O Estado de São Paulo
28/08/2007
Varig antiga consegue alugar oito
imóveis
A Varig antiga conseguiu leiloar ontem o aluguel de
oito imóveis, de um total de 52 lotes ofertados.
A empresa, que não pode vender seus ativos por
estar em recuperação judicial, estimava
uma receita de até R$ 250 mil por mês, mas
conseguiu apenas uma renda mensal de R$ 58 mil nos próximos
60 meses, prazo estipulado nos contratos.
O Estado de São Paulo
28/08/2007
Para técnico da Anac, norma
que evitaria tragédia estava valendo
Autor do texto diz que ficou
surpreso quando Denise Abreu afirmou, há 2 semanas,
que ele não tinha validade
Luciana Nunes Leal
Brasília - A norma divulgada em 31 de janeiro
no site da Agência Nacional de Aviação
Civil proibia, sim, o pouso de aviões com o reverso
(freio instalado na turbina) travado sob chuva no Aeroporto
de Congonhas. E o responsável pelo texto ficou
surpreso quando a ex-diretora da Anac Denise Abreu disse,
há duas semanas, que a norma não estava
em vigor. “A instrução foi para o
site da Anac e eu achei que ela valia”, disse ontem
o gerente de Padrões de Avaliação
de Aeronaves da agência, comandante Gilberto Schittini.
Se as normas estivessem em vigor, o Airbus da TAM que
se acidentou em 17 de julho, matando 199 pessoas, não
poderia ter aterrissado em Congonhas. Ele pousou com o
reverso direito travado, em virtude de um defeito apresentado
três dias antes. Schittini não quis comentar
o caso específico do Airbus.
Na CPI do Apagão da Câmara, quinta-feira,
Denise insistiu que a instrução autorizava
pousos com um único reverso inoperante. Schittini
contestou a versão: “Tem que ser feito com
dois, três, quatro reversos, com quantos reversos
a aeronave tiver.”
“O documento foi feito para técnicos e pilotos,
não para advogado”, afirmou Schittini. Denise,
que renunciou ao cargo sexta-feira, é advogada.
“No dia em que o documento tiver validade, ele
restringirá o pouso (com reverso travado)”,
afirmou o comandante. Ele apontou o trecho da instrução
que deixa clara a restrição. “Veja
o item 5.2”, recomendou.
O trecho dá instruções para a engenharia
de operações das empresas aéreas.
O comandante leu o que considera inquestionável:
“Preparar MEL (Lista de Equipamentos Mínimos)
do operador (empresa aérea) apresentando a restrição
para operação em pista molhada com antiskid
(freio antiderrapagem) e/ou com reverso inoperante.”
Schittini explicou: “Aí está dito
que há restrição para operação
em pista molhada com reverso inoperante.” O outro
trecho que reforça a necessidade de uso pleno dos
reversos é o que diz: “Após o toque,
confirmar a abertura dos ground spoilers (freios instalado
nas asas) e usar o máximo reverso assim que possível.”
Para Denise, a norma quer dizer máximo reverso
“disponível.” Mas o termo não
consta do texto.
O uso dos reversos em pistas molhadas divide opiniões.
“O pouso com reverso inoperante em caso de chuva
é seguro, sim. Caso contrário, jamais seria
permitido”, ponderou um comandante ouvido pelo Estado.
“Agora, se quisessem mudar as regras, deveriam ter
incluído no MEL. É a nossa Bíblia
dentro da cabine.”
O nome técnico da norma é Instrução
Suplementar (IS) RBHA 121-189. Ela começou a ser
elaborada depois que, em 13 de dezembro, Schittini alertou
para o risco de “ocorrências mais graves”
durante pousos em Congonhas, “com ultrapassagem
do final da pista (varar a pista)”. A advertência
consta da ata de uma reunião entre representantes
de empresas e técnicos da Anac. Já durante
o encontro, o comandante avisou às companhias que
estava elaborando uma instrução “relativa
às operações com pista molhada”.
“Fui claro, conciso, preciso”, disse ele ontem.
Apesar de se tratar de um estudo divulgado, segundo Denise,
“por engano” no site da Anac, a IS foi anexada
à documentação enviada à desembargadora
federal Cecília Marcondes. Isso ocorreu em 22 de
fevereiro, quando a Anac tentava a liberação
da pista principal para pousos de grandes aviões.
Cecília disse ter sido “enganada” pela
Anac e o Ministério Público Federal investiga
se Denise cometeu crime, por ter utilizado documento sem
valor legal.
“Até agora não está esclarecida
a veracidade ou não desta norma. Se, na reunião
do dia 13 de dezembro, ficou claro que havia esta avaliação
(de risco de acidente), houve uma decisão de elaborar
a norma. Queremos saber se, afinal, esta regra valia.
E ouvir os participantes da reunião para montar
este quebra-cabeça”, disse o relator da CPI
da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
A assessoria de Denise disse que temas como a IS devem
ser tratados com a Anac. Até o fechamento desta
edição, o Estado não conseguiu falar
com o superintendente de Segurança Operacional,
Tarcísio Santos, superior de Schittini. A TAM informou
que a “proposta jamais foi convertida em norma e,
portanto, não foi encaminhada e muito menos imposta
à empresa.”
O Estado de São Paulo
28/08/2007
Outro diretor pede demissão;
Zuanazzi pode ser o próximo
Tânia Monteiro e Vera Rosa
Brasília - O diretor de Segurança Operacional,
Investigação e Prevenção de
Acidentes Aéreos da Anac, coronel-aviador Jorge
Brito Velozo, já mandou avisar ao ministro da Defesa,
Nelson Jobim, que entrega hoje, às 11 horas, sua
carta de renúncia ao comandante da Força
Aérea Brasileira, Juniti Saito. Velozo foi indicado
para o cargo na agência pelo ex-comandante da FAB
Luiz Carlos Bueno por ter um perfil mais técnico
e poder colaborar na transição do extinto
Departamento de Aviação Civil (DAC) para
a Anac.
Com isso, mais uma porta se abre para a completa reestruturação
na Anac pretendida pelo governo. A antecipação
da renúncia de Velozo adiou a saída do presidente
da agência, Milton Zuanazzi, aguardada pelo Planalto
ainda para esta semana. Na sexta-feira passada, outra
diretora, a polêmica Denise Abreu, renunciou ao
cargo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu
Jobim ontem, numa reunião que não estava
marcada, para discutir as mudanças na Anac. No
fim da reunião, de quase duas horas, Lula chamou
o ministro-chefe da Secretaria de Relações
Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, padrinho de Zuanazzi,
para tratar das mudanças.
Zuanazzi já disse, em conversas reservadas, “que
não está agüentando a pressão”
e, a qualquer hora, entrega o cargo. O Planalto vai pressionar
para que isso ocorra até o fim desta semana e facilite
a reestruturação da Anac, já que
Jobim estará no Haiti na próxima semana.
O governo ainda quer que os outros dois diretores da
agência, Josef Barat e Leur Lomanto, deixem seus
cargos. Jobim já anunciou a abertura de um processo
administrativo disciplinar para apurar atos da agência.
Na CPI do Senado, semana passada, Jobim avisou que a lei
lhe faculta pedir a Lula o afastamento dos integrantes
da Anac assim que o processo estiver aberto. O processo,
anunciado na semana passada, só deverá ser
instaurado hoje.
Ao visitar ontem o comando da Aeronáutica, Jobim
informou que as mudanças virão em, no máximo,
15 dias. Ele já tem o perfil que busca para o lugar
de Denise, válido também no caso de Velozo.
Quer alguém que entenda de regulação
e tenha conhecimento de economia, aviação
civil e tráfego aéreo. “Precisa conhecer
o mercado aéreo, precisa conhecer a área
porque, senão, começa a inventar.”
Para a futura Secretaria da Aviação Civil,
Jobim deve indicar seu assessor especial, brigadeiro Jorge
Godinho.
O Estado de São Paulo
28/08/2007
Empresas vetam pousos com chuva
no Santos Dumont
Decisão foi tomada após
FAB publicar alerta sobre pista escorregadia
Bruno Tavares
As empresas aéreas anunciaram ontem que seus aviões
deixarão de pousar no Aeroporto Santos Dumont,
no Rio, em dias de chuva. A decisão foi tomada
depois que o Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (Decea), órgão subordinado
ao comando da Aeronáutica, publicou um “comunicado
operacional” - chamado Notam - alertando para pista
escorregadia. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária (Infraero), estatal que administra
os aeroportos, informou que as obras de recuperação
do asfalto da pista auxiliar do aeroporto estão
marcadas para ocorrer de novembro a dezembro. A pista
principal será reformada em seguida, entre janeiro
e fevereiro de 2008.
“Ao contrário do que ocorria em Congonhas,
não tivemos nenhum reporte de pilotos sobre esse
problema”, afirma Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança
de Vôo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias
(Snea). Ele explica que, em pistas mais extensas, o coeficiente
mínimo de atrito é de 0,50. No Santos Dumont,
que tem apenas 1.300 metros de comprimento, esse índice
é de 0,61. “Alguma medição,
cujo resultado foi inferior ao mínimo exigido,
deve ter levado o Decea a editar esse Notan.” Por
precaução, diz Jenkins, as companhias resolveram
vetar os pousos quando a pista estiver molhada.
Além do Santos Dumont, pelo menos outros dois
movimentados aeroportos do País vão passar
por reformas ainda este ano. Nos próximos dias,
o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, começará
a ser fechado da meia-noite às 4 horas para a operação
de desemborrachamento da pista. Técnicos da Infraero
também identificaram fissuras e depressões
na pista de taxiamento do aeroporto, mas ainda não
há prazo para o início das obras.
GALEÃO
As obras de recapeamento na pista principal do Aeroporto
Tom Jobim (Galeão), no Rio, serão iniciadas
em 3 de setembro. A previsão inicial é de
que os trabalhos estejam concluídos em 4 de novembro.
Nesse período, apenas um trecho de 1.400 metros
terão de ser interditados - a pista tem 4 mil metros.
A interdição completa só será
necessária na segunda etapa, prevista para começar
em fevereiro do próximo ano, e com duração
estimada de três meses.
Valor Econômico
28/08/2007
Correios poderão ter aviões
de carga
Daniel Rittner e Cristiano Romero
O governo planeja criar uma companhia aérea,
subsidiária da Empresa de Correios e Telégrafos
(ECT), para fazer o transporte de cartas e encomendas
postais. Com esse objetivo, está em negociações
com a Embraer para comprar até 19 aeronaves. A
fabricante de jatos já desenvolveu um modelo cargueiro,
batizado inicialmente de C-390, que usa estrutura e equipamentos
tecnológicos adotados no E-190, da nova família
de aviões para passageiros.
A idéia da subsidiária surgiu porque os
Correios gastam anualmente R$ 450 milhões com o
pagamento de transporte aéreo de cargas a empresas
como Skymaster, Beta e VarigLog - alvos de investigações
na CPI dos Correios, em 2005 - e porque há dificuldades
na renovação dos contratos, que deve ser
feita todos os anos. Nos últimos meses, a ECT e
o Ministério das Comunicações, pasta
à que a estatal é vinculada, propuseram
parcerias com TAM, Gol e com a própria VarigLog,
mas não houve interesse. Passou-se então
ao planejamento de uma nova empresa, que daria mais agilidade
à entrega de encomendas postais e poderia impulsionar
a Rede Postal Noturna, serviço que funciona durante
a madrugada.
A nova companhia funcionaria como uma empresa privada,
mas de controle acionário da ECT, a exemplo do
que fez o Banco do Brasil com suas seguradoras. O governo
buscaria um sócio privado, teria a maior fatia
do capital total da nova empresa e, por meio de um acordo
de acionistas, manteria a prerrogativa de nomear seus
gestores. Livre das amarras da Lei 8.666 (que regula as
licitações no serviço público),
esse modelo asseguraria, segundo o ministro das Comunicações,
Hélio Costa, uma gestão profissional e ágil.
"Não podemos ficar reféns de um operador
[de transporte aéreo de cargas]", afirmou
ao Valor o presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida
Custódio. "É uma empresa de logística,
que no futuro pode englobar outros modais, como ferrovias,
e já nasce com faturamento anual perto de R$ 500
milhões", completou.
Para o ministro Hélio Costa, o projeto - que
faz parte do PAC das Comunicações e depende
ainda da aprovação do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva - ataca a possibilidade de um "apagão
postal" no futuro e busca aproveitar novos nichos
criados pelo crescimento do comércio eletrônico
(que, no primeiro semestre, segundo a e-bit, chegou a
R$ 2,6 bilhões, 49% a mais do que no mesmo período
de 2006). Com uma empresa dedicada exclusivamente à
logística de transporte, a ECT ganharia mais rapidez
para a entrega de produtos comprados pela internet, argumentou
o ministro. "Queremos transformar o comércio
eletrônico em carro-chefe dos Correios", disse.
A preocupação do ministro é modernizar
a ECT num ambiente competitivo e que passa por profunda
transformação. Costa chegou a conversar
sobre uma possível parceria com a VarigLog, mas
a empresas anunciou na semana passada uma associação
com a americana Fedex . Em outro negócio, a TNT
Express, transportadora de cargas pertencente ao correio
holandês, comprou a gaúcha Mercúrio,
maior companhia de transportes rodoviários do país.
As conversas com a Embraer tiveram início há
cerca de quatro meses. O ministério foi apresentado
ao projeto da empresa para produzir um avião cargueiro,
mas recebeu da fabricante de jatos a informação
de que o protótipo precisa de uma lista de encomendas
para ganhar viabilidade comercial. Os Correios comunicaram
a disposição de adquirir 19 aviões
para sua nova empresa de logística.
Folha de São Paulo
28/08/2007
Passagem de avião em papel
vai acabar em junho de 2008
Empresas aéreas poderão
economizar US$ 3 bi por ano
DEISE DE OLIVEIRA DA FOLHA ONLINE
A Iata (sigla em inglês para Associação
Internacional de Transporte Aéreo) fez ontem uma
"última chamada" às empresas aéreas
que ainda emitem passagens em papel. Isso porque todos
os bilhetes aéreos deverão ser eletrônicos
a partir de 1º de junho de 2008.
Desde junho de 2004, quando a Iata anunciou a eliminação
gradual do papel, o bilhete eletrônico (e-ticket)
passou a representar 84% do total, contra 16% no momento
do anúncio. Por ano, 400 milhões de bilhetes
aéreos são emitidos por 60 mil agentes de
viagem no mundo, segundo a Iata.
No Brasil, 80% dos bilhetes são eletrônicos,
segundo informou a Iata no país. O organismo é
responsável pelo faturamento e pela compensação
de passagens de 35 empresas aéreas e 4.200 agentes.
Em 2006, a Iata contabilizou 4,7 milhões de bilhetes
emitidos no Brasil.
Ainda de acordo com a Iata no Brasil, o principal desafio
para chegar em junho de 2008 sem emissões em papel
é desenvolver a capacidade de as empresas trocarem
informações eletrônicas entre si.
A entidade afirmou, no entanto, que o prazo será
cumprido.
No mundo, a mudança vai permitir economia de US$
3 bilhões ao ano à indústria de transporte
aéreo e salvar 50 mil árvores, conforme
projeções da Iata. O custo do bilhete em
papel é US$ 9 maior em comparação
ao meio eletrônico.
"Em 278 dias, o bilhete em papel se transformará
em item de colecionador", afirmou o diretor-geral
da Iata, Giovanni Bisignani, em comunicado. Para esse
período, o órgão reservou papel para
a emissão de somente 16,5 milhões de bilhetes.
Segundo Bisignani, a mudança trará benefícios
para passageiros, agentes de viagem, empresas aéreas
e ambiente. "Os consumidores vão aproveitar
a conveniência e a flexibilidade de viajar sem bilhetes
em papel. E os agentes de viagem têm a oportunidade
de ampliar a abrangência de seus negócios
e servir seus clientes à distância."
Folha de São Paulo
28/08/2007
Pilotos se dizem inseguros para
voltar ao Brasil
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SINOP
Os pilotos norte-americanos Joseph Lepore, 43, e Jan
Paul Paladino, 35, faltaram ontem ao interrogatório
na Justiça Federal em Sinop (MT) sobre o acidente
com o avião da Gol, ocorrido em setembro de 2006.
Eles alegaram insegurança de retornar ao Brasil.
Os dois responderão ao processo à revelia,
ou seja, sem apresentar sua versão. Quatro controladores
de vôo de Brasília, que trabalhavam no dia
do acidente, serão ouvidos hoje.
O Dia
28/8/2007
Superfaturamento em obra do Santos
Dumont
TCU proíbe pagamento
pela reforma da pista do aeroporto. Conta ficou R$ 16
milhões mais cara que o previsto
Anana Rope
BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União
(TCU) detectou superfaturamento de 37,81% nas obras da
pista do Aeroporto Santos Dumont e mandou, através
de medida cautelar, a Infraero suspender o pagamento ao
consórcio Odebrecht-Carioca-Construcap. Auditoria
considerou que R$ 16.091.551,67, ainda não pagos,
foram orçados em excesso.
Ao todo, o serviço custaria 42.558.532,26, dos
quais R$ 26.466.980,59 já foram pagos. As empresas
foram contratadas para fazer a terraplenagem e a pavimentação
das pistas de manobra das aeronaves.
Dos quatro itens considerados superfaturados, dois apresentaram
100% de excesso. O serviço de enchimento da primeira
base para a pista de taxiamento foi contratado por R$
112,77 o metro cúbico, enquanto o preço
de referência do TCU é R$ 56,30. O outro
foi o transporte de material retirado do local durante
a empreitada. Pelo contrato, a Infraero pagaria R$ 2,56
o metro cúbico, contra R$ 1,61 do cotado pelo TCU.
O tribunal usou como referência os valores dos
sistemas de Custos Rodoviários e de Custos e Índices
da Construção Civil, ambos do Rio de Janeiro,
de 2004, ano em que a obra no Santos Dumont começou.
R$ 334 MILHÕES
O ministro Benjamin Zymler, relator do processo, determinou
que, embora 50% das obras na pista já estejam prontos,
futuros pagamentos por esses serviços superfaturados
devem ser suspensos até que as irregularidades
sejam esclarecidas. A Infraero e as empreiteiras têm
15 dias para fazer isso, mas não quiseram comentar
como vão se defender. Ao todo, a ampliação
e a reforma do aeroporto custarão R$ 334 milhões,
R$ 65 milhões a mais que o previsto. Nova sala
de embarque foi inaugurada em maio.
Jornal do Brasil
28/08/2007
Jobim força por mais mudanças
na Anac
Karla Correia
BRASÍLIA. Com a saída de Denise Abreu
da diretoria da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, voltou
a carga para pressionar por novas renúncias no
comando da agência e já tem o perfil do nome
que substituirá Denise em seu posto na Agência.
Em reunião com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, Jobim disse que o novo diretor precisará
de conhecimentos em economia e regulação
de mercados e sólida experiência no setor
de aviação civil.
A mudança na correlação de forças
na agência é a prioridade número um
do ministro da Defesa, que aguarda novas renúncias
nas próximas duas semanas. O principal alvo de
Jobim, no momento, é o presidente da Agência,
Milton Zuanazzi. Na avaliação do ministro,
a saída dos dois nomes mais conhecidos da agência
diminuirá o atrito entre sociedade e governo por
conta da crise aérea. Mas, na agência, a
expectativa é que o próximo a apresentar
sua carta de demissão seja o coronel Jorge Veloso
- que, para Jobim, é hoje o único integrante
da Anac com o perfil indicado para permanecer na diretoria.
Além do setor aéreo, a discussão
sobre a crise na Saúde ocupou a agenda presidencial,
ontem. Em reunião da Coordenação
Política do governo, o presidente Lula determinou
ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o descontingenciamento
de R$ 2 bilhões para o setor. A maior parte desses
recursos - cerca de R$ 1,2 bilhões - sairá
da União para socorrer o caixa dos Estados, em
um momento em que os governos do Sergipe, Ceará,
Alagoas e Paraíba sofrem com greves de médicos.
Outros R$ 800 milhões serão liberados para
emendas parlamentares de compra de medicamentos, segundo
a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde.
O socorro financeiro aos estados precederá o início
da discussão sobre a regulamentação
da Emenda Constitucional 29, que obriga o governo a corrigir
pela inflação e pelo crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) a dotação orçamentária
anual da saúde, e determina a aplicação
de 12% da arrecadação dos Estados e 15%,
no caso dos municípios, na área. A idéia
da regulamentação é definir o conceito
de saúde para fins de aplicação de
recursos governamentais, uma vez que governos estaduais
e prefeituras têm acrescentado todo o tipo de gastos
para completar a exigência do piso de investimento
no setor.
Coluna Claudio Humberto
28/08/2007
Brigadeiro no lugar de Denise
Ex-braço direito do ex-ministro Waldir Pires, o
brigadeiro Jorge Godinho Nery pode substituir Denise Abreu
na Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac). Ele é o indicado da Aeronáutica
e endossado pelo ministro Nelson Jobim (Defesa). Godinho
já esteve cotado para a presidência da Infraero
e só não foi nomeado para chefiar a poderosa
Secretaria de Aviação Civil do Ministério
da Defesa porque Jobim quer vê-lo diretor e presidente
da Anac.
A fila anda
A indicação de Godinho para a Anac passaria
bem no Senado, dada a alta qualificação,
mas o retiraria da disputa pela quarta estrela, na Aeronáutica.
Faca na bota
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, confrontará
o ministro Nelson Jobim. É briga de gaúchos,
Ele não ficará na defensiva, vai para o
ataque.
Fim da boquinha
Leur Lomanto, da Anac, já soube que o irmão
Marcos perderá a boquinha de R$ 11 mil como "assessor
de relações públicas" do aeroporto
de Brasília.
Passagens voando
A TAM não está nem aí para a crise
aérea e o trauma do acidente com seu Airbus: o
trecho Curitiba-Congonhas (SP) subiu de R$ 189 para R$
277.
Lula mandou diretora cair
fora
A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) Denise Abreu só pediu demissão
porque o presidente Lula mandou. Um telefonema da Casa
Civil, na manhã de sexta (17) encerrou a crise.
Lula percebeu que o desastre do vôo da TAM voltava
para o colo do governo, com a truculência da ex-diretora
e a revelação de que Anac e Infraero sabiam,
sete meses antes, que uma tragédia como o da TAM
poderia ocorrer em Congonhas.
Mercado e Eventos
27/08/2007 - 16:43h
VEM tem novo vice-presidente
A VEM Manutenção e Engenharia contrata
novo vice-presidente de Marketing e Vendas. O novo executivo
é Nestor Mauro Koch e terá a missão
de prospectar novos clientes, principalmente após
as novas certificações que a empresa recebeu
para a frota Airbus. Koch, é engenheiro mecânico
e tem mais de 30 anos de experiência na indústria
da aviação, tanto no campo da engenharia
e manutenção, quanto na área comercial
e administrativa.
"A VEM já possui reconhecimento internacional
pela qualidade de seus serviços, além das
principais certificações necessárias
para esse negócio, o que pode parecer facilitar
o trabalho, mas, ainda assim, é um desafio que
vamos encarar, certos de que o bom relacionamento que
temos com o mercado vai gerar frutos", declara o
novo executivo.
O ex vice-presidente, Luis Alberto Correa, assumi a vice-presidência
de Logística da empresa. "A estratégia
de crescimento da empresa continuará apoiada em
uma política de satisfação dos clientes,
que já permeia toda a organização,
e de qualidade nos serviços. Estamos certos que
a presente estrutura organizacional possibilitará
que as metas de crescimento e qualidade da empresa sejam
atingidas", comenta o presidente da VEM, Filipe Morais
de Almeida, desejando êxito aos dois, em suas novas
atribuições.