:::::RIO DE JANEIRO - 26 DE AGOSTO DE 2006 :::::

 

Folha de São Paulo
26/08/06
Varig pode encarar grandes, diz executiva

Contratada como consultora, Maria Silvia Bastos Marques, ex-CSN, é cotada para assumir o comando da companhia aérea
Executiva é vista como um trunfo dos novos donos da empresa e considerada capaz de "pegar boi no pasto" pelo presidente da VarigLog

JANAINA LAGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A marca Varig tem força suficiente para fazer a companhia reconquistar espaço na disputa com as grandes empresas do setor, na avaliação da executiva Maria Silvia Bastos Marques, contratada para atuar como consultora da companhia.

Considerada um trunfo da nova administração da Varig, Maria Silvia foi descrita pelo presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, como uma executiva de perfil agressivo, capaz de "pegar boi no pasto".

"Aceitei o convite para trabalhar como consultora da nova Varig porque acho extremamente interessante participar do processo de estruturação da nova empresa, que já nasce como um "case" no Brasil. É a primeira experiência da nova lei de recuperação judicial em uma empresa concessionária, com todos os desafios e restrições que essa situação traz."

A atuação da executiva já teve impacto nos negócios da empresa. Maria Silvia atuou na negociação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para formatar o pedido de financiamento para a compra de 50 aeronaves. A empresa entregou no começo desta semana a carta-consulta, a primeira etapa formal no trâmite de análise de pedidos no banco. Ela vai atuar também nas áreas contábil e administrativa.

Presidência

Maria Silvia foi sondada inicialmente para assumir o cargo de presidente da empresa. Ela afirmou não pensar nisso no momento, mas há quem afirme na empresa que, tão logo a nova Varig obtenha a documentação necessária para se tornar uma concessionária de transporte aéreo, ela assuma o cargo. A executiva assinou contrato de consultoria por três meses, mas não comenta a hipótese de troca de cargo.

Apesar das dificuldades da nova empresa para recompor a frota, Maria Silvia aposta na disputa com TAM e Gol.

"A nova companhia poderá disputar espaço com as já existentes, não somente porque existe mercado mas também por causa da marca Varig e dos funcionários, que já demonstraram competência técnica e amor pela companhia", disse.

Afastada desde 2002 da gestão direta de grandes empresas, quando saiu da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a executiva foi secretária de Fazenda do prefeito do Rio, Cesar Maia, em seu primeiro mandato (1992-1996).

Na CSN, atuou primeiro como diretora do Centro Corporativo. Assumiu a presidência da siderúrgica em 1999 e conduziu a aquisição de uma usina nos EUA, ampliou a fábrica de Volta Redonda (RJ) e participou do processo de descruzamento das participações da Vale do Rio Doce e CSN.

 

 

Folha de São Paulo
26/08/06
Empresa fecha acordo para liberar FGTS

DA SUCURSAL DO RIO

A Varig fechou um acordo com os sindicatos de aeronautas e de aeroviários para liberar a documentação necessária para o pedido de seguro-desemprego e o saque do FGTS dos funcionários demitidos no final de julho.

Na prática, a Varig não desembolsará nada e a multa de 40% do FGTS ainda será alvo de negociação, assim como as demais verbas rescisórias.

O acordo foi fechado por Miguel Dau, novo gestor judicial da Varig velha, que permanece em recuperação judicial e carrega as dívidas, com os sindicatos.

Na segunda-feira, a juíza Maria Theresa da Costa Prata, da 63ª Vara do Trabalho no Rio, deve homologar o acordo assinado na última quinta-feira.

A empresa entregou uma lista com 4.544 nomes de demitidos, número que ficou abaixo das 5.500 demissões anunciadas.

De acordo com Álvaro Quintão, advogado dos sindicatos, o trabalhador não vai abrir mão de nenhum direito com o acordo.

"A empresa não vai pagar nada na segunda, vai liberar as guias, tudo que é devido continua a ser alvo de negociação", disse.

Os sindicatos e a Varig ainda discutem o fechamento de um novo acordo coletivo de trabalho. O acordo é considerado uma das condições necessárias para o sucesso do plano de recuperação.

Em reunião com funcionários, o executivo Lap Chan, do fundo de investimento norte-americano Matlin Patterson, citou o acordo como um dos requisitos para que os novos donos da Varig permaneçam no negócio.

Segundo Quintão, os funcionários só fecharão um acordo se conseguirem garantir melhores condições para o pagamento das dívidas trabalhistas.

O plano aprovado pelos credores prevê a emissão de debêntures (títulos de dívida) com prazo de 10 anos e a garantia de recebimento de créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

"Queremos que o acordo garanta o pagamento de outra forma, o trabalhador não pode esperar esse tempo todo para receber", disse. (JL)

 

 

O Estado de São Paulo
26/08/06
Esquenta disputa por linhas da Varig
Três companhias aéreas querem as rotas para o México; TAM e BRA pedem vôos para a França e para a Itália
Nilson Brandão Júnior

Vôos para países na América do Norte, Europa, África e Mercosul, alguns dos quais deixaram de ser realizados pela Varig, estão sendo disputados pelas quatro maiores empresas aéreas brasileiras. Os pedidos foram apresentados anteontem, em audiência no Rio, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que poderá tomar decisão final sobre a distribuição nos próximos dias. Nos primeiros sete meses do ano, a demanda nos vôos externos feitos pelas empresas brasileiras recuou16,5%, resultado influenciado pela crise da Varig.

Entre os destinos que deixaram de ser operados pela Varig, a maior disputa é para as rotas do México. Gol, BRA e Ocean Air demonstraram o interesse em voar para o país. Para a França e a Itália, a disputa fica entre a TAM e a BRA. No caso da França, a TAM já realiza vôos para Paris, mas as estimativas são que a a Air France esteja transportando 65% dos passageiros na rota.

Outros dois destinos que independem de distribuição de rotas da Varig também estão sendo disputados. É o caso do Uruguai, para onde a Gol tem planos de voar, e Angola, na mira da Ocean Air, que também quer operar uma linha para os EUA. Nos próximos dias, uma sugestão de distribuição das rotas será enviada pela área de serviços aéreos internacionais da Anac para a diretoria colegiada do órgão, a quem cabe a decisão. A expectativa é que a decisão final seja tomada na terça-feira.

A distribuição das rotas da Varig está gerando divergência entre a Justiça e a Anac. A 8ª Vara Empresarial do Rio diz que uma decisão judicial congelou as rotas da companhia. Já a Anac avalia que não existe restrição para redistribuir as linhas e iniciou a licitação, além da distribuição de slots (horários de pouso e decolagem) em Congonhas.

Durante a audiência para redistribuir as linhas, a Justiça enviou dois oficiais para notificar a agência sobre a decisão que congela as rotas, mas não foi possível efetivar a notificação, já que não havia diretores da agência no local quando os oficiais chegaram. Os ofícios foram apenas lidos. A presença dos oficiais foi requisitada pelos advogados da VarigLog, nova dona da Varig, que alega que as rotas não poderiam ser distribuídas, porque constam do edital de venda da empresa.

Ontem, a Varig voltou a operar os vôos para Curitiba e também para Caracas, na Venezuela. Segundo a empresa, a previsão é que outros vôos sejam retomados a partir da semana que vem.

FUNDO DE GARANTIA
Os cerca de 5 mil funcionários que foram demitidos da Varig no último mês devem poder sacar os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o seguro desemprego até o final da próxima semana. A liberação mais rápida dos recursos faz parte de um acordo firmado entre o comitê gestor da velha Varig, que não foi a leilão, e os sindicatos do setor. O acordo precisa ser homologado pela Justiça do Trabalho, no Rio, o que está previsto para acontecer no início da semana.

A falta de definição da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a concessão do certificado de homologação para que a nova Varig possa operar como transportadora aérea, prevista para ontem, levou a Air Canada a adiar o anúncio de uma associação com os novos donos da Varig. A VarigLog, que adquiriu a Varig em leilão em 20 de julho, aguarda a concessão da Anac e também uma definição judicial sobre a responsabilidade pelo passivo trabalhista para então anunciar novos sócios e novos investimentos. Sem isso, a VarigLog poderá desistir do negócio.

 

 

O Estado de São Paulo
26/08/06
Sata se une a grupo português
Fusão com a Groundforce cria empresa de R$ 1 bilhão

A Sata, empresa de serviços aeroportuários da Fundação Ruben Berta (FRB), e a portuguesa Groundforce, na qual a TAP é sócia, vão se fundir. A nova empresa deverá movimentar R$ 1 bilhão ao ano. O negócio permitirá equacionar os problemas de caixa gerados pela crise da Varig, um dos maiores clientes da Sata, e estimular o crescimento da empresa de serviços, que tem planos para se expandir na América Latina.

Na terça-feira, as empresas assinaram um protocolo de intenções, que deverá ser desenvolvido em seis meses. A Sata é controlada pela FRB-Par, holding de investimentos da fundação, e não está incluída no processo de recuperação da Varig.

Segundo o presidente da Sata, Mário Muniz, a Varig deve pelo menos R$ 50 milhões à Sata, em dívidas incluídas no Plano de Recuperação da Varig (até junho do ano passado).

“O acordo foi feito para dar estabilidade à empresa, que tinha um cliente para o qual prestava serviço mas ele não pagava. Isso acarretou um problema de caixa”, afirmou Muniz, primeiro executivo da Sata que não fez parte dos quadros da FRB ou do Grupo Varig. O executivo, que já presidiu a Maxitel e trabalhou outras indústrias, como a Gradiente, foi selecionado por uma empresa de “headhunter” (empresa de contratação de executivos).

Muniz disse que o sócio português vai entrar em parte com capital, tecnologia e contatos com clientes. A Groundforce tem forte presença na Europa e clientes que também voam para o Brasil e precisam contratar os serviços localmente.

Em contrapartida, a Sata, que fatura ao redor de R$ 200 milhões por ano, disse que dispõe de funcionários treinados e conhecimento do mercado brasileiro. O executivo afirma que a empresa é “operacionalmente lucrativa”.

Anteontem, funcionários da empresa iniciaram um movimento de greve. Segundo a assessoria da empresa, funcionários da empresa no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro continuavam em greve ontem, mas “as operações não foram paralisadas e nenhum cliente foi prejudicado”.

 

 

O Globo
26/08/06

 

 

Vide-Verso - Informação Real
Porto Alegre, sábado, 26 de agosto de 2006 - 7h29min
Justiça determina que União complemente as aposentadorias da Varig e Transbrasil


A Justiça determinou que a União complemente os valores dos benefícios de aposentados e pensionistas da Varig e Transbrasil, devidos pelo fundo de pensão Aerus, que está em liquidação. A decisão é da desembargadora Neuza Alves da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (DF), favorável ao Sindicato Nacional dos Aeronautas e Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas da Transbrasil.

Com a ação, os trabalhadores pretendem responsabilizar a União pela insuficiência financeira do Aerus, que deveria ter fiscalizado o fundo de pensão. O pedido de antecipação de tutela para o pagamento da suplementação pela União foi negado pelo juiz da 14ª Vara da Justiça Federal, onde o processo foi iniciado.

No TRF-1, no entanto, a desembargadora acolheu o pedido dos trabalhadores. A defesa do sindicato e da associação alega que os contratos celebrados pela Varig e pela Transbrasil com o Aerus, aprovados pela União, eram ilegais, pois não havia o aporte de recursos nem possibilidade de execução.

De acordo com a decisão do TRF-1, a Secretaria de Previdência Complementar, órgão vinculado ao Ministério da Previdência Social, "tem a obrigação de fiscalizar os atos administrativos praticados pelos gestores do orçamento que lhes fora confiado pelos contribuintes do Fundo de Previdência, sejam eles os contribuintes participantes ou patrocinadora".

A desembargadora destaca ainda, em sua decisão, que a atividade de fiscalização engloba também o conhecimento dos atos inerentes à administração e destinação que venham sendo aplicados ao saldo do fundo: "Não há como afastar a responsabilidade da União pelo não cumprimento das obrigações regulares atribuídas à Secretaria de Previdência Complementar que, por omissão, não agiu, oportunamente, dando causa ao falecimento da função primordial do fundo de pensão, no caso, a garantia de subsistência a que comprometeu quando contratou com os atuais aposentados e pensionistas".

O despacho determinando que a União inicie o pagamento deve ser expedido até esta quinta-feira.

 

 

Estadão
25 de agosto de 2006 - 19:50h
Crise da Varig faz Sata se unir com a portuguesa Groundforce
O negócio permitirá equacionar os problemas de caixa gerados pela crise da Varig, um dos maiores clientes da Sata, e estimular o crescimento da empresa
Nilson Brandão Junior

RIO - A Sata, empresa de serviços aeroportuários da Fundação Ruben Berta (FRB), e a portuguesa Groundforce, na qual a TAP detém participação acionária, vão se fundir e formar uma empresa que deverá movimentar R$ 1 bilhão ao ano. O negócio permitirá equacionar os problemas de caixa gerados pela crise da Varig, um dos maiores clientes da Sata, e estimular o crescimento da empresa de serviços, que tem planos para se expandir na América Latina.

Na última terça-feira, as duas empresas assinaram um protocolo de intenções para análise e formatação do negócio, num prazo de seis meses. A Sata é controlada pela FRP-Par, holding de investimentos da fundação, e não está incluída no processo de recuperação da Varig. Segundo o presidente da Sata, Mário Muniz, a Varig deve pelo menos R$ 50 milhões à Sata, em dívidas incluídas no Plano de Recuperação da Varig (até junho do ano passado).

"O acordo foi feito para dar estabilidade à empresa, que tinha um cliente para o qual prestava o serviço mas ele não pagava. Isso acarretou um problema de caixa", afirmou Muniz, primeiro executivo da SATA que não fez parte dos quadros da FRB ou do Grupo Varig. O executivo, que já presidiu a Maxitel e trabalhou outras indústrias, como a Gradiente, informou que foi selecionado por uma empresa de "headhuther" (empresa de contratação de executivos).

Muniz explica que o sócio português vai entrar em parte com capital, tecnologia e conhecimento de clientes. A Groundforce tem forte presença na Europa e tem carteira de clientes de empresas que também voam para o Brasil e precisam contratar os serviços localmente. Em contrapartida, a Sata, que fatura ao redor de R$ 200 milhões ano, informa que dispõe de funcionários treinados e conhecimento do mercado brasileiro. O executivo afirma que a empresa é "operacionalmente lucrativa".

Greve

"O problema foi o impacto de caixa causado por um devedor que não pagou, mas a SATA é saudável e pode ser desenvolvida", diz Muniz. Na quinta-feira, funcionários da empresa iniciaram um movimento de greve. Segundo a assessoria de imprensa empresa, funcionários da empresa no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro continuavam em greve nesta sexta, mas "as operações não foram paralisadas e nenhum cliente foi prejudicado".

 

 

O Globo Online
25/08/2006 às 19h41m
Varig faz vôo de São Paulo a Curitiba para marcar retorno da rota
Erica Ribeiro

RIO - A Varig fez nesta sexta-feira um vôo saindo de São Paulo às 12h para Curitiba, onde aterrisou às 12h50min, para marcar o retorno da rota à capital paranaense em vôos regulares, o que deve ocorrer a partir da semana que vem.

O avião da companhia partiu de Curitiba às 14h15min com destino a São Paulo onde chegou às 15h10min. Segundo fontes próximas à Varig, a empresa fará neste sábado um vôo para Brasília, partindo de São Paulo às 12h59min, com chegada prevista às 14h31min.

A rota para Brasília também deverá ser retomada pela companhia na próxima semana. Os destinos fazem parte do plano básico de linhas enviado pela empresa à Justiça do Rio e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 

 

Estadão
25 de agosto de 2006 - 17:14h
Varig volta a operar vôos para Caracas
Esse é o terceiro destino no exterior que a companhia aérea está servindo
Nilson Brandão Júnior


RIO - A Varig informou nesta sexta-feira que voltou a operar os vôos para Caracas, na Venezuela. Esse é o terceiro destino no exterior que a companhia aérea está servindo, além de Buenos Aires e Frankfurt.

Segundo a empresa, a previsão é de que outros vôos, inclusive domésticos, serão retomados a partir da semana que vem. Hoje, a Nova Varig opera nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Recife.

Curitiba

Pouco mais de um mês após ter interrompido os vôos saindo do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, a Varig retomou nesta sexta-feira a linha para São Paulo. O vôo 2705, com 41 passageiros, saiu às 14h25 e chegou a Congonhas às 15h11. Satisfeita, a gerente de aeroporto da empresa, Tânia Pereira Vargas, disse que a maior expectativa é dos funcionários que saíram e aguardam que as atividades cresçam para ter nova oportunidade de trabalho.

A partir de segunda-feira, a empresa terá cinco horários saindo de Curitiba (8h10, 11h20, 14h26, 17h34 e 21 horas). O avião que decolou nesta sexta de Curitiba chegou ao aeroporto às 12h50, trazendo 40 passageiros de São Paulo. Neste sábado e domingo, o vôo continua sendo único. Antes da crise pela qual a Varig passou, havia 14 vôos diários saindo do aeroporto paranaense. Os vôos para Foz do Iguaçu devem ser retomados em uma segunda etapa.

 

 

Folha Online
25/08/2006 - 15h09
Varig anuncia acordo para liberar FGTS de demitidos

A Varig anunciou hoje que firmou um acordo com sindicatos da aviação civil para liberar "o mais rapidamente possível" aos demitidos pela empresa e também pelas coligadas Rio-Sul e Nordeste o acesso ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e ao seguro-desemprego.

O acordo foi celebrado entre o gestor da velha Varig, Miguel Dau, e representantes dos Nacional dos Aeroviários, Nacional dos Aeronautas, dos Aeroviários de Guarulhos, dos Aeroviários de Porto Alegre e dos Aeroviários de Pernambuco.

Para que a liberação do dinheiro seja concretizada, a 63ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro ainda precisa homologá-lo.

Paralelamente, os representantes dos sindicatos e do comitê gestor da Varig negociam um novo acordo coletivo onde se estabelecerão as regras para a liquidação dos débitos trabalhistas gerados após 17 de junho de 2005, quando a empresa recorreu à Lei de Falências.

 

 

O Globo Online
25/08/2006
às 14h49m
Sata e Groundforce criam empresa com negócios de R$ 1 bi
Erica Ribeiro - O Globo

RIO - A Sata, empresa de serviços auxiliares em aeroportos, que pertence à FRBpar, braço de investimentos da Fundação Ruben Berta, dona das ações da antiga Varig, assinou essa semana acordo com a operadora Groundforce, do mesmo segmento. O acordo visa expandir os negócios das duas empresas e criar, com a união, a 4º maior operadora de serviços auxiliares. A Groundforce opera em mais de 20 aeroportos em Portugal, Espanha, França, Marrocos e México. Recentemente, venceu llicitação de sete licenças para operar em aeroportos na Espanha, incluindo Madri e Barcelona.

A Sata atende a mais de 200 companhias aéreas nacionais e internacionais nos principais aeroportos do país e conta com cinco mil funcionários. O acordo conclui oito meses de negociações e prevê um prazo de seis semanas para avaliação mútua e planejamentos iniciais.

Com a nova integração societária, Groundforce e Sata formarão a primeira operadora do setor no eixo Ibérico-Latino-Americano, com atuação em mais de 50 aeroportos e um volume de negócios de R$ 1 bilhão anuais.

Enquanto fecha negócios com o parceiro estrangeiro, funcionários da Sata no Rio iniciaram na quinta-feira greve em protesto pelo não pagamento de salários e benefícios.

 

 

O Globo Online
25/08/2006 às 14h05m
Justiça homologa plano de recuperação da Vasp

SÃO PAULO - O juiz da 1ª Vara Especial de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Alexandre Lazzarini, homologou o plano de recuperação da Vasp aprovado pelos companhia em assembléia realizada no final de julho.

O juiz determinou também a permanência da diretoria interventora, nomeada pela Justiça do Trabalho, à frente do processo de recuperação da Vasp.

O plano de recuperação da companhia aérea - que naufragou sob o comando do empresário Wagner Canhedo e não voa desde janeiro de 2005 - prevê a sua divisão em duas empresa: uma operacional e outra constituída de fundos de investimentos aos quais serão transferidos os seus ativos (como aviões, imóveis, equipamentos e eventuais créditos obtidos na Justiça).

Os credores poderão obter cotas desses fundos e receber o que lhes é devido com os recursos obtidos com a vendas dos ativos).

- Nossa meta é equacionar o pagamento das dívidas e obter o certificado operacional junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que a empresa possa voltar a voar daqui a oito ou dez meses - disse o presidente junta interventora da Vasp, Raul Medeiros.

 

 

Folha Online
25/08/2006 - 09h30
Air Canada pode repassar Boeings usados à Varig
Folha de S.Paulo

A Air Canada, que negocia comprar 10% de participação na nova Varig, pode transferir parte de sua frota de Boeings, provavelmente os modelos 767-200, para a companhia.

A empresa aérea canadense deve tirar de operação 13 aviões até o final do ano, e algumas dessas aeronaves poderiam ser encaminhadas à Varig. A Air Canada pode também ceder lugar à empresa na lista de entregas do avião Embraer 190.

A VarigLog, nova dona da Varig, já entregou ao BNDES uma carta-consulta para o pedido de financiamento para a compra de 50 aeronaves da Embraer.

Representantes da Air Canada prestam hoje consultoria para a nova Varig para avaliação do programa de milhagem da companhia, o Smiles, e também para definir a nova frota da companhia aérea.
De acordo com Marco Antonio Audi, presidente do conselho de administração da VarigLog, a empresa canadense tem interesse também em adquirir parte do programa.

Experiência

'[A Air Canada] é uma empresa que tem muita experiência no programa de milhagem, o que nos interessa muito. Ela tem aquele que é considerado o melhor plano de milhagem do mundo. Eles também têm uma experiência muito grande na parte de frota', disse Audi.

Desde antes de a companhia ser vendida para a VarigLog, a canadense já demonstrava interesse na Varig.

 

 

Folha Online
25/08/2006 - 09h27
Justiça impede agência de redistribuir rotas da Varig
JANAINA LAGE da Folha de S.Paulo, no Rio

A Justiça do Rio enviou oficiais à sede da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para notificar o órgão regulador da decisão que impede a redistribuição imediata das linhas da Varig. Os oficiais interromperam uma reunião de técnicos da Cernai (Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional).

O encontro era realizado para discutir a redistribuição de alguns dos principais destinos da Varig, como Paris, Milão e Los Angeles, e não foi encerrado após a chegada dos oficiais.

A Justiça tentou evitar que a agência alegasse não ter sido notificada para continuar a redistribuição. A intimação foi lida, mas não foi entregue a um diretor da agência. Os oficiais foram acompanhados de advogados da VarigLog. A Anac publicou ontem, no 'Diário Oficial' da União, o primeiro passo da redistribuição de 'slots' (espaços de pouso e decolagem) da Varig. A agência vai realizar sessões públicas nos dias 14 e 15 de setembro para licitar 56 espaços. Desse total, 50 ainda pertencem à Varig. Segundo o edital, a primeira fase do processo é por sorteio e a fase seguinte é feita com a escolha de cada par de 'slot' disponível.

A nova Varig previa obter o Cheta (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo) hoje. De posse do documento, haveria uma separação formal da fatia da empresa vendida em leilão. Segundo a Anac, a Varig ainda não apresentou os documentos necessários. A companhia afirma que não foi notificada pela agência sobre a necessidade de documentação adicional.

A companhia previa voltar a operar, a partir de hoje, dez destinos nacionais e três internacionais. A princípio, a Varig volta hoje a voar para Caracas. Os outros destinos operados são: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador, Recife, Manaus, Buenos Aires e Frankfurt.

A previsão era que a empresa já estivesse com 18 aviões, mas, com as dificuldades para recompor a frota, a Varig operava ontem com 10 aeronaves.

A Varig havia anunciado que voltaria a realizar vôos para Brasília e Curitiba a partir de hoje, mas diz que os vôos serão retomados gradualmente.

A reorganização da Varig criou polêmica até com o governo do Estado, que decidiu acionar a aérea e a Anac como forma de garantir o cumprimento de um acordo selado com a Varig em setembro de 2004 para manter a sede da empresa no Rio.

O Estado foi o único que pagou dívidas referentes à cobrança indevida de ICMS. Em contrapartida, a Varig se comprometeu a concentrar no Estado as atividades administrativas e de controladoria e aumentar o número de vôos partindo do Galeão, segundo o governo do Estado.

Funcionários

A Justiça do Trabalho de Alagoas concedeu liminar em benefício dos funcionários demitidos da Varig em Maceió. A decisão atendeu ao pedido requerido em ação civil pública ajuizada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 19ª Região.

O juiz da 8ª Vara de Maceió, Luiz Carlos Monteiro Coutinho, determinou a emissão de alvarás para que os ex-funcionários possam sacar o FGTS e receber o seguro-desemprego.