:::::RIO DE JANEIRO - 29 DE DEZEMBRO DE 2006 :::::

 

O Estado de São Paulo
29/12/2006
Veto a overbooking e cancelamentos
Anac fiscalizou reservas e definiu medidas para impedir que faltem lugares nos vôos para o ano-novo
Isabel Sobral, BRASÍLIA

Na tentativa de evitar outro apagão aéreo no feriado de ano-novo, o governo anunciou ontem um plano de emergência que vai vigorar da zero hora de hoje até 2 de janeiro. Nesses próximos quatro dias, as companhias aéreas estão impedidas de alterar suas malhas aéreas e de vender passagens aéreas além da capacidade dos aviões - prática conhecida como overbooking. As empresas vão ainda manter aeronaves reservas disponíveis nos principais aeroportos do País.

“Estamos tranqüilos quanto ao trabalho das companhias neste feriado”, afirmou o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Segundo o ministro da Defesa, Waldir Pires, que convocou ontem nova reunião com as autoridades aeronáuticas para finalizar os detalhes do plano, “todas as pessoas com bilhetes para este feriado vão poder viajar”. “Queremos não ter problemas sempre, mas, pelo menos nesses dias, estamos empenhados em assegurar que tudo ocorra na normalidade”, completou Pires.

O ministro disse ainda que os contratos de vôos fretados já acertados até anteontem poderão ser cumpridos. “A proibição vale para novos fretamentos”, afirmou ele, ao responder às dúvidas de pessoas que programaram viagens por vôos charters para este feriado e estão preocupadas em não serem atendidas por causa da decisão do governo de proibir os novos charters. Segundo o ministro, os fretamentos têm de ser autorizados com, no mínimo, dez dias de antecedência e, por isso, aqueles já autorizados para o ano-novo poderão operar normalmente. “Todo mundo que comprou pacote com vôo charter pode ficar tranqüilo.”

A Anac acertou com as empresas que, até a próxima terça-feira, a malha fique congelada. Assim, cancelamentos de vôos ou alteração de horários só serão aceitos em casos excepcionais. Por precaução, as empresas deixarão aeronaves de reserva nos aeroportos. As determinações do governo foram vistas com naturalidade pelas companhias. “Não é nada que nos prejudique”, disse o funcionário de uma empresa.

À tarde, representantes das companhias estiveram na sede do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea), no Rio, para uma reunião com os militares. Oficiais da FAB questionaram o fato de a TAM atribuir ao controle de vôo parte dos atrasos. Foram apresentados relatórios mostrando que, na semana passada, os seqüenciamentos entre os aviões foram muito pequenos.

REDUÇÃO

A expectativa da Anac é de que haja redução de 20% no número de passageiros transportados neste feriado em relação ao Natal. “Vimos detalhadamente o sistema de reservas das companhias”, comentou o presidente da agência. Ele citou como exemplo a TAM que, na sexta-feira, transportou 79 mil passageiros e hoje deverá transportar 65 mil.

As práticas de overbooking e de no show (passageiros que adquiriram bilhetes, mas não se apresentaram para o embarque) foram definidas pelo presidente da Anac como “irmãos siameses”. “Para haver uma regulamentação disso, teremos de antes discutir bastante, porque uma coisa completa a outra.” Técnicos da agência concluíram ontem a auditoria na TAM e na Gol e devem divulgar os resultados em breve.

Além de trazer um diagnóstico sobre os motivos que levaram à crise do Natal, o documento também apontará sugestões e determinações às empresas do setor.

 

 

Coluna Claúdio Humberto
27/12/2006 - 00:00h
Novo slogan


Após tanta confusão nos aeroportos, a TAM precisa mudar de slogan. Em lugar de "Você nasceu para voar", fica valendo "Você nasceu para ESPERAR"!!

 

 

Coluna Claúdio Humberto
27/12/2006 - 00:00h
Papai Zé

A aviação brasileira está entregue à ANARC, a vergonha nacional. Quando da crise da Varig, os passageiros ficaram no chão entregues à própria sorte, porque era interesse do governo falir a Varig para a TAM decolar. Será por que ela é vermelha igual ao PT? Mas o castigo veio de trenó de Papai Noel, também de vermelho. Mas o Lula teve uma rápida saída, colocando a FAB à disposição da TAM. Por que será? É coisa de Papai Noel, ou do Zé?