O Estado de São Paulo
30/06/06
Juiz manda caso Varig para MP
Parecer sobre proposta de US$ 500 milhões da VarigLog será dado hoje pelo Ministério Público do Rio
Alberto Komatsu, Mônica Ciarelli

O futuro da Varig está nas mãos do Ministério Público do Rio e do administrador judicial da companhia, a consultoria Deloitte. Hoje, por volta do meio-dia, eles devem dar seu parecer à Justiça do Rio sobre a proposta de cerca de US$ 500 milhões para comprar a empresa, feita pela VarigLog.

Ontem, a ex-subsidiária de logística e transporte de cargas entregou os detalhes da oferta ao juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, que vai divulgar a próxima etapa da reestruturação da empresa baseado na avaliação do MP e da Deloitte.

A proposta da VarigLog é de US$ 485 milhões, mais US$ 20 milhões para a Varig pagar despesas emergenciais, como fornecimento de combustível e arrendamento de aeronaves, até um novo leilão. Desde segunda-feira, a ex-subsidiária depositou US$ 5,5 milhões para esse fim. Só ontem, foram US$ 200 mil. Na segunda-feira, US$ 3,5 milhões. No dia seguinte, mais US$ 1,5 milhão para pagar os funcionários. Anteontem, foram outros US$ 300 mil. Como garantia, a VarigLog tem recebido notas promissórias.

Segundo o promotor de Justiça do MP do Rio, Gustavo Lunz, a tendência é a de convocação de assembléia para analisar a proposta, que conta com mudanças em relação ao plano de reestruturação que consta da recuperação judicial e já foi aprovado pelos credores. Entre algumas das modificações, estaria a destinação de parte do investimento pela aquisição da Varig na chamada "antiga Varig", que herdaria passivos e ficaria com 5% da empresa resultante da reestruturação.

"Nossa proposta sempre esteve adequada à Lei de Recuperação. Apenas não estavam esclarecidos alguns pontos", afirma o advogado Leonardo Viveiros, do escritório Xavier, Bernardes, Bragança, que representa a VarigLog. A comissão de juízes responsável pela recuperação judicial da Varig deveria ter dado um parecer sobre a oferta da VarigLog na segunda-feira. No entanto o prazo foi adiado duas vezes porque tanto a Justiça quanto a Deloitte pediram esclarecimentos. "Não houve mudanças, só esclarecimentos", acrescenta Viveiros.

Uma das principais dúvidas é sobre a continuidade das operações da "antiga Varig". Para a Justiça, uma empresa não pode ser criada apenas para guardar débitos, conforme plano de recuperação judicial aprovado pelos credores. Outro ponto em avaliação é a inclusão, ou não, do programa de milhagem Smiles na negociação.

Fontes do mercado relataram ontem que o sócio do fundo de investimentos Matlin Patterson, o chinês Lap Chan, estava no Rio para definir a negociação da VarigLog pela ex-controladora.

O Estado de São Paulo
30/06/06
Até 2ª-feira, 21 de 46 rotas são suspensas
Decisão da Varig leva Anac a voltar a acionar plano de emergência
Isabel Sobral

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) considerou "tranqüilo", apesar de alguns problemas registrados, o primeiro dia da segunda etapa do plano de emergência para atender passageiros da Varig em razão de cancelamentos de vôos. O plano, que consiste no endosso de bilhetes da Varig por outras companhias, foi acionado ontem diante da decisão da companhia de suspender 21 das 46 rotas nacionais e internacionais até a próxima segunda-feira.

Em nota divulgada à noite, a Anac relatou que no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), por exemplo, foram registradas 30 reclamações (verbais e por escrito) na representação da agência por passageiros da Varig que tiveram problemas para embarcar em vôos de outras companhias. "Segundo os fiscais da Anac no aeroporto, os usuários foram atendidos ao longo do dia", afirma a nota.

Em Nova York, uma das rotas que continuará a ser operada pela Varig, a Anac disse que houve atraso no embarque de 50 clientes da empresa que deveriam voltar ao Brasil. Desse total, a Anac disse que 15 passageiros tiveram a volta garantida pela TAM, outros 8 seriam trazidos por outras companhias ao longo da noite e os demais 27 que restaram "foram encaminhados para hotéis e deverão voltar sexta-feira para o Brasil". Ainda foram registrados problemas de reembarque no México de 23 clientes da Varig e 2 desses só voltarão hoje.

De acordo com a Infraero, que administra os 66 aeroportos brasileiros, a Varig cancelou ontem de 0h até a tarde 62% dos 275 vôos internacionais e domésticos programados para o período. Entre os destinos nacionais, dos 234 vôos que estavam previstos, 149 foram cancelados, o que representou uma taxa de cancelamento de 63,6%. Dos 41 vôos internacionais que deveriam ser feitos, 21 foram cancelados, ou seja, 51,2% .

Das rotas suspensas pela Varig até a próxima segunda-feira, quando será reavaliada essa decisão, 9 são para o exterior: Paris, Milão, Madri, Munique, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Foram mantidas as viagens para Nova York, Miami, Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz de La Sierra, Santiago, Caracas, Aruba e Copenhague.

ZERO HORA
30/06/06
Justiça convocará credores da Varig
Ex-subsidiária fez um novo depósito para garantir vôos da empresa

Após receber o detalhamento da proposta de compra da Varig pela Varig Log na tarde de ontem, a Justiça do Rio encaminhou a oferta para análise do Ministério Público e do administrador judicial da empresa, a Deloitte.

Em nota divulgada no final do dia, a Justiça informou que esses dois órgãos analisarão a viabilidade ou não da oferta apresentada. Após o aval, haverá a necessidade de uma nova assembléia de credores e um leilão para formalizar a compra.

Segundo o advogado da ex-subsidiária de transporte de cargas da companhia aérea, Leonardo Viveiros, todos os detalhes da oferta foram apresentados e a convocação de uma assembléia de credores depende agora da Justiça.

- Conceitualmente, está tudo esclarecido. Já há, se for o caso, condições de os juízes convocarem uma nova assembléia - afirmou.

Segundo o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a assembléia de credores tem de ser convocada antes de a proposta ser levada a um eventual novo leilão de venda da companhia.

A Varig Log já depositou US$ 5,5 milhões na Varig para garantir a continuidade da companhia aérea e a proposta é pagar mais US$ 485 milhões pelos ativos. Na nota, Ayoub explica que um dos pontos questionados é o que ficaria com a Varig comercial, que herdará todas as dívidas após o leilão dos ativos operacionais da empresa (rotas nacionais e internacionais).

Também está sendo avaliado se o programa de milhagem será incluído ou não nas negociações com a Varig Log.

A Varig cancelou entre 0h e 17h de ontem 171 dos vôos 367 programados, somando domésticos e internacionais. As rotas dentro do país foram as mais prejudicadas e atingiram um índice de cancelamento de 47,3%, pois dos 306 previstos, apenas 145 vôos decolaram.

O Globo
30/06/06
VarigLog entrega à Justiça do Rio oferta detalhada para comprar Varig
Erica Ribeiro e Geralda Doca

RIO e BRASÍLIA.A VarigLog entregou ontem à Justiça do Rio o detalhamento da proposta para aquisição da Varig, no valor de US$ 485 milhões. Segundo o advogado da VarigLog Leonardo Viveiros, as alterações atendem às exigências da Lei de Recuperação de Empresas. O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, informou que enviou o detalhamento ao Ministério Público estadual do Rio e à consultoria Deloitte, administrador judicial da companhia, para um parecer sobre a viabilidade da oferta.

Segundo uma fonte que acompanha o processo, na verdade foi entregue um documento com informações garantindo que a proposta está adequada à lei. Ainda segundo a fonte, o empresário Lap Chan, executivo do fundo americano Matlin Patterson — que faz parte da Volo Brasil, dona da VarigLog — estará hoje no Tribunal de Justiça do Rio.

O promotor do MP Gustavo Lunz afirmou que será necessário convocar uma assembléia de credores, já que a proposta é muito diferente do modelo aprovado pelos credores para a venda de ativos da Varig. O que ficará na Varig que herdará as dívidas com os credores (Varig Comercial ou velha Varig) ainda não está totalmente decidido, diz o promotor. O programa de milhagem Smiles seria um dos ativos de interesse da VarigLog que continuam em discussão.

Companhia recebeu mais US$ 200 mil da VarigLog

Segundo ele, um dos avanços diz respeito à previsão de uma parte dos US$ 485 milhões ir para a velha Varig. Não foi estabelecido prazo para entrega da avaliação pelo MP e a Deloitte, mas, segundo fontes, serão concedidas 48 horas. Lunz disse que entregará seu parecer à Justiça ainda hoje.

Os credores públicos tomarão conhecimento dos detalhes da oferta na terça-feira. Segundo fontes envolvidas nas negociações, os fornecedores federais (Infraero, BR e Banco do Brasil) deverão aprovar a proposta em assembléia prevista para ocorrer quinta-feira. Com isso, uma decisão definitiva da Justiça do Rio sobre o futuro da companhia dificilmente ocorrerá na próxima semana. O prazo final para realização do leilão, dentro do plano aprovado, só expira em 9 de agosto.

A VarigLog fez mais um depósito na conta da Varig ontem, desta vez no valor de US$ 200 mil. A ex-subsidiária da Varig já emprestou US$ 5,5 milhões à companhia aérea. A Varig cancelou ontem, até as 17h, 171 vôos dos 367 programados para destinos domésticos e internacionais.

Ontem, primeiro dia da segunda etapa do Plano de Emergência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) junto à Varig, o órgão regulador informou que o número de cancelamentos foi normal. No Aeroporto de Guarulhos (SP) foram registradas 30 reclamações de passageiros com problemas para embarcar. Em Nova York houve atraso no embarque de 50 clientes para o Brasil: 15 voltaram pela TAM, oito por outras empresas e 27 embarcam hoje.

INVERTIA
Sexta, 30 de Junho de 2006, 3h44 
MP entrega hoje parecer sobre venda da Varig

A proposta foi encaminhada na quinta-feira pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), após a Varig Log prestar os últimos esclarecimentos sobre a oferta.

Entraves
O esclarecimento de duas questões ainda trava as negociações de compra da companhia aérea.

Segundo nota divulgada na quinta pelo juiz Ayoub, ainda é necessário explicar quanto será gasto para o pagamento das dívidas da Varig e deixar claro se o programa de milhagens da empresa, o Smiles, será mantido.

Proposta
A Varig Log ofereceu US$ 485 milhões pela Varig, além de disponibilizar outros US$ 20 milhões para garantir a operação da companhia aérea ao longo das negociações. Só esta semana, cerca de US$ 5 milhões foram injetados no caixa da empresa, garantindo o pagamento de funcionários, fornecedores e dívidas que se acumulam a cada dia.

A proposta de compra foi apresentada na sexta-feira, após o cancelamento do leilão realizado no dia 8 de junho e vencido pela NV Participações.

A NV, liderada pela entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), não conseguiu empréstimo do BNDES ou acordo com parceiros e admitiu na semana passada que não teria os US$ 75 milhões exigidos pela Justiça como primeira parcela que garantiria a aquisição da empresa.

A Justiça do Rio aguarda nesta sexta-feira a entrega do parecer do promotor do Ministério Público Estadual (MPE) Gustavo Lunz e da consultoria Deloitte sobre a proposta de compra da Varig, feita pela Varig Log. Se a proposta for aprovada, será convocada uma assembléia de credores e ocorrerá também um novo leilão.

Estadão
29 de junho de 2006 - 21:59
Anac considera tranqüilo 1º dia da 2ª etapa de plano emergencial
Plano foi novamente acionado nesta quinta-feira em conseqüência da decisão da companhia aérea de suspender 21 das 46 rotas nacionais e internacionais até a segunda-feira
Isabel Sobral

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) considerou "tranqüilo", apesar de alguns problemas registrados, o primeiro dia da segunda etapa do plano de emergência para atender passageiros da Varig em razão de cancelamentos de vôos. O plano, que consiste no endosso de bilhetes da Varig por outras companhias, foi novamente acionado nesta quinta-feira em conseqüência da decisão da companhia aérea de suspender 21 das 46 rotas nacionais e internacionais até a próxima segunda-feira.

Em nota divulgada no início da noite, a Anac relatou que no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), por exemplo, foram registradas 30 reclamações (verbais e por escrito) na representação da agência por passageiros da Varig que tiveram problemas para embarcar em vôos de outras companhias. "Segundo os fiscais da Anac no aeroporto, os usuários foram atendidos ao longo do dia", afirma a nota.

Em Nova York, uma das rotas que continuará a ser operada pela Varig, a Anac disse que houve atraso no embarque de 50 clientes da empresa que deveriam voltar ao Brasil. Desse total, a Anac disse que 15 passageiros tiveram a volta garantida pela TAM, outros oito usuários seriam trazidos por outras companhias ao longo da noite de quarta-feira e os demais 27 que restaram "foram direcionados para hotéis e deverão voltar sexta-feira para o Brasil". Ainda foram registrados problemas de reembarque no México de 23 usuários Varig e dois desses só voltarão na sexta-feira.

De acordo com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), que administra os 66 aeroportos brasileiros, a Varig cancelou hoje de 0h até a tarde 62% dos 275 vôos internacionais e domésticos programados para o período. Entre os destinos nacionais, dos 234 vôos que estavam previstos, 149 foram cancelados o que representou uma taxa de cancelamento de 63,6%. Dos 41 vôos internacionais que deveriam ser feitos, 21 foram cancelados, ou seja, 51,2%. Das rotas suspensas pela Varig até a próxima segunda-feira, quando será reavaliada essa decisão, nove são para o exterior: Paris, Milão, Madri, Munique, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Foram mantidas as viagens para Nova York, Miami, Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz de La Sierra, Santiago, Caracas, Aruba e Copenhague.

A Anac ainda informou que essa segunda etapa do plano de emergência terá a coordenação das ações sediada no Rio de Janeiro. Sobre a decisão de hoje do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, de enviar o detalhamento da proposta de compra da Varig pela VarigLog ao Ministério Público e ao administrador judicial da empresa, a Deloitte, para análise, a Anac preferiu não fazer comentários.

O Globo
29/06/2006 - 20h26m
Quarta-feira foi tranqüila para passageiros da Varig, diz Anac
Globo Online

RIO - O primeiro dia da segunda etapa do plano de emergência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a Varig foi caracterizado pela tranqüilidade em meio ao cancelamento de alguns vôos nacionais e internacionais, informou a agência. Segundo a Anac, não foram registrados problemas no país e todos os passageiros foram redirecionados e chegaram ao seu destino.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos foram registradas 30 reclamações (verbais e por escrito) de passageiros da Varig que tiveram problemas para embarcar. Segundo os fiscais da ANAC no aeroporto, os usuários foram atendidos ao longo do dia.

Em Nova Yorque houve atraso no embarque de 50 passageiros Varig para o Brasil. Destes, 15 passageiros já voltaram pela TAM; outros oito passageiros deverão retornar ainda nesta quinta-feira e os outros 27 foram direcionados para hotéis e deverão voltar sexta-feira para o Brasil. No México, dos 23 passageiros que esperavam para retornar ao país, apenas dois deverão retornar nesta sexta-feira. Não houve registro de incidentes na América Latina e Europa.

Agência Estado
29/06 - 19:31h
Futuro da Varig passa pelas mãos do MP do Rio

O futuro da Varig está agora nas mãos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e do administrador judicial da companhia, a consultoria Deloitte Touche Tohmatsu. Ambos devem elaborar um parecer sobre a proposta de compra da Varig pela VarigLog que vai embasar a decisão final do juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig. O parecer deve ser apresentado à Justiça até as 12 horas de amanhã.

Segundo o promotor de Justiça do MP do Rio, Gustavo Lunz, deve ser convocada uma assembléia de credores para analisar a nova proposta de reestruturação. Entre algumas das modificações, estaria a destinação de parte do investimento pela aquisição da Varig na chamada "antiga Varig", que herdaria passivos e ficaria com 5% da empresa resultante da reestruturação.

Estadão
29 de junho de 2006 - 19:22h
Plano de emergência da Varig deve ser anunciado ainda nesta quinta
O programa é resultado do anúncio feito na quarta-feira à noite pela direção da aérea de reduzir à metade sua malha de rotas, originalmente com 46 destinos
Isabel Sobral

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta quinta-feira que pretende divulgar no mesmo dia um boletim do primeiro dia da nova etapa do plano de emergência, montado para atender os passageiros da Varig até o próximo dia 3 de julho. O plano é resultado do anúncio feito na quarta-feira à noite pela direção da aérea de reduzir à metade sua malha de rotas, originalmente com 46 destinos. Foram suspensos pela Varig, pelo menos até a próxima segunda-feira, nove rotas internacionais e 12 domésticas.

Segundo a Anac, "o plano de emergência consiste no endosso dos bilhetes da Varig por outras companhias aéreas". A Anac também resolveu, nessa etapa, manter a coordenação das ações do plano centralizada na sede do órgão no Rio de Janeiro, com técnicos da Anac acompanhando as atividades da Varig dentro da empresa e fiscais nos aeroportos monitorando o atendimento dos usuários da companhia.

Detalhamento

A agência, no entanto, informou que não fará comentários sobre a decisão do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, de enviar o detalhamento da proposta de compra da Varig pela VarigLog, no valor de US$ 500 milhões, ao Ministério Público e ao administrador judicial da empresa, a Deloitte, para análise. Havendo aval dos analistas, ainda existe a necessidade de uma nova assembléia de credores e um leilão para formalizar a compra.

De acordo com o advogado da ex-subsidiária de logística e cargas da companhia aérea, Leonardo Viveiros, "conceitualmente, todos os esclarecimentos que a Justiça havia pedido foram entregues e não haveria mais necessidade de maiores pedidos de explicações".

O Globo
29/06/2006 - 18h05m
Juiz do caso Varig recebe detalhamento da proposta da VarigLog
Érica Ribeiro

RIO - O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig- recebeu nesta quinta-feira o detalhamento da proposta da VarigLog, no valor de US$ 485 milhões, para aquisição da companhia aérea.

Os documentos referentes à proposta serão agora encaminhados ao administrador judicial (a consultoria Deloitte) e ao Ministério Público Estadual.

Em nota, o juiz explicou que um dos pontos questionados foi a determinação sobre o que fica com a Varig Comercial (a também chamada Varig velha, com dívidas em torno de R$ 7 bilhões) e o que fica na Varig Operacional (com as rotas nacionais e internacionais da empresa, que está sendo vendida).

Também está sendo avaliado com quem ficará o programa de milhagem Smiles e se ele fará parte da negociação com a VarigLog.

Segundo a nota, não há prazo definido para a avaliação do detalhamento pelo MP e pelo administrador judicial.

O advogado Leonardo Viveiros - do escritório Xavier, Bernandes e Bragança, que representa a VarigLog - saiu do gabinete do juiz afirmando que já foi entregue todo o detalhamento necessário.

Segundo o advogado, todos os esclarecimentos foram prestados e estão agora sob a análise do Judiciário:

- Da parte da VarigLog está concluído o que precisou ser feito. Talvez haja necessidade de alguma informação adicional, mas, conceitualmente, está tudo esclarecido - disse Viveiros, afirmando que, se depender da VarigLog, já é possível convocar uma assembléia de credores para avaliação da proposta.

O advogado também garantiu que a oferta para a compra da Varig está totalmente adequada à lei de recuperação judicial e atende plenamente às exigências da lei.

Folha Online
29/06/2006 - 18h05
VarigLog entrega à Justiça esclarecimento sobre oferta de compra da Varig
CLARICE SPITZ

A VarigLog entregou à Justiça os esclarecimentos a respeito da oferta de US$ 485 milhões para a compra de Varig.

Segundo o advogado da ex-subsidiária de transporte de cargas da companhia aérea, Leonardo Viveiros, todos os detalhes da oferta foram apresentados e a convocação de uma assembléia de credores depende agora da Justiça.

"Conceitualmente, está tudo esclarecido. Do nosso ponto de vista, já há, se for o caso, condições de os juizes convocarem uma nova assembléia", afirmou.

Ele afirmou ainda que todos os detalhes apresentados sobre a oferta estão de acordo com a Lei de Recuperação Judicial.

Segundo o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a assembléia de credores tem que ser convocada antes de a proposta ser levada a um eventual novo leilão de venda da companhia.

A Justiça do Rio confirmou o recebimento dos esclarecimentos e encaminhou os documentos para o Ministério Público Estadual e para o administrador judicial --a consultoria Deloitte--, que vão apresentar pareceres sobre a viabilidade da oferta.

O promotor que acompanha o processo de recuperação judicial da companhia aérea, Gustavo Lunz, afirmou que deve encaminhar um parecer à Justiça amanhã.

Um dos pontos que a VarigLog precisa esclarecer para a Justiça é como fica a antiga Varig, que concentra dívidas em torno de R$ 8 bilhões, já que a proposta da ex-subisidiária prevê somente investimentos na nova companhia.

Os recursos da oferta apresentada (US$ 485 milhões) seriam injetados no saneamento da companhia aérea e permitiriam a continuidade de seus vôos, mas não iriam para os credores.

A VarigLog depositou hoje US$ 200 mil na conta da Varig para garantir a continuidade de seus vôos. Até agora, a ex-subisidiária já fez quatro depósitos na conta da empresa aérea, num total de aproximadamente US$ 5,5 milhões, dos US$ 20 milhões que prometidos anteriormente.

O juiz Ayoub avalia os detalhes da oferta para evitar a convocação de um novo leilão de venda da Varig que também fracasse. No último dia 8, o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) ofereceu R$ 1,01 bilhão pela companhia aérea, mas não fez o pagamento da primeira parcela, o que levou a Justiça a invalidar o leilão de venda.

Além disso, a Justiça informou estar preocupada com a preservação dos postos de trabalho da Varig.

A VarigLog apresentou há cerca de dois meses uma proposta de compra da Varig que previa a injeção de US$ 400 milhões em troca de 95% das ações da empresa.

A oferta foi rejeitada devido a temores de demissão em massa e também porque, assim como agora, os credores não quiseram ficar com apenas 5% das ações.

Segundo a própria Justiça, entretanto, não há outros interessados pela compra da Varig. Além disso, a VarigLog já mostrou ter recursos para injetar na empresa aérea.

Reuters
29/06 - 17:18h
VarigLog deposita mais 200 mil dólares na conta da Varig

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A VarigLog depositou na conta da Varig o correspondente em reais a 200 mil dólares nesta quinta-feira para manter o fluxo de caixa da empresa, informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Desde segunda-feira, a VarigLog já depositou 5 milhões de dólares para manter a Varig em operação.

Segundo o assessor, a VarigLog -- ex-subsidiária da Varig e interessada na compra da empresa aérea-- entrega nesta quinta-feira o detalhamento da proposta de compra da empresa à Justiça, que deverá convocar uma assembléia de credores da Varig para a próxima semana com o objetivo de fazer um novo leilão da empresa.

O primeiro leilão de venda da Varig ocorreu em 8 de junho e apenas um consórcio formado por trabalhadores fez lance pelos seus ativos. O consórcio, no entanto, não pagou a primeira parcela determinada pela Justiça e foi desclassificado.
(Por Denise Luna)

INVERTIA
Quinta, 29 de Junho de 2006, 17h07 
Varig paga dívidas por transporte de clientes de vôos cancelados

A Varig quitou nesta quinta-feira a dívida de cerca de R$ 1,2 milhão referente ao transporte de passageiros de vôos cancelados por outras companhias aéreas, de acordo com informações do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea).

Caso a quantia não fosse paga, a empresa corria o risco de ser suspensa da Câmara de Compensação do Transporte Aéreo, que garante o endosso de passagens de uma empresa pelas concorrentes.

Até a última terça-feira, a Varig somava dívidas de R$ 900 mil com a TAM, R$ 250 mil com a Gol, R$ 28 mil com a Rico e outros R$ 11 mil com a Ocean Air.

O prazo para o pagamento expirou na quarta-feira, mas as outras companhias mantiveram o endosso aos bilhetes da Varig. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a continuidade do atendimento aos clientes foi mantida porque "este é um momento de colaboração" entre as empresas. A agência, porém, esclareceu por meio da assessoria de imprensa que as outras empresas"não deixam de levar seus passageiros para levar os da Varig".

TAM e Gol confirmaram o endosso de passagens da Varig de acordo com a disponibilidade de assentos nas aeronaves.

Estadão
29 de junho de 2006 - 16:23
VarigLog faz novo depósito para Varig, mas não diz o valor
Os empréstimos começaram no início da semana. Na segunda-feira, foram US$ 3,5 milhões. No dia seguinte, mais US$ 1,5 milhão. Quarta-feira foram outros US$ 300 mil
Mônica Ciarelli e Alessandra Saraiva

RIO - A VarigLog informou ter feito novo depósito, nesta quinta-feira, para garantir mais um dia de operações da Varig. Esse é o quarto depósito realizado desde que a ex-subsidiária de logística e transporte de cargas da companhia aérea apresentou uma proposta de US$ 500 milhões pelas operações da empresa. Não foi informado o valor da "ajuda".

No mesmo dia, a VarigLog havia anunciado não ter feito um depósito para a Varig pagar despesas emergenciais, como fornecimento de combustível e arrendamento de aviões, e que não era certo que haveria um novo "empréstimo".

A ajuda financeira foi iniciada no começo da semana. Na segunda-feira, foram US$ 3,5 milhões. No dia seguinte, mais US$ 1,5 milhão. Quarta-feira foram outros US$ 300 mil. Ao todo, a VarigLog abriu a possibilidade de emprestar até US$ 20 milhões para as despesas cotidianas da companhia aérea.

Ação de repúdio

Enquanto isso, os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) informaram em comunicado terem enviado duas cartas de repúdio ao Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), e aos diretores da Varig. Na avaliação do grupo, ambos criam obstáculos no processo de negociações entre VarigLog e Varig.

Na primeira carta, endereçada ao sindicato, o TGV critica a atitude do Snea de desejar "interpor recurso administrativo e aforar mandado de segurança contra as decisões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que supostamente favoreceriam a capitalização da Varig pela VarigLog".

Nessa mesma carta, o TGV considerou ainda que "nas suas manifestações pessoais e públicas" os diretores do Snea não podem utilizar "o uso da representação coletiva para beneficiar quaisquer interesses particulares, nesse e em todos os episódios que possam comprometer a recuperação do grupo Varig, seja pelo fato de serem egressos do próprio grupo Varig (Diretor Presidente e Tesoureiro), seja por representarem empresas concorrentes".

Aos diretores, o grupo avisa do envio de carta de repúdio ao Snea e recomenda à companhia aérea que tome "com a máxima urgência as medidas administrativas e judiciais cabíveis para impedir o uso daquela representação sindical coletiva em prejuízo das empresas do Grupo Varig."

Ultimo Segundo
29/06 - 16:21h
TGV repudia ação de sindicato na venda da Varig

A entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) enviou duas cartas de repúdio ao Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), endereçadas ao próprio Snea e aos diretores da Varig. Na avaliação da TGV, o sindicato vem criando obstáculos no processo de negociações entre VarigLog e Varig.

Segundo comunicado da TGV, as cartas foram protocoladas ontem. Na primeira carta, endereçada ao sindicato, a entidade critica a atitude do Snea de desejar "interpor recurso administrativo e aforar mandado de segurança contra as decisões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que supostamente favoreceriam a capitalização da Varig pela VarigLog".

Nessa mesma carta, a TGV considerou ainda que, "nas suas manifestações pessoais e públicas", os diretores do sindicato não podem utilizar "o uso da representação coletiva para beneficiar quaisquer interesses particulares, nesse e em todos os episódios que possam comprometer a recuperação do grupo Varig, seja pelo fato de serem egressos do próprio grupo Varig (Diretor Presidente e Tesoureiro), seja por representarem empresas concorrentes".

No segundo documento, endereçado aos diretores da Varig, a TGV avisa do envio da carta de repúdio ao Snea e recomenda à Varig que tome "com a máxima urgência, as medidas administrativas e judiciais cabíveis para impedir o uso daquela representação sindical coletiva em prejuízo das empresas do Grupo Varig."

Depósito

A VarigLog fez hoje novo depósito para garantir mais um dia de operações da Varig. Esse é o quarto depósito realizado desde que a VarigLog apresentou uma proposta de US$ 500 milhões pela companhia aérea. A empresa não informou o valor do pagamento.

Desde o início da semana, a ex-subsidiária de logística e transporte de cargas tem emprestado diariamente dinheiro para os gastos correntes da Varig. Na segunda-feira, foram US$ 3,5 milhões. No dia seguinte, mais US$ 1,5 milhão. Ontem, foram outros US$ 300 mil. Ao todo, a VarigLog abriu a possibilidade de emprestar até US$ 20 milhões para as despesas cotidianas da Varig.

Valor Online
16:03 29/06
TGV repudia ação de sindicato na venda da Varig
(Ana Paula Grabois | Valor Online)

RIO - A VarigLog, única empresa a apresentar proposta formal de compra da Varig, fez hoje seu quarto depósito consecutivo para garantir as operações da companhia aérea por mais 24 horas.

Os recursos serão utilizados para cobrir as despesas correntes da empresa, como combustível e leasing de aviões.

As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa da VarigLog, que não quis informar o valor do depósito.

Esse dinheiro faz parte de um aporte emergencial de até US$ 20 milhões proposto pela VarigLog, ex-subsidiária de transportes e logística da Varig.

Ontem, a empresa fez um depósito adicional de US$ 300 mil, o que equivale a R$ 666,3 mil pela cotação de ontem do dólar (R$ 2,2210).

Os outros depósitos pela VarigLog, feitos na terça e na segunda-feira, foram de US$ 1,5 milhão (equivalente a R$ 3,331 milhões) e de R$ 8 milhões.

A Justiça do Rio deve decidir hoje sobre a proposta da Varig pela VarigLog e aguarda mudanças no detalhamento da oferta da proponente.

O principal questionamento diz respeito à Varig velha, ou seja, até quanto a VarigLog se comprometeria em absorver o passivo da Varig.

O Globo
29/06/2006 - 15h50m
VarigLog anuncia novo depósito na conta da Varig
Erica Ribeiro

RIO - A VarigLog anunciou nesta quinta-feira mais um depósito na conta da Varig para manter a empresa em operação até a realização de um novo leilão de venda, do qual pretende participar. Esse é o quarto dia seguido que a ex-subsidiária da companhia empresta recursos à Varig. O valor não foi divulgado. Caso não seja a vencedora do leilão, a VarigLog receberá o dinheiro emprestado de volta acrescido de um prêmio de 10%.

O Globo
29/06/2006 - 12h30m
Varig: Executivo da Volo do Brasil está no Rio
Erica Ribeiro

RIO - O empresário Lap Chan, executivo do fundo americano Matlin Patterson que faz parte da empresa Volo Brasil, que comprou a VarigLog, está no Rio de Janeiro, segundo fontes que acompanham o processo da Varig. A informação é de que ele estaria no escritório de advocacia Xavier Bernardes de Bragança, no edifício RB1, na Praça Mauá.

Segundo as mesmas fontes, a expectativa é de que Lap Chan vá ao Tribunal de Justiça do Rio nesta quinta-feira para participar das negociações em torno da proposta de venda da Varig para a VarigLog. O aval da Justiça para que a proposta seja aprovada pelos credores e possa haver novo leilão da companhia ainda esbarra em questões relacionadas ao destino da Varig Comercial - empresa que ficará com as dívidas passadas de credores.

A Justiça do Rio tem até às 18h para analisar o detalhamento da proposta da VarigLog, encerrando o prazo de 24 horas dado pelos juizes que acompanham o processo para avalizar a viabilidade da oferta.