::::: RIO DE JANEIRO - 28 DE OUTUBRO DE 2007 :::::

 

Isto É Dinheiro
28/10/2007
Pouso forçado da BRA
Sem dinheiro no caixa e com metade da frota no chão, a companhia aérea sofre com uma briga entre seus sócios
ROSENILDO GOMES FERREIRA

 


AERONAVE DA BRA:
empresa necessitaria de US$ 10 milhões
para manutenção da frota

O setor aéreo brasileiro tem se mostrado espinhoso demais para alguns empresários. Wagner Canhedo (da Vasp), Antônio Celso Cipriani (da Transbrasil) e Aramis Maia (da Nacional) fracassaram na tentativa de conquistar os céus do País. E ao que tudo indica essa confraria poderá contar, em breve, com mais um integrante: Humberto Folegatti, dono da BRA. A companhia vive uma espécie de inferno astral.

Sem recursos para bancar a manutenção das aeronaves, a solução foi encostar metade da frota de dez aviões. Com isso, a venda de passagens internacionais (Portugal, Espanha e Itália) foi suspensa e a malha interna readequada. A reestruturação foi determinada pela Anac, após sucessivas reclamações de passageiros e denúncias do Sindicato dos Aeronautas, que acusa a empresa de submeter as tripulações a péssimas condições de trabalho. Em entrevista à DINHEIRO, Folegatti rebateu as denúncias.

Para ele, os problemas vividos pela BRA devem-se tão somente à parada não programada de uma aeronave 767, cuja turbina aspirou um pássaro. “Estamos enfrentando um processo orquestrado de desestabilização”, avalia.“E isso deve interessar àqueles que não querem que continuemos o projeto de expansão de frota e da malha”, completa, sem no entanto citar os responsáveis. Fontes ligadas à empresa, no entanto, dizem que o cenário é bem diferente. “A BRA corre o risco de fechar as portas”, opina um executivo que pediu para não ser identificado.

Para continuar operando, estima-se que seria necessário pedir US$ 50 milhões aos sócios do Brazilian Air Partners (integrado por Darby, Goldman Sachs, Bank of America, Millenium e Gávea). Novos aportes, contudo, dependeriam da saída de Folegatti da cadeira de presidente. Mas para passar o manche, o empresário estaria exigindo vantagens como um prêmio em dinheiro. Afinal, ele e o irmão Walter controlam 80% do capital e, na visão deles, é melhor para os fundos desembolsar um pequeno valor agora que perder os US$ 120 milhões já aplicados no negócio. Folegatti nega: “O processo de reorganização da BRA está em curso e faz parte do acordo pactuado em 2006 com os investidores”, argumenta. Nesse cenário, ele aposta que “novos investimentos são uma questão estratégica e de oportunidade”.

 


FOLEGATTI, PRESIDENTE:
se ele não sair, os sócios não
colocam mais dinheiro

Mas o que levou a BRA a essa situação? Especialistas apontam como principal causa os erros de gestão e o clima de beligerância entre Folegatti e os fundos. Acostumado a atuar com vôos charters, que só decolam com ocupação mínima, o empresário não soube conduzir a BRA em um mercado de duopólio (Gol e TAM detêm 87,2%) e com regras rígidas (escalas e horários fixos). Nesse cenário, os US$ 50 milhões serviriam para bancar os consertos das aeronaves (US$ 10 milhões), quitar dívidas com fornecedores e montar um “colchão de liquidez”.

A BRA necessitaria de US$ 8 milhões para fazer face às despesas mensais. “Cada dia que Folegatti permanece à frente do negócio mais o quadro se complica”, diz um executivo da concorrência.

OCEANAIR MAIS PERTO DA VASP
German Efromovich pagaria R$ 30 milhões pela empresa

Anovela envolvendo a recuperação judicial da Vasp poderá ter seu epílogo na terça-feira 30. Pelo menos é o que espera German Efromovich, dono da OceanAir. Nesse dia, representantes dos credores (ex-funcionários, bancos, Petrobras e Infraero) se reúnem em São Paulo para avaliar as propostas apresentadas pela OceanAir e a Digex, ligada ao fundo Matlin Patterson. Conforme a DINHEIRO antecipou em sua edição de 12 de setembro, Efromovich pretende usar a estrutura da Vasp como plataforma para o crescimento da OceanAir. Para tanto, ele está disposto a assumir as áreas de manutenção, treinamento e carga, que seriam fundidas em uma nova companhia.

 



GERMAN:
planos de criar uma grande
companhia aérea sulamericana

Em troca, a Vasp receberia cerca de R$ 30 milhões (diluídos em até dez anos), além de 18% das ações dessa empresa, cujo faturamento é estimado em até R$ 850 milhões. “Tratase de uma oferta agressiva que atende ao interesse de boa parte dos credores”, avalia Waldomiro Silva Júnior, diretor de planejamento da OceanAir. A compra do espólio da Vasp faz partte do ambicioso plano de Efromovich de criar uma grande companhia aérea com cobertura em toda a América do Sul. Além da OceanAir, o empresário colombiano radicado no Brasil é dono da Avianca, a principal empresa do setor na Colômbia, adquirida anos atrás quando se encontrava em situação pré-falimentar. Efromovich ainda tentou ficar com a Varig – sem sucesso, porém. Espera ter mais sorte, agora, com a Vasp.

 

 

O Estado de São Paulo
28/10/2007
Anac financia aeroporto polêmico
Agência libera verba para Ribeirão, mas acusações de irregularidades ambientais e licitações travam processo
Eduardo Reina

A transformação do Aeroporto Leite Lopes, de Ribeirão Preto (SP), em terminal internacional de carga avançou, mas ainda está longe de se tornar realidade. O governo estadual ainda precisa marcar nova audiência pública para discutir o relatório de impacto ambiental das obras e o que o novo conceito de aeroporto trará para a cidade. Apesar do entrave, na semana passada a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou R$ 1.785.175 para obras no local, administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), órgão ligado à Secretaria Estadual dos Transportes.

O projeto também esbarra em liminar obtida pelo promotor do Meio Ambiente de Ribeirão Preto Marcelo Pedroso Goulart. 'O estudo (relatório de impacto ambiental) existente parece que foi feito por encomenda e houve certa pressão para sua revisão.'

Havia ainda denúncia do ex-presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), José Carlos Pereira, que mencionou a suposta tentativa da ex-diretora da Anac, Denise Abreu, de beneficiar um amigo em manobra de transferência de carga dos terminais de Congonhas e de Viracopos para o Leite Lopes. Mas o relatório final da CPI do Apagão Aéreo no Senado concluiu que não houve irregularidade no caso.

Também há procedimento aberto pelo Ministério Público Federal para apurar possível favorecimento da companhia durante a licitação que definiu o operador do terminal. 'O processo foi feito de ponta-cabeça. Primeiramente fizeram a licitação e depois correram atrás dos estudos de impacto ambiental. Quero saber se há favorecimento de alguém, pois existe essa denúncia de favorecimento', disse o procurador do Ministério Público Federal Andrey Mendonça.

'Houve uma atitude impensada e irresponsável quando foi feita a denúncia. Isso nos causou grande prejuízo financeiro e de imagem', afirmou Rubel Thomas, diretor da empresa Terminal Internacional de Cargas do Brasil (Tead), vencedora da licitação.

Única a entrar na disputa, a Tead, que originalmente tinha o nome de Terminais Aduaneiros do Nordeste, foi formalizada na Junta Comercial de São Paulo no dia 15 de agosto de 2003, cinco meses depois de ter vencido a licitação. A empresa dá como endereço a Avenida Tomaz Alberto Whattely s/nº, exato endereço do Leite Lopes. Mas no aeroporto ninguém conhece um galpão ou mesmo uma pequena sala em que a empresa esteja instalada. Na avenida, que tem pouco mais de cinco quilômetros de extensão, ninguém nunca ouviu falar no nome Tead ocupando algum imóvel no local.

Também não há sequer um escritório que represente a empresa em Ribeirão. 'Assim que essa pendência do relatório ambiental for resolvido, vamos instalar um escritório no aeroporto. Não posso gerar mais custos para a empresa e não poder operar', reclamou o diretor. O endereço comercial da companhia na capital é o mesmo de funcionamento da Construtora CEC, iniciais do nome do empresário Carlos Ernesto de Campos, na Vila Olímpia. Campos é o dono da empresa.

A licitação para internacionalização das cargas do aeroporto somente foi aberta depois de sete meses do início do processo para internacionalização do Leite Lopes para cargas e o edital de concorrência veio a público 60 dias após a autorização do comando da Aeronáutica.

 

 

Jornal do Brasil
28/10/2007
Fim de ano comprometido
Fernando Exman e Karla Correia

BRASÍLIA. Em vez de "prazo, dia e hora para acabar", como exigido há sete meses pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a crise aérea tem data prevista para voltar aos aeroportos. Especialistas e profissionais que convivem no dia-a-dia dos terminais aeroportuários prevêem para o próximo período de festas de fim de ano e férias escolares o retorno do caos instalado no setor aéreo desde outubro do ano passado.

Os atrasos em cascata do início da semana causados por mau tempo, aumento de passageiros por causa do Grande Prêmio de Fórmula 1 em Interlagos (SP) e uma pane no sistema de comunicação entre pilotos e torre de controle no Aeroporto de Congonhas voltaram a expor a fragilidade da infra-estrutura aeroportuária e o desamparo dos usuários de transporte aéreo. Deixaram clara a iminência de um novo apagão aéreo.

- É consenso entre os controladores de vôo: do jeito que a coisa está, vai parar tudo quando chegarem as festas de fim de ano e as férias escolares - alerta o controlador de vôo do Aeroporto de Jacarepaguá (RJ), Jorge Nunes. - A redistribuição da malha foi pouco eficaz em evitar novos congestionamentos, e os aeroportos continuam sucateados. O novo ministro, até agora, só falou grosso. Não fez nada.

A categoria entretanto, não ameaça realizar novas greves para tentar convencer o governo de que o setor precisa de reparos. - Nem seria necessário. O próprio aumento no número de passageiros vai se encarregar de trazer toda a crise de volta - prevê Nunes.

Para a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, o governo ainda não começou a solucionar os "problemas essenciais para pacificar o setor". Um deles é a situação dos controladores de vôo. A categoria é dividida entre civis e militares. Estes, depois de paralisarem os aeroportos do país em março, foram enquadrados pelo governo. Os líderes do movimento foram presos ou afastados.

- O assunto está sob uma cortina de fumaça - observa Graziela, que chama atenção para a falta de investimentos em infra-estrutura e para a precariedade dos equipamentos usados pelos controladores do tráfego aéreo.

O fechamento do Aeroporto de Congonhas na última segunda-feira provocou atrasos em 425 vôos. Evidenciou o fracasso do governo na tentativa de acabar com o caos dos aeroportos, três meses depois de o ministro Nelson Jobim tomar posse da pasta da Defesa com carta branca do presidente Lula para colocar ordem no setor. Para o relator da CPI do Apagão Aéreo instalada no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), o sistema está saturado devido ao aumento do número de passageiros e por causa da falta de investimentos em infra-estrutura e no sistema de controle de vôos.

Pelas contas do senador, o setor deveria receber R$ 10 bilhões até 2010 para voltar à normalidade. O Executivo, no entanto, só pretende investir cerca de R$ 3 bilhões no período por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo prevê desembolsar para a área R$ 572 milhões neste ano. Segundo a Associação Contas Abertas, só R$ 302,54 milhões tinham sido executados até o dia 18 de setembro.

- O crescimento da demanda não pode virar caos e estrangulamento - alerta o relator da CPI.

À perspectiva da repetição dos congestionamentos nos aeroportos no fim do ano, soma-se o medo de novos acidentes ocorrerem.

- Estamos rezando para não acontecer mais nenhuma desgraça - disse o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Cláudio Candiota. - Não fizeram nada para resolver o problema. A situação é a mesma que antes do acidente com o Boeing da Gol. Agora, há uma aparente calmaria. Quando os passageiros voltarem a voar, se dará o caos, como na segunda-feira.

 

 

Jornal do Brasil
28/10/2007

Jobim não tem comando sobre a Anac
Fernando Exman e Karla Correia

BRASÍLIA. Em três meses à frente do Ministério da Defesa, o ministro Nelson Jobim anunciou uma série de medidas para reestruturar o sistema aéreo nacional. Mandou desafogar o Aeroporto de Congonhas, o principal centro de distribuição de vôos do país, e redistribuiu rotas. As alterações ainda estão em implementação.

- As empresas começaram agora a se adaptar - acredita a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio.

Durante o período, Jobim também colecionou desafetos. Trocou a direção da Infraero - estatal que administra os aeroportos brasileiros - e esvaziou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), acusada de ser uma das responsáveis pelo caos aéreo que fustiga os passageiros desde o ano passado. Jobim forçou a saída de toda a diretoria da agência. A exceção é o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, que sobrevive e resiste às investidas públicas de Jobim graças ao apoio do ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia.

Na semana passada, o ministro e Zuanazzi voltaram a trocar farpas. Este declarou que não tem intenção de renunciar ao cargo. O ministro respondeu que a saída do presidente da agência já foi acertada com Walfrido Mares Guia, um dos padrinhos políticos de Zuanazzi. Só depende da nomeação dos novos indicados pelo governo para dirigir a Anac. Isso porque, se Zuanazzi saísse hoje, a agência ficaria sem comando. Não há ninguém, além do presidente da Anac, com voz de mando no órgão.

- O sistema foi desorganizado por que foi criado o Ministério da Defesa, que é institucionalmente fraco - diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator da CPI do Apagão Aéreo do Senado. - O ministro pode ser forte, mas isso não adianta. Sem autoridade e dinheiro, nem Jesus Cristo. O Jobim não tem o sistema na mão.

A fim de reduzir o poder da agência reguladora, o ministro criou a Secretaria de Aviação Civil - apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter apontado o excesso de órgãos públicos responsáveis pelo setor aéreo como uma das causas da crise. O novo órgão será responsável pela definição das políticas públicas para a área. A Anac, reduzida a mera implementadora dessas políticas, passou a ser subordinada à secretaria.

- A causa do colapso do sistema aéreo é o loteamento de cargos. Essa solução foi a mais estapafúrdia possível - critica o presidente da Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep), Cláudio Candiota. - A secretaria será mais um alvo do loteamento de cargos.

 

 

Jornal do Brasil
28/10/2007
Como serão os aviões de última geração

Há muito debate sobre o potencial poluidor da aviação. O setor diz que a pecha é infundada e jura que os jatos só emitem 2% do total. A Intertanko, organização ligada à carga aérea, afirma que os verdadeiros campeões da fumaça são os grandes navios, que queimam óleo combustível e seriam responsáveis por 5% da poluição.

O debate sobre o percentual da culpa é perfumaria e perda de tempo. Só mostra quem se esquiva da própria responsabilidade. Melhor faz a União Européia, que destinou US$ 2,96 bilhões a 36 projetos, com gama variada de objetivos, incluindo a redução da emissão de CO2, o desenvolvimento de sistemas de vôo sob mau tempo, passando por materiais auto-regenerativos, cabines à prova de balas, estruturas leves, motores e componentes novos.

Os estudos, que começam em janeiro e terminam em 2013, convergem para a produção de jatos mais seguros, econômicos e ecológicos. Só para essa fase serão US$ 308 milhões. Dos 36 programas selecionados, quatro são considerados estratégicos e ficarão com 50% das verbas. Serão tocados por grandes fabricantes do setor aeronáutico.

O primeiro é o DREAM, liderado pela Rolls Royce, com 47 parceiros de 13 países. O nome é a sigla quilométrica de um conceito de turbina com rotores (as pás que vemos) abertos e que giram em sentido contrário. O princípio permitiria baixar em 7% as emissões de CO2 e em três decibéis o ruído. Paralelamente, o que é mais inteligente, o projeto de US$ 35 milhões pesquisa novos combustíveis.

O segundo programa é o MAAXIMUS, também a sigla de um nome impronunciável. Conduzido pela Airbus, tem 58 parceiros de 18 países com verba de US$ 57 milhões. O objetivo é reduzir o tempo de montagem das aeronaves à metade, baixando seu peso estrutural em 10%.

O terceiro, o HIRF SE, é da Alenia, com 44 parceiros de 11 países. Aqui, US$ 25 milhões serão aplicados em simuladores para testar a reação dos novos jatos à interferência eletromagnética. A importância é nevrálgica pela opção de Boeing e Airbus por materiais compostos - como plásticos, fibras de carbono e resinas especiais. O Boeing 787 Dreamliner tem 40% de sua construção sem alumínio. O Airbus A350, ainda em prancheta, recentemente também teve a fuselagem de metal mudada para um composto.

Já o SCARLETT, da Thales, recebeu US$ 32 milhões para criar plataformas modulares de aviônicos (sistemas de controle e navegação) de múltipla aplicação. A lista de nomes complicados segue, mas os objetivos são sempre interessantes: um disseca o vórtex, o perigoso redemoinho de ar quente deixado por jatos grandes, como o Boeing 747. Outro desenvolve compartimentos de carga à prova de explosões. Um terceiro, o HISVESTA norueguês, trabalha em altímetros de extrema precisão para que a redução da separação mínima vertical, de 2 mil pés para mil pés, adotada hoje, seja mais segura em áreas saturadas e sem radar como as rotas transatlânticas.

 

 

Site da ACVAR
28/10/2007
Reunião da Assembléia Geral Permanente do SNA

Processo de recuperação da Varig

O Sindicato Nacional dos Aeronautas informa a realização de Reunião de ASSEMBLEIA GERAL tornada PERMANENTE para deliberar sobre o processo de recuperação da VARIG, tendo em vista convocação de Assembléia de Credores para o dia 12/11/2007, às 9h00m, em primeira convocação, e às 11h00m, em segunda convocação, em local a ser posteriormente divulgado, nos termos da ata - nos termos da ata de audiência da 1 ª Vara Empresarial abaixo reproduzida.

REUNIÃO DA AGE DO SNA
Dia: Sexta-feira, 09/11/2007
Horário:14h00m, em primeira convocação, e 14h30m, em segunda convocação
Local: Sede da APVAR/RIO – Av. Franklin Roosevelt, 84 – 4º andar – Sala 401 – Castelo – Rio de Janeiro - RJ

Pauta:
a) deliberar sobre os itens estipulados na convocatória da Assembléia de Credores das empresas Varig, Rio Sul e Nordeste, conforme ata da audiência;
b) assuntos gerais.

A Comissão Especial eleita pela AGE do SNA instalada em 11 e 15 de outubro de 2005.

ATA DE AUDIÊNCIA ESPECIAL

1ª VARA EMPRESARIAL Processo: 2005.001.072887-7 Recuperação Judicial Varig S/A e outras

Em 17 de outubro de 2007, no salão nobre da Presidência deste Tribunal, na presença do MM. Dr. Luiz Roberto Ayoub, do representante do Ministério Público, Dr. Leonardo Araújo Marques, do Gestor Judicial, Dr. Miguel Dau, da recuperanda representada pelo Dr. Paulo Penalva Santos e pela Drª. Vanilda Fátima Maioline, da VRG representada pela Drª. Carla Andrea Coelho e Dr. João Afonso da Silveira de Assis, do Administrador Judicial representado pelos Dr. António Manuel França Aires, Drª. Luciana Fagundes Gasques, e Drª. Candice Bittencourt Silva, dos representantes da AERUS, Drª. Heloisa Cyrillo, Dr. Rudolf Christian Pfeiffer e Dr. José Crespo Filho, do Dr. Gustavo Dezoozart, pela Oliveira Trust Dtum S/A - Agente Fiduciário, do Sindicato Nacional dos Aeroviários representado pelo Dr. Ronaldo Chamen e do Dr. Rogério Kahn, representando a Comissão Especial dos Aeronautas, realizou-se a audiência especial designada nestes autos.

Aberta a audiência, o Juízo esclareceu que sua realização se deve ao fato de superar alguns questionamentos levantados pelo instituto AERUS de Seguridade Social conforme petição datada de 05/10/2007. Nesta ocasião o Juízo esclareceu a impossibilidade de aceitar a condição imposta no item 2 de sua petição, no sentido de garantir que tão logo seja efetuada a venda ou resgate das debêntures UPV, o repasse se faça no prazo máximo de 48 horas. Pelo Juízo foi dito que o repasse se fará no menor prazo possível, considerando a possibilidade de eventuais obstáculos.

Outrossim, fica consignado que o Sindicato Nacional dos Aeroviários, o Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, o Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, o Sindicato dos Aeroviários de Pernambuco e a Direção Executiva do Sindicato Nacional manifestaram, nesta data, que sua petição datada de 09/10/2007 perdeu o objeto e que no dia de amanhã entrarão com nova petição para atender à determinação judicial sobre a manifestação da proposta da VRG . Os presentes nesta audiência acordam em chamar uma Assembléia Especial de Credores, beneficiados das debêntures UPV nas Classes I e II (e equiparados a Classe II) e extraconcursais aderentes ao Plano de Recuperação Judicial (pela metade do crédito), conforme o Plano de Recuperação Judicial Aprovado, para deliberar, na seguinte ordem, os pontos a seguir declinados:

1) Aprovação do resgate antecipado das referidas debêntures;

2) Nomeação de representantes de cada Classe para ultimar as medidas necessárias para a assinatura das escrituras; subscrição das debêntures, e todas as medidas necessárias ao pagamento decorrente do resgate ou alienação das debêntures, ressalvados os atos de competência do Agente Fiduciário e da emissora. A eles, representantes, serão atribuídos poderes necessários para a liquidação do resultado da alienação das debêntures em bolsa de valores;

3) Aprovar o modelo do edital apresentado pela bolsa de valores sobre o procedimento de alienação ou resgate das debêntures e conseqüente liquidação. Esclareça-se para tanto que a aprovação da alienação ou resgate antecipado das debêntures UPV por intermédio do leilão extrajudicial na BOVESPA será realizado em lote único e indivisível, com oferta firme pela VRG de R$ 44.000.000 (quarenta e quatro milhões), acrescido da remuneração devida desde a data do último pagamento de remuneração até a data do efetivo pagamento do resgate ou alienação, para cada debênture, tendo cada uma delas o valor de face de R$ 50.000.000 (cinqüenta milhões), cujo vencimento está previsto para 17 de janeiro de 2017. Pelo Juízo foi dito que os recursos decorrentes da alienação ou resgate das debêntures serão postos à disposição da 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, devendo o Agente Fiduciário aguardar a definição dos critérios de pagamento, tudo a depender e em conformidade com a Consolidação do Quadro Provisório de Credores, na forma da decisão de fls. 28990 (volume 138). Pelo MM. Juiz foi proferido, ainda, a seguinte decisão:

Convoco Assembléia Especial de Credores a se realizar no dia 12 de novembro de 2007, às 9:00 horas, em primeira convocação, e às 11 horas, em segunda convocação. O local deverá ser definido pelas partes interessadas e comunicado ao Juízo em 48 horas, para fim de publicação de edital, devendo ser dada a esta publicação a mais ampla publicidade. Dada a palavra aos demais presentes, o Instituto AERUS esclareceu que submeterá o teor da presente à aprovação da Secretaria de Previdência Complementar.

A Comissão Especial do SNA pediu para consignar seu protesto, na forma da petição que se segue. Nada mais havendo, foi encerrada a audiência. Eu, Ana Paula Paiva Almeida, mat. 01/24.242, Técnica de Atividade Judiciária, o digitei.

LUIZ ROBERTO AYOUB JUIZ DE DIREITO Leonardo Araújo Marques PROMOTOR DE JUSTIÇA."