::::: RIO DE JANEIRO - 28 DE JUNHO DE 2007 :::::

 

Site da ALERJ
28/06/2007
SÓCIOS DA VOLO RECEBERÃO PASSAGENS AÉREAS PARA PRESTAR DEPOIMENTO

Depois de não terem comparecido a cinco audiências da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa do Rio que investiga o processo de venda da Varig, os sócios da Volo do Brasil – empresa que chegou a anunciar a compra da Varig –, Marco Antônio Audi, Eduardo Gallo e Marcos Haftel, prestarão depoimentos, nesta quinta-feira (28/6), às 13h30, na sala 311 do Palácio Tiradentes. Os convidados receberão passagens aéreas para que possam vir à Casa. “Vamos remeter as passagens porque eles foram beneficiados por um habeas-corpus concedido pelo desembargador Motta Moraes, determinando que pagássemos a vinda”, revelou o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PDT). Segundo ele, o objetivo da comissão, que foi aberta na legislatura passada, é o de apurar denúncias feitas pelos funcionários sobre irregularidades na venda da companhia aérea.

Na semana passada, o parlamentar disse que apelaria para a Justiça e não faria mais as convocações para trazer os três sócios da Volo à Alerj por ofício. Audi, Gallo e Haftel acabaram se antecipando e garantiram, por decisão judicial, o envio das passagens aéreas. “Enviaremos as passagens para retirar o último argumento apresentado por esses senhores para justificar o não comparecimento à CPI”, declarou o pedetista. Ramos afirmou que a CPI, cujo prazo de término foi prorrogado por 30 dias, já possui material suficiente para a elaboração do relatório final. “Vamos enviar o relatório para a CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, em Brasília, e espero que eles levem em conta o importante trabalho que estamos fazendo”, comentou Ramos.

 

 

Agência Estado
27 de junho de 2007 - 18:55
Gol tem o 3º maior valor de mercado nas Américas
A companhia, porém, continua em segundo lugar no ranking nacional, pelo critério de passageiros transportados. Com base no lucro líquido, está em 4º lugar
Alberto Komatsu, da Agência Estado

RIO - A Gol já é a companhia aérea com o terceiro maior valor de mercado das Américas (exceto Canadá), seguida pela TAM, Lan Chile e United Airlines, praticamente empatadas na quarta colocação. Isso é o que mostra um levantamento da Economática, feito a pedido do Estado, com dados das empresas de capital aberto. A companhia, porém, continua em segundo lugar no ranking nacional, pelo critério de passageiros transportados. Até o último dia 19, o seu valor era calculado em US$ 6 bilhões, ante US$ 4,3 bilhões da líder TAM. No topo da lista de valorização das companhias estão as americanas Southwest (US$ 11,5 bilhões) e American Airlines (US$ 7,3 bilhões).

"A Gol seguiu um modelo de negócios que deu certo. E o crescimento econômico brasileiro melhorou sua eficiência e da TAM também", avalia o presidente da Iata, sigla em inglês da associação internacional de transporte aéreo, o brasileiro Fernando Pinto. Segundo ele, o bom desempenho da economia global levou a associação a revisar recentemente o lucro mundial do setor.

Inicialmente, a Iata previa um ganho de US$ 3,8 bilhões para este ano, que saltou para US$ 5,1 bilhões. "A revisão foi feita basicamente pela forte demanda de passageiros. O mercado como um todo cresceu muito, principalmente na China e extremo oriente", afirma Pinto, também presidente da companhia aérea portuguesa TAP.

O executivo, que foi presidente da Varig de 1996 a 2000, explica que também contribuíram para o aumento da expectativa de lucro a recuperação de empresas americanas que estavam em concordata e a expansão das empresas européias.

Lucro e rentabilidade

O levantamento feito pela Economática também mostra que o lucro líquido da Gol - de US$ 300 milhões em 12 meses acumulados até março de 2007 - é o quarto maior das Américas. O resultado, que não inclui a compra da Varig pela Gol, negociação divulgada no dia 28 de março, fica atrás dos US$ 531 milhões da Southwest, US$ 431 milhões da Continental e US$ 404 milhões da American. A TAM, por sua vez, teve ganho de US$ 246 milhões no mesmo período.

"Não trabalhamos para definir valor de mercado. Trabalhamos para montar um negócio rentável, com racionalidade e eficiência", diz o vice-presidente de marketing e serviços da Gol, Tarcísio Gargioni.

O consultor de aviação da Bain & Co., André Castellini, destaca que a rentabilidade da Gol é a maior entre as empresas do levantamento feito pela Economática. A taxa, de 15,4%, é quase três vezes maior do que a da americana Southwest (5,7%), uma das pioneiras no conceito de custos e tarifas baixas (low cost, low fare) e uma das inspiradoras do modelo de negócios da Gol.

"As empresas tradicionais valem pouco em relação ao faturamento porque são pouco rentáveis e sofrem a concorrência das companhias de baixo custo", afirma Castellini. A Delta Airlines, por exemplo, tem valor de mercado de US$ 53 milhões e receita operacional de US$ 17,5 bilhões, mas neste caso, lembra Castellini, a empresa ainda sofre o impacto de ter entrado em concordata em setembro de 2005. Em 2000, a Delta valia US$ 6,1 bilhões.

O consultor aeronáutico Paulo Sampaio, chama a atenção para o fato de a TAM ter uma operação maior do que a da Gol - uma das empresas mais jovens do setor, com seis anos de funcionamento - mas seu valor de mercado ser inferior. De acordo com ele, isso acontece justamente por que a rentabilidade da Gol é superior à da TAM.

A TAM tem uma rentabilidade de 6,6% no período de 12 meses acumulados em março de 2007. Assim como o desempenho da Gol, a taxa da TAM é maior do que todas as companhias aéreas americanas. "As companhias americanas demoraram muito para se recuperar do 11 de setembro (de 2001). Muitas entraram no chapter 11 (espécie de regime de concordata nos Estados Unidos) e tiveram de concorrer com as empresas low cost", analisa o coordenador do Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar), Alessandro Oliveira.

Castellini, da Bain & Co., lembra que a valorização do real em relação ao dólar é benéfica para as companhias aéreas brasileiras. No entanto, esse benefício se dilui com a alta do preço do barril de petróleo, que reflete no valor do querosene de aviação, responsável por mais de 30% dos custos de uma empresa aérea.

 

 

ALERGS - ECONOMIA
27/06/2007 Hora: 10:40
Aprovada subcomissão de apoio aos beneficiários do Plano Aerus
Por: Marinella Peruzzo / Agência de Notícias


Marco Couto / Ag AL

Grupo técnico reuniu-se nesta quarta (27)

A Comissão de Economia e Desenvolvimento, presidida pelo deputado Nelson Härter (PMDB) aprovou nesta quarta-feira (27), durante reunião ordinária, a criação de uma subcomissão de apoio aos beneficiários do plano Aerus, fundo de previdência privada dos trabalhadores do setor aéreo. O grupo será constituído pelos deputados Kalil Sehbe (PDT), relator, Raul Carrion (PCdoB) e Adão Villaverde (PT).

A subcomissão terá 120 dias para acompanhar o caso e apresentar relatório sobre o tema. A situação dos aposentados da Varig foi tema de audiência pública no Plenarinho da Assembléia no dia 13 de junho.

No dia 5 de julho, a Comissão de Economia e Desenvolvimento promove audiência pública conjunta com outras três comissões – Serviços Públicos, Finanças e Agricultura – durante a Fenadoce, em Pelotas, na segunda interiorização promovida pelo Legislativo gaúcho este ano. E no dia 11 de julho, realiza audiência pública às 9h30, na Câmara de Vereadores de Campo Bom, para discutir ações emergenciais em defesa do setor coureiro-calçadista. A audiência foi solicitada pelo deputado Heitor Schuch (PSB).

Participaram da reunião ordinária desta quarta os deputados Nelson Härter (PMDB), Adão Villaverde (PT), Raul Carrion (PCdoB), Adilson Troca (PSDB), José Sperotto (DEM), Gerson Burmann (PDT), Miki Breier (PSB) e Heitor Schuch (PSB).