::::: RIO DE JANEIRO - 25 DE MAIO DE 2007 :::::

 

Jornal do Brasil
25/05/2007
Anac dá prazo para Varig reativar linhas internacionais: dia 18
Fernando Exman

Brasília. A Varig tem até o dia 18 para reativar as linhas internacionais que estão congeladas. Em reunião realizada na terça-feira, a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decidiu não prorrogar o prazo - de seis meses - para a retomada das operações. Se a Varig não voltar a operar as linhas, a Anac leiloará tais ativos. A decisão foi um golpe nos planos da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que adquiriu a Varig por US$ 320 milhões no fim de março. A Gol não comentou o assunto.

O prazo começou a valer quando a Varig foi vendida pela primeira vez para um grupo de investidores que havia adquirido a VarigLog. De acordo com parecer do procurador-geral da Anac, João Ilídio de Lima Filho, a prorrogação do prazo significaria uma reserva de mercado concedida à Gol, um desrespeito à legislação do setor, prejudicando também os consumidores, pois reduziria a concorrência. De quebra, enfraqueceria ainda mais as companhias brasileiras na competição com as operadoras estrangeiras.

O relatório do procurador da agência ressalvou, no entanto, que a Varig conseguiu manter em funcionamento as linhas para Venezuela, Argentina, Colômbia e Alemanha. Pode, portanto, ter que disputar com as demais concessionárias brasileiras as linhas inoperantes que ligam o Brasil ao Chile, Peru, México, Itália, Inglaterra, França e Espanha.

No dia do anúncio da compra da Varig, o presidente da Gol, Constantino Júnior, disse que pretendia manter a independência, mas reduziria os custos da companhia. A nova gestão, complementou, incentivaria e estimularia a demanda por passagens aéreas no Brasil e em vôos internacionais. A idéia do executivo era manter os atuais destinos e ampliar as linhas internacionais da Varig.

Em 2005, as companhias brasileiras transportaram 1.323.305 passageiros em linhas internacionais, contra 1.524.972 pessoas que usaram os serviços de companhias estrangeiras. No ano passado, a participação das empresas nacionais caiu de 46% para 30%. As companhias de capital nacional venderam 844.902 passagens. Já as companhias estrangeiras prestaram serviços a 1.938.070 de passageiros.

Segundo o procurador-geral da Anac, a queda de vendas de passagens internacionais das empresas nacionais está relacionada a paralisações das operações internacionais da Varig e houve uma transferência significativa dos passageiros para companhias estrangeiras.

 

Estadão
25 de maio de 2007 - 04:19
Diretor da Anac pode depor à CPI como investigado
Deputado Gustado Fruet (PSDB-PR) defende que agência seja investigada
Agência Brasil


BRASÍLIA - O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) defendeu que a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) seja investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Setor Aéreo e que o diretor da Anac, Milton Zuanazzi, seja novamente convocado a prestar depoimento - não mais na condição de testemunha, como na quinta-feira, 24, mas na de investigado.

Durante o depoimento dele, os deputados integrantes da CPI questionaram a competência do diretor para o cargo, por não ter experiências anteriores no setor. "Fui secretário de Turismo, mas a fiscalização do tráfego aéreo não é nossa competência", afirmou Zuanazzi, depois de o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) afirmar que a Anac "não está cumprindo de maneira adequada a função dela".

Fruet também chamou a atenção para a necessidade de profissionais em mecânica, engenharia e pilotagem na Agência. "Não é para desqualificar a Anac, mas ela é uma peça importante na fiscalização aérea e precisa estar aqui como investigada, não como testemunha”.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB) concordou: “Não estamos aqui para fazer um debate ou uma explanação do espaço aéreo brasileiro. A nossa intenção é que sejam interrogados e esclareçam dúvidas para chegarmos a soluções. Busca-se uma verdade, mas a Anac e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo não querem abrir as portas com as informações”.

Ele ressaltou ainda que a Anac, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e a Aeronáutica "não têm papel definido nem poder decisório quando se tem um problema como a responsabilidade por determinar as falhas e a solução - a Anac não é subordinada a ninguém e a Infraero entra em conflito de competência com outros órgãos”.

O relator, deputado Marco Maia (PT-RS), lembrou no entanto que “a Anac não é fruto de investigação" e propôs: "Vamos investigar a Infraero”.

 

 

Folha Online
24/05/2007 - 20h47
Gol vai readmitir funcionários da Varig até abril de 2008, diz ministro

O ministro Carlos Lupi informou que o presidente da Gol Linhas Aéreas, Constantino de Oliveira Júnior, que recentemente comprou a Varig, garantiu a ele que até abril de 2008 cerca de 2,5 mil funcionários demitidos da Varig, antes da venda, serão chamados novamente para operar rotas da companhia. Com a medida, a Varig voltaria a ter os cerca de 5 mil funcionários que tinha antes de enfrentar sua maior crise financeira.

Constantino já havia afirmado, na ocasião da compra da Varig, que daria prioridade para esses funcionários nas próximas contratações.

Lupi informou que o empresário também garantiu que vai adquirir, até o final deste ano, 14 novas aeronaves e deverá contratar mais 2.500 empregados, vagas para as quais ex-funcionários da Varig também terão prioridade.

Para Lupi, a medida pode evitar que profissionais deixem o país. "Tenho a preocupação de que daqui a alguns anos, tenhamos problema para contratar novos pilotos, por exemplo. Muitos deles estão indo operar rotas no Oriente Médio e na Europa por falta de oportunidades de empregos. É importante garantir o fortalecimento de nossas companhias aéreas para que gerem empregos aqui", afirmou.

 

 

O Globo Online
24/05/2007 às 19h01m
Presidente da Gol promete recontratar 2,5 mil ex-funcionários da Varig até abril de 2008
Erica Ribeiro, O Globo

RIO - O presidente da Gol, Constantino de Oliveira, disse, nesta quinta-feira, durante audiência com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que, até abril de 2008, cerca de 2,5 mil funcionários demitidos da antiga Varig antes da venda para a Gol - a empresa comprou em março a Nova Varig - serão chamados para operar rotas da companhia.

Com a medida, a Varig voltaria a ter os cerca de 5 mil funcionários que tinha antes de enfrentar sua maior crise financeira. Lupi ouviu ainda do empresário que a Gol vai adquirir, até o final deste ano, 14 novas aeronaves e deverá contratar mais 2,5 mil empregados, vagas para as quais ex-funcionários da Varig também terão prioridade.

- Quero que todos os ex-funcionários voltem à Varig. Quem ainda não foi chamado é porque deve ter trocado de endereço, porque estamos recrutando todos novamente para voltarem às suas funções - afirmou Constantino, garantindo que a empresa voltará a operar rotas internacionais da Varig que estavam suspensas devido à crise, inclusive expandindo o mercado.

Na opinião do ministro, a medida chega em boa hora, uma vez que ex-funcionários da Varig vêm deixando o país para operar vôos em outros países.

- Tenho a preocupação de que daqui a alguns anos, tenhamos problema para contratar novos pilotos, por exemplo. Muitos deles estão indo operar rotas no Oriente Médio e na Europa por falta de oportunidades de empregos. É importante garantir o fortalecimento de nossas companhias aéreas para que gerem empregos aqui - comentou Lupi.

 

 

Folha Online
24/05/2007 - 18h16
Aeronáutica confirma falha de controlador e admite distância "não segura"
REGIANE SOARES da Folha Online

O Comando da Aeronáutica confirmou nesta quinta-feira que houve falha de um controlador de tráfego no "quase acidente" citado na CPI do Apagão Aéreo pelo presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo, Wellington Rodrigues.

Segundo a Aeronáutica, o "incidente" foi registrado no dia 11 pelo APP (controle de aproximação) de Brasília.

De acordo com a ocorrência, um Airbus e um Seneca se aproximaram a uma distância de 1.300 metros na lateral e 200 metros na vertical --quando o mínimo recomendado neste último caso é de 300 metros.

Segundo nota divulgada pelo Centro de Comunicação da Aeronáutica, foi feita uma investigação e "constatou-se falha do controle em garantir a separação vertical prevista de 300 metros nesse setor".

Segundo a Aeronáutica, a distância não significa um "quase acidente", mas um "incidente", uma vez que 200 metros "não é uma distância de segurança".

Na nota divulgada hoje, a Aeronáutica explicou que na terça-feira, quando foi mencionado um suposto acidente de tráfego na área de Brasília, envolvendo duas aeronaves de grande porte, o Cindacta-1 realizou "ampla verificação" nos registros de ocorrências. Na ocasião, "não foi encontrado nenhum caso como o descrito à CPI".

Como o assunto voltou a ser citado hoje na CPI do Apagão Aéreo, o diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramón Borges Cardoso, determinou uma investigação nas outras duas áreas de controle do Cindacta 1 --controle de aproximação (APP) e torre (TWR)--, para verificar a aproximação de aeronaves de qualquer tipo.

Após a nova verificação solicitada, o Cindacta-1 constatou duas ocorrências na área citada. A primeira foi no dia 5, quando, segundo a Aeronáutica, ocorreu uma aproximação entre uma aeronave comercial e um avião-laboratório da FAB que realizava "aferição em equipamentos do aeroporto". Segundo a Aeronáutica, o avião-laboratório estava em contato visual com o jato comercial e "não representava perigo".

O segundo foi este do dia 11, no qual a Aeronáutica admite o incidente pela distância não segura.

 

 

O Dia
24/5/2007 17:22h
Presidente da Gol garante a ministro que os ex-funcionários da Varig serão readmitidos
Villarinho

Brasília - O presidente da companhia aérea Gol, Constantino de Oliveira, – que recentemente comprou a Varig – garantiu nesta quinta-feira, em audiência com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que até abril de 2008 cerca de 2,5 mil funcionários demitidos da Varig, antes da venda, serão chamados novamente para operar rotas da companhia. Com a medida, a Varig voltaria a ter os cerca de 5 mil funcionários que tinha antes de enfrentar sua maior crise financeira.

Lupi ouviu ainda do empresário que a Gol vai adquirir, até o final deste ano, 14 novas aeronaves e deverá contratar mais 2.500 empregados, vagas para as quais ex-funcionários da Varig também terão prioridade.

"Quero que todos os ex-funcionários voltem à Varig. Quem ainda não foi chamado é porque deve ter trocado de endereço, porque estamos recrutando todos novamente para voltarem às suas funções", afirmou Constantino, garantindo que a empresa voltará a operar rotas internacionais da Varig que estavam suspensas devido à crise, inclusive expandindo o mercado.

Na opinião do Ministro, a medida chega em boa hora, uma vez que ex-funcionários da Varig vêm a cada deixando o país para operar vôos fora.

"Tenho a preocupação de que daqui a alguns anos, tenhamos problema para contratar novos pilotos, por exemplo. Muitos deles estão indo operar rotas no Oriente Médio e na Europa por falta de oportunidades de empregos. É importante garantir o fortalecimento de nossas companhias aéreas para que gerem empregos aqui", comentou Lupi."

 

 

Mercado e Eventos
24/05/2007 - 10:28h
Anac rejeita pedido da Gol sobre retomada de rotas internacionais

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) rejeitou pedido da Gol para prorrogar o prazo, que termina no dia 18 de junho, para que a companhia retome as rotas internacionais em poder da Varig.

A Gol solicitou mais seis meses, a contar de 11 de maio (data da compra da Nova Varig), para assumir os vôos. A diretoria da Anac, no entanto, entendeu que o prazo inicial foi fixado por decisão da justiça do Rio, responsável pelo processo de recuperação da Varig.

 

Notícia do site da ALERJ
24/05/2007
Empresário paulista não depõe, alega prejuízos com CPI e ameaça “tirar” VarigLog do Rio
“Qualquer decisão da empresa será feita em cima de suas próprias conveniências”, diz deputado

O empresário paulista Marco Antonio Audi, um dos sócios da Volo do Brasil, enviou documento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj, afirmando que a investigação causa “prejuízos irreparáveis” à sua empresa. Audi, que também é presidente do Conselho de Administração da VarigLog, diz que, em razão disso, “pretende transferir para outro estado a sede da VarigLog”, que atualmente fica Rio.

O conteúdo do documento foi apresentado pelo deputado Paulo Ramos, presidente da CPI, durante a sessão desta quinta-feira (24/05). Segundo Ramos, tal mudança não tem qualquer relação com a CPI, mas faz parte de um projeto antigo de levar a VarigLog para São Paulo.

Na correspondência à CPI, Audi também afirma que seu projeto “estima a criação de aproximadamente 8.500 postos de trabalho, mas o estado não é mais cogitado para sua implementação”.

Para Paulo Ramos, “qualquer decisão da empresa será feita em cima de suas próprias conveniências e nada terá a ver com o transcorrer do trabalho de nossa Comissão. Eles se comprometeram a manter o projeto e os empregos no estado e agora tentam arrumar uma desculpa para transferir o plano para outra região”.

“A CPI vai continuar investigando e denunciando. Se precisarmos, vamos pedir auxílio policial para exigir o comparecimento dos sócios da Volo”, disse o deputado.

Além de Audi, a CPI quer ouvir novamente os outros sócios do grupo Volo do Brasil, Eduardo Gallo, Marcos Haftel e Lap Wai Chan.

“A Procuradoria da Alerj encaminhará ofício ao juiz, para que seja expedido mandado de comparecimento das partes sob força policial”, disse Ramos.

Nenhum dos convocados compareceu à comissão nesta quinta-feira. Erno Brentano, interventor do Aerus, que reside no Rio Grande do Sul, foi convocado por telegrama e alegou que estava dormindo quando a correspondência chegou, e que não autorizou ninguém a receber o documento. Já o sócio da Volo, Marcos Haftel, justificou sua ausência com uma reunião do Conselho Deliberativo da VarigLog. O empresário Nelson Tanure não apresentou justificativa.

Na próxima quinta-feira (31/05), a CPI irá ouvir o advogado Roberto Teixeira, cujo escritório atuou na venda da Varig para a Gol, e reconvocará Erno Brentano. Os depoimentos serão às 10h30, na sala 311 da Alerj (Palácio Tiradentes - Praça XV, s/nº - Centro – RJ).