Folha
de São Paulo
25/01/2007
Anac reduz vôos da Varig em
Congonhas
Agência determina que empresa
perca horários de pouso e decolagem por não
conseguir operá-los em prazo fixado
Slots no aeroporto mais movimentado do país devem
ser repassados a concorrentes após reforma da pista,
no 2º semestre
IURI DANTAS
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Agência Nacional de Aviação
Civil concluiu no início da noite de anteontem que
a Varig não cumpriu os requisitos legais para manter
23 slots -"janelas" de horários de pousos
e decolagens- que utilizava no aeroporto de Congonhas (SP).
Os slots serão repassados às concorrentes
por meio de sorteio no segundo semestre, após conclusão
das obras de recuperação das duas pistas de
pouso.
Segundo apurou a Folha, o estudo da Anac foi realizado pela
Superintendência de Serviços Aéreos
da agência e indica que a Varig deve perder 110 vôos
domésticos. Procurada ontem, a assessoria de imprensa
da companhia informou que deve se manifestar depois de um
anúncio oficial da Anac.
As mudanças ainda estão relacionadas à
venda da Varig no ano passado. Todas as rotas e os slots
da companhia estavam congelados pela Justiça até
o dia 15 de dezembro, quando a empresa recebeu seu Cheta
(Certificado de Homologação de Empresa Aérea).
A Varig tinha 30 dias a partir do Cheta para usar as rotas
domésticas com o mínimo de 75% de regularidade.
Isso não aconteceu, de acordo com a Anac.
Para as rotas internacionais, o prazo é de 180 dias.
Antes da venda, a Varig era a brasileira com maior número
de destinos internacionais. Os slots nos aeroportos internacionais
são negociados com o auxílio do Itamaraty,
por envolverem governos de outros países.
Os slots em Congonhas, o mais movimentado do país,
têm valor estratégico e são cobiçados
pelas concorrentes, em especial TAM e Gol.
Desde que foi vendida no ano passado à sua ex-subsidiária
VarigLog, a Varig brigava na Justiça e na Anac pela
manutenção dos slots em Congonhas. Publicamente,
executivos da empresa deixaram claro que a prioridade da
Varig eram as rotas mais rentáveis, para fazer caixa,
e isso significa justamente ter o maior número de
slots em Congonhas.
Folha de São Paulo
25/01/2007
Star Alliance deixa de aceitar milhas
da Varig
DA REPORTAGEM LOCAL
A Varig enviou ontem mensagens aos participantes
do programa de milhagem Smiles para avisá-los que,
a partir do próximo dia 1º de fevereiro, as
outras companhias da aliança operacional Star Alliance
não aceitarão mais emitir bilhetes com milhas
da companhia.
A Varig deixa de ser membro da Star Alliance no dia 31 de
janeiro. Na prática, as companhias da Star, com exceção
da Air Canada e da Air New Zealand, já haviam informado
que não aceitavam mais emitir bilhetes com milhas
da empresa. As milhas da companhia aérea continuam
valendo para as rotas operadas hoje por ela.
Mercado e Eventos
24/01/07 - 16:52h
Air France vai contratar 70 comissários
de bordo brasileiros
A Air France irá contratar comissárias
e comissários de bordo brasileiros. Para participar
da seleção é preciso possuir idade
mínima de 21 anos, excelente condição
física, nacionalidade brasileira ou franco-brasileira,
inglês fluente, francês de nível intermediário
e disponibilidade para se mudar para Paris. O contrato de
trabalho será de duração indeterminada,
com período de experiência de 6 meses.
Os interessados devem consultar e/ou imprimir
o guia online disponível em francês e inglês
no site www.emploi.airfrance.com/FR/fr/Doc/Guide_on_line.pdf.
Em seguida, será necessário preencher formulário
no site de oportunidades de emprego da Air France (www.emploi.airfrance.com),
entre 29 de janeiro e 11 de fevereiro de 2007, no formato
exigido no guia.
Folha Online
24/01/2007 - 16h27
Air France vai contratar 70 comissários
de bordo brasileiros
Pela primeira vez desde que iniciou vôos
regulares para o Brasil, há mais de 50 anos, a Air
France vai contratar comissárias e comissários
de bordo brasileiros.
As contratações ocorrem após
a companhia aérea francesa anunciar, no final do
ano passado, que elevaria de um para dois o número
de vôos diários entre São Paulo e Paris.
"O país é nosso principal
mercado na América Latina", disse Isabelle Birem,
diretora-geral da Air France KLM no Brasil.
O Brasil é o único país
da América Latina que tem duas cidades com vôos
diários diretos para Paris --também há
um vôo diário para o Rio de Janeiro. A empresa
voa também para cidades no México, Argentina,
Chile e Venezuela, entre outros.
Os candidatos a um emprego na Air France
devem ter facilidade de relacionamento, boa apresentação,
ser atencioso e ter capacidade para trabalhar em equipe.
A idade mínima exigida é de 21 anos, com excelente
condição física, nacionalidade brasileira
ou franco-brasileira, inglês fluente, francês
de nível intermediário e disponibilidade para
mudar-se para Paris caso seja selecionado.
O contrato de trabalho da Air France com
os comissários será de duração
indeterminada, com período de experiência de
seis meses. É indispensável a obtenção,
no prazo máximo de 18 meses após a contratação,
do "certificat sécurité sauvetage",
diploma exigido pelas autoridades aeronáuticas francesas
para o exercício da função.
Os interessados devem primeiro consultar
e imprimir o guia online disponível em francês
e inglês no site da Air France para poder preencher
o formulário nos formatos exigidos.
Em seguida, os candidatos devem preencher
seus dados no site de oportunidades de emprego da Air France,
entre 29 de janeiro e 11 de fevereiro de 2007, exclusivamente
em resposta à proposta 'Personnel Navigant Commercial
P$0607_70", anexando seu currículo e carta de
apresentação. É obrigatório
incluir a referência 'BR07' no currículo.
Revista Consultor Jurídico
24 de janeiro de 2007
Anac pode tirar da VarigLog linhas
de carga para o México
A Anac pode entrar novamente em rota de colisão com
o Judiciário tendo como motivo a Varig. A agência
deve se reunir nesta quinta-feira (25/01) para confirmar
sua decisão de retirar da VarigLog duas rotas cargueiras
entre Brasil e México. A Anac não confirmou
a reunião. Para preservar seus direitos a VarigLog
recorreu à Justiça. A idéia da agência
é dar uma oportunidade à Gol de licitar as
linhas.
A Varig opera essas linhas desde o ano
passado. A distribuição foi feita em agosto
de 2006, quando todas as companhias foram contempladas de
acordo com seu interesse e capacitação. Na
época, a Anac fez a comunicação ao
governo mexicano, emitiu a permissão e oficializou
a operação.
Mas, recentemente, o órgão
mudou de idéia: comunicou a VarigLog que a concessão
foi anulada. A empresa pediu reconsideração,
invocando a Portaria 569 que regula a matéria e no
qual estão previstas as possibilidades para cassação
de linha. Segundo representantes da VarigLog, a empresa
não incorreu em nenhuma das hipóteses previstas
na Portaria ou no acordo aéreo bilateral com o México.
A diretoria da Anac teria negado o pedido de reconsideração.
A empresa prejudicada pediu explicações
para a decisão, mas a agência sequer registrou
em ata a deliberação de repassar as linhas.
O que torna as rotas atraentes é a possibilidade
das companhias fazerem vôos mistos, com passageiros.
Para resguardar seus interesses, a VarigLog levou a questão
à Justiça, que deverá se pronunciar
caso a Anac concretize a intenção anunciada.
Jornal de Lisboa
24/01/2007
Grupo Pestana cede Boeing 767 para
Varig
Diego Verticchio e Luiz Marcos Fernandes,
de Lisboa
O grupo Pestana, através da sua
empresa Euro-Atlantic, disponibilizará nas próximas
semanas um Boeing 767 para a Varig, a ser utilizada em charteres
e vôos internacionais.
A informação foi confirmada
hoje (23/01), em Lisboa, por José Caetano Pestana,
diretor de Relações Públicas da Euro
Atlantic. "Sempre tivemos uma parceria com a Varig
e a nossa idéia é disponibilizar este novo
aparelho para operações internacionais da
companhia", disse ele.
Revista Consultor Jurídico
23 de janeiro de 2007
Competência exclusiva
1ª Vara Empresarial do RJ cuida das ações
contra Varig
Com a extinção da 8ª
Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a 1ª Vara foi designada
para cuidar de todas as medidas referentes às ações
que envolvem a Varig Linhas Aéreas. O juiz Luiz Roberto
Ayoub continua responsável pelo caso. A liminar para
decidir o assunto foi dada pelo ministro Peçanha
Martins, presidente em exercício do Superior Tribunal
de Justiça.
O ministro determinou a suspensão
da execução das decisões proferidas
nos autos de duas ações trabalhistas em curso
perante a 1ª e a 2ª Vara do Trabalho de Fortaleza,
no Ceará. Ele pediu também informações
às autoridades judiciárias envolvidas e determinou
que, ao final do período de férias, os autos
sejam remetidos ao relator do caso, ministro Ari Pargendler,
da 2ª Seção.
Segundo o advogado da Varig, Cristiano
Zanin Martins, a decisão do STJ quer dizer que cabe
ao juiz universal da recuperação judicial,
no caso Luiz Roberto Ayoub, decidir a respeito das questões
assumidas pela VRG Linhas Aéreas, que comprou a Varig.
Histórico
O plano de recuperação judicial das empresas
do grupo Varig foi aprovado em 19 de dezembro de 2005, na
8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Mas o Sindicato
Nacional dos Aeronautas e outras associações
de classe entraram na Justiça do Trabalho do Rio
de Janeiro com ação coletiva e obtiveram liminar
para bloquear bens e direitos das empresas em recuperação
para garantir o pagamento de verbas trabalhistas.
O juízo da recuperação
judicial, no entanto, entendeu ser de sua competência
o julgamento da ação, bem como todas as questões
referentes ao plano de recuperação judicial,
inclusive em relação ao pagamento dos créditos
trabalhistas, concentrando também a alienação
de ativos e a forma de alienação deles.
Por causa do impasse, o Ministério
Público do Rio de Janeiro suscitou no Superior Tribunal
de Justiça conflito de competência em desfavor
da Vara Empresarial do Rio de Janeiro, dirimido pela 2ª
Seção da Corte e também pelo presidente
do STJ. Depois da extinção da 8ª Vara
Empresarial, a 1ª Vara fica responsável.
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