:::::RIO DE JANEIRO - 24 DE JULHO DE 2006 :::::
 

O Estado de São Paulo
24/07/06
Clientes da Varig enfrentam o caos
Empresa só retoma parte dos vôos e passageiros sofrem longas esperas e falta de informação nos aeroportos
Cleide Silva e Jacqueline Farid

Domingo foi mais um dia dramático para passageiros da Varig. A exemplo do que vem se repetindo nos últimos dias, a espera para viajar foi longa e cansativa nos aeroportos. A professora de balé Maria Cristina Martins saiu da Alemanha na sexta-feira e ontem à tarde ainda esperava em Congonhas assento para chegar em Brasília, seu destino final. Pela previsão normal da viagem, ela deveria ter chegado às 10h do sábado.

Muitos dos vôos que a Varig suspendeu na sexta-feira, e que deveriam ter sido retomados por ordem da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), não partiram ontem. "Ouvi dizer que a empresa teria de voar para Porto Alegre, mas não era nada disso. Vou ter de comprar uma passagem pela BRA, pois não consegui lugar na TAM e na Gol, que são endossados pela Varig", disse um frustrado passageiro em Guarulhos.

A confusão era tão grande que os balcões ainda traziam o comunicado feito pela VarigLog na quinta-feira, logo depois do leilão em que comprou a Varig. O comunicado anuncia a suspensão de todos os vôos nacionais e internacionais (com exceção da Ponte-Aérea Rio-São Paulo) até o dia 28.

Ontem, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, disse que a retomada das rotas dependerá do desfecho de negociações em curso com empresas que arrendam aviões. A Varig alega que as companhias estão retomando as aeronaves e, por isso, não é possível manter os vôos. Segundo Bottini, a Varig atenderá "dentro do possível" a determinação da Anac de retomada imediata das 13 rotas que operava antes do leilão.

"Estamos negociando com a Anac, mostrando que não depende de nós", disse Bottini. Segundo ele, desde sábado a empresa retomou alguns vôos domésticos e internacionais. "Vamos tentar aumentar isso."

A Varig e a Anac não informam quantos aviões estão em operação. A Varig tem 60 aeronaves, incluindo as que estão paradas por falta de manutenção ou por determinação judicial.

Segundo a Varig, está mantido o procedimento em relação a passageiros que têm bilhetes para localidades que não estão sendo atendidas: embarcá-los em vôos de outra companhia.

O problema é que as outras companhias nem sempre disponibilizam vagas. Maria Cristina, que mora na Alemanha e veio visitar os pais, aguardava assento para Brasília na TAM desde às 5h30. Até as 17h não tinha conseguido. O mesmo drama viviam a psicóloga Claudia Cantelmo e a professora Leonídia Loriato, que tentavam voltar para Brasília, onde moram.

Um grupo de nove evangélicos que estava no Rio para um evento também aguardava desde às 10h vagas para Porto Alegre. O vôo que partiria do Rio foi cancelado. O grupo veio tentar a sorte por Congonhas, mas no final da tarde ainda estava em lista de espera. Em Guarulhos, Guilhermo Creues e a esposa chegaram às 10h do Canadá e conseguiram assentos em um vôo da Gol para Porto Alegre às 21h35. Da Varig, não obtiveram sequer vales para um lanche.

A assessoria da Anac informou ontem que a retomada de vôos não ocorre de forma imediata e que espera que a Varig retome hoje os vôos que foram suspensos. A declaração contraria o anúncio da própria Anac na sexta-feira, quando informou que a Varig não poderia suspender os vôos.

Esta semana, a VarigLog deve divulgar a lista de demitidos, que pode chegar a 8 mil pessoas. Também deve anunciar sua nova diretoria.


O Estado de São Paulo
24/07/06

Empresa retomou apenas parte dos vôos suspensos

A Varig anunciou na sexta-feira que voltaria a oferecer parte dos vôos que haviam sido suspensos na semana passada. A empresa diz que já restabeleceu as seguintes linhas: Rio de Janeiro-Recife-Fernando de Noronha; São Paulo-Fortaleza e São Paulo-Manaus (os vôos de Manaus e Fortaleza serão feitos em dias intercalados); Frankfurt; Londres; Miami e Nova York (também sendo feitos em dias intercalados); Caracas e Buenos Aires.

Além desses vôos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou que a Varig voltasse a oferecer outras rotas, que faziam parte do plano emergencial da empresa. A Anac quer que a Varig volte a oferecer vôos para os seguintes destinos: Belém, Natal, Salvador, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Santiago, Santa Cruz de La Sierra e Lima. A empresa, porém, diz não ter prazo definido para voltar a operar esses vôos.


Folha de São Paulo
24/07/06
Varig retoma rotas, mas clientes sofrem

Empresa volta a voar para sete destinos no final de semana; passageiros reclamam de que aérea confirma vôos cancelados
Companhia aérea diz que cumpriu acordo com a Anac; três vôos domésticos e quatro internacionais voltam a operar

TALITA FIGUEIREDO DA SUCURSAL DO RIO

A Varig operou, no final de semana, três rotas domésticas e quatro internacionais, além da ponte aérea Rio-São Paulo, conforme o combinado na sexta com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Mas não informou a seus clientes que outros vôos estão cancelados por tempo indeterminado.

O servidor público Gustavo Alves, 26, disse ter confirmado duas vezes, em uma loja da empresa, que estava mantido o vôo que pegaria para Porto Alegre (RS) às 10h de ontem, no aeroporto internacional do Rio. Ele só descobriu o cancelamento quando chegou ao Galeão com a mulher e a filha de seis anos.

"Meu destino final é Gramado. Tenho hotel reservado por uma semana com diária de mais de R$ 300. Se não embarcar hoje [ontem], não chego a Gramado e perco a reserva do hotel. Quem vai me reembolsar? Se eles [a Varig] tivessem confirmado que o vôo estava cancelado, teria vindo de madrugada, porque havia dois vôos da Gol em que seria mais fácil ter vaga. Agora, estou em três listas de espera, cada uma com 20 pessoas na frente."

O mesmo aconteceu com o personal trainner Ubiratan Xavier, 29. Ele afirmou ter ligado para a Varig e obtido a garantia de que o vôo para Manaus (AM), com escala em Brasília, previsto para as 8h45 de ontem, estava confirmado.

"Cheguei às 7h e descobri que não tinha o vôo. Isso é um absurdo", disse ele, antes de seguir para a Gol, onde descobriu que poderia entrar nas listas de espera de três vôos (com cerca de 30 passageiros cada um) que partiriam para Manaus.

Procurada, a Varig não se pronunciou sobre as declarações dos passageiros e disse que operou as rotas combinadas com a a Anac.

Rotas rentáveis

Depois que a ex-subsidiária VarigLog comprou a Varig no leilão de quinta-feira passada, os novos donos da companhia anunciaram a suspensão de todos os vôos, com exceção dos da ponte aérea Rio-São Paulo.

A Anac contestou a decisão, e a Varig informou que retomaria rotas com alta taxa de ocupação. Os vôos retomados são Rio-Recife-Fernando de Noronha; Rio-São Paulo-Fortaleza; São Paulo-Manaus. Eles foram cumpridos no sábado e ontem.

Na área internacional, decolaram aviões anteontem para Frankfurt, Londres, Miami e Nova York. Para ontem à noite, estavam confirmados vôos para Caracas e Buenos Aires.

As mudanças na grade de vôos da Varig afetaram outras aéreas. TAM e Gol não conseguiam dar conta da quantidade de passageiros que, com bilhetes da Varig, iam a seus balcões tentar uma transferência. Segundo a Anac, as empresas têm de endossar as passagens da Varig de rotas suspensas, mas as listas de espera são enormes.


Folha de São Paulo
24/07/06
Aérea terá espaço garantido por dois meses

MAELI PRADO DA REPORTAGEM LOCAL
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

Ao menos pelos próximos dois meses, os valiosos "slots" (espaços e horários para pousos e decolagens nos aeroportos) aos quais a Varig tem direito atualmente serão mantidos com a companhia aérea, mesmo que ela não os opere.

Isso porque o prazo da Anac de 30 dias para que a aérea retome suas linhas, sob pena de perdê-las, só começará a valer depois que a Aero Transportes Aéreos, subsidiária criada pela VarigLog para comprar a Varig, tiver um contrato de concessão de transporte aéreo.

Para assinar esse contrato, a Aero precisa obter primeiro o Cheta -certificado de transporte aéreo concedido pela Anac que, em situação normal, demora de seis meses a um ano para sair. No caso da Aero, a expectativa da Anac, segundo a Folha apurou, é que ele demore entre 30 e 40 dias. Há forte pressão política na agência para que essa aprovação saia no menor tempo possível.

Para obter o Cheta, a companhia precisa apresentar, entre outras informações, qual o número de aviões que vai operar, quais aeronaves e também qual a malha que voará. São informações que a VarigLog, em árdua negociação com as empresas de leasing, não possui.

O Cheta da VarigLog poderia ser utilizado para operar a Varig nova, já que ela comprou a companhia. A compradora da Varig, entretanto, teria optado por não utilizá-lo para não contaminar o novo negócio com as polêmicas envolvendo sua venda para a Volo do Brasil (acusada de ser "laranja" do fundo americano Matlin Patterson).

Problemas

O primeiro passo para obter o Cheta é ter uma portaria de funcionamento jurídico. Os documentos já foram entregues à Anac na quarta-feira, mas alguns problemas foram detectados. O capital social proposto pela Aero, por exemplo, seria incompatível com o tamanho da companhia que comprou.

A VarigLog não apresentou ainda certidões negativas de débitos relativos a tributos federais, à dívida ativa da União, a débitos com a Previdência Social e de pedidos de falência.

A partir do momento em que a Aero tiver o contrato de concessão, a Varig terá 30 dias para operar as linhas a que tem direito, e perderá as que deixar de voar. Hoje, ela tem autorização para realizar 272 vôos por dia, mas opera muito menos, por falta de aviões. Sem aeronaves suficientes, a companhia deve perder boa parte de suas linhas.


Folha de São Paulo
24/07/06
OS VÔOS DA VARIG


ROTAS EM OPERAÇÃO
Internacionais
Frankfurt, Miami (em dias alternados com Nova York), Nova York (em dias alternados com Miami), Londres, Caracas, Buenos Aires (com escala em Porto Alegre); todos via Guarulhos

Nacionais
Rio/Recife/Fernando de Noronha; Rio (Galeão)/SP (Guarulhos)/Fortaleza; SP/Manaus; Rio (Santos Dumont) -SP (Congonhas)

SERVIÇO

A VarigLog, nova dona da Varig, comprometeu-se a honrar os bilhetes emitidos, endossando a passagem e fazendo contatos com outras empresas
Se não houver o vôo, passageiro deve procurar funcionário da Varig para que ele o encaminhe a outra aérea


Zero Hora
24/07/06
Anac insiste na normalização das linhas
Edital do leilão impede que companhia aérea suspenda os seus vôos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem a expectativa de que a situação dos vôos da Varig esteja normalizada a partir de hoje.

No fim de semana, a empresa teve dificuldades no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para cumprir a determinação da agência, feita na sexta-feira, de retomar todos os vôos suspensos após o leilão. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, disse ontem que a companhia foi comunicada e mandou uma aeronave para Porto Alegre a fim de transportar os passageiros que haviam ficado sem vôo:

- A informação é de que os vôos operados pela Varig antes do leilão estão sendo retomados no final de semana em todos os aeroportos. O que ocorreu em Porto Alegre foi uma exceção.

Porém, segundo a assessoria da Varig, a empresa manterá hoje o procedimento em relação aos passageiros que têm bilhetes para localidades que não estão sendo atendidas: embarcá-los em vôos de outras companhias aéreas ou em próximos vôos da Varig. Zuanazzi, por sua vez, disse que a direção da nova companhia garantiu estar em estágio avançado de negociações com os proprietários dos aviões para acertar pagamentos devidos e liberar as aeronaves.

- Queremos que eles ampliem as linhas - ressaltou o dirigente.

O presidente da entidade afirmou que a agência fiscalizará as operações da companhia durante a semana, a fim de garantir a manutenção dos vôos. A Anac autorizou o prolongamento do plano de emergência para a Varig para dar apoio aos passageiros que ainda tenham vôos cancelados. A medida dá um prazo maior para a empresa tentar retomar as rotas concedidas e que estão congeladas sob determinação judicial.

O edital do leilão de venda da Varig impede a companhia aérea de cancelar suas atividades, mesmo que temporariamente. Segundo Zuanazzi, se a empresa voltar a suspender vôos sem o aval da Anac, "poderá ter seus horários de transportes retirados e transferidos para outras companhias aéreas".

Veja quais são os seus direitos
Os vôos da Varig estão mantidos?
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) rejeitou o pedido de suspensão temporária dos vôos feito pela Varig Log. Todos os vôos da Varig que fazem parte do plano de emergência são mantidos.
Os vôos nacionais são: Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Natal e Brasília, além de Rio de Janeiro e São Paulo.
Os vôos internacionais são: Miami, Nova York, Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz, Santiago do Chile, Caracas, Aruba e Copenhague.
O que o passageiro deve fazer se não conseguir embarcar?
Na teoria, isso não deveria ocorrer, já que os vôos da Varig para estes destinos devem ser mantidos. Se a regra não for cumprida, a primeira recomendação é que o passageiro exija da Varig que o realoque em outra companhia. Ele também poderá ir ao balcão de outra companhia e tentar o endosso de seu bilhete.
O que fazer sem a realocação em outro vôo?
A recomendação é buscar ajuda no balcão do Departamento de Aviação Civil (DAC). Os fiscais da Anac devem resolver o problema. A responsabilidade final é da agência, que tem de garantir o embarque.
E se o consumidor tiver despesas de hospedagem e transporte enquanto espera a realocação em outro vôo? Quem paga a despesa?
A companhia aérea é quem deve indicar onde é possível se hospedar e qual transporte utilizar. Isso não tem ocorrido. A recomendação do Procon é de que ele pague as despesas e, depois, tente ser ressarcido. Para isso, é preciso preencher um formulário no DAC relatando os gastos e juntar os comprovantes de pagamento. É a Anac quem vai remeter à companhia o pedido de ressarcimento das despesas.
Em quanto tempo o consumidor deverá ser ressarcido?
Trinta dias.
O que o consumidor pode fazer se não receber o ressarcimento?
Se a despesa não passar de 20 salários mínimos (R$ 7 mil), o consumidor pode entrar no Juizado de Pequenas Causas, sem advogado. Se ficar entre 20 e 40 salários mínimos (R$ 7 mil a R$ 14 mil), é possível entrar no Juizado de Pequenas Causas, mas com advogado. Além de 40 salários, só na Justiça comum.
As milhas valem durante o processo de venda da Varig para a Varig Log?
Sim, as milhas continuam valendo. Mas a responsabilidade ainda é da Varig. Passará à Varig Log depois que a empresa depositar - hoje e depois de 30 dias - as parcelas do negócio que ainda faltam.
E depois da efetivação da venda, a Varig Log assumirá as milhas?
Sim, a Varig Log se comprometeu a assumir as milhas e as passagens já emitidas. São estimados R$ 245 milhões em passagens e R$ 70 milhões em milhas. O Procon orienta ainda que o consumidor observe o prazo de validade das milhas.


Zero Hora
24/07/06
Varig precisa de pelo menos US$ 40 milhões


Os novos donos da Varig, os sócios da Varig Log, têm 30 dias para retomar as rotas da companhia, que incluem mais de 30 cidades no Brasil e mais de 20 no Exterior. Caso contrário, serão repassadas às concorrentes. Para conseguir retomar ao menos parte dessa malha de vôos, a companhia tenta negociar 30 aviões com as empresas de arrendamento.

A conta para assinar esses novos contratos começa em US$ 40 milhões - considerando um primeiro aluguel e dois meses de depósito, para uma frota hipotética de 20 aviões para o mercado doméstico e 10 para o internacional. Os novos investidores terão agora de demonstrar o tamanho e a urgência do apetite financeiro.

- Empresa de leasing de avião é como banco e companhia de seguro: se os novos investidores demonstrarem que têm dinheiro, eles mudam o discurso e sentam para conversar - diz o consultor Paulo Sampaio.

- Ainda não ficou claro qual o grau de compromisso dos novos investidores - afirma o professor do Ibmec São Paulo Sérgio Lazzarini.

Conhecido no mercado financeiro dos EUA como fundo "abutre", pela atração por negócios de altíssimo risco, o MatlinPatterson - sócio americano da Varig Log na Varig - tem exibido retornos de 40% nos últimos 10 anos. No entanto, estima-se que, de cada 10 investimentos do fundo em empresas falidas, uns três, no máximo, se transformam em máquinas de fazer dinheiro.

Para a Varig recuperar a capacidade de gerar caixa, será preciso muito trabalho. A empresa, que até três anos atrás gerava R$ 9 bilhões, hoje quase só tem despesas.

Apesar de a Varig Log ter adquirido, por US$ 500 milhões, uma empresa sem dívidas, sobram problemas. Será preciso demitir e indenizar funcionários (previstas 8 mil dispensas), além das despesas para pôr a frota em dia. E as empresas de leasing condicionam a renovação ou assinatura de novos contratos ao pagamento de aluguéis atrasados, uma conta superior a US$ 60 milhões.


O Globo
24/07/06
Varig afirma que cumpriu exigências

Luciana Anselmo

A Nova Varig informou que retomou ontem os vôos para Caracas e Buenos Aires, e que as exigências feitas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram cumpridas. Já estão em operação também vôos para Frankfurt, Miami, Londres e Nova York e as rotas domésticas Rio/Recife/Fernando de Noronha, Rio/São Paulo/Fortaleza e São Paulo/Manaus, além da ponte aérea Rio-São Paulo. A empresa disse que está operando com a malha mínima, mas garante que está atendendo às determinações da Anac.

Uma consulta feita ao site da Infraero mostrava que, dos 21 vôos previstos para decolar do Aeroporto Internacional Tom Jobim a partir das 16h30m de ontem, 11 constavam como cancelados. Entre as chegadas, das 18 previstas, dez foram canceladas. Também continuaram os cancelamentos no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A partir do mesmo horário, das 24 chegadas previstas, 18 constavam como canceladas. Em relação aos embarques, a situação era ainda mais crítica: dos 22 previstos, 17 foram cancelados.

Quem tentou obter por telefone, ontem à tarde, informações sobre vôos teve dificuldades. As chamadas não eram atendidas nos balcões da Varig.

O cardiologista Fernando Cruz, que está em férias com a família na Europa e tem volta marcada para terça-feira, contou que os vôos de Frankfurt para o Rio continuavam cancelados — e que a Varig compartilhava com a Lufthansa os vôos para São Paulo, que estavam lotados. Segundo ele, os passageiros que querem vir de Frankfurt para o Rio não conseguem remarcar as passagens porque as outras companhias estão com lista de espera. Cruz lembrou que o vôo de Frankfurt para o Rio era usado por passageiros de outras rotas que já tinham sido canceladas pela Varig na Europa.