O ESTADO DE SÃO PAULO
30/08/06
Juiz bloqueia contas da VarigLog
O juiz Múcio Nascimento Borges, da 33ª Vara
do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), julgou, na segunda-feira
“procedente, em parte”, a ação
civil pública que responsabiliza a VarigLog pelo
pagamento de dívidas trabalhistas da Varig.
O conteúdo da decisão só deve ser
conhecido hoje, após publicação,
mas uma fonte da VarigLog diz que ela bloqueia as contas
de todas as empresas envolvidas na reestruturação
da Varig para garantir direitos trabalhistas.
“No momento, essa decisão pode afetar os
investimentos previstos na Varig, pois bloqueia todas
as contas da Volo do Brasil (controladora da VarigLog),
da VarigLog e da Aéreo Transportes Aéreos
S.A. (criada para comprar a Varig).” A ação
visa a garantir os direitos dos trabalhadores que estão
sendo demitidos. São R$ 253 milhões em rescisões
e R$ 106 milhões em salários.
O ESTADO DE SÃO PAULO
30/08/06
Anac contraria ordem judicial e
redistribui rotas da Varig
Justiça ameaçou
multar dirigentes e cancelar decisões da agência
Isabel Sobral
Contrariando determinação da Justiça
do Rio, a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) aprovou ontem a redistribuição
das freqüências internacionais que a Varig
deixou de operar, passando-as para a TAM, a Gol, a Ocean
Air, a BRA e a VarigLog (ver texto abaixo).
Foi ainda mantido o edital de licitação
de 56 horários de pousos e decolagens - dos quais
50 eram da Varig - no Aeroporto de Congonhas (SP), o mais
movimentado do País. A redistribuição
está marcada para o dia 14 de setembro.
A decisão foi tomada apesar de a Justiça
do Rio ter anunciado na segunda-feira que aplicaria uma
multa a três dirigentes da agência, de R$
20 mil para cada um, e anularia todas as medidas da Anac
para redistribuir rotas, freqüências internacionais,
autorizações e horários para pousos
e decolagens em aeroportos que eram da Varig, mas ficaram
de fora do plano básico de linhas apresentado pelos
novos controladores da companhia.
A Anac informou que, além de não reconhecer
a Justiça do Rio, também não recebeu
até ontem nenhuma notificação.
A diretoria da Anac também ameaçou ir ao
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a comissão
de juízes responsável pela recuperação
judicial da Varig. Ela alega que os juízes contrariaram
o Estatuto da Magistratura ao se manifestarem em público
sobre decisões que não haviam sido oficialmente
notificadas à Anac.
MANOBRA
A Justiça carioca quer impedir essa redistribuição
antes de 30 dias depois de a nova Varig ter sido homologada
pela agência reguladora. No entanto, o processo
de homologação, segundo fontes que acompanham
o negócio, está emperrado e sem data para
ser concluído porque os novos donos da Varig não
entregaram à agência toda a documentação
necessária.
A situação está sendo vista como
uma manobra da nova Varig para garantir todas as rotas
da antiga até o fim do ano, quando se espera a
chegada de mais aviões.
A agência passou a considerar que os juízes,
liderados por Luiz Roberto Ayoub, estão indo além
de suas atribuições e, por isso, mandou
um recado, que é a ameaça de procurar o
CNJ.
Para isso, a Anac determinou ao seu procurador-geral
que estude a possibilidade de uma representação,
argumentando que o anúncio antecipado de suas decisões
ao público, antes de as notificações
chegarem à Anac, estariam em desacordo com o comportamento
de um magistrado.
A juíza Márcia Cunha, autora da decisão
que anula todas as medidas tomadas pela Anac para redistribuir
rotas da Varig e determina a aplicação de
multas aos dirigentes da agência, não quis
comentar o assunto.
O juiz Luiz Roberto Ayoub, que lidera a comissão
de juízes responsáveis pela recuperação
judicial da Varig, foi procurado, mas não respondeu
aos chamados da reportagem do Estado até o fechamento
desta edição.
Folha de São Paulo
30/08/06
Anac vai questionar juízes
do Rio no Conselho de Justiça
Agência, que foi impedida
de redistribuir rotas da Varig, diz que membros do Judiciário
"afrontam Estatuto da Magistratura"
Funcionários do órgão regulador de
aviação também haviam sido multados;
demitidos podem retirar hoje guia do FGTS
IURI DANTAS DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) decidiu elevar o tom contra a Justiça do
Rio de Janeiro e informou ontem que iniciará estudos
para entrar com representação no Conselho
Nacional de Justiça contra os magistrados do Estado.
A decisão acrescenta mais polêmica e temperatura
a uma divergência sobre o repasse de linhas da Varig
que a empresa decidiu não utilizar depois de sua
venda à VarigLog.
"O pedido [à procuradoria da Anac] ocorre
por causa de manifestações públicas
de membros do Poder Judiciário do Estado do Rio
de Janeiro que, reiteradamente, noticiam decisões
sem a devida notificação judicial à
Anac, afrontando o Estatuto da Magistratura. Isso tem
impedido que a agência exercite o livre direito
de defesa que deve prevalecer em um Estado democrático",
afirmou a agência reguladora em nota.
A crise institucional se instalou entre a agência
e a 8ª Vara Empresarial do Rio no início do
mês, quando a Varig entregou seu Plano Básico
de Linhas. Anteontem, a Justiça do Rio informou
que anularia o edital de licitação de redistribuição
das linhas da Varig, publicado na semana passada no "Diário
Oficial" da União, e multaria três funcionários
da agência.
Segundo a assessoria da Anac, a agência não
foi notificada da decisão até ontem. Por
isso, a diretoria colegiada tomou a decisão de
enviar representação ao Conselho Nacional
de Justiça. A Anac também conta com o apoio
do Ministério Público Federal na decisão
de redistribuir as rotas e horários.
Ontem, a agência questionou em sua nota a competência
da 8ª Vara Empresarial do Rio para julgar atos da
agência. A vara foi definida como foro do processo
de recuperação da Varig pelo STJ (Superior
Tribunal de Justiça). A juíza Márcia
Cunha, da 8ª Vara, informou que não vai comentar
a nota da agência. O juiz Luiz Roberto Ayoub não
foi localizado pela reportagem.
Distribuição de rotas
A Anac também decidiu repassar às empresas
concorrentes as rotas internacionais que a Varig não
contemplou em seu plano de linhas. A agência reguladora
autorizou que BRA, Gol, TAM, OceanAir e VarigLog realizem
novos vôos para Angola, Estados Unidos, México,
Itália, França e Uruguai.
Serão sete novos vôos semanais da BRA para
a Itália, da Gol para o México e Uruguai,
da OceanAir para os EUA e México e da TAM para
a Itália e França. A OceanAir ainda poderá
voar duas vezes por semana para Angola e a VarigLog também
duas vezes para o México, levando apenas carga.
FGTS
Os 4.544 funcionários demitidos pela Varig no fim
de julho poderão retirar as guias do FGTS e do
seguro-desemprego a partir de hoje, sob pena de uma multa
de R$ 20 mil por empregado. A juíza Maria Thereza
da Costa Prata, da 63ª Vara do Trabalho do Rio, concedeu
tutela antecipada ao Ministério Público
do Trabalho na ação que pede a liberação
do FGTS aos demitidos da Varig.
O Globo
30/08/06
Valor Econômico
30/08/06
Anac redistribui rotas internacionais
da Varig
Daniel Rittner
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) aprovou ontem, por unanimidade, a distribuição
das rotas internacionais que a empresa compradora da Varig
abandonou. São 60 vôos, com destino a seis
países diferentes. As linhas ficarão com
TAM, Gol, OceanAir, BRA e VarigLog. O órgão
regulador não informou o prazo para implementar
a medida, mas resolveu partir para o confronto aberto
com o juiz Luiz Roberto Ayoub e seus assistentes da 8ª
Vara Empresarial do Rio, responsáveis pelo processo
de recuperação judicial da Varig.
Segundo nota divulgada pela assessoria da Anac, a procuradoria-geral
da agência vai estudar a possibilidade de propor
uma representação junto ao Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) contra os magistrados cariocas
por "manifestações públicas
(...) sem a devida notificação judicial
à Anac". Ayoub impediu o órgão
regulador de redistribuir agora as linhas da Varig, mas
não comunicou oficialmente a agência.
A Anac afirmou que, "como autarquia federal criada
há cinco meses, tem como foro de debate judicial
a Justiça Federal e não a Justiça
do Rio de Janeiro, que tem continuamente tentado barrar
as ações administrativas (da agência)".
"Nenhuma das noticiações chegou até
o momento à sede da Anac em Brasília, ao
diretor-presidente ou ao procurador-geral da agência",
diz a nota.
De acordo com a distribuição de linhas
aprovada pela Anac, a Europa, um dos destinos mais congestionados
após o encolhimento da Varig, ganhará mais
21 vôos feitos por empresas brasileiras. Para a
Itália (provavelmente Milão), a TAM receberá
sete freqüências semanais e a BRA terá
outras sete - das quais cinco deverão necessariamente
partir do Nordeste, provavelmente de Salvador. Para Paris,
a TAM ganhará mais um vôo diário -
ela já opera duas freqüências por dia.
Para os Estados Unidos, a diretoria aprovou a alocação
de sete vôos semanais à OceanAir. Eles deverão
ter Los Angeles como destino. Os planos da companhia são
de fazer um vôo com escala em Bogotá, integrando
as suas operações na América do Sul
com a colombiana Avianca.
A OceanAir também ganhará o direito de
voar duas vezes por semana a Angola, destino operado atualmente
apenas pela companhia africana Taag, a partir do Rio de
Janeiro. E ainda ficará com a rota Brasil-México,
deixada de lado pela Varig. Nessa linha, o acordo entre
os dois países tem disponibilidade para 16 vôos
mistos (passageiros e cargas) e três exclusivamente
de cargas.
A Gol ganhou sete freqüências semanais para
o México, que poderão ser operadas em um
primeiro momento por acordo de compartilhamento com a
Copa Airlines, e a OceanAir ficou com outras sete. A VarigLog
receberá a concessão para operar dois vôos
como cargueira. Os diretores da Anac aprovaram ainda sete
freqüências adicionais da Gol para Montevidéu.
A companhia já opera vôos diários
ao Uruguai.
A agência reguladora ainda vai redistribuir os
slots (horários de pousos e decolagens) que a Varig
tinha no aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do
país. As empresas interessadas têm até
11 de setembro para apresentarem a documentação.
Revista Exame
29/08/2006
Justiça exige liberação
de FGTS de demitidos da Varig
Descumprimento implicará
no pagamento de multa de 20 mil reais por cada empregado
que não receber os documentos de rescisão
A juiza Maria Thereza da Costa Prata, titular da 63ª
Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu, nesta terça-feira
(29/8) que os quase 5 mil funcionários demitidos
pela Varig após a companhia ser assumida pela VarigLog
devem receber, até o dia 8 de setembro, as guias
que permitem o saque de recursos do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro-desemprego.
Para cada caso descumprido, a Varig "antiga"
terá de pagar uma multa de 20 mil reais.
De acordo com a 63ª Vara, a decisão é
resultado de uma ação pública movida
pelo Ministério Público. As empresas acionadas
são as que compunham a Varig – Varig, Nordeste
e Rio Sul – antes de as operações
domésticas e internacionais do grupo serem arrematadas
pela ex-subsidiária VarigLog. Depois de comprar
as operações, a VarigLog anunciou que demitiria
5,5 mil funcionários, mas se eximiu da herança
do passivo trabalhista.
A indefinição sobre quem pagará
as dívidas com os funcionários – se
a chamada "Varig nova", gerida pela VarigLog,
ou a "Varig velha", que continuará em
recuperação judicial – impediu que
os demitidos entre julho e agosto recebessem as rescisões
contratuais e, consequentemente, sacassem os recursos
de FGTS e do seguro-desemprego. Uma ação,
ainda não julgada, tramita na 33ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro, com o objetivo de decidir
se deve haver ou não sucessão trabalhista.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho do Rio, a responsabilidade
da emissão das guias de benefícios ainda
recai sobre a Varig "antiga". Pela decisão
da juíza Maria Thereza, a Varig terá prazo
de cinco dias corridos, a contar a partir da próxima
segunda-feira (4/9), para fornecer os documentos e escapar
da multa diária. Os eventuais recursos gerados
pelo pagamento de multa irão para o Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT).
Assembléia
Também nesta terça-feira o juiz da 18ª
Vara do Trabalho do Rio, Leonardo Dias Borges, cancelou
uma assembléia de funcionários convocada
pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas para votação
de um acordo coletivo com a Varig.
A reunião aconteceria nos dias 30 e 31 de agosto
e 1º de setembro, no Rio de Janeiro, mas o juiz entendeu
que o encontro não possuía representatividade,
já que estavam convocados apenas os empregados
da companhia no Rio de Janeiro e em São Paulo,
"quando o temário envolve funcionários
de outras localidades da Federação".
Valor Online
29/08 - 19:53h
Varig velha
será multada se não liberar guias de FGTS
e seguro-desemprego a demitidos
RIO - A Varig antiga será multada
caso não cumpra a decisão da juíza
Maria Thereza da Costa Prata, da 63ª Vara do Trabalho
do Rio de Janeiro, de liberar as guias de pagamento do
FGTS e do seguro-desemprego aos empregados demitidos,
mesmo sem o recebimento das rescisões trabalhistas
A empresa esclareceu que são 4.
544 os funcionários demitidos que estão
beneficiados pela decisão judicial.
No final de julho, a Varig havia anunciado o corte de
5.
500 funcionários, mas 956 deles não chegaram
a ser cortados porque tinham estabilidade de emprego -
estavam sob licença-maternidade, licença
médica, em véspera de aposentadoria ou eram
dirigentes sindicais.
A Varig terá cinco dias para entregar aos funcionários
demitidos os termos da rescisão com uma ressalva
do não pagamento das verbas rescisórias
para possibilitar o saque do FGTS e a retirada do seguro-desemprego.
Segundo a Justiça do Rio, o não cumprimento
acarretará multa de R$ 20 mil por empregado e os
valores serão revertidos ao Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
Os sindicatos que representam os empregados da Varig e
o Ministério Público do Trabalho querem
que a nova dona da Varig, a VarigLog, assuma o passivo
trabalhista da Varig antiga e aguardam a sentença
do juiz da 33ª Vara do TRT-RJ, Múcio Nascimento
Borges, sobre o assunto.
Segundo o plano de recuperação da Varig
antiga, as rescisões e os salários atrasados
dos empregados serão pagos por meio de debêntures
em um prazo de 20 anos.
A parte operacional da Varig foi vendida à VarigLog
no dia 20 de julho por US$ 20 milhões.
A outra parte da empresa (Varig antiga) permaneceu sob
recuperação judicial e tem uma dívida
de R$ 7 bilhões.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)
Estadão
29 de agosto de 2006 - 19:52
VarigLog também será
responsável pelas dívidas trabalhistas da
Varig
O juiz Múcio Nascimento
Borges julgou na segunda-feira "procedente em parte" uma
ação civil pública que responsabiliza
a VarigLog pelo pagamento de dívidas trabalhistas
da Varig
Alberto Komatsu
RIO - O juiz Múcio Nascimento
Borges, da 33ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional
do Trabalho (TRT), da 1ª Região, julgou na
segunda-feira "procedente em parte" uma ação
civil pública que responsabiliza a VarigLog pelo
pagamento de dívidas trabalhistas da Varig. O conteúdo
da decisão só deverá ser conhecido
nesta quarta-feira, após publicação
oficial, mas uma fonte da ex-subsidiária revela
que ela bloqueia as contas de todas as empresas envolvidas
na reestruturação da Varig para garantir
direitos trabalhistas.
"No momento, essa decisão pode
afetar os investimentos previstos na Varig, pois ela bloqueia
todas as contas da Volo do Brasil (controladora da VarigLog),
da VarigLog e da Aéreo Transportes Aéreos
S/A (empresa criada para comprar e investir na Varig)",
afirma a fonte. A ação civil pública
que pede a sucessão de dívida trabalhista
para a VarigLog foi ajuizada pelo Ministério Público
do Trabalho, do Rio. Ela tem como objetivo garantir direitos
aos trabalhadores que estão sendo demitidos desde
o dia 28 de julho. Só de rescisões são
R$ 253 milhões, mais R$ 106 milhões de salários
atrasados.
A decisão do juiz Borges pode
ser contestada e, para a VarigLog, é mais um revés
nos seus planos de reestruturar a ex-controladora. Uma
pessoa que teve contato recente com o chinês Lap
Chan, acionista da Volo do Brasil, lembra que ele tem
dito que a sucessão de dívida trabalhista
para a VarigLog e a não homologação
da nova Varig como concessionária de transporte
aéreo poderia definir a sua saída do negócio.
"Em todas as conversas que ele (Lap Chan)
teve com os trabalhadores, disse que se não saísse
o Cheta (concessão) e se a Justiça definisse
que há sucessão de dívida trabalhista,
ele sairia fora", afirma a fonte. A primeira fase de investimento
da VarigLog envolveu US$ 75 milhões, que já
foram destinados para a operação da Varig.
Segundo a fonte da VarigLog, essa primeira cota ainda
não esgotou. Outros US$ 75 milhões estão
previstos, dependendo das necessidades da empresa.
Agência Estado
29/08 - 19:50h
Anac não
reconhece decisão da Justiça anulando ações
A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) informou hoje, por meio de nota, que não
reconhece as determinações da Justiça
do Rio de Janeiro que tentaram anular as ações
da agência reguladora para redistribuir slots (autorizações
para pousos e decolagens) e freqüências da
Varig que não constam no plano básico de
linhas apresentado à Anac pelos novos controladores
da companhia. Na nota, a diretoria da agência afirma
que suas decisões só podem ser questionadas
na Justiça Federal, não na Justiça
de primeira instância do Rio.
A Anac informou, além disso, que
não recebeu, até o momento, nenhuma notificação
sobre a aplicação de multas a seus técnicos
ou a determinação de suspender a redistribuição
de rotas.
Ontem, a juíza Márcia Cunha,
da comissão de juízes que cuida da recuperação
judicial da Varig, decidiu impor multa de R$ 20 mil a
três dirigentes da agência e anulou os editais
de licitação para redistribuição
de rotas e slots. A Justiça do Rio quer que a Anac
cumpra determinação que impede a redistribuição
das rotas da companhia antes de 30 dias após a
homologação da nova Varig, o que não
tem prazo para ocorrer.
A diretoria da Anac ameaça, também,
propor uma representação ao Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) contra os juízes de primeira
instância do Rio de Janeiro, argumentando que as
"manifestações públicas" dos magistrados
vão contra o Estatuto da Magistratura. Segundo
a nota, esse comportamento dos juízes "tem impedido
que a agência exercite o livre direito de defesa
que deve prevalecer em um Estado democrático."
Globo Online
29/08/2006 às 19h35m
Anac mantém
distribuição de rotas da Varig
RIO -Apesar de decisão
de Justiça estadual do Rio de anular a distribuição
de rotas e espaços da Varig para outras companhias,
Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) anunciou que continuidade a processo. A agência
justifica a descumprimento da decisão judicial
com o argumento de que as questões relativas ao
setor aéreo são de competência da
justiça federal. Na noite de segunda-feira, a Justiça
do Rio divulgou nota para comunicar a anulação
dos atos da Anac, além de multa para servidores
da agência reguladora responsáveis pela distribuição
das rotas.
"As decisões da
agência reguladora, uma autarquia federal criada
há cinco meses, tem como foro de debate judicial
a justiça federal e não a justiça
do Rio de Janeiro, que tem continuamente tentado barrar
as ações administrativas da ANAC. No entanto,
nenhuma das notificações da justiça
carioca chegou até o momento à sede da ANAC
em Brasília, ao diretor-presidente ou ao Procurador
Geral da Agência", ressalta comunicado da Anac.
Na última quinta-feira,
a diretoria colegiada da ANAC aprovou a distribuição
das freqüências internacionais que a empresa
compradora da Varig não vai utilizar. As empresas
vencedoras foram TAM, Gol, Ocean Air, BRA e Varig Log.
Já os slots, freqüências e hotrans estão
em processo de licitação e, de acordo com
edital, o prazo para as empresas interessadas apresentarem
proposta termina em 11 de setembro.
A Procuradoria da Anac
vai estudar a possibilidade de propor uma representação
ao Conselho Nacional de Justiça contra membros
do Poder Judiciário carioca.
"O pedido ocorre por
causa de manifestações públicas de
membros do Poder Judiciário do Estado do Rio de
Janeiro que, reiteradamente, noticiam decisões
sem a devida notificação judicial à
Anac, afrontando o Estatuto da Magistratura. Isso tem
impedido que a agência exercite o livre direito
de defesa que deve prevalecer em um Estado democrático",
diz texto da agência.
A Anac alega que "enquanto
os slots, freqüências e hotrans não
forem ocupados, a oferta de passagens ficará aquém
das possibilidades potenciais do mercado, o que pode acarretar
em transtornos nos aeroportos e no não oferecimento
de descontos e promoções aos consumidores"
O Dia
29/8/2006 19:31h
Juiz cancela
assembléia de funcionários da Varig no Rio
e em SP
Rio - O juiz da 18 ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro,
Leonardo Dias Borges, concedeu liminar nesta terça-feira
cancelando a assembléia convocada pela presidente
do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio,
para votação de proposta de acordo coletivo
com as empresas Varig S.A.
A assembléia aconteceria nos dias 30, 31 de agosto
e 1º de setembro, no Rio de Janeiro e em São
Paulo. No entanto, o Sindicato pedi o cancelamento da
assembléia. A principal alegação
foi a ausência de elementos indispensáveis
à legalidade da convocação.
O titular da 18ª
VT/RJ determinou ainda, no caso de descumprimento da ordem
judicial, a condução à prisão
dos requeridos e multa de R$ 300 mil.
Estadão
29 de agosto de 2006 - 19:27
Anac não
reconhece decisão da Justiça do Rio anulando
redistribuição de rotas da Varig
A agência
informou por meio de nota que suas decisões só
podem ser questionadas na Justiça Federal, e não
na Justiça de primeira instância do Rio
Isabel Sobral
BRASÍLIA - A Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) informou nesta terça-feira,
por meio de nota, que não reconhece as determinações
da Justiça do Rio que tentou anular as ações
da agência reguladora para redistribuir slots, hotrans
(autorizações para pousos e decolagens)
e freqüências da Varig que não constam
no plano básico de linhas apresentado à
agência pelos novos controladores da companhia.
Na nota, a diretoria da Anac afirma que suas decisões
só podem ser questionadas na Justiça Federal,
não na Justiça de primeira instância
do Rio.
A Anac informou, além disso, que
não recebeu, até o momento, nenhuma notificação
sobre a aplicação de multas a seus técnicos
ou a determinação de suspender a redistribuição
de rotas. Na segunda-feira, a juíza Márcia
Cunha, da comissão de juízes que cuida da
recuperação judicial da Varig, decidiu impor
multa de R$ 20 mil a três dirigentes da agência
e anulou os editais de licitação para redistribuição
de rotas e slots. A Justiça do Rio quer que a Anac
cumpra determinação que impede a redistribuição
das rotas da companhia antes de 30 dias após a
homologação da nova Varig, o que não
tem prazo para ocorrer.
A diretoria da Anac ameaça, também,
propor uma representação ao Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) contra os juízes de primeira
instância do Rio de Janeiro, argumentando que as
"manifestações públicas" dos magistrados
vão contra o Estatuto da Magistratura. Segundo
a nota, esse comportamento dos juízes "tem impedido
que a agência exercite o livre direito de defesa
que deve prevalecer em um Estado democrático."
INVERTIA
Terça, 29 de Agosto de 2006, 18h48
Anac entrará
com ação contra Justiça do RJ sobre
Varig
A Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) informou
nesta terça-feira que estuda a possibilidade de
entrar com uma representação junto ao Conselho
Nacional de Justiça contra a Justiça do
Rio de Janeiro que impediu a agência de redistribuir
os slots (espaços de pousos e decolagens) e freqüências
da Varig para companhias aéreas concorrentes.
A
Anac já havia publicado um edital de licitação
das rotas, que foi invalidado por decisão da Justiça
do Rio. A agência pretendia repassar os espaços
que não estão sendo utilizados pela Varig
na primeira etapa do plano de operações
da aérea, apresentado à agência.
A
agência informou que dará continuidade aos
"atos administrativos de relocação" dos
espaços da Varig, apesar da decisão judicial.
"As decisões da agência reguladora, uma autarquia
federal criada há cinco meses, tem como foro de
debate judicial a Justiça Federal e não
a Justiça do Rio de Janeiro, que tem continuamente
tentado barrar as ações administrativas
da Anac", afirma nota enviada pelo órgão.
Segundo
a Anac, nenhuma das notificações da Justiça
carioca chegou à agência. O órgão
informa ainda que a redistribuição das freqüências
internacionais da Varig foi aprovada nesta terça-feira
pela diretoria da Anac. As empresas vencedoras foram TAM,
Gol, OceanAir, BRA e Varig Log.
Na
segunda-feira, a Justiça do Rio de Janeiro divulgou
nota informando que pretendia anular todos os atos da
Anac, assim como multar diariamente servidores da agência
reguladora.
"A
agência mantém sua posição
de defender o interesse da população e a
defesa do mercado ao garantir a continuidade da prestação
do serviço público para atender cada vez
melhor os usuários da aviação civil.
Vale recordar que, enquanto os slots, freqüências
e hotrans não forem ocupados, a oferta de passagens
ficará aquém das possibilidades potenciais
do mercado, o que pode acarretar em transtornos nos aeroportos
e no não oferecimento de descontos e promoções
aos consumidores", diz o órgão.
Estadão
29 de agosto de 2006 - 18:14h
Justiça
obriga Varig a pagar demitidos
Segundo
o TRT, após notificação, a Varig
terá cinco dias para cumprir a determinação,
sob pena de multa de R$ 20 mil por cada empregado
Alaor Barbosa
RIO - Os funcionários demitidos
da Varig poderão sacar os recursos do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e terão
acesso ao seguro desemprego. Essa foi a decisão
da juíza Maria Thereza da Costa Prata, titular
da 63ª Vara do Trabalho, que concedeu nesta terça-feira
a tutela antecipada para a entrega de Guias do Seguro-Desemprego
e FGTS aos funcionários da Varig S/A Viação
Aérea Rio-Grandense. A decisão foi divulgada
pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Segundo o TRT, após notificação,
a Varig terá cinco dias para cumprir a determinação,
sob pena de multa de R$ 20 mil por cada empregado. A Ação
Civil Pública é de autoria do Ministério
Público. Na última quinta-feira, a Varig
S/A encaminhou à 63ª Vara do Trabalho do Rio
de Janeiro a lista com os nomes dos 4.544 demitidos pela
empresa no período de julho a agosto de 2006. A
juíza titular da 63ª VT, havia determinado,
em 08/08, prazo de 10 dias para a entrega da lista, sob
pena de multa diária de R$ 10 mil.
InfoMoney
29/08 - 17:02h
Justiça do Rio de Janeiro
novamente proíbe distribuição de
rotas da Varig
SÃO PAULO - A justiça
proibiu, nesta terça-feira (29), a Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) de distribuir
os slots vagos que eram operados pela Varig e multou alguns
responsáveis pela decisão.
A juíza Márcia de Carvalho,
da Primeira Vara Empresarial do Rio de Janeiro, argumentou
que o edital publicado pela agência e que permitia
tal transferência é ilegal e declarou nulo
o documento.
Contenda Márcia ainda multou Franklin
Nogueira Hoyer, Mário Roberto Gusmão Paes
e o brigadeiro Eliezer Negri, dirigentes do Fórum
de Assessoria Técnica de Relações
Internacionais da Anac, em R$ 20 mil cada um, alegando
que eles desobedeceram a ordem judicial deliberadamente.
A distribuição desses espaços
já havia sido proibida pelo juiz Luiz Roberto Ayoub,
que cuida da recuperação judicial da companhia
aérea, sob a alegação que os slots
só poderiam ser repartidos 30 dias depois que a
Varig estivesse operando sua nova malha.
IG Economia
29/08 - 16:56h
Justiça libera recursos do
FGTS e do seguro-desemprego para demitidos da Varig
Redação com agências
SÂO PAULO - Mais de 4.000 funcionários
demitidos da Varig já podem retirar, nesta quarta-feira,
guias para sacar os recursos do FGTS (fundo de garantia
por tempo de serviço) e do seguro-desemprego liberados
pela Justiça. A medida foi aprovada pela juíza
da 63ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Maria
Teresa da Costa Prata.
Os recursos foram liberados devido a
um acordo firmado com os sindicatos Nacional dos Aeroviários,
Nacional dos Aeronautas, dos Aeroviários de Guarulhos,
dos Aeroviários de Porto Alegre e dos Aeroviários
de Pernambuco, na semana passada.
Os mesmos representantes e o gestor da
velha Varig, Miguel Dau, ainda discutem a forma de pagamento
restante da dívida gerada após o dia 17
de junho de 2005, quando a empresa entrou em recuperação
judicial.
Folha
Online
29/08/2006 - 09h27
Justiça anula redistribuição
de vôo da Varig e multa Anac
JANAINA LAGE MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo, no Rio e SP
A Justiça do Rio
anulou as iniciativas da Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) para redistribuir as autorizações
de vôos e os espaços de pouso e decolagem
que não constam da primeira etapa do plano de linhas
entregue pela Varig ao órgão regulador e
à Justiça. A 8ª Vara Empresarial do
Rio atendeu a um pedido dos novos donos da aérea.
A juíza Márcia
Cunha determinou ainda uma multa de R$ 20 mil para o superintendente
de Relações Internacionais da Anac, Brigadeiro
Eliezer Negri, para o gerente-geral, Franklin Nogueira
Hoyer, e para o superintendente de Serviços Aéreos,
Mário Gusmão Paes.
Na última quinta,
a Justiça do Rio enviou oficiais a uma reunião
de técnicos da Cernai (Comissão de Estudos
Relativos à Navegação Aérea
Internacional) para notificar a agência sobre a
decisão que impede a redistribuição
das rotas.
O encontro ocorreu para
discutir a redistribuição de alguns destinos
da Varig no exterior a pedido de aéreas. As recomendações
dos técnicos seriam submetidas à diretoria
colegiada da Anac e tinham pedidos de freqüências
a Angola, EUA, França, Itália, México
e Uruguai, enviadas por BRA, Gol, OceanAir, TAM e VarigLog.
A disputa entre a Justiça
do Rio e a agência começou quando a Varig
entregou seu plano básico de linhas dividido em
três etapas. A primeira contempla apenas dez destinos
nacionais e três internacionais, com uma frota prevista
de 18 aeronaves. A Anac afirma que, a partir do momento
em que a empresa afirma que não tem como realizar
determinados trechos nos próximos meses, é
dever da agência redistribuir as linhas para não
caracterizar tratamento diferenciado e não prejudicar
o usuário final.
A Justiça do Rio
avalia que a agência deve seguir o previsto na portaria
569 da Anac, que prevê prazo de 30 dias para operação
das rotas domésticas e de 180 dias para as rotas
internacionais antes da retomada pela agência. A
discussão é complexa porque a nova Varig
ainda não existe de fato. A empresa aguarda a certificação
como concessionária de transporte aéreo.
A Anac diz que questões relacionadas à outorga
de linhas devem ser discutidas em âmbito federal.
Alegou também que ainda não havia sido notificada
da decisão.
Segundo a decisão
judicial de ontem, foram declaradas nulas as deliberações
adotadas nessa reunião relacionadas à distribuição
de rotas internacionais que integram a UPV (Unidade Produtiva
Varig) antes do prazo fixado pelo juízo. Além
disso, a decisão anula o edital de licitação
publicado pela Anac no 'Diário Oficial' da União
para redistribuir 56 'slots' (espaços de pouso
e decolagem) em Congonhas por meio de sessões públicas.
Desse total, 50 slots pertencem à Varig.
A Anac informou que não
foi notificada e que não deve se pronunciar antes
disso.
Em nota, os novos donos
da Varig afirmam que 'a decisão é justa
e resguarda os direitos adquiridos no leilão judicial'.