Folha
de São Paulo
26/03/2008
Fundador da JetBlue anuncia nova companhia
amanhã
DA SUCURSAL DO RIO
O
fundador da JetBlue, David Neeleman, apresentará
os planos de criação de uma companhia aérea
no país em entrevista amanhã. O empresário
já havia mostrado o projeto de criação
da nova companhia à Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) e ao BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social).
A empresa deverá usar aviões da Embraer. A
entrevista contará com a presença do presidente
da empresa, Frederico Curado. A proposta de criação
de uma empresa capaz de rivalizar com o duopólio
de TAM e Gol agrada ao governo, que se mostrou favorável
ao projeto.
A campanha de lançamento da nova empresa deverá
ser comandada pela agência do publicitário
Nizan Guanaes. O diretor de Marketing será Gianfranco
Beting, ex-Transbrasil. O gestor judicial da "velha
Varig", a Flex, Miguel Dau, foi convidado para a área
de Operações.
Apesar do nome estrangeiro, Neeleman nasceu no Brasil e,
portanto, não precisa enfrentar os entraves dos eventuais
interessados em criar companhias aéreas no Brasil,
como o limite de 20% de participação de estrangeiros.
Ele fundou a JetBlue nos EUA no fim dos anos 1990.
Folha
de São Paulo
26/03/2008
Anac afirma que pode fechar aeroportos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em
uma audiência para discutir a segurança do
aeroporto de Congonhas ontem na Câmara dos Deputados,
a presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil), Solange Vieira, avisou que aeroportos estaduais
e municipais poderão ser fechados por falta de cumprimento
de requisitos críticos de segurança aérea.
Solange afirmou que a realidade desses aeroportos, especialmente
no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, é "completamente
diferente" dos padrões dos principais aeroportos
do país, que são administrados pela Infraero.
Segundo a Anac, existem 190 aeroportos estaduais e 155 municipais.
O
Estado de São Paulo
26/03/2008
Pantanal consegue sobrevida
Empresa obtém liminar contra
proibição de voar
Mariana Barbosa
A
Pantanal Linhas Aéreas obteve no início da
noite de ontem uma liminar determinando a continuidade de
suas operações. A concessão de transporte
aéreo da companhia venceria hoje e a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) havia decidido
não renová-la por falta de certidões
negativas de débito com a Receita e a Previdência.
A
liminar chegou à sede da Anac em Brasília
pouco antes das 19 horas. Ela determina que a Anac prorrogue
a concessão até o julgamento de uma outra
ação da Pantanal contra a União. Nessa
ação, a Pantanal tenta obter as certidões
que atestem sua regularidade com a Receita e a Previdência.
Para isso, a companhia apresentou à Justiça
garantias no valor dos débitos com a União.
Pelas
regras da Anac, a Pantanal tinha até o dia 7 de março
para apresentar uma comprovação de regularidade
fiscal e jurídica e garantir a renovação,
mas não o fez. “É exigência da
legislação, para qualquer empresa operar serviço
aéreo regular, a comprovação de regularidade
fiscal, jurídica, técnica e operacional”,
declarou o órgão regulador quando decidiu
não renovar a concessão.
A
Pantanal também entrou na Justiça com pedido
de preservação de direito para que possa entrar
com pedido de recuperação judicial. O objetivo
dessa medida é ganhar tempo para se preparar para
o pedido de recuperação.
A
possibilidade da interrupção das operações
da Pantanal mobilizou políticos e até a Federação
das Indústrias de São Paulo (Fiesp). O presidente
da Fiesp, Paulo Skaf, conversou com a diretora-presidente
da Anac, Solange Vieira, e também com os presidentes
das principais companhias aéreas na tentativa de
garantir ao menos a manutenção das rotas hoje
operadas pela Pantanal.
Apesar
de ser uma companhia pequena, com 0,2% de participação
de mercado, a Pantanal tem uma presença importante
no aeroporto de Congonhas e oferece ligações
entre a capital paulista e algumas cidades do interior,
como Marília, Araçatuba, Bauru e Presidente
Prudente. A companhia voa ainda para Mucuri (BA) e Juiz
de Fora (MG).
A
legislação não permite à Anac
repassar os direitos de vôo de uma companhia para
outra. Procurada, a Pantanal não se manifestou.
NÚMEROS
0,2%
é a participação da Pantanal Linhas
Aéreas no mercado doméstico
7
é o número
de cidades atendidas atualmente pela companhia aérea:
Congonhas, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba
e Bauru, em São Paulo, além de Mucuri (BA)
e Juiz de Fora (MG)
O
Estado de São Paulo
26/03/2008
Anac quer fechar aeroportos sem estrutura
Luciana Nunes Leal, BRASÍLIA
A
presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, revelou ontem em audiência
pública na Câmara que está em curso
um amplo levantamento sobre as condições de
funcionamento de todos os aeroportos do País, especialmente
os de médio e pequeno portes. Segundo Solange, a
Anac vai determinar o fechamento dos que estiverem em estado
“crítico” até que cumpram as exigências
da Anac.
O
alvo do grupo de trabalho são os aeroportos que não
estão entre os 67 administrados pela estatal Infraero.
Segundo a presidente da agência, os aeroportos de
menor porte de cidades distantes no Norte, Nordeste e Centro-Oeste
são os mais precários. Segundo ela, os problemas
não são tanto de segurança de vôo,
como más condições das pistas, mas
de falta de estrutura física nos aeroportos, com
ausência de raio X e outros equipamentos sem os quais
os aeroportos não podem funcionar, por determinações
de normas internacionais de aviação civil.
A
audiência pública na Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara foi convocada
para debater a segurança do Aeroporto de Congonhas.
Solange anunciou que todos os pilotos que operam em Congonhas
terão que passar por treinamento específico,
como ocorre no Aeroporto Santos Dumont, no Rio. O treinamento
começará em abril.
A
exigência de treinamento específico para Congonhas
faz parte de uma série de medidas tomadas depois
do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho passado,
quando morreram 199 pessoas. Segundo o chefe do Centro de
Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge
Kersul Filho, um dos treinamentos mais importantes é
para arremetidas, quando os pilotos forçam uma nova
subida, por detectarem algum problema na hora do pouso.
Segundo Kersul, as investigações do acidente
da TAM indicam que uma arremetida do Airbus poderia ter
evitado o acidente. Ele disse que os pilotos não
tentaram fazer a manobra.
Valor
Econômico
26/03/2008
Pluna renova frota com aeronaves da
Bombardier
Janes Rocha
A companhia aérea uruguaia Pluna recebeu esta semana
o primeiro de sete novos aviões que vão renovar
e ampliar sua frota atual de apenas quatro velhas aeronaves.
É a primeira compra de aviões novos pela Pluna
em 27 anos e as aeronaves são do modelo CRJ900 NextGen,
com capacidade para 90 passageiros, fabricados pela canadense
Bombardier.
Com a frota renovada, a intenção é
ampliar a cobertura atual de cidades na Argentina e no Brasil,
aumentar o número de horas de vôo diárias
de seis para dez e ampliar em 2,5 vezes o número
de assentos disponíveis por quilômetro, disse
Arturo Alvarez-Demalde, vice-presidente da Pluna.
Alvarez-Demalde e o executivo-chefe da Pluna, Matías
Campiani, são também sócios do Leadgate,
o fundo de participações que adquiriu o controle
(75%) da companhia em 2007. Com a nova estrutura, prevê
Demalde, será possível duplicar o número
de passageiros, dos atuais 500 mil para 1 milhão
até o fim de 2008.
A Pluna chegará este ano a 12 cidades, além
das oito que já opera entre o Uruguai, Brasil, Argentina,
Chile e Espanha. Entre os novos destinos estão Assunção,
no Paraguai; Córdoba, na Argentina; Brasília
e Curitiba. Mas a idéia é manter-se pequena,
garante Campiani. "Não queremos entrar em concorrência
com TAM ou Gol, queremos seguir sendo uma aérea de
pequeno porte, que pode pousar em cidades menores que não
interessam às grandes aéreas", afirmou
o executivo-chefe da Pluna.
Com 62 anos de existência, nos últimos dez
anos a Pluna foi controlada pela Varig (51%) e pelo governo
do Uruguai. Com a quebra da aérea brasileira em 2005,
os investimentos na controlada uruguaia minguaram e as dívidas
cresceram, levando o governo uruguaio a retomar o controle
em 2006. O consórcio Leadgate Investment Corp. comprou
as ações por US$ 15 milhões mais uma
linha de crédito de US$ 10 milhões. Os 25%
restantes continuam nas mãos do governo uruguaio.
Quando o Leadgate entrou na empresa, havia um saldo negativo
de US$ 4 milhões mensais entre o que a empresa faturava
e o que gastava. Segundo Matías Campiani, o déficit
baixou a US$ 1 milhão no fim de 2007, está
agora em US$ 600 mil e ele espera chegar ao equilíbrio
até o fim de 2008. Os planos incluem abrir o capital
da Pluna em 2010. Para a aquisição das novas
aeronaves, o fundo conseguiu um financiamento de US$ 177
milhões do Banco de Desenvolvimento do Canadá
(que deu 85% do empréstimo) e do Scotiabank.
Jornal
do Brasil
26/03/2008
Anac ameaça fechar pequenos
aeroportos
Terminais fora da Infraero são
os mais precários
Brasília
A
presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, revelou ontem em audiência
pública na Câmara do Deputados que fazendo
um amplo levantamento sobre as condições de
funcionamento de todos os aeroportos do país, principalmente
os de pequeno e médio portes.
Segundo
ela, o órgão vai determinar o fechamento dos
terminais que estiverem em estado "crítico"
até que cumpram as exigências da Anac. O alvo
do grupo de trabalho são os aeroportos que não
estão entre os 67 administrados pela Empresa Brasileira
de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
Segundo
Solange Paiva os terminais de menor porte de cidades distantes
no Norte, Nordeste e Centro Oeste são os mais precários.
–
As regiões que mais precisam de aviões são
as que têm mais problemas – afirmou Solange.
– O fechamento dos aeroportos vai começar a
acontecer. Alguns problemas são administráveis.
Outras questões são críticas e não
permitem que o aeroporto funcionem.
Os
problemas são problemas são a falta de estrutura
física nos aeroportos, como por exemplo a ausência
de aparelhos de raios-X e outros equipamentos. Sem esses
equipamentos os aeroportos não podem funcionar por
determinações de normas internacionais de
aviação civil seguidas pelo Brasil.
Audiência
Pública
A
audiência pública na Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara foi convocada
para debater a segurança do Aeroporto de Congonhas,
na zona sul de São Paulo. A presidente da Anac anunciou
que todos os pilotos que operam em Congonhas terão
que passar por treinamento específico, como ocorre
no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Inicialmente,
Solange disse que as empresas aéreas tiveram um prazo
de 120 dias para treinar os pilotos, mas que pediram mais
tempo. No fim da audiência, a presidente da agência
informou que os treinamentos começarão no
próximo mês. A exigência de treinamento
faz parte, segundo ela, de uma série de medidas tomadas
depois do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho passado,
que matou 199 pessoas.
Caso
TAM
Para
o chefe do Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge
Kersul Filho, o relatório final sobre as causas do
acidente deverá ficar pronto em julho deste ano.
Jornal
do Brasil
26/03/2008
Aeroporto não alerta os turistas
estrangeiros
Anvisa só dá informações
sobre dengue a quem pedir
Marcelo Migliaccio Deise Rezende
Os
estrangeiros que não leram os sites da CNN e da BBC
nos últimos dias e viajaram para o Brasil continuam
ignorando a epidemia de dengue no Rio de Janeiro. Se depender
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), o visitante que desembarca no Aeroporto Internacional
Antonio Carlos Jobim não vai gastar seu dinheiro
com raquetinha à bateria, nem com repelente anti-aedes.
–
Cheguei ontem da Bélgica e não vi absolutamente
nada no rol de desembarque que sugerisse a existência
de uma epidemia – constatou uma brasileira que desembarcou
na segunda-feira.
A
assessoria da Infraero, empresa que administra o aeroporto,
informou que a função de alertar os visitantes
para tomarem precauções caberia à Anvisa,
que enviou nota por e-mail ao JB.
Segundo
a nota, a agência "orienta os viajantes que procuram
os postos da Anvisa nos portos, aeroportos, fronteiras e
recintos alfandegários sobre a situação
da dengue e medidas de prevenção".
Como
não sabe da epidemia no Estado, a maioria dos turistas
estrangeiros não procura os postos da Anvisa para
obter tais informes.
Foi
o caso do argentino Jose Calvo, que desembarcou ontem no
principal aeroporto do Rio e não recebeu qualquer
informação sobre a epidemia que já
matou 31.
–
Só vi um cartazinho, mas referia-se à febre
amarela. Havia um mapa do Brasil com as regiões de
risco – descreveu o portenho.
Em
férias no Rio há 20 dias, o italiano Giuseppe
Speranza, 35 anos, só soube que deveria ver os mosquitos
da cidade com outros olhos na semana passada. E o alerta
não veio de nenhuma fonte oficial, mas de um pedestre.
–
Um rapaz na rua me falou sobre essa epidemia, mas não
sei bem o que é. Parece que até já
morreu gente... – disse Giussepe, que ontem voltou
ao Antonio Carlos Jobim e partiu para Foz do Iguaço,
no Paraná.
Funcionários
de companhias aéreas que operam rotas internacionais
e de empresas de táxi que possuem estandes no aeroporto
confirmaram que os turistas que desembarcam estão
‘boiando'.
Ainda
em relação à sua ação
nos aeroportos brasileiros, a Anvisa acrescentou que disponibiliza
informações em seu site e fiscaliza o controle
de vetores nos terminais.
Embora
os bairros de Curicica e Taquara (Zona Oeste), campeões
de focos da dengue na cidade, não sejam exatamente
um roteiro turístico clássico no Rio, a maioria
dos hotéis da Zona Sul tem preferido não assustar
seus hóspedes.
–
Não me disseram nada – confirma o polonês
Rud Wolish, hospedado em Copacabana.
Agência
Câmara
25/03/2008 - 21h36
Anac e Aeronáutica garantem
que Gongonhas está mais seguro
Laycer Tomaz
Jorge Kersul (E), deputado Marcondes Gadelha
(C) e Solange Vieira (D) durante a audiência.
Anac e Aeronáutica garantem, em audiência pública
na Câmara, que pousos e decolagens estão mais
seguros em Congonhas. A presidente da Anac, Solange Vieira,
avaliou como positiva as mudanças operacionais no
aeroporto paulistano, especialmente o incremento da fiscalização
e a racionalização da malha.
O
chefe do Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos, Jorge Kersul Filho, também
disse que a redução no volume de pousos e
decolagens em Congonhas trouxe mais tranqüilidade aos
passageiros. O chefe do Cenipa afirmou que, apesar de mais
seguro, não se pode, no entanto, descartar a possibilidade
de novo acidente em Congonhas nem em nenhum aeroporto do
mundo. Segundo ele, o Cenipa deve concluir até julho
o relatório sobre o acidente com o avião da
TAM.
Os
deputados, no entanto, temem que algumas das medidas adotadas
depois do acidente com o avião da TAM, que matou
199 pessoas no ano passado, estejam sendo flexibilizadas.
Regras
para reverso
Solange Vieira lembrou que, atualmente, continua proibido
o pouso de aviões com o reverso travado. "[No
caso de] qualquer problema mecânico detectado no avião,
o comandante tem o dever e a obrigação de
optar por descer em outro aeroporto da região. Ela
lembra que também foi exigido de todos os Airbus
320 a instalação de um software que avise
ao comandante sobre problemas na manete do avião.
"Em termos de segurança, com essas medidas,
nós consideramos que o aeroporto de Congonhas é
um aeroporto muito mais seguro do que era há um ano
atrás."
A
presidente da Anac também ressaltou o reforço
no treinamento dos pilotos que operam em Congonhas e o aumento
da área de escape do aeroporto. Além dessas
medidas, foi ampliado o limite mínimo de combustível
de 3 toneladas; foram estabelecidas áreas de escape,
que fizeram com que a pista auxiliar deixasse de ser usada;
e está sendo discutida a transferência do pátio
de autoridades para um hangar numa área mais segura.
Conexões
Quanto à retomada das conexões em Congonhas,
Solange argumentou que a proibição anterior
foi inócua e só prejudicou os passageiros.
Segundo ela, com a volta das conexões, manteve-se
o número de movimentos por hora no aeroporto e foram
reduzidos o grande movimento e as filas de passageiros na
área de embarque e de check-in.
Solange
Paiva Vieira também explicou que o retorno dos vôos
charter a Congonhas foi permitido apenas no período
das 14 horas de sábado até as 14 horas de
domingo, quando, tradicionalmente, o aeroporto de Congonhas
apresenta uma redução substancial em seu movimento.
Segundo ela, os vôos charter estão sendo feitos
dentro do limite de 30 movimentos por hora naquele aeroporto.
O
deputado Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), no entanto,
considerou a explicação da presidente da Anac
insuficiente. "O que não ficou claro é
se não poderiam ter estabelecido que os vôos
que saem de Congonhas para Recife ou de Congonhas para Salvador,
por exemplo, não poderiam fazê-lo de um outro
ponto de origem como Viracopos, em Campinas, ou Galeão,
no Rio de Janeiro, que são aeroportos menos saturados
do que o aeroporto de Congonhas."
A
presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil lembrou que já há uma decisão
do governo de transformar o aeroporto de Viracopos, em Campinas
(SP), no principal aeroporto do estado até 2020.
Ela disse também que as obras em Viracopos serão
intensificadas a partir deste ano.
Coluna
Claudio Humberto
25/03/2008 - 20:44h
Cenipa: Localização
causou acidente da TAM
Durante audiência pública na Comissão
de Relações Exteriores e Defesa Nacional sobre
segurança no aeroporto de Congonhas, o chefe do Centro
de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Jorge Kersul
Fiho, disse que o acidente com o vôo 3054 da TAM,
ocorrido no ano passado, poderia ter sido evitado se o terminal
fosse melhor localizado: "O resultado foi catastrófico
naquele dia, não por causa do tamanho da pista, mas
por causa da localização do aeroporto".
Segundo o chefe do Cenipa, os pilotos têm de tomar
decisões muito rápidas e, se tivesse havido
tempo para arremeter o avião, o piloto do vôo
3054 o teria feito
Agencia
Câmara
25/03/2008 - 19h00
Acidente ocorreu pela localização
do aeroporto, diz Cenipa
Os
deputados Miguel Martini (PHS-MG) e Ivan Valente (Psol-SP)
questionaram o chefe do Centro de Investigação
e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Cenipa), Jorge Kersul Filho, se o acidente com o vôo
3054 da TAM em julho de 2007 poderia ter sido evitado se
a pista do aeroporto de Congonhas (SP) fosse maior. "O
resultado foi catastrófico naquele dia, não
por causa do tamanho da pista, mas por causa da localização
do aeroporto", afirmou Kersul. Segundo ele, os pilotos
têm que tomar decisões muito rápidas
e, se tivesse havido tempo para arremeter o avião,
o piloto do vôo 3054 o teria feito.
Jorge
Kersul Filho participou da audiência pública
promovida pela Comissão de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional - encerrada há pouco
- para discutir a segurança dos vôos no aeroporto
de Congonhas.
Aeroporto
de Viracopos
Antes do encerramento da reunião, a presidente da
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac),
Solange Paiva Vieira, lembrou os deputados que já
há uma decisão do governo de transformar o
aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), no principal aeroporto
do estado até 2020. Ela disse também que as
obras em Viracopos serão intensificadas a partir
deste ano.
Agência
Câmara
Tempo real - 25/03/2008 17h16
Cenipa não descarta risco de
outros acidentes em Congonhas
O
chefe do Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), Jorge Kersul
Filho, afirmou há pouco que não se pode descartar
a possibilidade de acidentes no aeroporto de Congonhas (SP).
"Nunca está afastada a possibilidade de acidente
em pista alguma, não somente em Congonhas",
ressaltou, em resposta ao deputado Antonio Carlos Pannunzio
(PSDB-SP).
Jorge
Kersul Filho afirmou que o que se deve fazer em relação
a Congonhas é reduzir a exposição ao
risco de acidentes. Quanto a essa redução,
elogiou a decisão da Agência Nacional da Aviação
Civil (Anac) de diminuir o movimento nesse aeroporto. Segundo
ele, antes do acidente ocorrido com o avião da TAM
em 2007, a média de Congonhas era de 44 movimentos
por hora. Após a medida da Anac, esse número
caiu para 30 movimentos da aviação comercial
e 4 da aviação Executiva. "Isso trouxe
mais tranqüilidade para todos", avaliou.
Demora
na apuração
Pannunzio também questionou Kersul Filho sobre o
que considerou uma demora do Cenipa na investigação
sobre o acidente com a aeronave da TAM. Kersul destacou
que, mundialmente, uma investigação desse
porte leva dois anos. Segundo ele, a investigação
do Cenipa está bastante avançada. Entretanto,
voltou a afirmar que o relatório final não
é tão importante assim, pois o que vale mesmo
são as recomendações já divulgadas
pelo Cenipa em relação a Congonhas.
Ambos
participam da audiência pública promovida pela
Comissão de Relações Exteriores e de
Defesa Nacional para discutir a segurança dos vôos
no aeroporto de Congonhas. O evento ocorre no plenário
4.
Reportagem
- José Carlos Oliveira/Rádio Câmara
Edição - Renata Tôrres
Agência
Estado
25/03/08 - 12:05h
Seae quer novo limite para estrangeiro
em empresa aérea
ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoA Secretaria de Acompanhamento
Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda,
defendeu a ampliação do limite de 20% de participação
de estrangeiros no capital das empresas aéreas brasileiras,
ao recomendar ontem ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) a aprovação da compra
da Varig pela Gol. O negócio, anunciado há
um ano, ainda será julgado pelo Cade em data a ser
definida.
A
limitação da participação de
estrangeiros em 20% está no Código Brasileiro
Aeronáutico, que, para a Seae, é algo "ultrapassado"
e que impede o desenvolvimento de novas empresas e o fortalecimento
das atuais. Embora reconheça o setor aéreo
como estratégico, a Seae afirma que seria "desejável"
para a concorrência o aumento desse porcentual.
A
Seae destacou que o Brasil ainda é um dos poucos
países com limite tão baixo de participação.
Na Europa, a participação estrangeira em empresas
aéreas é de até 49%, enquanto na China
é de 35% e, nos Estados Unidos, de 25%.
Competição
A
Seae e a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do
Ministério da Justiça, avaliam que o setor
aéreo comercial no Brasil é oligopolizado
(quando é pequeno o grupo de empresas que ofertam
um determinado serviço ou produto), mas não
tem impedimentos à entrada de novos competidores
no mercado doméstico. As secretarias identificaram
"pressões competitivas", como as constantes
promoções tarifárias feitas pelas empresas,
que podem desestimular a Gol/Varig a elevar abusivamente
seus preços - e em cima disso sustentam seu parecer
pela aprovação.
A
única exceção é o mercado que
envolve o aeroporto de Congonhas (SP), em razão de
sua capacidade saturada de infra-estrutura operacional.
Mas, como a TAM detém 42% dos slots (horários
e espaços para pousos e decolagens) de Congonhas,
as secretarias sustentam que ela é capaz de rivalizar
com a Gol/Varig.
No
mercado que envolve Congonhas, as secretarias afirmam que
o negócio "gera grandes pressões"
e, por isso, sugerem à Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) mudanças nas regras
de distribuição de slots no aeroporto paulista.
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