Folha de São Paulo
26/05/2007
Fernando Pinto, da TAP, presidirá
o conselho da Iata
Executivo brasileiro, ex-dirigente
da Varig entre 1996 e 2000, ocupará o cargo na
entidade por um ano a partir de junho
Associação internacional, que tem mais de
250 companhias aéreas associadas, fiscaliza segurança
nos aeroportos
MAELI PRADO
O presidente da companhia aérea portuguesa TAP,
o brasileiro Fernando Pinto, que foi presidente da Varig,
presidirá por um ano, a partir de junho, o conselho
gestor da Iata (Associação Internacional
do Transporte Aéreo), principal entidade internacional
que representa as companhias aéreas.
Apesar de Pinto ter sido eleito presidente do conselho
no final de 2006, o anúncio será feito durante
uma assembléia geral da entidade internacional,
que acontecerá entre os dias 3, 4 e 5 de junho
no Canadá.
O conselho é formado por 32 companhias e atua em
parceria com o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani,
elaborando as políticas para os comitês da
associação internacional.
A Iata é responsável pela fiscalização
das medidas de segurança nos aeroportos, verificação
da manutenção dos aviões, fixação
de tarifas e harmonização dos códigos
que são usados em todos os aeroportos, na marcação
dos vôos ou em etiquetas da bagagem.
Além disso, viabiliza transações
comerciais entre as companhias aéreas através
da sua câmara de compensação de passagens
(o que permite que as empresas transportem passageiros
umas das outras).
Um dos objetivos fixados pela administração
anterior da associação para 2007 é
conseguir que as companhias aéreas atinjam uma
poupança de cerca de 1,1 milhão de euros
em impostos, taxas e combustível, através
da eficiência operacional e da melhoria das infra-estruturas
dos aeroportos.
A entidade internacional tem 78 escritórios em
72 países, incluindo o Brasil, e tem mais de 250
companhias associadas.
Pinto, que é integrante do conselho, já
presidiu a Associação Européia de
Aviação, em 2005. O executivo foi presidente
da Varig entre 1996 e 2000, e antes presidiu a Rio Sul,
empresa regional do grupo Varig. Em 2000 foi para a TAP.
A companhia portuguesa acabou de fechar uma parceria com
a TAM para compartilhar vôos e também integrar
os programas de fidelidade das duas companhias aéreas.
O Estado de São Paulo
26/05/2007
Controlador de vôo poderá
ficar até 36 anos na prisão
É a pena máxima
prevista para o sargento Jomarcelo; demais denunciados
poderão ficar até 4 anos presos
Bruno Tavares, Marcelo Godoy e Rodrigo
Brancatelli
O controlador de vôo Jomarcelo Fernandes dos Santos
pode pegar até 36 anos de prisão, caso a
denúncia feita pelo Ministério Público
Federal contra o sargento seja acolhida pela Justiça
e resulte na pena máxima. Era ele o responsável
por monitorar a área por onde o jato Legacy trafegava
em altitude diferente da prevista no plano de vôo.
Os demais réus (os outros três controladores
de vôo denunciados e os pilotos americanos Joseph
Lepore e Jan Paul Paladino) estão sujeitos a penas
de até 4 anos de reclusão.
O procurador da Justiça Militar Giovanni Rattacaso
considerou natural a opção do procurador
de Mato Grosso, Thiago Lemos de Andrade, de denunciar
os controladores na Justiça comum. “Já
vínhamos conversando sobre isso e sou favorável,
pois o Código Penal é mais específico”,
alegou Rattacaso, adiantando que não pretende ingressar
com pedido de conflito de competências.
“De minha parte, eles podem ser julgados pela Justiça
comum sem nenhum problema.” O procurador militar
preferiu não comentar o fato de o controlador Jomarcelo
Fernandes dos Santos ter sido denunciado por crime doloso
(com intenção). “Existe a figura do
dolo eventual, quando a pessoa assume um risco. Pode ter
sido o caso, mas é difícil avaliar porque
ainda não li o parecer.”
O procurador da Justiça Militar Estadual Fernando
Nucci concorda que os controladores podem ser julgados
sem maiores problemas, fora do âmbito da Aeronáutica.
“Existem vários crimes que não estão
especificados no Código Penal Militar”, explica.
“Por exemplo, um policial militar que é acusado
de abuso de autoridade. Não existe isso no nosso
código, então o crime é julgado na
Justiça comum. Esse pode ser o mesmo caso dos controladores.”
COM CONSCIÊNCIA
Para o advogado Leonardo Amarante, que defende as famílias
de vítimas do acidente, é a primeira vez
que um controlador militar recebe uma acusação
formal de crime doloso. “O resultado do inquérito
da Polícia Federal já era esperado. Só
fico preocupado agora com a parte jurídica”,
diz Amarante. “Os controladores se submetem à
Justiça Militar, então vai ter muita discussão
ainda pela frente para saber quem terá a competência
de julgá-los.”
O advogado também cita a dificuldade de provar
que o controlador do Cindacta-1 Jomarcelo Fernandes “expôs
a perigo a aeronave com consciência”, conforme
denunciou o procurador da República. O procurador
sustenta que Jomarcelo repassou o plano de vôo do
jato Legacy para outros controladores sem informar que
a altitude da aeronave deveria ser alterada.
Além disso, ele próprio não pediu
para os pilotos alterarem para a altitude correta. O crime
de atentado contra a segurança de aeronaves está
previsto no artigo 261 do Código Penal. “Vai
ser muito difícil provar intenção
de crime”, diz Amarante. “Até é
possível, mas assumo que é complicado mostrar
que uma pessoa causou uma tragédia com consciência
dos seus atos.”
Estadão
25 de maio de 2007 - 20:51
TAM dará prioridade para
contratar ex-funcionários da Varig
Plano é criar 7,5 mil
vagas até 2010, quando haverá uma frota
de 134 aviões
Alberto Komatsu
RIO - A TAM vai dar prioridade aos ex-funcionários
da Varig nas suas próximas contratações.
A garantia foi dada hoje pelo presidente da TAM, Marco
Antonio Bologna, em audiência com o ministro do
Trabalho, Carlos Lupi. Até 2010, a TAM planeja
abrir 7,5 mil vagas. O presidente da Gol, Constantino
de Oliveira Jr., também reafirmou na reunião
com Lupi que pretende readmitir 2,5 mil funcionários
da Varig dispensados durante a crise da empresa - comprada
pela Gol no final de março.
"Hoje nós temos cerca de 18 mil funcionários
e trabalhamos com 92 aeronaves", disse Bologna, segundo
comunicado do Ministério do Trabalho. "Nosso
plano é criar mais 7,5 mil vagas até 2010,
quando deveremos contar com uma frota de 134 aviões."
A nota destaca que a Varig, no seu auge, chegou a ter
12 mil empregados. Hoje, são cerca de 2 mil.
De acordo com o ministro, a audiência teve como
objetivo sensibilizar os presidentes das duas maiores
companhias aéreas sobre a situação
dos ex-trabalhadores da Varig.
Estadão
25 de maio de 2007 - 17:02
Brasileiro pode presidir entidade
internacional de aviação
Fernando Pinto, atual presidente
da aérea TAP, partcicipa da eleição
para presidente da International Air Transport Association
nos dias 4 e 5 de junho
Jair Rattner
LISBOA - O jornal português Diário Econômico
publicou nesta sexta-feira, 25, que o brasileiro Fernando
Pinto será o próximo presidente da International
Air Transport Association (IATA). Trata-se da mais importante
entidade internacional da aviação, que tem
como funções decidir sobre normas de segurança
em aviões e aeroportos.
A eleição vai ocorrer no congresso da entidade,
que vai ser realizado nos dias 4 e 5 de junho em Vancouver,
no Canadá. A IATA tem como associadas 250 empresas
de 136 países, representando 94% do tráfego
aéreo mundial. Será a primeira vez que um
brasileiro deverá liderar a associação.
Criada em 1945, a associação tem um papel
de reguladora da aviação comercial internacional.
Entre as decisões tomadas pela IATA estão
os prazos para revisão e manutenção
de aeronaves, tarifas comuns às empresas aéreas
e harmonização de práticas na indústria
- desde procedimentos em aeroportos até etiquetas
nas bagagens. Também define regras para a formação
dos funcionários das empresas e faz a compensação
das passagens entre empresas.
Atualmente, Fernando Pinto é o presidente executivo
da empresa aérea portuguesa TAP, cargo que ocupa
há cinco anos. Ele não vai deixar a sua
função na empresa portuguesa para exercer
o mandato, que tem a duração de um ano.
Durante o atual mandato de Chew Choon Seng, presidente
executivo da Singapore Airlines, Fernando Pinto ocupava
um lugar no conselho de administração da
IATA. Antes de ser presidente executivo da TAP, ocupou
a presidência da Varig.
Folha Online
25/05/2007 - 16h56
TAM quer contratar 7.500 e deve
priorizar ex-funcionários da Varig
O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, afirmou ao
ministro Carlos Lupi (Trabalho) que a companhia vai priorizar
a contratação de ex-funcionários
da Varig na ampliação de seu quadro. A Varig
foi comprada pela Gol Linhas Aéreas em março
e o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior,
também afirmou que vai priorizar os ex-funcionários
da Varig nas próximas 2.500 contratações.
A afirmação do presidente da TAM ao ministro
foi feita durante uma audiência sobre o setor. Segundo
Lupi, Bologna afirmou que a empresa tem 18 mil funcionários
atualmente e 92 aeronaves e pretende contratar mais 7.500
até 2010, quando a frota deverá ter 134
aviões.
A TAM afirmou que alguns funcionários da Varig
já foram contratados pela companhia desde o ano
passado.
O ministro do Trabalho disse que as audiências
com os presidentes das duas maiores companhias aéreas
brasileiras, Gol e TAM, tiveram o objetivo de sensibilizar
os empresários sobre a atual situação
dos ex-trabalhadores da Varig, demitidos durante a crise.
A Varig chegou a ter 12 mil funcionários e atualmente
conta com pouco mais de 2.000.
"É importante esta sensibilidade dos empresários
porque são profissionais muito capacitados que
estão sem emprego ou deixando o Brasil. Com o crescimento
a olhos vistos do setor aéreo no Brasil, espero
que todos esses ex-funcionários possam retornar
aos seus postos de trabalho", afirmou Lupi.
Estadão
25 de maio de 2007 - 12:35
TAM reitera interesse por rotas
da Varig
Entre as linhas de interesse
estão Frankfurt, Londres, Paris, México
e EUA
Beth Moreira
SÃO PAULO - O vice-presidente de finanças
e gestão e diretor de relações com
investidores da TAM, Líbano Barroso, reiterou nesta
sexta-feira, 25, que a empresa tem interesse em disputar
as rotas da Varig que eventualmente fiquem disponíveis
em nova concorrência, caso a companhia não
consiga cumprir o prazo que termina em junho.
Entre as linhas que a TAM tem interesse estão
Frankfurt, Londres, Paris, México e várias
cidades dos Estados Unidos. "A posição
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) ficou muito clara nesta semana que, se a Varig
não iniciar os vôos até 18 de junho,
não haverá prorrogação",
disse o diretor da empresa.
Segundo o executivo, a TAM tem certificação,
plano de frota e capacidade financeira para conquistar
novas linhas e mater suas estratégias de crescimento.
Barroso explicou que, independentemente das rotas da
Varig, a empresa planeja a introdução de
até duas novas rotas internacionais ainda neste
ano. Segundo ele, pode ser tanto um novo destino ou uma
nova freqüência para as cidades onde a empresa
já voa.
O novo destino, no entanto, ainda é mantido em
segredo. "Só vamos divulgar o nome quando
tivermos autorização do órgão
regulador", explicou.
Em relação à proposta da Anac de
aplicar multas, que podem variar de R$ 300,00 a R$ 1200,00
por overbooking, que está em consulta pública,
Barroso preferiu não fazer comentários.
O executivo ressaltou, no entanto, que existe atualmente
um termo de conduta com órgãos de defesa
do consumidor que obrigada as companhias aéreas
a dar alimentação e hospedagem (se necessário)
em casos de atrasos acima de quatro horas.
Lotéricas
Barroso informou também que a TAM deve anunciar
formalmente na próxima semana a realização
de um convênio com a Caixa Econômica Federal
(CEF) para que passageiros da empresa possam efetuar pagamento
de passagens em casas lotéricas.
Segundo o executivo, a empresa também anunciará,
nas próximas duas semanas, uma parceria com os
cinco principais bancos e financeiras do País para
o financiamento de passagens.
"Queremos buscar um público que hoje não
tem cartão de crédito, mas que quer financiar
sua passagem", disse Barroso.
O diretor ressaltou que a intenção é
atrair novos viajantes, principalmente para os horários
de pouca procura. A previsão é que as novas
parcerias elevem as vendas diretas de passagens aéreas
dos atuais 22% para 25% até o final do ano.
O executivo afirmou que também será possível
que um estrangeiro compre passagens no Brasil com um cartão
de crédito internacional.