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Folha de São Paulo
24/10/2006
Rombo da Varig aumenta para R$ 8,1 bi no primeiro tri
MAELI PRADO DA REPORTAGEM LOCAL
Em um ano, o rombo da Varig cresceu R$ 1,8 bilhão, mostra balanço da empresa divulgado ontem referente ao primeiro trimestre de 2006, quando a parte operacional da companhia ainda não havia sido vendida. De janeiro a março, o patrimônio líquido negativo da companhia foi de R$ 8,1 bilhões, ante R$ 6,4 bilhões no mesmo período de 2005.
Os resultados financeiros foram divulgados pela Varig "velha", que herdou o passivo e que atualmente não está em operação. A empresa foi dividida em duas: a "velha" e a "nova", sem dívidas, que foi comprada pela sua ex-subsidiária de cargas, a VarigLog.
O balanço do primeiro trimestre mostra que a situação da companhia, que já era crítica no início do ano passado, piorou ainda mais. No primeiro trimestre deste ano, o prejuízo foi de R$ 273,3 milhões, 431% a mais do que o resultado negativo da companhia nos três primeiros meses do ano passado.
A receita líquida da Varig, que havia sido de R$ 1,9 bilhão no início de 2005, foi de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre deste ano. Em recuperação judicial desde 2005, a Varig viu sua crise financeira se intensificar e a empresa passou a não honrar pagamentos acertados, como com o fundo de pensão Aerus e a Infraero, por exemplo.
No final de julho, a parte operacional da Varig foi vendida à VarigLog.
O Estado de São Paulo
24/10/2006
Patrimônio da Varig negativo
em R$ 8 bi O patrimônio líquido
da Varig estava negativo em R$ 8,194 bilhões no final
do primeiro trimestre de 2006, segundo o balanço
da companhia. No período, o resultado líquido
foi um prejuízo de R$ 273,7 milhões, 431%
acima dos R$ 51,5 milhões do mesmo período
de 2005. A receita líquida da aérea caiu 28,9%,
para R$ 1,391 bilhão. O resultado bruto foi de R$
192,2 milhões, 59,6% abaixo do primeiro trimestre
de 2005.
G1
23/10/2006 - 19:11h
Idioma pode ter contribuído
para acidente aéreo
Piloto americano pode não
ter entendido o portugues
A possibilidade de haver erro de entendimento
do inglês falado entre o piloto do Legacy e o controlador
de vôo de Brasília, que possa ter se transformado
em um forte fator contribuinte para o choque com o Boeing
da Gol, está sendo examinada pela comissão
de investigação da Aeronáutica que
analisa as causas do acidente. Hoje, o presidente da Infraero,
brigadeiro José Carlos Pereira, disse que pode ter
havido erro de interpretação, lembrando que
"algumas tragédias no mundo já aconteceram
por conta de idioma".
Ele fez questão de ressaltar, contudo,
que "um acidente nunca é fruto de um só
erro, é um somatório de erros". Para
o brigadeiro José Carlos, mesmo que tenha havido
erro de entendimento do inglês entre piloto e controle,
o comandante da aeronave deveria ter questionado os controladores
porque ele é o responsável pelo vôo
e não pode ignorar o plano de vôo pré-determinado.
"Neste caso específico do vôo
1907, pode ter ocorrido erro dos pilotos do Legacy, falha
do controle de vôo, falha de regras, pode ter acontecido
interpretação errada de uma palavra talvez,
e, por isso temos de esperar o resultado das investigações",
disse o brigadeiro. "Quando os erros começam
a aparecer, começam a se somar, ninguém percebe
e corta o erro logo, na raiz, chega a um ponto que o acidente
é irreversível", prosseguiu.
Para ele, confundir a expressão
"vigilância radar" com "vetoração
radar", embora considere "inaceitável"
em se tratando de um piloto internacional, que é
qualificado para voar em qualquer país do mundo,
"até pode acontecer". Mas avisou que isso
não isenta o comandante do avião da responsabilidade
na navegação porque está claro que
o piloto do Legacy entrou na contra mão de uma aerovia.
"É como andar na contra mão em uma estrada,
a regra, que está escrita na carta que orienta o
vôo, é única, no mundo inteiro",
observou.
Investigação
As fitas das conversas entre os controladores
de vôo e os pilotos do Legacy estão sendo passadas,
repassadas e repetidas várias vezes pelos responsáveis
por esta etapa da investigação. Eles querem
saber, nesta minuciosa análise, se pode ter havido
algum "entendimento errôneo", de um lado
ou de outro, na última conversa entre os dois, antes
de o Legacy chegar a Brasília, de acordo com fontes
da Aeronáutica. Um dos objetivos é descobrir
se algum dos termos usados no diálogo pode ter dado
margem ao piloto do Legacy entender de que ele poderia manter
a altitude de 37 mil pés que ele estava, mesmo depois
de passar por Brasília, embora sempre ressaltem que
isto contraria uma regra básica, que deveria ter
sido observada pelo piloto, que tinha obrigação
de ter conhecimento do plano de vôo e do trajeto que
percorreria. A partir de Brasília, o Legacy deveria
descer para 36 mil pés.
Pontos
Cegos
O ministro da Defesa, Waldir Pires, voltou
a dizer que não há pontos cegos de comunicação
e acompanhamento radar em qualquer parte do País,
nem mesmo na Amazônia, que tenham impedido a fala
entre os controladores e os pilotos do Legacy. "Não
há pontos cegos porque as áreas que os radares
abrangem têm até superposição
e duplicidade de presenças de controle de terra",
declarou o ministro.
Pires comentou que, dependendo do resultado
das investigações, se houver algum indício
de que a distância de um mil pés estabelecido
por regras internacionais pode ter contribuído para
a ocorrência da tragédia, o Brasil pode sugerir
mudanças nesta regra. "Eu, como leigo, acho
que este assunto de distância entre os vôos,
deveria ser rediscutido", declarou o ministro.
Mercado e Eventos
23/10 - 13:20
Varig distribui chocolates em homenagem a Santos Dumont
Para celebrar o centenário da Aviação e o Dia do Aviador, a Varig está distribuindo hoje (23/10), a todos os passageiros da Ponte Aérea Rio/São Paulo, medalhas de chocolate, com selo comemorativo à data. O brinde da Varig a todos os seus passageiros da ponte aérea neste dia será entregue dentro da caixinha do serviço de bordo.
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