Folha de São Paulo
30/06/2007
Anac dá à TAM três
rotas da Varig para Alemanha
Gol, que comprou ex-concorrente,
estava na disputa
LORENNA RODRIGUES - BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) concedeu à TAM três rotas para a Alemanha
que pertenciam à velha Varig, indeferindo pedido
feito pela Gol pelas mesmas rotas. Procurada, a TAM disse
que não foi notificada da decisão, mas confirmou
que concorria pelas rotas.
A Folha Online apurou que a decisão foi tomada
em reunião da diretoria da agência, na última
quarta-feira. A Varig perdeu o direito de operar as rotas
porque não conseguiu utilizá-las desde a
homologação da chamada Nova Varig, em dezembro
do ano passado.
A Gol também havia feito oferta para operar as
rotas, planejando utilizar aviões da Nova Varig,
comprada pela empresa em março. A diretoria da
agência avaliou tecnicamente a proposta das duas
empresas e teria entendido que a Nova Varig não
teria condições de colocar os aviões
para operar a tempo. A decisão seguiu recomendação
de uma plenária de 20 integrantes, entre eles representantes
dos ministérios do Turismo e Desenvolvimento e
da Embratur.
As três freqüências foram as primeiras
da antiga Varig a serem licitadas pela Anac. O prazo para
que a Nova Varig operasse as rotas internacionais da antiga
aérea venceu no dia 18. A Anac não soube
informar quantas freqüências a empresa deixou
de operar. Para a Alemanha, a Varig tinha 17 freqüências,
mas não conseguiu usar as três repassadas
à TAM.
Carga
Por determinação da Justiça, a Anac
suspendeu a licitação de outras duas freqüências
para a Alemanha. A agência transformou duas rotas
cargueiras que ainda não tinham sido designadas
para nenhuma empresa em rotas mistas, para transporte
de carga e passageiros.
De acordo com a agência, a decisão foi tomada
"levando em consideração a drástica
redução da oferta de vôos de bandeira
nacional com a saída da Varig do mercado internacional".
A VarigLog, no entanto, entrou com pedido na Justiça
Federal de Brasília e interrompeu a licitação.
O ESTADO DE S.PAULO
30/06/2007
Gol vai investir R$ 60 milhões
na Varig para comprar aviões
Presidente da Gol diz que aviões
serão usados para retomar vôos para Cidade
do México, Madri, Londres, Paris e Roma
Alberto Komatsu
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior,
revelou ontem que o investimento na Varig será
de até R$ 60 milhões em 2007.
Os recursos serão destinados principalmente para
o aumento e a renovação da frota da empresa,
atualmente com 19 aviões. O executivo também
anunciou que no ano que vem a Varig voltará a voar
para os EUA.
A Varig vai receber até o final do ano sete aviões
da Boeing, modelo 767-300, com capacidade para entre 220
e 240 passageiros em duas classes de assentos: executiva
e econômica. Os aviões serão utilizados
para a companhia retomar vôos para a Cidade do México,
Madri, Londres, Paris e Roma. Atualmente, a companhia
opera no mercado internacional com três 767-300.
A atual participação de mercado da Varig
no mercado internacional é de 10,05%, segundo dados
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), referentes a maio. No auge de sua operação
no exterior, a empresa chegou a ter mais de 80% desse
mercado. No País, a companhia responde por 4,14%
do transporte de passageiros.
Para o mercado doméstico, serão trazidos
mais cinco aviões 737-800, com capacidade em torno
de 160 passageiros, que deverão ser entregues entre
setembro e dezembro. Os aviões vão substituir
modelos 737-300, para cerca de 140 pessoas. Hoje, a Varig
tem 16 aviões do modelo 737-300. Os planos para
este ano incluem a contratação de até
1.100 funcionários, com prioridade para ex-trabalhadores
da Varig que foram demitidos no auge de sua crise financeira.
No ano que vem, a Varig deve contar com mais quatro 767-300,
elevando a frota desse modelo para 14 unidades. 'A idéia
é ampliar as operações para a Europa
e iniciar as operações para América
do Norte, provavelmente Miami ou Nova York', disse Júnior,
acrescentando que deverão ser contratados mais
1.000 pessoas em 2008.
A Varig perdeu ontem a licitação para operar
três rotas para Frankfurt, na Alemanha. As rotas
pertenciam à velha Varig e foram colocadas em licitação
pela Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) porque não estavam sendo usadas. A Anac
repassou as rotas para a TAM. A Varig tem outras 14 freqüências
para a Alemanha.
ESTRANGEIROS
Júnior também declarou ontem ser favorável
ao aumento da participação acionária
de estrangeiros em companhias aéreas nacionais,
hoje limitada a 20%. Para ele, essa mudança tornaria
o setor mais atrativo.
'A participação de 49% para empresas estrangeiras
conta com a nossa simpatia. Ela permite um cenário
mais amplo de negociação', afirmou Oliveira
Júnior, que prestou depoimento ontem na CPI da
Varig, que investiga supostas irregularidades no leilão
judicial da empresa, realizado em julho de 2006. O executivo
acrescentou que a sua posição não
tem nenhuma relação com alguma futura negociação
da Gol com empresas estrangeiras.
Zero Hora
30/06/2007
Gol planeja investir até
R$ 60 milhões na Varig
Rio de Janeiro
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior,
revelou ontem que o investimento na Varig será
de até R$ 60 milhões em 2007. Segundo o
executivo, os recursos serão utilizados principalmente
para aumento e renovação da frota da companhia.
Até o final do ano, a Varig vai receber sete aviões
da Boeing, modelo 767-300, para o mercado internacional
- a empresa retomará vôos para Cidade do
México, Paris, Madri, Londres e Roma. Para o mercado
doméstico, a Varig vai receber cinco 737-800 entre
setembro e dezembro para substituir o mesmo número
de 737-300.
Com o aumento da frota este ano, Oliveira Júnior
calcula que serão contratados até 1,1 mil
funcionários. No ano que vem, o presidente da Gol
estima mais mil contratações. Segundo ele,
a prioridade é a contratação de ex-funcionários
da Varig.
A empresa deverá contar com mais quatro 767-300
no ano que vem, quando com o objetivo de retomar vôos
para os Estados Unidos.
- A idéia é ampliar a Europa e iniciar
as operações para América do Norte,
provavelmente Miami ou Nova York - disse Oliveira Júnior,
que prestou depoimento na CPI da Varig, realizada na Assembléia
Legislativa do Rio de janeiro (Alerj).
Para os vôos domésticos, serão mais
quatro 737-800.
O presidente da Gol disse ser favorável ao aumento
da participação acionária de estrangeiros
em companhias aéreas nacionais, hoje limitada a
20%. Para ele, essa mudança tornaria o setor mais
atrativo.
- Permite um cenário mais amplo de negociação
- afirmou Oliveira Júnior.
O número
Atualmente, a frota total da Varig tem 19 aviões,
sendo 16 unidades do modelo 737-300 e três 767-300.
Site da ACVAR
29/06/2007 - 23:30h
CPI - ALERJ
Presidente da Gol nega interesse
na Varig na época do leilão
Rafael Wallace
O presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino
de Oliveira Junior, negou nesta sexta-feira (29/06) que
tivesse interesse na Varig na época de seu leilão,
em 2006. A declaração foi feita à
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga
o processo de venda da Varig S/A.
Segundo Constantino Jr., a aquisição de
outra companhia aérea não constava, na ocasião,
dos planos estratégicos da Gol. Isto ocorreu somente
este ano, quando pagou R$ 320 milhões à
Volo do Brasil para adquirir a marca e as rotas da Varig.
No leilão, a Volo arrematou a companhia por apenas
R$ 94 milhões, embora consultores internacionais
atestassem que seu valor de mercado era de R$ 850 milhões.
"Naquela época [2006] estávamos num
processo de captação de recursos, analisando
um compromisso já assumido com uma companhia aérea
mexicana. Uma aquisição deste porte poderia
prejudicar nossos planos", declarou Constantino.
No entanto, para o presidente da CPI, deputado Paulo
Ramos, a Varig “foi esquartejada para ter o valor
reduzido”.
Paulo Ramos quis saber do empresário se os antigos
funcionários poderiam ser readmitidos, para "que
se recuperem os postos de trabalho de pessoas altamente
capacitadas que ajudaram a construir a imagem da Varig".
Constantino admitiu que alguns dos ex-variguianos foram
reprovados em seleções da Gol. Mas informou
que irá expandir os postos de trabalho tão
logo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade), do Ministério da Justiça, decida
sobre a legalidade da compra da Varig pela Gol.
"Vamos adquirir 14 aeronaves B-767 ainda este ano.
Isto permitirá a contratação de 2
mil colaboradores produtivos", declarou o empresário,
que disse depender dessa validação para
consolidar seus investimentos na Varig.
Advogado contesta plano
de recuperação judicial
No outro depoimento prestado à CPI nesta sexta-feira,
o advogado dos ex-funcionários da Varig, Jorge
Lobo, contestou o plano de recuperação judicial
da companhia.
"O plano tem dois pilares: um é a documentação
do estudo de viabilidade econômica e o outro, um
laudo descrevendo as variáveis dos bens da empresa",
explicou Lobo, revelando que a Varig não os apresentou
no prazo determinado.
Lobo afirmou, ainda, que a empresa teve seus equipamentos
vendidos logo após a compra. "Antes da compra,
todos os equipamentos estavam lá. Depois, tudo
havia sido vendido. Isso demonstra que a empresa não
estava sendo recuperada", disse o advogado, que move
duas ações contra os administradores da
Varig.
O deputado Paulo Ramos acredita que o grupo Volo atuou
junto aos administradores da Varig antes da efetivação
da compra.
"Entendo que não houve o intuito de uma recuperação,
e sim de uma manipulação para uma transição.
O grupo Volo, ao que parece, fazia parte deste processo",
disse o parlamentar.
Site da ACVAR
29/06/2007 - 23:30h
Associações vão
a BSB falar com Medeiros sobre Aerus e empregos
Atendendo a convite do ministro do Trabalho, Carlos Lupi,
as Associações dos Trabalhadores do Grupo
Varig reuniram-se nesta sexta-feira (29/06) com o Secretário
de Relações do Trabalho, Luiz Medeiros.
No encontro, os aeronautas Marcelo Duarte e Nelson Cirtoli,
representantes das Associações, conversaram
com Medeiros sobre a situação atual do Aerus,
com destaque para os direitos dos beneficiários
e trabalhadores que estavam na ativa.
Outra questão debatida foi a existência
de perseguição política e discriminação,
por parte das empresas aéreas brasileiras, em seus
processos seletivos.
Duarte e Cirtoli informaram ao secretário que
centenas de pilotos estão sendo obrigados a sair
do Brasil para trabalhar. Enquanto isso, os demais aeronautas
e os aeroviários, que não têm colocação
no exterior, deixam de exercer suas profissões,
pois nosso mercado de trabalho não pode absorvê-los.
Medeiros mostrou-se sensibilizado com o assunto e assegurou
que irá discuti-lo com outros setores do Governo,
neste início de julho, para solucionar esses problemas.
Mercado e Eventos
29/06/2007 - 16:48h
Varig reduz tarifa do vôo
noturno para Recife
A partir de 1º de julho, a VRG Linhas Aéreas
oferece tarifas competitivas para os seus vôos noturnos
na rota São Paulo(Congonhas) / Rio de Janeiro (Galeão)
/ Recife. No trecho entre São Paulo/Recife, a menor
tarifa passa a ser de R$ 239, uma redução
de quase 29% em relação ao valor anterior.
A redução entre Rio de Janeiro (Galeão)
/ Recife foi de cerca de 32%. A menor tarifa no vôo
noturno passa a ser de R$ 210.
Informações pelo telefone (11) 4003-7000
ou pelo site www.varig.com.br.