:::::RIO DE JANEIRO - 23 DE MAIO DE 2006 :::::

Folha de São Paulo
23/05/06
BNDES rejeita propostas de ajuda à Varig

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) rejeitou as três propostas de interessados em participar da operação de empréstimo-ponte à Varig.

De acordo com o banco, as propostas não cumpriram os requisitos exigidos, como a apresentação de carta-fiança no montante a ser financiado pelo banco ou a capacidade de arcar com um terço do empréstimo. O BNDES pretendia liberar até US$ 167 milhões do empréstimo limitado a US$ 250 milhões.

O banco informou em nota, no entanto, que pretende financiar o vencedor do leilão da Varig, previsto para julho e que vai oferecer ao mercado uma parcela da companhia. A instituição está disposta a financiar até dois terços da aquisição.

O BNDES diz ter tomado a decisão devido às "inúmeras solicitações recebidas de investidores interessados em participar do leilão judicial da Varig".
O empréstimo-ponte não atraiu nenhuma empresa aérea.

Das três propostas, duas vinham de grupos financeiros, interessados na remuneração do empréstimo, e uma de funcionários representados pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig).

Segundo Márcio Marsillac, coordenador do TGV, a proposta dos trabalhadores oferecia como garantia uma parcela dos salários, uma espécie de crédito consignado.
Ontem, a aérea fechou acordo de fornecimento de combustível com a BR Distribuidora. Em nota, a distribuidora afirma que "jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais".

O Estado de São Paulo
23/05/06
BNDES rejeita propostas de empréstimo-ponte para a Varig
Pedidos de três candidatos à compra da empresa foram recusados por falta de garantias
Alberto Komatsu

O BNDES recusou ontem os três pedidos de empréstimo-ponte feitos por investidores para participar do leilão da Varig. O financiamento de até US$ 166 milhões seria usado para manter a empresa operando até sua venda, no início de julho, mas os investidores não atenderam as exigências mínimas do banco.

O BNDES rejeitou os pedidos de empréstimo-ponte por falta de garantias, como carta de fiança bancária ou comprovação de recursos próprios.

Um dos interessados era o Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que reúne cinco associações de funcionários. Outro era o Banco BRJ, especializado em crédito imobiliário. O terceiro pedido teria sido de um banco de investimento de São Paulo.

Apesar de rejeitar os pedidos de empréstimo-ponte, o BNDES informou que vai apoiar com financiamentos quem vencer o leilão. Há dois modelos de venda. Em um deles, o investidor pagará US$ 700 milhões pelas operações da Varig no mercado doméstico. Em outro, gastará US$ 850 milhões pela empresa, excluindo a parte comercial.

As oito maiores empresas aéreas regionais brasileiras estudam formar um consórcio para participar da concorrência. Cruiser, Meta, Oceanair, Puma, Passaredo, Rico, Trip e Total poderão formar um consórcio para o leilão.

Elas integram a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). Juntas, respondem por 2,5% do mercado doméstico de aviação, atendendo em torno de 70 municípios. Na semana passada, dois executivos da Trip estiveram no BNDES para obter informações sobre o leilão, representando a Abetar "de forma consorciada", diz o presidente do conselho da entidade, José Mário Caprioli, também presidente da Trip.

"Não estamos com total segurança em relação às informações sobre o leilão da Varig. Depois do edital, deveremos ter uma opinião melhor. Ainda faltam muitos elementos", afirma Caprioli, da família que controla um grupo de transporte rodoviário.

O foco das empresas da Abetar é na operação doméstica da Varig. Mas o maior empecilho, conta Caprioli, é o preço mínimo de US$ 700 milhões, considerado "sobrevalorizado". Esse valor, diz Caprioli, deve levar em conta a capacidade de as rotas nacionais gerarem fluxo de caixa, mas esse potencial tem diminuído cada vez mais.

Enquanto tenta atrair o interesse dos investidores, a Varig luta em outra frente, pedindo uma trégua aos credores até o leilão. Ontem, a empresa fechou um acordo com a BR Distribuidora que garante o fornecimento de combustível até 31 de maio. Até esse prazo, a companhia pagou a BR com recebíveis de agências de viagem e da Redecard.

Do dia 11 até ontem, quando uma liminar proibiu a estatal de cobrar à vista, a Varig quitou o débito com receitas futuras da bandeira Visa.

De acordo com o comunicado divulgado ontem pela BR Distribuidora, "a Petrobras Distribuidora afirma que prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores".


O Estado de São Paulo
23/05/06

Prejuízo da VEM aumenta com crise da Varig

A crise da Varig contribuiu para que a ex-controlada, Varig Engenharia e Manutenção (VEM), registrasse prejuízo seis vezes maior, alcançando R$ 70 milhões no ano passado. Em 2004, as perdas da empresa de manutenção, que agora pertence à estatal portuguesa TAP, foram de R$ 12,1 milhões. "O maior peso do faturamento da VEM é com a Varig. Qualquer resultado
é influenciado pelos preços dos serviços firmados entre as duas companhias", avalia o o consultor da Bain & Company, André Castellini.

De acordo com balanço publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, 74% do faturamento da VEM é proveniente dos contratos com a Varig. O presidente da VEM,Evandro Oliveira, diz que há chances para essa dependência recuar para 50% até o fim deste ano. Além da crise, o executivo destacou problemas como as despesas financeiras para cobrir juros dos parcelamentos de dívidas tributárias e a desvalorização do dólar frente ao real.




Zero Hora
23/05/06
BNDES recusa empréstimos
Instituição deve financiar dois terços do valor de aquisição da Varig

Três pedidos de empréstimo-ponte para a Varig receberam negativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição, no entanto, informou que financiará o vencedor do leilão judicial da companhia, programado para o início de julho. O financiamento será de até dois terços o valor de aquisição da companhia.

As oito maiores empresas aéreas regionais brasileiras poderão formar um consórcio para participar da concorrência. Avaliam o processo e esperam o edital e a abertura do data room da Varig, pois julgam que os dados são insuficientes.

Falta de garantias, como carta de fiança bancária ou comprovação de recursos próprios, foram os motivos para o BNDES negar os financiamentos. O banco não divulgou a relação dos candidatos. O consórcio Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que reúne cinco associações de funcionários, e o Banco BRJ, especializado em crédito imobiliário, foram dois dos três interessados pelos US$ 166,6 milhões oferecidos. O terceiro pedido teria sido de um banco de investimento de São Paulo.

Cruiser, Meta, OceanAir, Puma, Passaredo, Rico, Trip e Total são as empresas que poderão formar um consórcio para o leilão da Varig. Integram a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). Juntas, respondem por 2,5% do mercado doméstico de aviação, atendendo em torno de 70 municípios.

A Varig e a BR Distribuidora fecharam ontem acordo que garante o fornecimento de combustível até 31 de maio. Até esse prazo, a companhia aérea pagou à subsidiária da Petrobras com recebíveis de agências de viagem e da Redecard. Do dia 11 até ontem, a Varig quitou o débito com receitas futuras da bandeira Visa.

O Globo
23/05/06 - Versão Impressa
Varig fica sem empréstimo-ponte do BNDES, mas consegue prazo da BR

Erica Ribeiro, Geralda Doca e Ramona Ordoñez

RIO e BRASÍLIA. O BNDES informou ontem que nenhuma das três propostas apresentadas ao banco para o empréstimo-ponte à Varig foi aprovada. O dinheiro era necessário para garantir capital de giro à companhia até o leilão, previsto para o início de julho. O banco, no entanto, decidiu oferecer financiamento para o vencedor do leilão, de dois terços do total da venda. Ontem, a Varig conseguiu ainda fôlego com a BR Distribuidora e garantiu fornecimento de combustível até dia 31.

A Varig acertou repassar à BR recebíveis de cartões de crédito e valores a receber de agências de viagem e de concorrentes internacionais, segundo fontes ligadas à BR, para quem não houve tratamento privilegiado à companhia. O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, disse que a negociação será semanal:

— A partir do dia 31 vamos nos sentar com a BR semanalmente e analisar o fluxo de caixa. A BR se comprometeu a nos ajudar até o leilão.

A dívida de R$ 18 milhões acumulada com a estatal durante a vigência da liminar que obrigou a BR a vender combustível sem cobrar à vista será paga em espécie, a partir da próxima semana.

— O fluxo de caixa já melhorou e vai melhorar muito com a Copa do Mundo e as férias de julho. Tradicionalmente nossa receita sobe neste período mais de 30% — informou Gomes.

A possível melhora do caixa seria a principal razão para manter em sigilo as bases da negociação: não melindrar outros credores, como a Infraero e empresas de leasing , que não estão recebendo da Varig. A Infraero informou que a Varig não pagou as tarifas de embarque atrasadas, de R$ 9 milhões. A empresa já descontou os valores dos passageiros. A Infraero deverá recorrer ao Ministério Público Federal.

Sem empréstimo-ponte do BNDES, a Varig irá a Brasília hoje tentar uma alternativa até o leilão. O BNDES previa liberar até US$ 167 milhões, e os interessados completariam o que faltasse para atingir US$ 250 milhões. Entre as propostas estavam a do Banco BRJ e a dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV). As propostas foram rejeitadas porque não tinham fiança bancária e não havia previsão de recursos próprios.

Gomes disse ontem que a Varig continua negociando diretamente com outros interessados condições para um empréstimo-ponte. Ele descarta a hipótese de antecipar o leilão. Mas a possibilidade é considerada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8 Vara Empresarial do Rio.

A Varig Engenharia e Manutenção (VEM), vendida a um grupo liderado pela TAP no ano passado, teve um prejuízo de R$ 69 milhões em 2005, acima dos R$ 12 milhões em 2004. A empresa sofreu, por exemplo, com a forte desvalorização do dólar frente ao real.


Valor Econômico
23/05/2006
BNDES rejeita pedidos de empréstimo-ponte à Varig
Janaina Vilella

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) rejeitou ontem os três pedidos de empréstimos-ponte à Varig protocolados na instituição de fomento por três grupos na semana passada.

Duas dessas propostas foram identificadas pelo mercado: uma foi feita pelo banco BRJ, especializado em crédito imobiliário, e outra pelo Trabalhadores do Grupo Varig (TGV). A terceira, segundo fontes do setor, teria sido apresentada por um fundo de investimento paulista.

Os pedidos de financiamento foram recusados pelo BNDES porque não apresentavam fiança bancária e também porque os investidores não divulgaram uma previsão de recursos próprios para a complementação do empréstimo-ponte à Varig, informou a assessoria de imprensa da instituição de fomento. Atendendo a uma solicitação da própria Varig, o banco também informou que vai financiar até dois terços do valor pago pelo vencedor do leilão da companhia.

O diretor da Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, afirmou que a Varig está negociando um outro empréstimo-ponte diretamente com cerca de 14 empresas interessadas em participar do leilão, previsto para a primeira semana de julho. De acordo com ele, esses investidores não consideraram vantajosa a oferta feita pelo BNDES e resolveram negociar diretamente com seus bancos comerciais.

Apesar de ainda estar na expectativa do recebimento do empréstimo-ponte, a Varig conseguiu ontem o fôlego financeiro que precisava para garantir a continuidade de suas operações, pelo menos até o fim deste mês. Executivos da empresa e da BR Distribuidora, uma de suas principais credoras, fecharam um acordo para fornecimento de querosene de aviação (QAV) à aérea até 31 de maio.

Os detalhes do acordo foram mantidos em sigilo, mas o Valor apurou que a Varig ofereceu em pagamento à BR créditos que tem a receber da Billing and Settlement Plan (BSP) - serviço da Associação Internacional do Transporte Aéreo (da sigla em inglês Iata) - e recebíveis da RedeCard, no valor total de cerca de US$ 9 milhões. A BSP funciona como uma espécie de câmara de compensação caso passageiros da Varig tenham de voar com outras empresas, se houver problemas nos vôos internacionais da companhia.

A aérea vinha pagando à vista e diariamente à BR Distribuidora cerca de US$ 1 milhão. Desde o início do ano, pleiteava um prazo de pelo menos 60 dias para a retomada do pagamento do combustível para ter condições de enfrentar o período de baixa temporada (abril, maio e junho), quando tradicionalmente suas receitas diminuem. A BR, no entanto, não cedeu aos apelos da Varig, alegando que o contrato entre ambas havia terminado em dezembro do ano passado e que a Varig não tinha mais garantias reais para dar em troca.

Uma liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, a pedido da aérea, no último dia 11, no entanto, suspendendo a cobrança antecipada pelo fornecimento do combustível até o dia 16 de maio, fez com que as duas empresas voltassem à mesa de negociações.

Representantes das duas companhias se reuniram por duas vezes na semana passada, na tentativa de costurarem um acordo. Ficou acertado que a Varig teria o combustível garantido até hoje. Uma fonte da BR, no entanto, contou ao Valor que a companhia aérea conseguiu provar que tem recebíveis reais a receber até o fim deste mês, o que possibilitou o alongamento do prazo por mais nove dias. Segundo essa fonte, os cerca de US$ 12 milhões devidos à BR pelo fornecimento do QAV dos últimos 12 dias serão pagos por meio de recebíveis de cartão de crédito da Visa.

Em nota ontem, a BR informou que "o acordo é resultado do processo de negociação entre as duas companhias que acontece desde o início do ano, sempre no sentido de buscar uma solução para que a Varig continue voando até que se restabeleça completamente como uma das mais importantes companhias de aviação do Brasil". A BR também informou que jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais, quer seja com a Varig, quer seja com o Judiciário que conduz o processo de recuperação da companhia.

Uma fonte que acompanha de perto as negociações na Varig, disse que, com o acordo, a aérea conseguirá garantir a continuidade de suas operações até o leilão, independentemente do empréstimo-ponte sair ou não. Apesar de o contrato com a BR terminar em junho, a Varig teria a receber, segundo essa fonte, cerca de US$ 50 milhões, referente à venda de passagens para a Copa do Mundo pagas com o cartão de crédito Visa, o que daria um alívio extra ao seu caixa.


Valor Econômico
23/05/2006
Credor da Varig pede devolução de aeronaves

Tatiana Bautzer

A empresa de leasing International Lease Finance Corporation entrou na semana passada na Justiça de Nova York com um pedido para que o tribunal considere que a Varig está descumprindo decisão judicial, atrasando pagamentos de parcelas de leasing e recusando-se a devolver aviões cujos contratos já expiraram.

Segundo documentos entregues pelos advogados da companhia em Nova York, o total de dívidas da Varig chegará hoje a US$ 2,8 milhões. A arrendadora enviou carta de cobrança no início de maio, mas não recebeu resposta da Varig. A ILFC pede que o juiz de falências Robert Drain determine que a Varig pague ainda US$ 50 mil em multa por dia de atraso no pagamento das parcelas de leasing.

Segundo os advogados da companhia de leasing, a Varig recusa-se a devolver dois 737-500 cujos contratos de leasing expiraram em 19 de fevereiro e 28 de abril. Alguns dos aviões e motores em leasing precisam de revisão mecânica para a qual a Varig não tem recursos, alega a ILFC, e a companhia chegou a oferecer o adiantamento do dinheiro para que as revisões fossem feitas- mas afirma que não recebeu resposta. A empresa pediu ao tribunal que considere que a Varig está desprezando a Justiça ("contempt"), figura jurídica semelhante ao descumprimento de decisão judicial no Brasil, mas com punição adicional definida em lei.

No mesmo dia (sexta-feira passada), também entrou na Justiça pedindo pagamentos atrasados a autoridade portuária de Nova York, que administra os aeroportos John F. Kennedy, La Guardia e Newark. A autoridade portuária pede o pagamento de US$ 102,78 mil em taxas atrasadas nestes aeroportos, referentes a vôos realizados durante o mês de março. A Varig deveria ter pago as taxas em 10 de abril.

O documento dos advogados da autoridade portuária diz que a Varig foi cobrada por carta no dia 9 de maio, mas não deu nenhuma resposta. A Varig tem até dia 25 para apresentar uma resposta ao juiz de falências Robert Drain, responsável pelo processo que corre contra a companhia na justiça americana. Se a companhia não fizer o pagamento até o fim do mês, o juiz pode ordenar que a companhia faça o pagamento numa audiência marcada para as 10 da manhã do dia 31 no tribunal.

A Varig informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não devolveu os dois aviões 737-500 por causa da greve da Receita Federal. A empresa aguarda a emissão da guia de exportação emitida pelo órgão fiscalizador para devolver as aeronaves à ILFC. A área estuda entrar com um pedido de liminar na Justiça para garantir que a Receita regularize no curto prazo a documentação necessária para a conclusão da operação. A companhia também pretende encaminhar ao juiz Robert Drain explicações oficiais sobre a razão do atraso.
(Colaborou Janaina Vilella, do Rio)


Valor Econômico
23/05/06
Varig enfrenta novas ações em Nova York
Tatiana Bautzer e Janaina Vilella


A Varig enfrenta uma nova onda de decis ões desfavoráveis. A Justiça americana recebeu outras duas ações contra a companhia, uma da empresa de leasing International Lease Finance Corporation e a outra da autoridade de Nova York que administra aeroportos. Nos dois casos, cobram-se pagamentos atrasados. Segundo documentos entregues pelos advogados da companhia de leasing, o total de dívidas da Varig chegará hoje a US$ 2,8 milhões.

No Brasil, o BNDES rejeitou as três propostas de concessão de empréstimo a investidores interessados em financiar as operações da Varig até a data de seu leilão. O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, afirmou que a Varig está negociando um outro empréstimo diretamente com cerca de 14 empresas interessadas em participar do leilão, previsto para a primeira semana de julho.


O Globo
22/05/2006 - 21h43m
Varig negocia empréstimo-ponte com outras empresas
Erica Ribeiro

RIO - O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, disse nesta segunda-feira que a Varig continua negociando diretamente com empresas interessadas em emprestar dinheiro para o capital de giro da companhia. Para Gomes, as condições oferecidas pelo BNDES, que nesta segunda-feira informou que não aprovou nenhuma das propostas apresentadas para empréstimo-ponte à Varig, não são atraentes para os investidores.

- As condições que o BNDES exigiu não eram muito interessantes para os players pegarem. As empresas interessadas estão negociando diretamente com a Varig e as negociações estão bem avançadas. Estamos discutindo agora condições que estarão no data-room. Não temos prazo definido para o empréstimo-ponte mas estamos trabalhando para definir este empréstimo para ontem. O quanto antes sair, melhor. Estamos trabalhando com fontes de financiamento nacionais e internacionais - disse, afirmando que além dos interessados no empréstimo-ponte, agora 18 empresas também manifestaram interesse no leilão da companhia.

Gomes descartou a possibilidade de antecipar o leilão da Varig, previsto para acontecer no início de julho. Para ele, o mais importante é antecipar os dados sobre a empresa para que os investidores possam avaliar melhor sua posição quanto ao leilão e também quanto ao empréstimo-ponte.

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, chegou a dizer que o leilão poderia ser antecipado em uma semana, para o final de junho, informação que não foi confirmada por Marcelo Gomes. A possibilidade de antecipação do leilão é considerada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que acompanha o processo de recuperação judicial da Varig.

Para Ayoub, não há obstáculo, desde que a viabilidade de antecipação exista, com base em informações técnicas que devem ser apresentadas pela reestruturadora da Varig, no caso a consultoria Alvarez & Marsal.


O Globo
22/05/2006 - 21h41m
Negociação entre Varig e BR será semanal, diz diretor da consultoria Alvarez & Marsal
Erica Ribeiro


RIO - O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, disse nesta segunda-feira que a negociação entre a Varig e a BR Distribuidora será feita a cada semana, com base na situação de fluxo de caixa da companhia.

- Temos um acordo e vamos sentar com a BR, analisar a situação de fluxo da companhia, a situação do empréstimo-ponte e a viabilidade de um novo crédito pela BR. Vamos estar semanalmente discutindo com a BR que se comprometeu a estar ajudando a gente até o leilão - disse Gomes.

Para ele, a situação de caixa da Varig tende a melhorar nos meses de junho e julho, por causa da Copa do Mundo e das férias escolares, o que viabiliza bases melhores para os acordos futuros com a BR.

- O fluxo já melhorou e vai melhorar muito a partir de agora, com a Copa do Mundo e as férias de julho. Tradicionalmente nossa receita sobe neste período mais de 30% - acrescentou.


O Globo
22/05/2006 - 20h29m
BNDES rejeita todas as propostas de empréstimo-ponte para a Varig
Erica Ribeiro


RIO - O BNDES informou nesta segunda-feira que nenhuma das três propostas apresentadas ao banco para financiar o empréstimo-ponte para a Varig foi aprovada. Entre as propostas que chegaram à instituição de fomento estão a do Banco BRJ, que previa empréstimo US$167 milhões e a do TGV, trabalhadores do grupo Varig, cuja cifra era US$ 150 milhões.

Na avaliação do banco, as propostas foram rejeitadas porque nenhuma delas apresentava fiança bancária e também havia falta de previsão de recursos próprios para complementar o empréstimo-ponte.

Apesar da rejeição às propostas, o BNDES divulgou uma segunda nota afirmando que dará apoio financeiro ao vencedor do leilão de venda da Varig, em até dois terços do valor da oferta. A instituição financeira, no entanto, condicionará este empréstimo ao cumprimento dos critérios bancários aplicados pelo banco.


Estadão
21 de maio de 2006 - 19:07
Manifestantes vão às ruas em defesa da ´dignidade´ do País
O evento pela "dignidade nacional" começou a tomar forma na internet e chegou a 22 cidades

RIO - Munidos de apitos e narizes de palhaço, cerca de 200 pessoas fizeram passeata neste domingo na Cinelândia, Centro do Rio, em defesa da "dignidade nacional". O evento, que ocorreu em 22 cidades simultaneamente, começou a tomar forma no site de relacionamento Orkut e foi motivado pelo "cenário político do País, em que surge um novo escândalo por semana", nas palavras da estudante de direito Glauce Freitas, de 22 anos, uma das organizadoras.

"Hoje somos poucos, mas as Diretas Já e o movimento que terminou no impeachment do Collor também eram. O importante é que as pessoas tenham espaço para dizer o quanto estão indignadas", afirmou Glauce.

O evento reuniu atrizes como Cristiane Torloni e Lúcia Veríssimo, parentes de vítima da violência, como Cleide Prado Maia, que perdeu a filha de 14 anos, atingida por bala perdida, funcionários da Varig, servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que estão em greve, além de pessoas mobilizadas por blogs, sites e Orkut.

"Chegamos no limite. Nossa dignidade está em jogo. Não dá mais para reclamar tomando uísque no sofá de casa. É indo para a rua que a gente modifica as coisas", disse a atriz Cristiane Torloni, que defendeu voto consciente nas próximas eleições. "Os jornais deveriam publicar graciosamente a lista de todos os parlamentares envolvidos em escândalos, para que as pessoas saibam em quem estão votando."

Lúcia Veríssimo disse que nunca viu o País "tão apático" diante das denúncias de corrupção. "Nas listas de discussão na internet as pessoas demonstram sua indignação, buscam respostas. Mas ainda é um espaço pequeno. Vim de São Paulo e fiz questão de participar da manifestação aqui porque eu vivo no Rio. E a minha indignação é em âmbito federal, estadual, municipal".

Ao som de músicas como Que país é esse?, da banda Legião Urbana, e Até quando?, de Gabriel, o Pensador, os manifestantes saíram da Cinelândia, contornaram a Praça Paris e retornaram, num percurso que durou uma hora. A manifestação foi encerrada com o Hino Nacional. No trajeto, motoristas foram convidados a buzinar para mostrar sua indignação.

 

Reuters - Aviação
Segunda, 22 de Maio de 2006, 18h43 
Interessados na Varig são barrados pelo BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recusou três pedidos de empréstimos-ponte que seriam repassados à Varig por terceiros. Segundo a assessoria do banco, os grupos interessados não atendiam às exigências necessárias para a liberação dos recursos.

O banco anunciou em 10 de maio uma linha de até dois terços do valor de um empréstimo-ponte limitado a US$ 250 milhões para a Varig, o que significaria um desembolso de cerca de US$ 160 milhões pelo banco e o restante pelo tomador dos recursos.

"Todas as propostas tinham falta de fiança bancária e falta de previsão de recursos próprios para o complemento do empréstimo", informou um dos assessores do banco.

O BNDES reafirmou que vai apoiar financeiramente quem vencer o leilão da parte operacional da companhia aérea, previsto para ser realizado no início de julho, com preço mínimo de US$ 850 milhões para a venda da Varig inteira ou de US$ 700 milhões apenas a operação nacional.

O banco não revelou os nomes dos grupos que reivindicaram o financiamento para ser repassado à Varig e pago depois do leilão. Segundo fonte de mercado, entre as propostas estariam as dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) e do Banco BRJ.

Procurados, executivos da Varig não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. O empréstimo-ponte era considerado fundamental pelos administradores da companhia para manter a empresa em operação até o leilão.

Segundo a assessoria da Varig, apesar da negativa do banco, as operações da empresa "continuarão fluindo normalmente".

A Varig e a BR Distribuidora, unidade de abastecimento da Petrobras, fecharam nesta segunda-feira acordo para fornecimento de combustível. A companhia aérea pedia prazo maior de pagamento do querosene de aviação, para deixar de desembolsar diariamente cerca de R$ 1,5 milhão à BR.

"O acordo (...) garante as operações da Varig até que a maior empresa de aviação comercial do Brasil encerre com sucesso seu processo de recuperação", informou a empresa aérea em nota.


Folha On Line
22/05/2006 - 18h39
BNDES rejeita propostas de empresas para capitalização da Varig
IVONE PORTES


Nenhum dos três grupos que se interessaram em obter recursos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para capitalizar a Varig foi aprovado pelo banco.

O BNDES informou que os pedidos não foram aprovados por falta de fiança bancária ou porque os investidores não apresentaram comprovação de recursos próprios para complementação do 'empréstimo-ponte' à Varig, já que o banco iria financiar apenas dois terços do valor.

O 'empréstimo-ponte' foi a forma que o BNDES encontrou para ajudar a Varig a se capitalizar até a data do seu leilão de venda, previsto para ocorrer em 9 de julho deste ano. Interessados na compra da empresa poderiam injetar até US$ 250 milhões na companhia aérea, sendo que, considerando este montante, US$ 166,6 milhões seriam liberados pelo banco.

Esses recursos não seriam dados diretamente à companhia aérea, mas a um investidor interessado em repassá-los para a Varig.

O banco não informou o nome dos interessados em conseguir o financiamento para repassá-lo à Varig. Mas, segundo fontes do setor, as propostas partiram do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), do BRJ (banco especializado em crédito imobiliário) e de um fundo de investimento.

Na quarta-feira passada, Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal --responsável pela reestruturação da Varig--, afirmou que cerca de 14 empresas procuraram diretamente a companhia aérea para negociar o 'empréstimo-ponte', pois consideraram que as condições de financiamento do BNDES são similares às de outros bancos comerciais.

Leilão

O BNDES divulgou hoje que vai financiar a empresa que vencer o leilão de venda da Varig. O banco disse que o apoio financeiro ao vencedor do leilão será de até dois terços do valor da futura aquisição, desde que este atenda aos critérios bancários praticados pelo BNDES.

No leilão os interessados poderão apresentar uma proposta de compra para a Varig Operações (com linhas nacionais e internacionais, excluídas dívidas de R$ 7 bilhões) por um preço mínimo de US$ 860 milhões. O valor mínimo para as operações domésticas é de US$ 700 milhões.

Agência Brasil
22/05/06 18:25h
BR Distribuidora anuncia acordo para manter fornecimento de querosene à Varig

Nielmar de Oliveira

Rio - Sem detalhar os termos do entendimento, a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, divulgou nota oficial hoje (22) para anunciar acordo com a Varig para continuar a fornecer querosene de aviação à empresa.

Na nota, a BR Distribuidora informa apenas que o acordo "é o resultado do processo de negociação entre as duas companhias, que acontece desde o início do ano, sempre no sentido de buscar uma solução para que a Varig continue voando até que a mesma se restabeleça completamente como uma das mais importantes companhias de aviação do Brasil".

Após lembrar que o acordo mantém a BR Distribuidora como principal fornecedor de querosene à Varig, a nota lembra que durante as negociações a subsidiária "jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais, quer seja com a Varig, quer seja com o Judiciário, que conduz o processo de recuperação judicial da companhia". E reafirma sua crença nessa recuperação, o que levou a BR a aprovar todos os planos propostos pelos administradores, nas assembléias de credoras.

"Como credora, a BR manteve o crédito desde a entrada da companhia no processo de recuperação judicial, em 17 de junho de 2005, até o término do contrato de fornecimento, em 30 de dezembro de 2005", concluiu a nota.


Estadão
22 de maio de 2006 - 18:20h
BNDES recusa propostas para empréstimo na compra da Varig
O empréstimo-ponte era a maneira encontrada para capitalizar imediatamente a Varig
Alberto Komatsu

RIO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recusou os três pedidos de empréstimo-ponte para a Varig, mas informou hoje que vai financiar o vencedor do leilão judicial da companhia, programado para o início de julho. As oito maiores empresas aéreas regionais brasileiras poderão formar um consórcio para participar da concorrência. Elas avaliam o processo e esperam o edital e a abertura do data room da Varig, pois julgam que as informações ainda são insuficientes.

O empréstimo-ponte era a maneira encontrada para capitalizar imediatamente a Varig. Os interessados na compra, que obtiveriam o financiamento, teriam o compromisso de depositá-lo no caixa da Varig para fazer frente às despesas. A questão é que muita empresas não consideraram vantajosa a oferta feita pelo BNDES.

Falta de garantias, como carta de fiança bancária ou comprovação de recursos próprios, foram os motivos para o BNDES negar o financiamento. O banco não divulgou a relação dos candidatos, mas o Estado apurou que o Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), que reúne cinco associações de funcionários, e o Banco BRJ, especializado em crédito imobiliário, foram dois dos três interessados pelos até US$ 166,6 milhões oferecidos. O terceiro pedido teria sido de um banco de investimento de São Paulo.

Consórcio

Cruiser, Meta, Oceanair, Puma, Passaredo, Rico, Trip e Total são as empresas que poderão formar um consórcio para o leilão da Varig. Elas integram a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). Juntas, respondem por 2,5% do mercado doméstico de aviação, atendendo em torno de 70 municípios.

Na semana passada, dois executivos da Trip estiveram no BNDES para obter informações sobre o leilão, mas representando a Abetar "de forma consorciada", conta o presidente do conselho da entidade, José Mário Caprioli, também presidente da Trip.

"Não estamos com total segurança em relação às informações sobre o leilão da Varig. Depois do edital, deveremos ter uma opinião melhor. Ainda faltam muitos elementos", afirma Caprioli, da família que controla o grupo homônimo de transporte rodoviário de passageiros. Segundo o executivo, o interesse da Abetar não significa que a Oceanair possa, também, apresentar uma proposta individual pela Varig.

O foco das empresas da Abetar é na operação doméstica da Varig. Mas o maior empecilho, conta Caprioli, é o preço mínimo de US$ 700 milhões, considerado "sobrevalorizado". Esse valor, conta Caprioli, deve levar em conta a capacidade de as rotas nacionais gerarem fluxo de caixa, mas esse potencial tem diminuído cada vez mais.


Estadão
22 de maio de 2006 - 17:23
Em nota, BR garante combustível à Varig
Sem dar nenhum detalhe do acordo e nem quanto às garantias para o fornecimento, a BR afirma que "prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores"

Alaor Barbosa

RIO - A Petrobras Distribuidora (BR) chegou a um acordo com a Varig e vai continuar fornecendo combustíveis às aeronaves da companhia aérea, segundo nota divulgada hoje pela subsidiária da Petrobras. Segundo a nota, "a BR continua sendo o principal fornecedor de querosene de aviação da Varig". Sem dar nenhum detalhe do acordo e nem quanto às garantias para o fornecimento, a BR afirma que "prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores".

Ainda segundo a nota, a Petrobras Distribuidora, durante as negociações sobre fornecimento, "pautou" suas decisões pelo respeito a todas as instâncias envolvidas, como ficou claro na entrevista concedida, no último dia 17 de maio, pela presidente da companhia, Maria das Graças Foster. "A BR jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais, quer seja com a Varig, quer seja com o Judiciário que conduz o Processo de Recuperação Judicial da Companhia aérea", diz a nota.

A estatal afirma ainda que "acredita firmemente na recuperação da Varig, posição esta que se manteve inalterada no tempo, pois, como credora, a BR manteve o crédito desde a entrada da companhia aérea no Processo de Recuperação Judicial, em 17 de junho de 2005, até o término do contrato de fornecimento em 30 de dezembro de 2005. Ademais, aprovou todos os planos propostos pelos Administradores, através de voto favorável, nas Assembléias de Credores visando viabilizar o retorno da Companhia a normalidade empresarial", conclui a nota.


Folha On Line
22/05/2006 - 17h08

Varig fecha acordo com BR para fornecimento de combustível
IVONE PORTES

A Varig e a BR Distribuidora concluíram nesta segunda-feira o acordo para que o fornecimento de combustível à companhia aérea não seja interrompido. Em nota divulgada hoje, a BR informa que continuará sendo o principal fornecedor de querosene de aviação da Varig. Entretanto, não deu detalhes sobre os termos do acordo.

'O acordo é resultado do processo de negociação entre as duas companhias que acontece desde o início do ano, sempre no sentido de buscar uma solução para que a Varig continue voando até que se restabeleça completamente como uma das mais importantes companhias de aviação do Brasil', divulgou a distribuidora.

A BR informou ainda, em nota, que 'jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais, quer seja com a Varig, quer seja com o Judiciário que conduz o processo de recuperação judicial da companhia aérea'. 'A Petrobras Distribuidora acredita firmemente na recuperação da Varig, posição esta que se manteve inalterada no tempo, pois, como credora, a BR manteve o crédito desde a entrada da companhia aérea no processo de recuperação judicial, em 17 de junho de 2005, até o término do contrato de fornecimento em 30 de dezembro de 2005.' A distribuidora afirmou ainda que prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores.

Em razão da crise financeira da Varig, que colocou em dúvida a viabilidade da empresa, a BR Distribuidora reduziu progressivamente o prazo de crédito para a companhia aérea e chegou a exigir o pagamento antecipado pelo combustível. A Varig entrou na Justiça pedindo que a distribuidora concedesse prazo de pagamento pelo combustível.

O leilão de venda da Varig está previsto para ocorrer no dia 9 de julho próximo. A Assembléia de Credores da Varig aprovou uma proposta que prevê a venda da companhia integralmente ou separada --somente operações domésticas. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em mais de R$ 7 bilhões e que ficariam com empresa separada.


Globo Online
22/05/2006 - 16h54m

BR divulga nota para comentar acordo com a Varig


RIO - A Petrobras Distribuidora divulgou nota para comentar acordo com a Varig para continuar fornecendo combustíveis às aeronaves da empresa, como principal fornecedor de querosene de aviação da Varig.

Segundo a BR, o acordo é resultado do processo de negociação entre as duas companhias que acontece desde o início do ano, sempre no sentido de buscar uma solução para que a Varig continue voando. A BR afirma que pautou suas decisões pelo respeito a todas as instâncias envolvidas e jamais usou formas de pressão para alcançar seus objetivos comerciais.

A nota diz ainda que a BR acredita firmemente na recuperação da Varig e prosseguirá trabalhando com todo o empenho para apoiar "um de seus maiores e mais emblemáticos clientes consumidores".


Estadão
22/05/06 - 12:05h
Prejuízo da Varig Engenharia e Manutenção quintuplica em 2005
Prejuízo no ano passado foi de R$ 70 milhões. em 2004, ficou em R$ 12,1 milhões

Alaor Barbosa

RIO - A VEM - Varig Engenharia e Manutenção registrou prejuízo de R$ 70 milhões no ano passado, num salto de mais de cinco vezes em relação aos R$ 12,1 milhões contabilizados em 2004, conforme balanço da companhia divulgado hoje. A empresa foi vendida em novembro do ano passado para o consórcio Aero-LB Participações, que tem a participação da companhia aérea portuguesa TAP.

As receitas líquidas (montante que a empresa efetivamente recebe pelas vendas de seus produtos, ou seja, o faturamento diminuído dos impostos diretos) da empresa somaram R$ 443 milhões em 2005, com acréscimo de 10,80% em relação ao registrado em 2004. Segundo dados da própria empresa, 74% das vendas foram para o grupo Varig, com ligeira queda em relação aos 78% contabilizados em 2004.

Com imobilizado avaliado em R$ 293 milhões no final do ano passado, a VEM registrou piora no capital de giro no montante de R$ 176 milhões. Isso basicamente porque a empresa não registrou ingresso de recursos nem das operações (prejuízos) e nem por parte dos acionistas ou obtenção de novos financiamentos.


O Globo
22/05/2006 - 10h42m
Varig e BR Distribuidora fecham acordo para fornecimento de combustível
Erica Ribeiro


RIO - A Varig e a BR Distribuidora fecharam na manhã desta segunda-feira um acordo para fornecimento de combustível à companhia aérea. As bases do acordo não foram divulgadas e serão mantidas em sigilo. Segundo a assessoria da Varig, o acordo atende às necessidades da Varig e às exigências da BR Distribuidora. A reunião aconteceu na sede da Varig no Centro do Rio.

A empresa aérea pedia mais prazo à BR para o pagamento de combustível e oferecia em troca recebíveis de cartões de crédito. A companhia vinha pagando diariamente à distribuidora US$ 1,5 milhão, enquanto outras companhias dispõem de um prazo maior. Varig e Petrobras deverão divulgar mais tarde notas oficiais sobre o acordo.


Jornal de Turismo
22/05/06 10:03h
Varig leva seleção brasileira para a Copa
Por Pratti


Neste domingo, a seleção brasileira – comissão técnica e alguns jogadores – embarcou para Zurique, na Suíça, onde se preparará para a Copa do Mundo, que se inicia 9 de junho, na Alemanha.
 

Desde 1962, a companhia é a transportadora oficial da seleção brasileira. O embarque deste ano tem representatividade especial: o fato de ter a bordo, novamente, os craques demonstra toda a credibilidade dos brasileiros na recuperação da Varig.

A aeronave MD-11 – vôo RG 8772 – decolou de Guarulhos às 19h35m, em São Paulo, fez escala no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, e seguiu para a Europa às 21h35. A previsão é aterrissar em Zurique, às 14h05m, no Aeroporto Unique; e em Munique, no Franz J. Strauss, às 16h15, em horário local. O avião terá como comandante Jefferson Souto e contará com uma tripulação de 16 pessoas.

O clima de Copa do Mundo já estará a bordo. Os passageiros – das classes econômicas, executiva e primeira – receberão atendimento especial, mantendo o padrão tradicional de excelência da aérea.

As bandejas terão forros comemorativos, com textos que relembram curiosidades sobre as participações das equipes brasileiras em Copas anteriores. As argolas dos guardanapos também serão temáticas, assim como os cabeçotes que cobrem a parte superior das poltronas. Nos encostos, uma frase ressalta a parceria de sucesso entre a Varig e a CBF: "Varig – a empresa aérea da seleção".

Os mimos não vão parar por aí: numa parceria com a grife norte-americana Ralph Lauren, a aérea distribuirá a todos os passageiros perfumes e miniaturas Polo Black, nova fragrância masculina da marca. Também para homenagear os jogadores e a delegação, a companhia encomendou ao designer carioca Gilson Martins, uma bolsa de bordo exclusiva. A peça foi elaborada com um formato especial e prático retangular-vertical, com bolso traseiro para separar passaporte e documentos de viagem. Na parte da frente, aplicações nas cores da Bandeira Brasileira simbolizam o leme do avião. As cinco estrelas do penta são representadas pela rosa dos ventos da Varig.

Nas 13h40 horas de vôo, serão servidos aos jogadores e aos demais passageiros jantar e café-da-manhã. No jantar, haverá duas opções de entrada: salada ou sopa. Como prato principal, os clientes poderão escolher quatro sugestões do menu. A sobremesa será composta por doces, queijos e frutas. Por fim, café com petit fous e várias opções de chás e digestivos, como vinho do Porto e licores. Já pela manhã, no café, serão oferecidos frios e queijos diversos, frutas, geléias, pães variados (salgados e doces), bolo, café expresso, leite e chás.