CPI do APAGÃO AÉREO
em dose dupla enquanto o caso VARIG/AERUS vira fumaça...
Com grande destaque da mídia maior, finalmente,
foi instalada a CPI do Apagão Aéreo. E como
bem convém ao governo não apenas uma, mas
duas. Uma na Câmara e outra no Senado.
Pode? Coisas de Brasil. Por falar em CPI, onde estão
os resultados das CPIs dos Sanguessugas? Orçamento?
Mensalão? Mensalinho e tantas outras que serviram
de fantástico palco televisivo, dominando as atenções
do povo com atuações de participantes dignas
das melhores interpretações cinematográficas?
Enquanto se espera pela possibilidade de mais um reality
show político - que, de acordo com o interesse
que despertar na audiência, poderá ser transmitido
ao vivo - ninguém noticia sobre a CPI da VARIG
já instalada na ALERJ, e cujo presidente, deputado
Paulo Ramos (PDT), declarou que irá lutar para
reverter o processo de liquidação do Fundo
de Pensão Aerus.
Foi na CPI, realizada no Rio, que o ex-secretário
de Previdência Complementar, ADACIR REIS, declarou
que diante de um fato novo a liquidação
pode ser suspensa. “O Aerus vivia uma crise porque
o dinheiro deixou de entrar. O ato de liquidação
foi necessário naquela circunstância. Se
houver um fato novo essa situação poderá
ser revertida” declarou. Ao ser questionado se foi
pressionado pelo Governo federal para decidir pela liquidação
do Aerus, o ex-secretário disse que não
foi pressionado por nenhuma instância superior.
“A liquidação foi um momento dramático
em que teve que ser feita uma opção em função
dos aposentados”, concluiu Adacir Reis, acrescentando
que no momento em que a Varig não teve condições
de cumprir o que havia acordado com o Aerus, chegou-se
à conclusão de que seria necessário
liquidar o plano.
“Naquele momento, em abril 2003, a liquidação
significou estancar o quadro atual e penalizar, pela legislação,
o quadro assistido”, explicou.
Para o Deputado Paulo Ramos, o momento é de buscar
o reerguimento do fundo de pensão, para que os
funcionários possam reaver o dinheiro que investiram.
“Vamos receber mais documentos e analisar uma maneira
de intervir neste processo”, afirmou Ramos. Também
no Rio de Janeiro, o jornalista e vereador Pedro Porfírio
promoveu audiência pública, no início
de maio, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro,
com a presença do ministro do Trabalho, Carlos
Lupi, que, ao declarar legítimas as reivindicações
dos trabalhadores, comprometeu-se a levar diretamente
ao primeiro escalão do governo federal as suas
propostas.
Enquanto acompanhamos os fatos encaminhamos perguntas
as principais associações representativas
dos trabalhadores, aposentados e pensionistas que foram
respondidas por Marcelo Duarte em nome da APVAR e TGV,
com o endosso de CARLOS VITAL GOUVEIA e CARLOS ROBERTO
DOS SANTOS, respectivamente presidente e Tesoureiro da
AMVVAR (Associação dos Mecânicos de
Vôo da Varig). Até o fechamento desta edição
não havíamos recebido resposta do presidente
da ACVAR, enquanto o SNA não retornou o contato.
JIP – O que significa o TGV e qual
a sua finalidade?
TGV - Significa Trabalhadores do Grupo
Varig. As associações de classe APVAR (Pilotos),
ACVAR (Comissários), AMVVAR (Mecânicos) são
associações antigas, com CNPJ, e sentiram
a necessidade de ampliar a discussão com outros
trabalhadores da Varig, visto que o nosso interesse em
salvar a empresa e o AERUS eram comuns.
Assim, foi criado o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig),
para servir como uma espécie de guarda-chuva e
abrigar todas as associações e trabalhadores
da Varig, inclusive de setores que não possuíam
uma associação que os pudesse representar.
As ações judiciais podem estar em nome conjunto
das associações ou apenas de uma, mas o
escopo é geral e visa o interesse coletivo. O TGV
representa conceitualmente, enquanto as associações
representam ativos e aposentados, pois estes aeronautas
em geral fazem parte das associações de
classe.
Através do trabalho conjunto, impetramos várias
ações jurídicas desde 2002, em várias
instancias e diferentes fóruns. Contra a omissão
e Ações de gestores da FRB e da Varig. Crime
de Responsabilidade. Gestão Temerária. Várias
Ações civis públicas e pedidos de
mandados de segurança contra a omissão da
Secretaria Complementar e do Ministro da Previdência(
2002). Ilegalidades de Assembléias, que fraudaram
os interesses dos trabalhadores ativos e inativos. Ilegalidade
do leilão. Violação de Direitos Humanos.
Crime contra a organização do trabalho.
Impedimos a Fusão da Varig com a TAM. Denunciamos
a falta de competência da Vara empresarial para
tratar de questões trabalhistas. Em fevereiro do
corrente ano, impetramos ação responsabilizando
a União pela intervenção e liquidação
no AERUS sem bases legais.
Esta ação objetiva também sustar
a liquidação do AERUS. Os patronos desta
ação são os advogados Otávio
Bezerra Neves e José Crescêncio da Costa.
Estamos encaminhando agora, ao Ministro do Trabalho, as
bases legais para que seja celebrado um acordo e que os
trabalhadores ativos e inativos recebam o dinheiro do
congelamento tarifário, pois a legislação
prevê que o Ministro faça acordos e que a
AGU não precise mais recorrer.
JIP – O que devem fazer as pessoas
que querem participar do TGV?
TGV – Para que as pessoas possam
aderir ao TGV basta procurar alguma das associações,
que estão abrindo seus estatutos no intuito de
abrigar mais pessoas, e se informar melhor sobre o que
está acontecendo. O maior foco de atuação
é no Rio de Janeiro, mas existem sub-sedes das
associações em S. Paulo e Porto Alegre.
Estamos há mais de 5 anos na luta. É uma
luta difícil, desigual e desonesta. As associações
de trabalhadores da Varig estão unidas e temos
avançado dentro do possível, em audiências
públicas, CPI da ALERJ, conversas com políticos,
autoridades, com a classe artística, imprensa e
a sociedade em geral É natural que exista um certo
esvaziamento pelo tempo de luta. Muitas pessoas não
têm mais fôlego, e precisam sobreviver, colocar
comida na mesa, educar os filhos, comprar remédios.
Estas pessoas estão desesperadas. É desumano
o que estão fazendo com elas.
Muitos aviadores, por uma conjuntura global, tiveram a
chance de empregos fora do país com salários
bem melhores do que são pagos aqui. Optaram por
fazer uma espécie de exílio forçado.
São conhecidos como “despatriados”.
Outros profissionais do setor aéreo não
tiveram esta opção e estão passando
necessidades porque o mercado interno não absorveu
esta mão de obra especializada. Vamos continuar
lutando em defesa dos Direitos dos Trabalhadores ativos
e aposentados da Varig/ AERUS, e, principalmente, do exercício
de cidadania natural em um Estado Democrático de
Direito. Acreditamos que existem caminhos que podem ser
trilhados, desde que se respeitem os Direitos e Contratos.
A sucessão trabalhista é inexorável!
Os trabalhadores são os grandes parceiros para
a solução, pois são os melhores ativos
em uma empresa. Não são o problema e não
foram eles que levaram a VARIG e o AERUS para esta situação
desastrosa. Inadmissível é o calote no capital
humano e o descaso governamental.
O país ainda tem uma Constituição,
Leis, uma CLT. O que está em jogo é a estabilidade
jurídica e o cumprimento de contratos. Em suma,
é o Estado Democrático de Direito que está
em jogo. Se os direitos dos aposentados e pensionistas
do AERUS não forem respeitados, quem poderá
garantir os Direitos de milhares de pensionistas dos mais
de 370 Fundos de Pensão do país, que o governo
incentiva e tem a obrigação de fiscalizar?
Devido ao expressivo número de emails, telefonemas
e correspondências recebidas pelo JIP (em virtude
das aterias publicadas nas edições de março
e abril), que nos trouxeram novas informações,
pudemos nos aprofundar mais no caso VARIG/AERUS, hoje,
praticamente abandonado pela Mídia de expressão
nacional. A mesma mídia beneficiada seguidamente,
durante anos, com polpudas verbas publicitárias
pela outrora maior empresa aérea do continente.
Existem, realmente, muitas indagações e
questionamentos sem respostas no tumultuado processo em
que se transformou a lenta agonia da VARIG e a conseqüente
liquidação dos planos 1 e 2 do Fundo de
Pensão AERUS.
Segundo o edital do leilão, a arrematante levaria,
entre outros bens, o nome “Varig”, o CHETA
(Certificado de Homologação de Empresa de
Transporte Aéreo), as linhas, e, principalmente,
os slots (horários) da Varig S.A. - Viação
Aérea Rio-Grandense - e da Rio Sul S.A, no exterior,
garantindo-lhe, através de uma adequação
jurídica ocasional, adquirir o ativo da maior empresa
aérea sul americana, sem responder pelo seu passivo.
Para que o leitor possa entender, o CHETA (Certificado
de homologação de Empresa de Transporte
Aéreo) é concedido pelo governo brasileiro,
através da ANAC (Agencia Nacional de Aviação
Civil), mas, o que mais interessava, realmente, a qualquer
adquirente do bens e do nome da “velha” VARIG,
eram os seus “slots” (horários de pousos
e decolagens nos principais aeroportos do mundo). As linhas
para estes lugares, o governo brasileiro, através
da ANAC, pode conceder à qualquer companhia que
os solicitar, graças ao regime de reciprocidade
vigente entre os países, só que tais concessões
estão sujeitas aos horários (slots) de pouso
e decolagem disponíveis no aeroporto de destino.
Na atualidade, diante da intensificação
do tráfego aéreo e conseqüente saturação
dos aeroportos, principalmente nos EUA e Europa, os horários
ainda disponíveis, na maioria das vezes, não
são comerciais. Os melhores horários (slots),
foram disponibilizados ao longo do tempo para as inúmeras
companhias estrangeiras. Competir com elas, que têm
os melhores horários para pousos e decolagens,
nos principais aeroportos, inviabiliza qualquer logística
de transporte, daí a necessidade de se conservar
os horários (slots) da VARIG, conseguidos, registrados,
e mantidos ao longo de anos de existência, sob o
CNPJ da Viação Aérea
Rio Grandense S/A.
E, para ficar com os direitos de horários (slots)
da VARIG no exterior, não é suficiente uma
simples troca de denominação, em nosso País,
já que, quando uma companhia perde o direito de
usar determinado horário (slot) de pouso e decolagem
em um aeroporto internacional, esse direito migra para
a primeira empresa que esteja na fila à espera,
independentemente do país de origem.
Para conseguir voar para o exterior, uma nova companhia,
pode conseguir um novo CHETA (medida dependente do governo
brasileiro), mas terá que conseguir também
horários (slots) nos aeroportos internacionais
de outros países, o que depende de autorização
de cada governo e cada País. Isso envolve a observação
de procedimentos que incluem solicitar ao ICAO (sigla
em inglês da OACI - Organização da
Aviação Civil Internacional), um designador
de três letras para que a nova empresa possa operar,
e que a identifiquem mundialmente. ICAO é um Órgão
das Nações Unidas com sede em Montreal,
no Canadá, que regula tudo o que diz respeito à
Aviação Civil Internacional, do qual o Brasil
é signatário.
Toda empresa de aviação internacional tem
um designador que a identifica e que lhe permite operar
nos diversos aeroportos do planeta. Para a arrematante
dos bens da VARIG, foi conferido um novo designador, diferente
daquele pertencente à antiga VARIG.
Aí surgiu um grande problema, que talvez não
tenha sido levado em conta pelos tecnocratas tupiniquins,
que não se resolve com um simples jogo de palavras
ou troca de nome de empresas, como pretendiam os idealizadores
do Leilão (sem passivo) da VARIG. Os horários
(slots) identificados pelo designador ICAO VRG, pertencem
a Viação Aérea Rio-Grandense –
Em Recuperação Judicial, e ao seu respectivo
CNPJ.
Dificilmente os países, para onde a “nova”
Varig pretende voar, vão se deixar confundir ou
aceitar o “jeitinho brasileiro”. Tanto é
que para poder realizar os vôos para Frankfurt (único
destino na Europa), que a arrematante sob nova sigla tem,
foi usado o designador ICAO VRG (pertencente à
VARIG “velha”), de forma completamente ilegal.
Segundo informações de trabalhadores da
“velha” VARIG na Europa, esta irregularidade
já foi denunciada, além de outras, às
autoridades locais em seus países e da União
Européia.
E agora, o que virá? Como cancelar o CHETA da “velha”
VARIG (agora S.A. Viação Aérea Rio
Grandense - em Recuperação Judicial), se
a ele continuam vinculados os “slots” (horários
- e maior alvo de cobiça de qualquer empresa aérea
internacional) concedidos à VARIG “velha”,
nos aeroportos internacionais do exterior? Como resolver
este problema? Se dependesse apenas do Brasil, por certo
tudo se arrumaria com o famoso “jeitinho brasileiro”.
Mas, isto depende das autoridades aeronáuticas
de cada país, cada qual com uma “lista de
espera” e, na maioria deles, não se usa o
“jeitinho”!
Até seria fácil para a nova empresa suceder
a “velha” VARIG, e com isso ter direito a
ficar com seus horários (slots), seu CHETA, etc.
Só que existe um problema muito maior. Assumir
essa sucessão, oficialmente, significa assumir
também os débitos trabalhistas e previdenciários
de milhares de trabalhadores, aposentados e pensionistas
- praticamente os maiores credores da “velha VARIG.
E, pelo que parece, não era essa a intenção
daqueles que conceberam todo o “imbróglio”
em que se tornou o caso VARIG/AERUS, ou seja, descaracterizar
a sucessão trabalhista.
E nessa situação, segundo juristas e especialistas,
atuantes na área do direito do Trabalho, consultados,
a simples leitura dos artigos 10 e 448 da Consolidação
das Leis do Trabalho não deixa dúvidas:
“Art. 10. Qualquer alteração na estrutura
jurídica da empresa não afetará os
direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura
jurídica da empresa não afetará os
contratos de trabalho dos respectivos empregados.”
Para evitar configurar uma sucessão, diante da
legislação, e evitar o pagamento dos direitos
trabalhistas e previdenciários de milhares de funcionários,
a solução seria mesmo a criação
de uma nova empresa, com um novo CNPJ, antes do leilão,
o que foi feito.
Só que os tecnocratas esqueceram que nenhuma empresa
brasileira, com novos slots (horários), vai conseguir
subsistir competindo com os horários das empresas
estrangeiras no exterior. E se forem utilizados o designador
VRG e seus horários (slots), pertencentes a “velha”
VARIG, terão que ser reconhecidos os direitos trabalhistas
de imediato.
Tudo leva a crer que essa situação terá
que ser resolvida rapidamente pela adquirente, e (se não
houver um novo “imbróglio”) dificilmente
a sucessão deixará de ser reconhecida, principalmente
nas instâncias superiores da Justiça. Resolvendo-se,
em conseqüência, a questão dos direitos
trabalhistas e previdenciários de milhares de trabalhadores,
pensionistas e aposentados.
Lógico que ainda resta muito a ser apurado, em
relação à lamentável agonia
da VARIG e à insólita intervenção,
e conseqüente liquidação dos Planos
1 e 2 do gigantesco AERUS. A legislação
específica (Lei 109) não prevê a liquidação
de alguns planos dentro de uma entidade fechada. Em conseqüência,
somente poderia haver a liquidação de toda
a entidade.
Parece existir uma luz no fim do túnel, que pode
evitar um fim sem final, fato infelizmente comum na história
brasileira, quando se trata dos direitos de trabalhadores
que prestaram o melhor de si e pertenceram ao quadro funcional
de grandes empresas, ou organizações, cujo
patrimônio virou “fumaça” (a
exemplo dos Diários Associados, Televisão
Tupi, Rede Manchete, VASP, Transbrasil, e tantas outras).
Empresas e organizações que foram alvos
da incúria criminosa de seus gestores, sucumbindo
em meio a tantos desacertos, graças também
ao beneplácito ou, no mínimo, a passividade
de órgãos de governo.
Cada qual a seu tempo, tão inepto em defender os
direitos dos trabalhadores quanto ágil na cobrança
e na instituição de novos impostos, multas
e sansões, para satisfazer o insaciável
apetite do “establishment” burocrático
estatal, sustentado por esses mesmos trabalhadores.
NR: Esta matéria contou com a colaboração
e consultoria primordial e imprescindível dos aeronautas,
Cmts. Marcelo Duarte e Antonio Fernando Drago Silva, pertencentes
aos quadros da APVAR e TGV, a quem o autor agradece.
Jornal do Brasil
30/05/2007
CPIs entram em rota de colisão
Leandro Mazzini
Brasília. Mal começaram as investigações
das comissões parlamentares de inquérito
na Câmara e no Senado sobre o apagão aéreo,
relatores já estão em rota de colisão
e dão provas de que não haverá sinergia
nos trabalhos. Pelo contrário, a expectativa crescente
é de disputa entre as duas Casas. Ontem, o deputado
Marco Maia (PT-RS), relator da CPI da Câmara, criticou
o relator no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO),
que acusou quatro controladores e os dois pilotos americanos
do jato Legacy pelo choque com o Boeing da Gol em 29 de
setembro, que resultou na morte de 154 pessoas.
- É prematuro fazer afirma ções
conclusivas. Estamos tendo o cuidado de ouvir todos os
lados e, principalmente, identificar se não houve
problemas técnicos antes do acidente - disse Maia.
Ao sair da sessão da CPI do Senado, Demóstenes
deu o troco. Disse que chamará especialistas para
visitar o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle
de Tráfego Aéreo (Cindacta) 1, de Brasília,
mas "não a passeio", numa indireta para
o deputado, que teve a visita restringida pela Aeronáutica
há duas semanas.
- Acho que os deputados deveriam se concentrar no trabalho
deles. Estão muito preocupados com o Senado - declarou
Demóstenes - Quem sabe se estudassem um pouco mais,
pudessem dar um juízo melhor. Desejo que façam
um bom trabalho e estudando, em vez de ficar soltando
farpas.
Não bastassem as trocas de farpas entre os dois,
o presidente da CPI da Câmara, Marcelo Castro (PMDB-PI),
já inocenta os pilotos americanos, ao contrário
de Demóstenes.
- Podem até ser responsabilizados por terem desligado
o transponder(aparelho anti-colisão), e terem ficado
sem contato com a torre, mas não tiveram culpa
de voar a 37 mil pés.
Demóstenes prometeu ontem que concluirá
um relatório preliminar em duas semanas. E anunciou
que pedirá o indiciamento de um controlador e dos
pilotos do jato Legacy Jan Paul Paladino e Joseph Lepore.
Na segunda-feira, depois de ouvir quatro controladores
- três do Cindacta 1 e um de Manaus (Cindacta 4)
- o senador disse não ter dúvidas de que
o chefe dos controladores no dia da tragédia, Jomarcelo
Fernandes dos Santos, é responsável pelo
acidente, porque teria conhecimento de que o jato voava
em rota de colisão com o Boeing e não contatou
os pilotos. Além disso, não teria avisado
o controlador que o substituiu sobre a situação
irregular.
Demóstenes pretende pedir dados à Aeronáutica
sobre o sistema que os controladores julgaram falho. O
depoimento ontem de manhã do coronel Rufino Antônio
da Silva Ferreira, presidente da comissão de investigação
do acidente no Cindacta-1, não convenceu o senador.
O oficial negou que haja falha no sistema e garantiu que
ele estava funcionando bem no dia do acidente.
Folha Online
29/05/2007 - 15h40
Crise da Varig ainda reduz vinda
de estrangeiro ao Brasil
CLARICE SPITZ
A crise da Varig no ano passado ainda afeta o desembarque
de passageiros do exterior no país. Pesquisa encomendada
pela FGV (Fundação Getúlio Vargas)
ao Ministério do Turismo aponta redução
de 8,79% no número de passageiros que desembarcaram
no país nos três primeiros meses do ano.
Entre janeiro e março 1,687 milhão de pessoas
chegaram ao país por via aérea. No mesmo
período do ano passado, esse número era
de 1,850 milhão.
A redução da oferta de assentos em vôos
internacionais já fez com que o número de
desembarques internacionais tenha se reduzido de 6,8 milhões,
em 2005, para 6,3 milhões, em 2006.
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, afirma que a situação
deve se normalizar com a retomada das rotas da Varig,
já que a companhia foi adquirida pela Gol. Além
disso, Suplicy diz que o ministério trabalha para
atrair turistas.
'Estamos fazendo um trabalho agressivo de captação
de turistas, principalmente argentinos, alemães
e americanos, onde o Brasil já tem uma imagem importante',
disse.
Vôos nacionais
Por outro lado, os desembarques em vôos nacionais
apresentaram um aumento de 7,06% no primeiro trimestre
na comparação com o mesmo período
do ano passado.
Segundo os pesquisadores os desembarques domésticos
alcançaram 16,4 milhões de pessoas entre
janeiro e abril deste ano. A FGV diz que ainda não
fechou os números de desembarques internacionais
no período. A estimativa dos economistas é
que o número de passageiros também seja
inferior ao ano passado, em torno de 2,2 milhões
de passageiros ante 2,35 milhões, no primeiro trimestre
de 2006.
O faturamento do segmento de transporte aéreo
apresentou um incremento de 19,3% no primeiro trimestre
em relação ao mesmo período do ano
passado. Parques temáticos foram o segundo maior
crescimento: 11,5%
Gastos de estrangeiros
Se os desembarques internacionais diminuíram,
os gastos de estrangeiros aumentaram no período.
Eles somaram US$ 1,332 bilhão, uma cifra 9,66%
maior que a verificado no mesmo período do ano
passado. Ou seja, apesar da menor quantidade de turistas,
eles tinham maior poder aquisitivo.
www.mercadoseeventos.com.br
29/05/2007
Aviação
Veja a nova diretoria completa da
Varig
A Gol, que recentemente adquiriu a Varig, já definiu
os nomes de toda a nova diretoria da companhia aérea.
Veja os nomes, cargos e as localidades onde ficarão
baseados:
Lincoln Noriya Amano, diretor Comercial, SP; Murilo Barbosa,
diretor de Marketing, SP; Dirk Graetz, gerente Comercial
de Rotas, SP; Sergio Valentim, gerente Comercial Brasil,
SP; Claudio Miguel, gerente Call Center/Back-office e
SAC; Lana Paganini dos Santos, gerente de Contas, SP;
Luciano Lima Matusiak, gerente de Contas, RS; Maria Alice
Senna, gerente de Contas, BA; Fabio Mader Cintrao, analista
de Mercado Corporativo, SP; Antonio Fausto Teles de Oliveira,
gerente de Contas, AM; Milton Correa Affonso, gerente
de Contas, PE; Tays Andrade de Simoni, gerente de Contas,
CE; Jose Martins, gerente de Contas, DF; Sebastião
Garcia dos Santos Filho, gerente de Contas, RJ; e Jacqueline
Miranda Ledo, gerente de Contas, MG.
Site da ALERJ
29/05/2007
C.P.I. - Varig
A reunião do dia 31 será às 12:30
horas, estando convocado o advogado Dr. Roberto Teixeira.
Favor avisar aos demais interessados da mudança
do horário.