Folha
de São Paulo
29/01/2008
Fokker gera disputa entre TAM
e OceanAir
TAM decide não renovar
contrato de manutenção
JULIO WIZIACK DA REPORTAGEM LOCAL
A
OceanAir, do empresário German Efromovich, está
em pé de guerra com a TAM, que decidiu não
renovar os contratos de manutenção dos
Fokker 100 de sua empresa.
Em nota oficial, a TAM informa que não prestará
serviços de manutenção para outras
companhias, porque necessita de toda a capacidade de
seu Centro Tecnológico, em São Carlos,
no interior de São Paulo, para fazer a manutenção
de seus próprios aviões Fokker. Motivo:
ela devolverá todos eles aos lessores -companhias
de quem adquiriu os aparelhos-, e eles precisam de uma
revisão completa.
Mas Efromovich acusa a TAM de concorrência desleal.
"A não-renovação de um contrato
faz parte do negócio", disse ele à
Folha. "O problema é que decidiram vazar
essa informação no mercado numa tentativa
de arranhar a imagem de nossa empresa."
Efromovich diz que passou essa mensagem ao presidente
da TAM, David Barioni, por telefone, na semana passada.
Barioni teria negado o vazamento, e ambos combinaram
um almoço, previsto para esta semana, em que
discutiriam formas de resolver o problema da manutenção.
Segundo Efromovich, a partir de agora ele está
criando formas de transferir a manutenção
pesada dos Fokker 100 para a Colômbia, onde ele
é dono da Avianca.
A TAM afirma que até o final deste mês
continuará prestando serviços à
OceanAir, mas esse deverá ser o tema da conversa
que German e Barioni terão nos próximos.
Folha
de São Paulo
29/01/2008
CHECK-IN
Empresas podem aceitar cópia
do RG
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A
Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) orientou as empresas aéreas a aceitar
cópia autenticada da carteira de identidade para
permitir o check-in do passageiro em trechos domésticos,
desde que o documento tenha foto e esteja em bom estado
de conservação.
As carteiras de habilitação (modelo com
foto) também serão aceitas como identificação,
mesmo que estejam vencidas.
Em viagens internacionais, não muda a exigência
de apresentação do passaporte original,
dentro da validade, com visto consular para o país
de destino, quando necessário. A mudança
já está em vigor e visa amenizar problemas
na hora do check-in.
O
Globo
29/01/2008
Coluna Cartas dos Leitores
O
Globo
29/01/2008
Coluna Ancelmo Góis
O
Estado de São Paulo
29/01/2008
Cai para 10% taxa de acordos nos
juizados de aeroportos
Felipe Recondo
Levantamento
feito pelos juizados especiais montados no auge da crise
aérea em cinco aeroportos de três Estados
- Rio, São Paulo e Brasília - mostra que
as empresas de aviação estão apostando
na lentidão da Justiça e desistindo de
fazer acordos com os passageiros insatisfeitos. Quando
foram instalados, em outubro do ano passado, os juizados
especiais registravam que, do total de reclamações,
35% a 40% terminavam em acordo entre empresas e passageiros.
Agora, esse número varia de 10% a 15%.
“Pode
ser que as empresas estejam apostando na demora”,
reconheceu o coordenador dos juizados especiais e ministro
do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp.
“E olha que as demandas não são
as mais complexas.” No Aeroporto Tom Jobim, no
Rio, por exemplo, quase metade das reclamações
(47,12%) são por atrasos.
Com
os acordos em baixa, o ministro fez ontem, em reunião
no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um apelo
para que as empresas voltem a dar ênfase nos acordos,
evitando que os casos sejam levados a julgamento. Desde
outubro, os juizados fizeram 9.608 atendimentos. Desses,
1.395 - 14,5% - acabaram em acordos. O resto se resolverá
na Justiça.
As
campeãs de reclamação são
a Gol (1.585) e a TAM (1.513), seguidas por BRA (823)
e Varig (369). Procuradas, elas não se manifestaram
sobre o assunto. Os juizados especiais ficarão
nos aeroportos até 31 de março.
Revista
Consultor Jurídico
28 de janeiro de 2008
Plano de vôo
VarigLog tem de abrir contas para
sócia americana
por Fernando Porfírio
A
americana Volo Logistics LLC obteve liminar no Tribunal
de Justiça de São Paulo para que a Volo
do Brasil e a VarigLog sejam obrigadas a exibir livros,
documentos contábeis e relatórios financeiros
sobre a administração das duas empresas.
A medida cautelar é mais um capítulo da
briga pelo controle da VarigLog, que coloca em rota
de colisão os integrantes da sociedade: de um
lado, o fundo americano MatlinPatterson; de outro os
empresários brasileiros Marco Antonio Audi, Marcos
Haftel e Eduardo Gallo.
A
Volo do Brasil foi criada pelos três investidores
brasileiros e pelo fundo americano para a compra e recuperação
da VarigLog e das operações da antiga
Varig. Em agosto de 2005, a Volo adquiriu a VarigLog
por US$ 48 milhões. A VarigLog, por sua vez,
comprou a Varig em julho de 2006, mas a vendeu em março
do ano passado para a Gol. Os empresários entraram
como sócios e gestores do negócio e o
fundo americano com o dinheiro.
A
disputa começou quando os sócios brasileiros
entraram na Justiça com ação anulatória,
onde pedem a dissolução da sociedade com
o MatlinPatterson. A Volo do Brasil alega que foi coagida
pela Volo LLC a assinar um contrato que dá ao
fundo americano a opção de compra das
ações a preço pré-fixado.
Diz que o valor das ações foi irrisório
e descabido. O pedido foi negado pela Justiça
paulista em dezembro. A decisão ainda depende
de recurso.
Já
o fundo pediu a execução do contrato e
cobra US$ 186 milhões da VarigLog. Uma ação
corre no Brasil e a outra nos Estados Unidos. Na Justiça
americana, o fundo reclama a devolução
de US$ 88,2 milhões que teriam sido aplicados
pelo MatlinPatterson na forma de empréstimos
que deveriam ter sido quitados depois que a VarigLog
vendeu a VRG (nova Varig) à Gol. O MatlinPatterson
não recebeu o montante e acusa os brasileiros
de terem enviado parte do dinheiro ao exterior. Com
as ações judiciais, o fundo conseguiu
bloquear recursos em uma conta na Suíça
e 4,5 milhões de ações da Gol,
dadas em pagamento pela VRG.
Falta
de informação
No
novo recurso apresentado ao Tribunal de Justiça
paulista, a Volo LLC sustentou que é dona de
60% do capital da empresa Volo do Brasil e, por conta
do investimento, detém, indiretamente, 60% de
participação na VarigLog. A americana
destacou que é acionista sem poder de controle
e sem participação na administração
das duas companhias.
De
acordo com o recurso, o MatlinPatterson investiu na
VarigLog, por meio da Volo do Brasil, US$ 246 milhões.
O investimento teria sido feito por meio de contratos
de mútuos, com vencimentos entre dezembro de
2007 e setembro de 2011. Do total, US$ 128 milhões
foram usados na compra e manutenção da
operação comercial da VarigLog. O restante
foi usado na aquisição da antiga Varig
até ser comprada pela Gol.
Segundo
a Volo LLC, a falta de informação sobre
as empresas cresceu depois da venda da antiga Varig
para a GTI, empresa do grupo Gol Linhas Aéreas.
A companhia americana entende que com a venda da Varig,
os recursos adquiridos com a operação
deveriam ser direcionados para a liquidação
das promissórias vencidas do contrato.
A
Volo LLC alega que, por conta da não exibição
de livros e documentos, foi obrigada a entrar com outra
ação, desta vez declaratória, com
pedido de liminar, para obrigar as empresas a exibir
os documentos. Diz que entrou com a nova ação
por suspeita de grave irregularidade na gestão
das empresas.
A
ação cautelar para exibição
de livros e documentos foi apresentada à 8ª
Vara Cível da São Paulo, mas a juíza
que apreciou o caso negou o pedido de tutela antecipada.
A empresa americana recorreu, então, ao Tribunal
de Justiça.
O
caso foi apreciado pela 5ª Câmara de Direito
Privado que, por votação unânime,
concedeu a liminar, mas mandou que as partes envolvidas
no processo fossem intimadas a apresentar contra-razões.
Sobre
o autor
Fernando Porfírio: é repórter da
revista Consultor Jurídico
Revista
Consultor Jurídico
28 de janeiro de 2008
Prova obrigatória
Infraero não pode contratar
funcionários sem concurso
A Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária)
está impedida de contratar funcionários
sem concurso público, ainda que para cargos de
confiança. Ela tentou reverter a decisão
da Justiça do Trabalho, mas o Supremo Tribunal
Federal negou a liminar.
A
Infraero alega que a Justiça Trabalhista não
tem competência para julgar esse caso. Ao observar
os argumentos da juíza da 5ª Vara do Trabalho
de Brasília, a ministra Ellen Gracie não
percebeu, em uma análise liminar, a plausibilidade
jurídica do pedido da Infraero.
De
acordo com a juíza da 5ª Vara, a Infraero
“tem natureza jurídica de empresa pública
federal, integrante da administração pública
indireta, e seus empregados são regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho. Assim,
estão submetidos à competência da
Justiça do Trabalho, nos termos do artigo 114,
inciso I, da Constituição Federal”.
Segundo
a juíza, a decisão do STF excluiu da competência
da Justiça do Trabalho os servidores estatutários,
“qualidade que não ostentam os trabalhadores
comissionados que foram admitidos ao quadro funcional
da Infraero por meio de contratos especiais, para o
exercício de funções de confiança”.
Na
Reclamação, a Infraero alegou que a decisão
da juíza de Brasília viola o julgamento
do Supremo na Ação Direta de Inconstitucionalidade
3.395. No julgamento da ADI, o Supremo impediu a Justiça
do Trabalho que decidisse sobre causas entre o poder
público e seus servidores.
Mercado
e Eventos
28/01/2008 - 18:36h
Varig lança promoção
para nova rota iniciada hoje: SP-Madri
Para comemorar a nova rota internacional de São
Paulo a Madri (Espanha), a companhia aérea Varig
lançou uma promoção com tarifa
reduzida para o início do vôo a partir
de US$817 (ida e volta sem taxas) para partidas até
27 de fevereiro.
O
novo vôo diário da Varig, que começou
a operar hoje (28/01), parte do Aeroporto Internacional
de Guarulhos às 0h10 (São Paulo) e chega
às 13h30 em Madri, capital da Espanha. Na volta,
o avião sai do Aeroporto de Barajas às
14h55 e chega em São Paulo às 22h55.
Os
bilhetes para Madri podem ser comprados pelo site www.varig.com
e pelo telefone 4003-7000.