,
responsável pela vistoria das pistas, que estava
em férias. 'Foi a quarta vistoria que fiz, a
primeira depois da reforma', disse o fiscal. O deputado
tucano Gustavo Fruet (PR) alertou que os funcionários
poderão ser processados por 'imperícia,
negligência e imprudência pela vistoria
feita com tanta informalidade'.
O Estado de São Paulo
30/08/2007
Após acidente no Japão,
Gol terá de inspecionar freio de Boeings
Luciana Nunes Leal
Por determinação da Agência Federal
de Aviação (FAA) americana e da Boeing,
fabricante do avião da China Airlines que se
incendiou em um aeroporto japonês, na semana passada,
a Gol terá de inspecionar, nos próximos
dias, os 59 aviões 737-700 e 737-800 para conferir
os down-stop, sistemas de freio localizados nas asas.
A verificação será feita durante
a manutenção regular dos aviões.
A Boeing acrescentou a conferência dos down-stop
como mais um item de segurança a ser verificado
pelos mecânicos daqui para a frente. O comunicado
da fabricante americana foi enviado na terça-feira
a todas as empresas que operam com Boeings 737 Next
Generation, que inclui os modelos 600, 700, 800 e 900.
A Gol é a principal cliente da Boeing no Brasil.
A Assessoria de Imprensa da Gol informou que não
será necessária uma revisão de
emergência e que, à medida que os aviões
pousarem nos aeroportos, os mecânicos da empresa
vão conferir os down-stop. A Boeing pediu às
companhias que informem o resultado da conferência
em cada aeronave.
O acidente no aeroporto de Okinawa, logo depois do
pouso do avião 737-800 que tinha decolado de
Taiwan, só não se transformou em tragédia
porque os 157 passageiros e 8 tripulantes conseguiram
deixar o avião em escadas de emergência.
Na investigação das causas do acidente,
a Boeing constatou que o down-stop estava frouxo e se
desprendeu, atingindo o tanque e provocando vazamento
de combustível.
As medidas da Boeing foram comentadas ontem na sessão
da CPI do Apagão Aéreo da Câmara
e o relator, Marco Maia (PT-RS), decidiu pedir informações
sobre as inspeções à Gol e outras
companhias que operam com Boeings 737 NG.
Jornal do Brasil
30/08/2007
Opinião: A origem do caos
aéreo no Brasil
Roberto Dultra, presidente
da Associação Brasileira do Turismo Receptivo
Internacional (Bito)
Um mês depois do acidente em Congonhas, a mídia
brasileira e internacional dedicou dezenas de páginas
a especular sobre as prováveis causas. Há
quem culpe a falta de grooving na pista do aeroporto.
Outros apontam a inoperância do reversor de uma
das turbinas. No entanto, ninguém aponta a verdadeira
origem do problema: a óbvia falta de interesse
do governo federal em tomar as medidas necessárias
à modernização do setor da aviação
civil no Brasil.
Em todo o mundo, o transporte aéreo segue o
modelo da Organização da Aviação
Civil Internacional (OACI), a agência das Nações
Unidas criada no pós-guerra para organizar o
desenvolvimento da aviação civil sem as
limitações do sistema militar. A OACI
é bem clara quanto à necessidade de a
aviação civil estar separada dos militares
- mas, infelizmente, suas recomendações
não são obrigatórias, pois os países
são soberanos. E só dois deles fazem diferente:
Brasil e Uganda. No Brasil, a aviação
nunca saiu das mãos dos militares. A própria
Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) está abaixo do Ministério de Defesa.
De civil, só tem fachada.
Há mais de 20 anos, o governo brasileiro encomendou
à OACI um estudo para melhorar a infra-estrutura
da aviação civil. A OACI reuniu uma equipe
de peritos de vários países e criou o
projeto denominado PNUD/ OACI/ BRA/87/001 (PNUD quer
dizer Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento), cujo centro de operações
foi instalado junto ao DAC, no Aeroporto Santos Dumont,
no Rio de Janeiro. Um de seus principais objetivos era
a criação de uma escola de aviação
para formar pilotos, controladores de vôo e administradores
de aeroportos, com o intuito de fazer uma transição
gradual do controle dos militares para os civis.
Infelizmente, esse projeto foi desvirtuado assim quando
a formação dos primeiros grupos de profissionais
mostrou aos militares que eles começariam a perder
o controle sobre a aviação civil. O conhecimento
gerado pelo projeto continua nas mãos dos militares
e nada foi feito até agora para modernizar o
setor de transporte aéreo no Brasil. Os países
membros da OACI têm uma delegação
permanente na sede da entidade e enviam "delegados"
para participar de conferências e cursos sobre
os assuntos da aviação. São cargos
disputadíssimos. Há décadas que
o Brasil vem mantendo sua delegação em
Montreal, onde fica a sede da Agência.
Não critico o fato de o Brasil manter uma delegação
na OACI. As perguntas que me angustiam são: o
que está fazendo a Aeronáutica com todo
o conhecimento que obtém através dessa
delegação permanente em Montreal? Até
quando esse "monopólio do conhecimento"
será mantido, sem qualquer aplicação
que resulte em melhorias do setor aéreo brasileiro?
Como se explica o fato de a Embraer não conseguir
vender aviões para empresas brasileiras, apesar
do grande sucesso que faz no resto do mundo? Isso só
pode ser resultado da total falta de atenção
do governo, que permite que as companhias aéreas,
por pura ganância, operem com aviões cada
vez maiores e mais pesados.
Que Deus ilumine nosso novo ministro da Defesa, Nelson
Azevedo Jobim, dando a ele condições e
coragem para resgatar os verdadeiros objetivos do Projeto
PNUD e recolocando o Brasil no rol dos países
realmente em desenvolvimento.
Valor Econômico
30/08/2007
Minas quer mais vôos de
carga em Confins para facilitar exportações
Ivana Moreira
O governo de Minas lançou ontem o mapeamento
das exportações do Estado, um catálogo
de 262 páginas com informações
detalhadas sobre as empresas exportadoras do Estado.
Com os dados nas mãos, o governo espera conseguir
abrir negociações com as empresas de logística
aérea e atrair vôos cargueiros para o aeroporto
internacional de Confins.
De todas as mercadorias para exportação
alfandegadas em Confins, 97% saem do aeroporto em caminhões.
Com a falta de vôos, os produtos precisam seguir
por rodovia até os aeroportos de Guarulhos, em
São Paulo, ou Viracopos, em Campinas. O transporte
rodoviário representa custo adicional de US$
0,12 por libra-peso de mercadoria. A cada quilo de produto
exportado, as empresas mineiras têm um custo adicional
de mais de um quarto de dólar.
"Isso prejudica a competitividade das empresas",
reconhece o secretário de Desenvolvimento Econômico,
Márcio Lacerda. Há um único vôo
de carga operando em Confins, uma rota da Varig Log
ligando Confins a Miami, nos Estados Unidos. A rota
foi criada há apenas 60 dias. Lacerda acredita
que o mapeamento mostrará às empresas
de logística aérea que existe potencial
para novas rotas.
O levantamento realizado pelo governo mostrou que
US$ 800 milhões em produtos mineiros são
exportados hoje por outros Estados. "Esses dados
vão nos ajudar a formular políticas estaduais
de comércio exterior", afirmou o secretário.
O principal objetivo é estimular a diversificação
da pauta de exportações de Minas Gerais,
muito concentrada em commodities, como minério
de ferro. Apenas dez empresas foram responsáveis
por 50% de toda a exportação do Estado
em 2006. "Mas há mil pequenas e médias
empresas exportando", informa o secretário.
A China é hoje o maior comprador de produtos
mineiros, sobretudo o minério de ferro. Mas é
para Argentina e Estados Unidos a pauta mais diversificada,
com presença de inúmeros pequenos exportadores.
Produtos de alta tecnologia representam apenas 1,2%
das exportações de Minas. Minas fechou
o balanço dos primeiros sete meses do ano com
crescimento de 20,8% nas exportações.
De janeiro a julho, as vendas somaram US$ 10,213 bilhões.
Mantido o ritmo de crescimento ao longo do ano, a expectativa
é fechar 2007 com US$ 19 bilhões - US$
1 bilhão a mais do que se previa no início
do ano. A pauta de exportações de Minas
contempla hoje 2.607 produtos.
Claudio Humberto
30/08/2007
Último vôo
Passarinhos na Agência Nacional de Aviação
Civil - únicos que entendem de vôo na Anac
- garantem que até amanhã o presidente
Milton Zuanazzi baterá as asas oficialmente.
Sua cadeira estará desocupada no sábado.
30/08/2007 | 0:00
Coisas do coração
Em seu depoimento na CPI do Apagão Aéreo,
o ministro Nelson Jobim (Defesa) citou três vezes
o tucano José Serra, governador de São
Paulo e seu velho amigo. O presidente Lula não
mereceu uma só referência.
Folha de São Paulo
30/08/2007
DANOS MORAIS - Tripulação
de avião seqüestrado será indenizada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Os cinco tripulantes de um avião da Vasp, seqüestrado
durante o vôo em agosto de 2000, receberão
R$ 20 mil de indenização da Infraero cada
um. Junto com passageiros, eles foram rendidos por cinco
homens armados.
A estatal, que disse não ter sido notificada,
foi condenada por danos morais por não ter vistoriado
bem passageiros e bagagens.