::::: RIO DE JANEIRO - 24 DE MARÇO DE 2008 :::::

 

Blog do Josias de Souza
23/03/2008 - 18:22h
Anac segue ‘política da minha gestão’, diz Zuanazzi
Para especialistas, crise aérea foi abafada, não resolvida

Quatro meses e 23 dias depois de ter renunciado à presidência da Anac, Milton Zuanazzi, 51 anos, não quer ouvir falar de administração pública. Aos 51 anos, tornou-se empresário. Presta consultoria no ramo de turismo. Quando olha para trás, não dá o braço a torcer.

Zuanazzi (na foto, ao lado de Nelson Jobim) afirma que nada mudou na Agência Nacional de Aviação Civil desde a sua saída. “Todas as decisões que eu tomei como presidente, inclusive aquelas que anunciaram que seriam revogadas, todas elas voltaram atrás”, diz ele. “Nós estamos vivendo a mesma política da minha gestão”.

O ex-mandachuva da Anac falou ao Diário Catarinense. O jornal veicula, neste domingo (23), uma reportagem sobre a crise que convulsionou os aeroportos brasileiros de setembro de 2006 até o final de 2007. Uma crise que, em 31 de outubro do ano passado, dia da renúncia de Zuanazzi, o ministro Nelson Jobim (Defesa) prometera superar até março de 2008.

A oito dias do final do fatídico mês de março, os aeroportos brasileiros estão imersos em atmosfera de franca normalidade. Em pleno feriadão de Páscoa, não há fila defronte dos guichês das companhias aéreas. Tampouco há atrasos significativos nas decolagens. Jobim permite-se até mudar de assunto. Trata do auxílio das Forças Armadas na guerra contra a dengue, um inimigo que assola o Rio de Janeiro.

A crise aérea acabou? Para os especialistas, a resposta a essa pergunta é “não”. “Os problemas foram resolvidos à brasileira, de forma emergencial. Ou seja, correm o risco de se repetir”, afirma, por exemplo, Carlos Camacho, diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

“A crise passou, mas a capacidade do setor não foi ampliada”, preocupa-se Alessandro Marques de Oliveira, diretor do Núcleo de Competição e Regulação do Transporte Aéreo do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica). A infra-estrutura aeroportuária brasileira não consegue acompanhar o número de passageiros, que cresce à média de 12% ao ano.

O gargalo mais evidente é São Paulo. Ronaldo Motta, um dos diretores da “nova” Anac, hoje presidida por Solange Paiva Vieira, reconhece que o setor de aviação convive com dificuldades pendentes de resolução. Menciona a falta de dinheiro para a construção de aeroportos e melhoria da estrutura de controle do espaço aéreo.

“O que conseguimos fazer foi a reorganização da malha aérea, o que cria mais espaços nos aeroportos. Com a fiscalização mais de perto, as empresas não podem mais modificar seus planos de vôo sem notificar os órgãos de controle”, diz Motta. E quanto à crise, acabou? “O momento de crise passou. Mas também não quero ser ilusório, dizer que a crise aérea passou. Vai ter momentos, como feriados, que vamos ter problemas”, responde o diretor da Anac.

A Febracta (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo) organizou um dossiê que dá uma idéia do tamanho da encrenca escondida sob a aparência de normalidade. Contém documentos sigilosos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

Num dos documentos, revela-se a existência de um ponto cego no sistema de tráfego aéreo do país. Fica justamente na região em que o Boeing da Gol mergulhou na selva, matando 154 passageiros, em setembro de 2006. Os papéis foram entregues pela Febracta à Justiça Militar e à Procuradoria Geral da República.

Demitido da Esplanada nas pegadas da crise aérea, o ex-ministro Waldir Pires agora contempla a encrenca como mero espectador: “Estou na torcida para que as coisas melhorem. Os problemas são as velhas carências de infra-estrutura e regulação de recursos humanos”.

O ex-ministro gasta o tempo livre de que passou a dispor para escrever um livro. Vai trazer, segundo diz “reflexões” sobre o Brasil. A julgar pelo que diz Waldir Pires, os futuros leitores não encontrarão na obra nenhuma autocrítica: “O que foi possível fazer, o que estava dentro da minha competência, eu fiz. Cumpri meu dever. No dia que tive uma das melhores reuniões com o presidente Lula, quando foi definida a reestruturação e o fortalecimento do setor aéreo, houve o acidente da TAM. Foi um choque.”

 

 

Coluna Claudio Humberto
24/03/2008
Notas de sufoco


Não são boas as notícias do balanço da TAM que sai no dia 31, dizem especialistas. Reflexo da "era Marco Antonio Bologna", o ex-presidente.

Nem me fale

Quem detesta balanço da TAM é Garibaldi Alves, presidente do Senado. Ele estava no Airbus que dia desses só aterrissou por milagre.

A 'transparência' voou

O caos aéreo aterrissou na página da Agência Nacional de Aviação Civil: desde 14 de janeiro a Anac não publica as atas da reunião de diretoria, ainda que muito resumidas, no link "Transparência". O webmaster, que atualiza o site, deve ter ficado atolado em algum aeroporto.

 

 

Site Portal Fator
21/03/2008 - 09:41h
boOm! produz esquete com Ingrid Guimarães para GOL e VARIG
Encenação será no Fórum Panrotas e antecede entrevista com dôo executivo Constantino de Oliveira Júnior .

A agência boOm! criou uma ação diferenciada para apresentar as companhias aéreas VRG Linhas Aéreas S.A e GOL Transportes Aéreos ao público participante do segundo e último dia do Fórum Panrotas - evento que acontece no Centro Fecomércio de Eventos e debate as principais tendências do mercado de Turismo. Trata-se de uma esquete encenada pela atriz Ingrid Guimarães.

Durante a apresentação, a irreverente atriz vai interpretar várias personagens, mostrando, de forma divertida e descontraída, o dia-a-dia e o perfil dos passageiros que voam de GOL ou VARIG. O objetivo da seqüência de diálogos é transmitir aos presentes o posicionamento e conceito das duas companhias no mercado aéreo.

Logo após a esquete, o presidente da VARIG/GOL, Constantino de Oliveira Júnior, será entrevistado pelo jornalista William Waack.