Jornal do Brasil
24/09/2007
Crise aérea - Cinco aeroportos
terão juizados especiais
São Paulo. Os juizados especiais cíveis
serão instalados em caráter experimental
no dia 8 de outubro, em cinco aeroportos brasileiros.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
que coordenou reunião realizada sexta-feira no
Aeroporto de Congonhas, o objetivo desses juizados é
resolver, com base na conciliação, conflitos
entre passageiros e empresas aéreas.
A previsão, segundo a assessoria de imprensa
do Tribunal de Justiça de São Paulo, é
de que cinco postos dos juizados sejam instalados nos
aeroportos de São Paulo (Congonhas e Guarulhos),
Rio de Janeiro (Tom Jobim e Santos Dumont) e Brasília
(Presidente Juscelino Kubitschek). O horário
de funcionamento será de segunda a sexta-feira,
das 9h às 21h, e, aos sábados, domingos
e feriados, nos horários de maior movimentação.
De acordo com o CNJ, os juizados "funcionarão
em caráter provisório até que a
crise aeroportuária se resolva", atuando
em situações já previstas em lei,
como indenizações em caso de cancelamento
ou atrasos nos vôos e overbooking.
Site da AMVVAR
24/09/2007
Câmara de Vereadores de
Canoas
Na próxima terça-feira 25/09, às
18:30h na Câmara de Vereadores de Canoas, o vereador
Patrício fará um pronunciamento em favor
do Aerus, baseado no apelo do Senador Marcelo Crivella.
Coluna Claudio Humberto
24/09/2007
Fim do apagão
Em julho, os brasileiros retornaram aos aeroportos:
4.193.255 viajaram de avião, contra 4.100.154
em julho de 2006, quando ainda não havia apagão.
Em Brasília, o
caos continua
O caos nos aeroportos ainda não acabou para os
passageiros da TAP que desembarcam cinco vezes por semana
em Brasília. Leitores relatam espera de até
três horas para que um ou dois agentes da Polícia
Federal cumpram os procedimentos de segurança.
Mas a superintendência da PF garante que são
quatro os agentes no desembarque do único vôo
internacional que chega a Brasília. Para atender,
em média, duzentos passageiros.
Ninguém merece
Após a overdose de Gol,TAM, Anac, Infraero, grooving,
reverso, Cindacta e barra de cereais, percebe-se por
que o visionário Santos Dumont se matou.
Nada a ver
Amigos de Solange Vieira, indicada para a Anac, temem
que ela descubra tardiamente que fundo de pensão,
sua especialidade,não rima com aviação.
O Estado de Sao Paulo
23/09/2007
Escorpião pica passageiro
2 vezes em avião que ia para Madri
Após ser picado, homem
é atendido por médico que estava a bordo;
animal é morto por um dos passageiros
Efe
MADRI - Um homem que viajava neste domingo, 23, de San
José da Costa Rica para Madri, num vôo
da companhia espanhola Iberia, foi picado duas vezes
por um escorpião, que acabou morto. Fontes da
Iberia confirmaram à Efe o ocorrido, registrado
no vôo 6310, entre San José da Costa Rica
e Madri, pouco antes de o avião aterrissar no
Aeroporto de Barajas, na capital espanhola.
"Um escorpião que alguém levou para
dentro do avião, ninguém sabe como ou
com que intenção, conseguiu escapar e
picar um passageiro, que, felizmente, está bem
e pôde ir para casa depois de chegar a Barajas",
acrescentaram as fontes.
A companhia informou que um médico que estava
a bordo socorreu imediatamente o passageiro, "que
sentiu enjôos", e que o aeroporto madrileno
foi avisado para que, quando a aeronave pousasse, o
homem fosse atendido pela emergência local.
Depois de constatarem que o caso não era grave
e de prescreverem a medicação mais indicada,
os funcionários do serviço médico
liberaram o passageiro, que foi picado no ombro e num
dos dedos. Dentro do avião, após o episódio,
a tripulação começou procurar o
animal, que acabou sendo entregue já morto por
uma passageira.
O homem atacado pelo escorpião, cujos restos
mortais foram levados para o Serviço de Proteção
da Natureza (Seprona) para ser estudado, "saiu
do aeroporto andando", já que continuava
apenas com os lábios inchados, disseram à
Efe dois passageiros do vôo.
As fontes disseram que "não houve nenhum
tumulto ou problema no avião", uma vez que,
depois de o escorpião ter picado o homem, o animal
foi capturado e entregue morto. A Iberia acrescentou
que o Seprona recomendou à companhia que limpe
e desinfete o avião.
Folha de Sao Paulo
23/09/2007
Transponder é alvo de disputa
internacional
Agência de aviação
americana e Embraer travam batalha comercial e jurídica
nos bastidores sobre desligamento do aparelho do Legacy
Ainda não se sabe como o transponder do Legacy,
que se chocou com Boeing da Gol, ficou inoperante de
forma não-intencional
LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto seguem as investigações técnicas
e apurações criminais, uma disputa comercial
e jurídica domina os bastidores internacionais
sobre o desligamento do transponder do Legacy, no acidente
do vôo 1907 da Gol, que completa um ano no próximo
dia 29.
O transponder é o instrumento que transmite os
dados precisos de posição do avião
para centros de controle e outros aviões -ativando
sistemas anticolisão, por exemplo. No caso do
acidente, o foco é no transponder do Legacy,
que ficou inoperante. O mistério sobre como isso
aconteceu de forma não-intencional virou um duelo
de acusações entre o Brasil e os Estados
Unidos.
De um lado, FAA (agência de aviação
americana) aponta o dedo para a Embraer, fabricante
do avião, por ter instalado um descanso de pés
no painel, exclusivos em jatos da família EMB-145
-caso do Legacy.
Em julho, um alerta de segurança foi emitido
indicando o risco de desligar esse equipamento ou até
de mudar as freqüências de rádio com
um esbarrão do pé direito do piloto.
A pedido da Embraer, que se reuniu com a diretoria da
Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil), o Brasil reagiu. Enviou cobranças "diplomáticas"
sobre quais fatos embasavam o alerta -não teve
resposta. E rapidamente providenciou um estudo para
se isentar de incompetência ao certificar o desenho
da cabine.
O resultado, obtido pela Folha, é que a tese
do pisão não-intencional "é
possível, mas não é provável".
Explica que seria necessário inclinar o pé
à esquerda e pressionar o segundo botão,
na fileira vertical de seis botões do gerenciador
de freqüências de rádio, chamado RMU,
duas vezes em vinte segundos. Ou seja, uma manobra de
alta destreza com o dedão do pé direito.
O estudo sutilmente joga a bola no campo da Honeywell,
fabricante do equipamento.
Primeiro, traz a recordação que a empresa
americana, gigante do mercado de componentes aeronáuticos,
já sofreu um recall de transponder que não
funciona direito em abril de 2006 que atingia os modelos
da Embraer -mas a Honeywell sustentou que o transponder
específico do acidente não estava entre
os problemáticos.
Depois lembra que o pequeno letreiro branco de aviso
que o equipamento está em "stand by"
no painel permite que os problemas passem despercebidos
pelos pilotos.
No caso do acidente do vôo 1907, o transponder
ficou inoperante logo depois de o jato cruzar Brasília,
rumo a Manaus, 55 minutos antes da colisão. Voltou
a funcionar 3 minutos depois do choque contra o Boeing
da Gol, após comentário dos pilotos sobre
o desligamento do equipamento.
Com o desligamento, os controladores em Brasília
não sabiam qual a altitude exata do avião
-no caso, era exatamente a mesma em que estava o Boeing
que acabou abalroado. Além disso, o TCAS (sistema
anticolisão) do Legacy e do Boeing não
"conversaram", evitando a tragédia.
Duas outras teses existem sobre o desligamento. Uma
é de que o transponder pode entrar em "stand
by" se o piloto demorar 5 segundos para trocar
a freqüência de rádio, conforme já
apurado em transponders da Honeywell em 2005.
Outra é de que houve esbarrão com o laptop
que os pilotos usavam naquele momento para fazer cálculos
de pouso e decolagem em Manaus.
Mas a tese do pisão, segundo a reportagem apurou
com outros especialistas, pode não ser improvável.
Isto porque não seria necessário tocar
apenas o botão. Dois esbarrões leves na
região onde está a fileira de botões
seria o suficiente para alterar as configurações.
Procurada, a Embraer não quis comentar a questão
ou tecer comentários. Para a empresa -que vende
jatos e aviões comerciais primariamente para
o mercado americano- não interessa se indispor
com a FAA ou com clientes. Mas se irritou com o aviso
operacional tão flagrante contra seus jatos.
Nesta semana, até a federação internacional
de pilotos repetiu o aviso para todos seus associados
no mundo.
Nos EUA, o ataque não é visto como algo
frontal contra a Embraer, mas visa reduzir o ônus
sob a Honeywell, que estaria pressionada por seguradoras
com seu problemático histórico de transponders.
Além disso, é ré no processo de
indenização que corre em Nova York, EUA,
das famílias das vítimas do vôo
1907.
O ESTADO DE S.PAULO
23/09/2007
Varig volta para a Argentina
Governo deu autorização
depois de acordo com sindicato
Ariel Palacios
O governo do presidente Néstor Kirchner publicou
ontem no Diário Oficial a resolução
da Secretaria de Transportes que autoriza a Varig a
operar nas rotas para a Argentina. Dessa forma, encerra-se
uma crise de meses entre a Varig e o governo Kirchner,
que respaldava ativamente os sindicatos aéreos
argentinos contra a empresa brasileira. Por causa do
conflito, os vôos da empresa entre o Brasil e
a Argentina foram suspensos desde o dia 8 de agosto
até esta semana.
Os sindicalistas alegavam que a antiga Varig havia
prometido que seus trabalhadores na Argentina não
perderiam seus emprego. Os sindicalistas contavam com
o apoio do subsecretário de Transporte Aéreo,
Ricardo Cirelli, que até assumir o posto, há
poucos anos, era a principal liderança sindical
dos funcionários das companhias aéreas.
O acordo só foi possível depois que a
nova Varig, controlada pela Gol, concordou com a contratação
de 51 trabalhadores da antiga Varig. Eles terão
a garantia de dois anos de estabilidade de emprego e
da manutenção de seu salário.
Outras cinco dezenas de trabalhadores que pertenciam
à Varig optaram por continuar com os processos
na Justiça contra a empresa para exigir o pagamento
das indenizações por demissões.
O conflito havia sido iniciado quando, segundo os sindicalistas,
a Varig havia demitido seus mais de 100 empregados na
Argentina sem forma alguma de indenização.
A Varig, por seu lado, não os considerava como
funcionários da empresa.
A autorização determina a exploração
de 'serviços regulares internacionais de transporte
aéreo de passageiros, correio e cargas' nas rotas
que unem Buenos Aires a São Paulo ou ao Rio de
Janeiro. Procurada pela reportagem, a Varig não
se pronunciou sobre o assunto.
Revista Consultor Jurídico
22 de setembro de 2007
Responsabilidade solidária
Ex-empregados da Varig podem
reaver direitos trabalhistas
por Felipe Pagni Diniz
Uma questão polêmica nos dias de hoje
no âmbito do Direito do Trabalho é aquela
que trata da possibilidade de se responsabilizar solidariamente
a Varig Logística S/A e a Fundação
Rubem Berta pelos débitos trabalhistas advindos
das relações de emprego celebradas pela
Varig S/A, mesmo estando essa última sociedade
em processo de recuperação judicial (Lei
11.101, de 09 de fevereiro de 2005).
O discurso utilizado pelas sociedades Varig Logística
S/A e Fundação Rubem Berta, quando de
suas inclusões no pólo passivo das lides,
é sempre o mesmo, qual seja, solicitar a aplicação
do parágrafo único, artigo 60, da Lei
11.101, de 09 de fevereiro de 2005, que dispõe
que, em casos de plano de recuperação
judicial que envolve alienação judicial
de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor,
o objeto de alienação estará livre
de qualquer ônus e não haverá sucessão
do arrematante nas obrigações do devedor.
Além de citar o entendimento esposado pelo juiz
8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que reconheceu
o direito da Varig Logística S/A de não
assumir o passivo trabalhista e previdenciário
da Varig S/A, uma vez que a lei de recuperação
judicial seria, para surpresa geral, a aplicada nesse
ínterim em razão da particularidade do
caso e de ser esta lei a mais específica à
questão.
Deixados de lado os descontentamentos ou impropérios
jurídicos decorrentes não só da
criação da Lei 11.101, de 09 de fevereiro
de 2005, como também da decisão postada
pela ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, vale
o registro de que a Justiça do Trabalho de São
Paulo colocou um “porém” na pacificação
da assertiva jurisdicional que rezava a cartilha da
impossibilidade de reconhecimento da responsabilidade
solidária das sociedades Varig Logística
S/A e Fundação Rubem Berta pelos débitos
trabalhistas da Varig S/A.
Tudo porque o problema foi analisado sobre uma outra
perspectiva. Perspectiva esta que partia do pressuposto
de que a responsabilidade solidária no âmbito
trabalhista não é apenas aplicada aos
casos decorrentes de sucessão trabalhista (artigos
10 e 448 da CLT), supostamente suprimida quando da ocorrência
de recuperação judicial; pelo contrário,
teria guarida também nas hipóteses de
reconhecimento da existência de grupo econômico
entre as sociedades incluídas no pólo
passivo da reclamação trabalhista.
Tanto é assim que a CLT, em seu artigo 2º,
parágrafo 2º, dispõe que “sempre
que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem
sob a direção, controle ou administração
de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou
de qualquer outra atividade econômica, serão,
para os efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis a empresa principal
e cada uma das subordinadas”.
Ou seja, por aplicação direta desse artigo,
chega-se à conclusão de que, havendo o
reconhecimento do grupo econômico por parte da
Justiça do Trabalho, o empregado pode exigir
de todos os componentes do grupo ou de qualquer deles
o pagamento por inteiro da dívida, mesmo que
tenha trabalhado para apenas uma das pessoas jurídicas
que compõem o grupo.
Utilizando-se desse raciocínio, em decisão
inédita proferida em 1ª de agosto de 2007,
a 28ª Vara do Trabalho de São Paulo reconheceu
que as sociedades Varig S/A, Varig Logística
S/A E Fundação Rubem Berta pertenceriam
a um mesmo grupo econômico e deveriam responder
solidariamente pelos créditos trabalhistas deferidos
a uma ex-empregada da Varig S/A. Tudo porque a Fundação
Rubem Berta teria sido instituída pela Varig
S/A, para assegurar não só o bem estar
de seus empregados, como também dos empregados
da Varig Logística S/A, havendo, portanto, uma
identidade de atuação entre tais sociedades.
Ademais, serviu também como sustentáculo
fático para constatação desse grupo
econômico e da respectiva condenação
solidária, o fato de a Fundação
Rubem Berta ser a entidade responsável pela administração
da Varig S/A por mais de dez anos, possuindo inclusive,
conforme se depreende de seu próprio site (www.rubenberta.org.br),
participação acionária de 87% do
capital votante da Varig S/A.
Outro ponto favorável à tese deferida
pela Justiça do Trabalho foi a questão
de a própria Varig Logística S/A reconhecer
em seu site (www.variglog.com) que fez parte do grupo
controlado pela Fundação Rubem Berta,
uma das subsidiárias da VARIG S/A, até
janeiro de 2006, sendo desmembrada em sua parte operacional
apenas para “alcançar maior agilidade na
gestão dos assuntos relacionados à atividade
de cargas convencional e fracionada”.
Digno de menção, por fim, que outro argumento
levado a feito para se chegar a tal condenação
foi a entrevista concedida à Revista Época
por um dos acionistas da Varig Logística S/A,
na qual resta reconhecida que a VarigLog possui 95%
de seu capital votante pertencente à empresa
Volo do Brasil e os 5% restantes, à Varig S/A,
o que só fez ratificar ainda mais a existência
do grupo econômico também com a Varig Logística
S/A.
Por conta de todas as considerações acima
tecidas, parece-nos clara, diante da decisão
inovadora da 28ª Vara do Trabalho de São
Paulo, que existe ainda grande chance dos ex-empregados
da Varig S/A reaverem seus direitos trabalhistas diretamente
das sociedades que adquiriram a parte saudável
desta empresa, posto que é plenamente factível
a aplicação da responsabilidade solidária
por reconhecimento da existência de grupo econômico
entre as sociedades Varig S/A, Varig Logística
S/A e a Fundação Rubem Berta.
Sobre o autor
Felipe Pagni Diniz: é advogado mestrando em Direito
do Trabalho e coordenador da área trabalhista
e de seguridade social do escritório Queiroz
e Lautenschläger Advogados
Mercado e Eventos
23/09/2007
Varig quer receitas acima de 60%
nas novas rotas
Mario Brizon, de Roma
Lincoln Amano, diretor comercial da Varig, anunciou
durante o vôo inaugural para Paris e Roma que
a meta inicial da companhia é de cumprir os prazos
e objetivos até novembro, mas a idéia
e também de atrair receitas acima de 50 a 60%
para os vôos, o que vai contribuir para equilibrar
a situação da empresa.
"Precisamos de uma calibragem do produto que oferecemos
e o que o mercado vai comprar. A demanda é que
determina os preços, por isso poderemos fazer
promoções para estes mercados, como a
atual. Só não vem para Paris quem não
quer", disse.
Amano reforça que a Varig vai primar pelo conforto
e pelos serviços e que as salas vips serão
reformadas.