Tribuna da Imprensa
23/04/2007
A Varig vale muito e não
pode parar
Pedro Porfírio
"Nós entendemos
que a transação compreende a compra de uma
empresa VRG, que opera a marca Varig, livre de qualquer
passivo".
(Constantino Junior, presidente da Gol)
Quando eu disse na sexta-feira passada que poderemos
estar chegando perto do resgate da justiça para
os funcionários e aposentados da Varig, algumas
pessoas entenderam que estava apenas aplicando uma injeção
de ânimo numa corporação que ainda
vive amargando uma solução judicial que
lhes custou tantos anos de serviços prestados.
Pode até ser que, na pior das hipóteses,
uma injeção de ânimo valha por si.
Mas o que penso é que o Brasil não pode
abrir mão de profissionais altamente qualificados
e nem pode transformar um plano complementar de aposentadoria
num mau exemplo de arapuca.
Não pode, igualmente, abandonar uma companhia
de alto prestígio internacional e presença
na maioria dos aeroportos brasileiros só para abrir
caminho a um oligopólio que poderá nos levar
a situações muito mais dramáticas
do que as vividas até agora nos já crônicos
"apagões aéreos".
Quando eu abro minha trincheira em defesa do pessoal da
Varig é certo que afirmo minha solidariedade a
um núcleo de trabalhadores logrado por uma lei
que se antecipou à extinção da CLT.
Mas também reajo como um brasileiro de 64 anos
que já viu muitos filmes parecidos antes. Só
que, quando a ditadura massacrou a Panair, os tempos e
a capacidade de recuperação eram outros.
Não tínhamos nem cinco milhões de
passageiros/ano e não havíamos entrado sequer
na era do avião a jato.
Demanda estratégica
Hoje, há uma demanda de 50 milhões de passageiros/ano
(chegamos a 40 milhões em 2006) e o transporte
aéreo de carga aumenta vertiginosamente, apoiado
até mesmo pelo comércio cada vez maior através
da internet. Quando a Varig começou a dar sinais
de debilidade, o governo tinha obrigação
de intervir, sem pestanejar, ainda que essa intervenção
significasse sua estatização temporária
ou sua entrega real aos empregados.
Ao contrário do que muita gente pensa, a Fundação
Rubem Berta deixou de ser representativa, em face de casuísmos
pelos quais as políticas de gestão e as
mudanças na cúpula da empresa e do fundo
de pensão atendiam tão-somente a conveniências
de um pequeno grupo que, investigado, terá muito
o que explicar.
É preciso considerar também que a Varig
pagou um alto preço pela incúria das políticas
governamentais incompetentes e mal intencionadas. Ela
entrou no redemoinho da globalização sem
pai e sem mãe, enquanto empresas foram apoiadas
em seus países.
Ao longo de sua história, os governos usaram e
abusaram da Varig. Muitos dos vôos que fazia eram
reconhecidamente deficitários, mas havia interesse
político em atender a determinadas cidades ou regiões.
Isso nunca foi levado em consideração.
Enquanto ela cumpria religiosamente sua função
de integradora entre cidades de todo o País, as
concorrentes novas, a começar pela antiga Táxi
Aéreo Marília, que nunca "entrou em
dividida". A TAM de hoje sempre principalizou o mercado
paulista, onde se concentram 50% do nosso PIB.
Tal também foi o aparecimento da Gol. Esta, já
sob égide de uma política de custos baixos,
inclusive em relação ao pessoal, no que
não estava sendo nem um pouco original.
É preciso deixar claro que essa empresa foi crescendo
no espaço da Vasp, que ia sucumbindo inexplicavelmente,
apesar de privatizada e em mãos de um empresário
que foi glorificado pelo governo Collor.
O Rio sai perdendo
De qualquer maneira, o que o presidente Luiz Inácio
tem que saber; o que o governador Sérgio Cabral
precisa atinar; o que o prefeito César Maia não
pode esquecer é que a simples extinção
da Varig com sua absorção pela Gol trará
prejuízos irreversíveis para o Estado do
Rio e para o Brasil.
Houve uma transferência capciosa de pousos, escritórios
e oficinas de manutenção do Rio para São
Paulo. Essa é uma concentração perniciosa,
até porque aqui no Rio o ICMS dos combustíveis
de aviação é muito inferior ao do
Estado de São Paulo, sem falar nas disponibilidades
do aeroporto internacional.
A marca Varig vale mais do que todas as demais juntas,
porque ela representa os melhores índices históricos
de segurança, pontualidade e conforto para seus
passageiros. Não é à toa que tem
6 milhões de passageiros em seu programa de milhagem.
Não tem sentido desfigurá-la, num segundo
golpe que só serve para legitimar o primeiro: porque
a Gol deu 324 milhões de dólares por uma
empresa que foi arrematada em leilão por 24 milhões?
A transação recente ainda terá de
ser confirmada pelo Cade - o responsável pelo combate
aos trustes e oligopólios. A ser coerente, não
aprovará uma operação que deixará
a massa de 50 milhões de passageiros/ano em mãos
de duas companhias, tanto para vôos domésticos
como internacionais.
Você me perguntará: então, qual é
a solução? Em havendo vontade política,
a solução deverá ser discutida com
as associações de funcionários da
empresa, que elaboraram um plano próprio de recuperação,
sem as perversidades que aconteceram. Aí, é
contar que o STJ decida finalmente, quarta-feira, pela
obrigação do governo em ressarcir as aéreas
pelos prejuízos letais causados desde o Plano Cruzado.
Se o governo tiver o mínimo de lucidez e patriotismo,
saberá reconhecer a dívida, com a qual serão
gerados os recursos para recuperar a Varig e cobrir o
rombo do Aerus, a quem ela deve desde 2002.
Aqui, para nós do Rio de Janeiro o que não
podemos admitir é o esvaziamento do parque da Varig,
da sua respeitada empresa de manutenção
e de seus serviços de terra de alto nível.
A Gol pode até aproveitar alguns profissionais
da Varig, mas de sua base paulista. E, com essa mentalidade
tacanha de que o avião é um ônibus
que voa, deixará de aproveitar experientes comissários,
em troca de moças que pouco sabem de um vôo,
por um salário não muito superior ao de
uma empregada doméstica.
Nisso tudo, o que fez o sr. Constantino pagar quinze
vezes mais o valor do leilão foi o que ele próprio
admitiu: a certeza de que não receberá nenhum
passivo, isto é, que 6 mil demitidos e 9 mil aposentados
ficarão ao Deus dará. Daí a importância
da audiência que promoveremos dia 4 de maio na Câmara
Municipal do Rio de Janeiro.
Ainda é tempo de provar que uma empresa do prestígio
internacional da Varig pode se recuperar sem virar uma
lotação.
O Estado de São paulo
23/04/2007
Falta de pilotos pode pôr
em risco o crescimento da aviação mundial
No Brasil, quadro é mais
tranqüilo: ex-profissionais da Varig suprem demanda
de companhias como TAM e Gol
Mariana Barbosa
Com as encomendas das fabricantes de aeronaves indicando
que a frota mundial ganhará mais 5 mil aviões
até 2024, estima-se que será necessário
formar 17 mil novos pilotos por ano para dar conta da
demanda.
Para muitos analistas, a falta de pilotos pode comprometer
o crescimento das companhias aéreas que, recuperadas
da crise de 11 de setembro de 2001, têm registrado
taxas de expansão superiores a 6% ao ano.
A situação é tão dramática
que a Organização Internacional de Aviação
Civil (ICAO), entidade ligada às Nações
Unidas, está reduzindo as exigências de horas
de vôo necessárias para a emissão
da habilitação de pilotos para dar conta
da demanda.
A maior procura por profissionais está na Ásia,
sobretudo China e Índia, e Oriente Médio.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA),
o número de brasileiros voando no exterior passa
de 450.
No Brasil, por causa da crise da Varig - que tinha até
meados do ano passado mais de 1,5 mil pilotos e co-pilotos
em seus quadros - a situação é menos
crítica. Parte da expansão do mercado nacional
está sendo suprida por esses profissionais. Mas
as duas líderes, TAM e Gol, estão tendo
que tratar bem seus profissionais, com bons salários
e benefícios, para não perdê-los.
No final do ano passado, a Gol precisou conceder um aumento
de 44% na hora variável de um comandante para estancar
a perda de profissionais. A empresa chegou a perder 12
comandantes e estava com dificuldades de contratar novos.
Segundo o SNA, a TAM também andou perdendo profissionais
para o exterior nos últimos dois anos. A empresa
nega. 'O êxodo é no sentido contrário',
afirma o vice-presidente de Operações da
TAM, Alberto Fajerman. Nos últimos 12 meses, a
TAM contratou 180 pilotos e co-pilotos, dos quais 150
oriundos da Varig. 'Agora, estamos contratando apenas
co-pilotos, e promovendo os co-pilotos mais antigos',
explica Fajerman.
No mês que vem a empresa fará uma seleção
para contratar cerca de 200 co-pilotos. Já existem
800 inscritos.
Tanto TAM quanto a Gol dizem estar tranqüilas quanto
ao futuro, pois têm em seus quadros co-pilotos suficientes
para serem promovidos a piloto. Juntas, as duas companhias
contam com cerca de 1,3 mil co-pilotos. Destes, quase
800 acumulam experiência e tempo de vôo suficiente
para serem promovidos a comandantes.
Com os planos de expansão da TAM no exterior e
com a perspectiva de volta da Varig ao mercado internacional,
os pilotos mais experientes da Varig que foram voar no
exterior estão querendo fazer o caminho de volta.
'A vida na Ásia não é fácil',
diz a presidente do SNA, Graziella Baggio. O vice-presidente
da TAM conta que já recebeu currículo de
25 pilotos que estão trabalhando na Coréia
e em Formosa e que gostariam de voltar.
A formação de um piloto é cara,
tanto para as empresas como para os próprios profissionais.
Para ser admitido como co-piloto em uma empresa de aviação
comercial, o profissional tem que ter uma carteira de
piloto comercial, com uma experiência mínima
de 150 horas de vôo. As horas-aula custam caro e
o investimento na formação pode chegar a
US$ 20 mil. 'Ninguém investe essa quantia sem a
garantia do emprego', diz Fajerman.
No Brasil, a cada ano formam-se cerca de 500 pilotos
com carteira de piloto comercial. Esse profissional entra
em uma companhia aérea como co-piloto para ganhar
experiência e, depois de 6 a 7 anos, pode ser promovido
a piloto. Para se formar um piloto internacional, são
mais 10 a 15 anos de experiência.
SALÁRIOS
Os salários de um piloto variam conforme a produtividade.
Um piloto que voa no mercado doméstico ganha entre
R$ 10 mil a R$ 15 mil por mês. Para reter os profissionais,
as empresas oferecem bons planos de saúde, previdência
privada, participação nos resultados e outros
benefícios. 'Hoje o fixo é baixo, mas as
horas são melhor remuneradas', afirma Graziella.
A nova regra da ICAO para a formação de
pilotos está em fase de testes. A entidade criou
um novo tipo de licença que exige mais tempo de
treinamento (240 horas), mas permite que mais horas sejam
cumpridas em simulador, reduzindo as exigências
de horas de vôo real. O resultado é um treinamento
mais barato e mais rápido.
O Estado de São paulo
23/04/2007
CTO da Varig fatura treinando
pilotos
Demanda por profissionais permite
receita mensal de R$ 1,1 milhão
O Centro de Treinamento de Operações da
antiga Varig, que nos tempos áureos da companhia
servia basicamente para treinamento interno, está
aproveitando esse boom no mercado de pilotos. 'Não
estamos em condição de atender a demanda',
afirma o presidente da Varig remanescente, rebatizada
de Nordeste, Miguel Dau. Os principais simuladores do
CTO, como de Boeing 767, estão com 100% de utilização.
Com treinamentos para pilotos de aviação
comercial e de helicópteros e comissários
de bordo, o CTO atende 25 clientes: as principais companhias
aéreas nacionais, latino-americanas e africanas.
As empresas asiáticas que têm recrutado profissionais
no Brasil também têm utilizado o CTO para
fazer testes de seleção. Alguns treinamentos
são feitos in loco. Recentemente, uma equipe do
CTO foi para Luanda treinar um grupo de comissários
da companhia TAAG.
'Chegamos ao limite da capacidade dos nossos equipamentos',
afirma Dau. 'Estamos viabilizando um jeito de trazer novos
simuladores e desenvolver novos produtos.'
Com 69 funcionários e bases no Rio, São
Paulo e Porto Alegre, o CTO sempre foi reconhecido por
seu alto nível de formação. Hoje
o centro é o principal ativo da velha Varig e garante
uma receita mensal de R$ 1,1 milhão. 'Perdemos
o guarda-chuva da Varig, mas também as amarras.
Antes a TAM não podia treinar aqui', afirma o diretor
do CTO, Jair Duarte.
Sem recursos para atualização tecnológica
- simuladores chegam a custar US$ 15 milhões -
o CTO está negociando uma joint-venture com uma
empresa americana de treinamento. A idéia é
trocar um simulador de Boeing 747-300 (o 'jumbo', que
não é mais utilizado pelas companhias) por
um de 727, jato que no Brasil ainda tem demanda.
O Estado de São paulo
23/04/2007
Mais mulheres pilotam aviões
Terreno tradicionalmente ocupado por homens, a profissão
de piloto começa a atrair mulheres. Existem no
Brasil apenas 29 pilotas e co-pilotas habilitadas a voar
na aviação comercial, mas o número
é crescente.
Quando a Força Aérea Brasileira abriu seu
primeiro concurso para cadetes aviadoras, em 2003, apareceram
3,2 mil candidatas para 20 vagas. Na aviação
civil, segundo a Agência Nacional de Aviação
Civil, existem 678 aviadoras, em diferentes categorias,
do amador ao profissional.
A maioria, como Lara Eliasquevici, 30 anos, é
atraída por influência familiar. Filha, irmã
e sobrinha de aviadores - o pai aposentou-se na Varig,
com mais de trinta anos de casa. 'Cresci em aeroclube',
conta Lara. Aos 16 já tinha decidido seguir os
passos do pai e matriculou-se no primeiro curso. Mas antes
de assumir o posto de co-pilota na VarigLog como a primeira
mulher a pilotar aviões de carga no Brasil, Lara
trabalhou como atendente de balcão da TAM no aeroporto
e comissária de bordo na Varig.
'Sempre quis me tornar comandante. Trabalhei no balcão
para custear o curso de comissária e de comissária
para custear o curso de piloto.' Quando os salários
na Varig começaram a atrasar devido à crise,
Lara passou a voar em pequenas empresas de táxi
aéreo, até conseguir emprego, há
um ano, na VarigLog. 'O preconceito contra as mulheres
está acabando.'
O Globo
23/04/2007
Panorama Político
Ilimar Franco de Brasilia
Site da AMVVAR
23/04/2007
Jornal do Brasil
21 de Abril de 2007
Texto de Márcia Beatriz Amotta.
Escritora, editora, pedagoga, produtora cultura, professora
universitária.
Márcia Zenkye
VARIG ,VARIG, VARIG........
Chega! Já não há música ou
melodia, há milhares de famílias sofrendo
as graves consequências do descompromisso. Não
dá mais para ficar impune! Quem pensa e acredita
mesmo que a Varig sobreviveu, seja sob as asas da TAM
e agora da GOL, saibam, ela quiçá, resistiu...
tudo isto é uma grande farsa, uma sujeira desmedida
com aqueles que fizeram a verdadeira história da
aviação brasileira.
A tradicional e extinta Varig, aquela que ao demitir
todos os funcionários da ativa em sua falência,
quando readimitidos, pela nova empresa constituida com
o mesmo nome, foram obrigados a passar pelo constrangimento
de além de não receberem seus direitos trabalhistas,
serem contratados com salários defasados em até
50%, ainda dando graças a Deus, por estarem com
um emprego.
Escandalosa mesmo é a situação dos
aposentados. APOSENTADOS minha gente, senhores e senhoras
com idade superior a sessenta anos, sem a menor condição
de lutar por vaga alguma em nenhum acesso de mercado de
trabalho. Depois de perderem todos os seus direitos como:
seguros de saúde, passagens aéreas e serviços
de transportes, vivem, concomitantemente, tempos de pesadelos
intermináveis.
Quando estavam prestes a se aposentar, a Varig os reunia
por grupos e os convencia que a maior vantagem para eles,
seria a aposentadoria pelo AERUS, fonte pagadora dos funcionários,
que hoje, como dizem os jornais ( O Dia de 20/01, JB de
08/04 ), demite interventores pela moralização,
mas não resolvem a questão. Combatentes
fiéis, sim, digo combatentes, porque deram suas
vidas, seu suor, seu tempo, suas saúdes, a ficar
voando nacional e internacionalmente por mais de trinta
anos e depois serem tratados injustamente, indignamente,
jogados à sargeta.
A cada dois meses chegava uma cartinha bomba em suas
casas, que ao abrí-la, vinha recheada com os decréscimos
salariais proporcionais. Começaram reduzindo 10,
20, 30, 40% dos salários e agora decidiram que
vão parar de pagar geral. Isso quer dizer que nenhum
aposentado vai receber nem mais um tostão pelo
Aerus a partir de Julho de 2007. Famílias inteiras
estão despencando, vendendo seus imóveis,
chefes de família sendo humilhados até mesmo
por seus filhos, casamentos se acabando, lares se destruindo,
pessoas infartando, tendo AVCs, MORRENDO... sim, morrendo,
nada disso é mentira ou exagero.
COM QUEM FICA A RESPONSABILIDADE?
Culpam o Governo, que culpa a empresa antiga, essa que
quase ninguém mais fala nela, a não ser
a TV GLOBO que teve a dignidade solidária de exibir
recentemente no Jornal Nacional a pouca vergonha que se
tornou este assunto. Mais de oito mil famílias
desamparadas e acreditando que uma ação
judicial que já se prolonga a meses, sem solução,
poderá, um dia, quem sabe, resolver a questão,
ou não... Dá vergonha de ser brasileiro!
E se a Varig quebrou por desfalques nos altos escalões
de suas administrações, naturalmente não
empregados por seus funcionários de terra ou de
ar, pelos operários e guerreiros da aviação,
é justo que estes, levem os prejuízos e
daqui a pouco não tenham, sequer, mais vida, objetiva
para lutar? Imaginem-se por um instante apenas, de repente
sem ter um tostão, sem assistência médica,
sem trabalho, sem condições, sem dignidade,
sim, porque, infelizmente o capitalismo nos impõe
a condição de sermos dignos cidadãos
apenas quando somos medidos pelo que temos e podemos financeiramente.
Que todos possam ter ainda, e pelo menos, a coragem de
lutar e gritar pelos seus direitos diante dos planaltos.
A Estrela Brasileira do céu azul foi terrivelmente
excluída do universo, sem aviso prévio,
nem teve o direito a pegar carona na cauda de um cometa
ou ver a via láctea, estrada tão bonita...
Variguianos e suas famílias perderam o emprego,
a família, os amigos, a dignidade, venderam seus
bens e no desespero vendem até seus jazígos
perpétuos....Seria cômico se não fosse
tão dramaticamente trágico.