O
Globo
24/11/2006
Negócios e Cia
Do G1, no Rio, com informações
da TV Globo
24/11/2006 - 08h02m
RELATÓRIO MOSTRA QUE AVIÕES
DA GOL E DA TAM CRUZARAM A 60 METROS
Relatório do Comando da Aeronáutica mostra
que duas semanas depois do acidente entre o avião
da Gol e o jatinho Legacy, em que morreram 154 pessoas,
houve um caso semelhante. Um Fokker 100 da TAM e um outro
Boeing da Gol ficaram a pouco mais de 60 metros de distância
um do outro. As aeronaves deveriam estar separadas por,
no mínimo, 300 metros. As informações
foram reveladas em reportagem exclusiva do Jornal Nacional.
Na noite de 15 de outubro, pouco depois
das 21h, o Boeing vinha de Porto Alegre e se aproximava
do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Era o vôo
1805. O Fokker 100, que fazia o vôo 3831, tinha acabado
de decolar do Aeroporto Tom Jobim e seguia para Campinas,
interior de São Paulo. A aeronave da Gol começava
a descer para 16.100 pés. A da TAM subia e estava
a 15.900 pés. Os dois jatos, que iam em sentido contrário,
passaram a 60,96 metros de distância um do outro.
O caso foi confirmado pela Aeronáutica
e aconteceu duas semanas depois do acidente da Gol, no Mato
Grosso e que vitimou 154 pessoas, a maior tragédia
já registrada na história do país.
Casos como esse são comuns nos céus
brasileiros, mas eram considerados informações
sigilosas. No fim de semana, o Fantástico e a Revista
Época mostraram registros de três situações
semelhantes. Numa delas, um piloto diz que passou a menos
de 50 metros de outro avião comercial. A aeronáutica
trata esses casos como incidentes. O documento da Aeronáutica
mostra que até julho deste ano foram 22 incidentes.
O número foi maior no ano passado: 80. E chegou a
134 casos em 1998.
Os controladores dizem que para melhorar
a segurança nos pontos críticos será
aumentada a distância mínima que separa as
aeronaves e que há pontos cegos no controla aéreo.
A Aeronáutica afirma que estes números estariam
na média mundial.
A Aeronáutica informou que os relatos
de incidentes servem para prevenir as situações
de perigo e que os índices de ocorrências estão
dentro dos padrões internacionais.
O Estado de São Paulo
24/11/2006
Alitalia negocia fusão com
a Air France KLM
A Air France KLM anunciou ontem que está
negociando uma fusão com a italiana Alitalia. O presidente-executivo
da empresa, Jean-Cyril Spinetta, disse, porém, que
uma das condições para o negócio é
que a Alitalia seja privatizada. Em Roma, a Alitalia confirmou
as negociações, mas disse que também
procura outros parceiros.
Agência Estado
23/11 - 07:06
Pedido de vista adia julgamento de
indenização à Varig
CONSULTOR JURÍDICO: O julgamento
do recurso em que a União e o Ministério Público
Federal contestam indenização de mais de R$
3 bilhões para a Varig, por conta do congelamento
das tarifas aéreas durante o governo Sarney, foi
adiado por um pedido de vista do ministro Herman Benjamin,
da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça.
Votou nesta quarta-feira (22/11) apenas
o relator, ministro Castro Meira, contra o agravo regimental.
No agravo, a União e o MPF contestam decisão
liminar do próprio ministro Castro Meira, que negou
a subida de recurso para a 1ª Seção do
STJ. União e MPF pedem que a 1ª Seção
analise a decisão da 1ª Turma, que fixou a indenização
para a Varig.
No Agravo Regimental, a União alega
que o debate sobre esse processo de enorme repercussão
econômica e financeira para o país não
pode terminar com uma decisão monocrática.
E pede que o colegiado se reúna para discutir e levantar
as diferentes teses possíveis, "ante as peculiaridades
que o acompanham desde seu nascedouro".
Se o agravo for rejeitado, fica mantida
a decisão que garante a indenização
à Varig. Se for aceito, os ministros apreciarão
os embargos de divergência e definirão se a
decisão da 1ª Turma deve ou não ser mantida.
Decisão
monocrática
O ministro Castro Meira rejeitou os recursos
apresentados pelo MPF e pela União, que questionavam
a decisão do próprio STJ que manteve a indenização
a ser paga à Varig. À época da decisão
da 1ª Turma, a indenização por conta
do congelamento de tarifas aéreas entre 1985 e 1992
chegava a cerca de R$ 3 bilhões.
O ministro rejeitou os argumentos apresentados
nos dois embargos de divergência. Ele ressaltou que
a 1ª Turma entendeu não ser possível
discutir matéria nova, não alegada nas instâncias
ordinárias.
Segundo Castro Meira, o ministro Falcão
afirma, expressamente, que a inclusão de novos elementos
para integrar a perícia foi feita fora do prazo,
não tendo o MP pedido a sua inclusão na ocasião
em que foi apresentado o laudo pericial.
Além disso, Castro Meira ressaltou
que as decisões apresentadas para comparação,
como paradigma, tratam da possibilidade de o tribunal analisar
questão debatida na primeira instância, mas
não abrangida pela sentença. Assim, não
haveria a divergência apontada.
|