O
Estado de São Paulo
23/02/2008
Interventor da VarigLog busca
financiamento de R$ 60 milhões
Rocha Lima rejeita fama de
polêmico e diz que precisa de paz para administrar
a empresa
Alberto Komatsu
O
interventor judicial da VarigLog, José Carlos
Rocha Lima, assumiu a administração da
empresa ontem, no meio de uma disputa judicial entre
os sócios que quase paralisou a empresa. Tido
como polêmico por sindicalistas e executivos do
setor aéreo, principalmente por seu envolvimento
na CPI dos Correios, Rocha Lima foi fiscal da companhia
por cinco dias, desde sábado. Agora, acumula
as funções de presidente, conselho de
administração e direção-executiva
por tempo indeterminado. Ele disse estar em contato
com bancos para obter R$ 60 milhões, dinheiro
necessário para colocar a operação
da VarigLog nos eixos.
Segundo
Rocha Lima, a empresa tem recebíveis como garantia.
Por isso, afirma ter conseguido a devolução
de dois aviões da Boeing, modelo 757-200, de
um total de cinco arrestados pela Justiça a pedido
da Wells Fargo. Ele teria negociado o pagamento de US$
1,2 milhão de uma dívida total de US$
4,5 milhões com a empresa de arrendamento de
aeronaves. A Wells Fargo foi procurada, mas não
retornou até o fechamento desta edição.
Atualmente,
a VarigLog está com uma frota de 11 aviões,
e Rocha Lima quer que esse número chegue a 23
até 2009. A receita bruta mensal foi de US$ 29
milhões em janeiro e ficará em torno de
US$ 24 milhões em fevereiro, segundo ele. Para
o interventor, o ideal é um fluxo de caixa mensal
de cerca de US$ 40 milhões, média obtida
de julho a dezembro de 2007.
Questionado
pelos representantes de trabalhadores do setor aéreo,
Rocha Lima acha injusto quando é lembrado por
ter recebido R$ 50 mil de uma prestadora de serviços
dos Correios, a Skymaster, o que lhe rendeu uma participação
na CPI dos Correios. Diz que o dinheiro foi pago por
ter feito consultoria. Sustenta não ter sido
indicado por ninguém ao cargo na VarigLog. “Foi
uma escolha do juiz”, diz ele.
“Isso
para mim é água passada. É uma
mentira absoluta. Eu preciso de paz para administrar
essa empresa”, respondeu Rocha Lima, ao ser questionado
sobre as polêmicas em sua carreira. O executivo
foi presidente dos Correios no início dos anos
90, e também já esteve na presidência
da própria VarigLog entre 2001 e 2002. Além
disso, foi sócio de Yutaka Imagawa - ex-homem
forte da Varig na época em que a Fundação
Ruben Berta era o poder máximo da empresa - na
SitLog, empresa de agenciamento marítimo.
“Não
vejo o Yutaka há dois anos e meio. E não
tenho nada contra ele. Quando ele lá esteve (na
Varig), me deu muito apoio. Não renego amizades”,
diz. No setor, Imagawa é tido como um dos responsáveis
pela crise que levou a Varig ao processo de recuperação
judicial, e foi deposto da companhia em agosto de 2003.
Rocha Lima diz que saiu da SitLog em 2003. Segundo ele,
essa empresa está desativada.
Folha
de São Paulo
23/02/2008
Fundador da JetBlue quer BNDES
para criar empresa no país
Empresário nascido
no Brasil deve apresentar proposta na próxima
semana à Anac e quer utilizar aviões da
Embraer
David Neeleman conta com a simpatia do governo, que
é favorável à criação
de uma empresa capaz de rivalizar com o duopólio
de Gol e TAM
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
Representantes
do fundador da JetBlue, David Neeleman, procuraram o
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social) para apresentar os planos de criação
de uma companhia aérea no Brasil. Segundo a Folha
apurou, eles pretendem obter financiamento para a aquisição
de jatos da Embraer.
As negociações estão adiantadas.
Neeleman conta com a simpatia do governo, que é
favorável à criação de uma
empresa capaz de rivalizar com o duopólio de
Gol e TAM na aviação civil. A JetBlue
é uma empresa aérea de baixo custo e baixa
tarifa criada no fim dos anos 1990 e cresceu mesmo em
um cenário de crise no setor. Em 2007, a Lufthansa
comprou parcela de 19% na companhia por US$ 300 milhões.
No ano passado, Neeleman foi substituído da presidência
da companhia, mas permaneceu na presidência do
Conselho de Administração. A empresa enfrentou
uma crise de imagem depois que uma nevasca fez passageiros
de um vôo passarem horas dentro de um avião
sem informações.
Um dos principais pontos que contam a favor do empresário
é o fato de ele ter cidadania brasileira. Neeleman
nasceu em São Paulo, em 1959. Na época,
o pai dele trabalhava como correspondente da agência
de notícias UPI. A família seguiu para
os EUA quando ele era criança, mas o empresário
voltou ao Brasil aos 19 anos para trabalhar como missionário
mórmon em Recife.
O fato de ter cidadania brasileira significa que ele
não precisa se juntar a outros sócios
no país ou buscar laranjas para montar uma nova
empresa. O Código Brasileiro de Aeronáutica
prevê que a participação de estrangeiros
em companhias aéreas seja restrita a 20%.
O projeto de criação da empresa não
tem relação direta com a JetBlue. Neeleman
já levantou cerca de US$ 250 milhões com
investidores para aplicar na companhia. O avião
escolhido seria o Embraer-190.
Na próxima semana, o empresário deve apresentar
pessoalmente os planos para a criação
da empresa à presidente da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil), Solange Paiva
Vieira. Ele já contratou uma empresa no Brasil
para elaborar o plano de negócios.
O empresário pretende começar a operar
até o fim do ano, mas pode esbarrar em dificuldades
como a obtenção do Cheta (Certificado
de Homologação de Empresa de Transporte
Aéreo), que normalmente leva quase um ano para
ser liberado. No mercado, especula-se que ele poderia
comprar uma companhia já em operação
para agilizar a documentação e um dos
nomes mais citados é o da Webjet. Outros nomes
já foram aventados, como os da TAF e da BRA,
mas o negócio não foi adiante.
A criação da companhia também é
favorável a Embraer, que passaria a ter uma companhia
disposta a disputar uma fatia expressiva do mercado
com os seus aviões. Procurada, a Embraer preferiu
não se manifestar sobre o assunto.
Segundo o consultor em aviação Paulo Bittencourt
Sampaio, Neeleman pretende criar uma empresa com hub
(centro de distribuição de vôos)
em Campinas, mas com operações também
no Santos Dumont e em Congonhas. "Vai ser uma empresa
com tarifas mais baixas que as da Gol, praticamente
nada de serviço de bordo e TV com vários
canais. Eles deverão adotar vôos diretos.
Se essa empresa sair do papel, poderá causar
grande mudança no setor."
Questionado na quinta sobre a entrada de Neeleman no
mercado, o presidente da TAM, David Barioni, disse não
menosprezar a concorrência. "O mercado está
aí para todos, desde que sigam regras éticas.
Vamos concorrer com eles."
Invertia
23/02/2008
Empresas
Embraer anuncia vendas em feira
na Ásia
A Embraer anunciou a assinatura de contratos para a
venda de no mínimo 14 novos aviões, por
ocasião da feira internacional de aviação
Singapore Airshow, realizada em Cingapura.
A
Embraer e a Jetscape, uma empresa norte-americana de
leasing baseada em Fort Lauderdale (Flórida),
firmaram um acordo para a compra de dez jatos Embraer
190, com opções para outras dez aeronaves,
mais dez direitos de compra para o mesmo modelo.
O
valor total do acordo é US$ 375 milhões,
referido a preços de tabela, e poderá
chegar a US$ 1,125 bilhão, se todas as opções
e direitos de compra forem confirmados.
A
empresa brasileira anunciou ainda a assinatura de um
contrato com a companhia aérea australiana Virgin
Blue Airlines Pty referente ao exercício de quatro
direitos de compra de jatos Embraer 190, por um valor
de US$ 150 milhões.
A
indústria aeronáutica fechou contratos
de vendas no valor de US$ 13,4 bilhões por ocasião
da feira internacional de aviação de Cingapura,
segundo indicou hoje a organização do
evento.
O
contrato de maior valor assinado durante a Airshow,
considerada a maior feira aeronáutica da Ásia,
foi o da companhia aérea indonésia de
baixo custo Lion Air com o fabricante americano Boeing,
da qual comprou 56 aviões do modelo 737-900ER
por US$ 4,4 bilhões.
Durante
a feira, a companhia aérea estatal indonésia
Garuda fez um pedido a Boeing de quatro aviões
777-300ER, por um valor total de US$ 1 bilhão.
A
Airbus assinou também um contrato de US$ 877
milhões com a chinesa BOC Aviation, para fornecer
a esta companhia aérea quatro aviões de
carga A330-200F.
Jornal
do Brasil
23/02/2008
Queda de aeronave mata quatro
em Belo Horizonte
Portal Terra
BELO HORIZONTE - Um avião de pequeno porte caiu
neste sábado no Parque das Mangabeiras, região
sul de Belo Horizonte, causando a morte de quatro pessoas,
segundo o coronel Claudio Teixeira, comandante do Centro
de Operações do Corpo de Bombeiros. O
avião se chocou contra paredão da Serra
do Curral, perto de torres de transmissão de
emissoras de televisão da capital mineira, e
explodiu.
Vigias do parque acionaram as autoridades ao verem fumada
na área. Quando os bombeiros chegaram ao local,
ainda havia fogo. Várias viaturas e um helicóptero
dos Bombeiros foram acionados.
Jornal
do Brasil
23/02/2008
Problema desvia jato da American
Airlines
Um
jato da American Airlines com 138 pessoas a bordo pousou
com segurança, no aeroporto de Miami, depois
de ser desviado por causa de um problema no trem de
pouso dianteiro. O vôo AA862 ia de West Palm Beach,
na Flórida, para o aeroporto O'Hare, de Chicago.
O avião teve de dar voltas sobre o aeroporto
para queimar combustível antes de pousar. Num
trabalho preciso, o piloto desceu à pista usando
o trem de pouso traseiro, com a ponta do avião
para o alto, antes de colocar o trem de pouso dianteiro
no chão, já em menor velocidade.
Mercado
e Eventos
23/02/2008
Gollog encerra 2007 com alta de
37%
A Gollog, empresa de cargas da companhia aérea
Gol, registrou um aumento de mais de 37% no volume transportado
durante o ano de 2007. Isso significa um aumento de
41.200 toneladas em 2006 para 56.500 toneladas no ano
passado. A receita bruta cresceu 36,4% e saltou de R$
126 milhões para R$ 172 milhões no mesmo
período.
"Estamos
encorajados com nosso desempenho em 2007. Novos mercados
foram abertos e o atendimento aprimorado. Além
disso, passamos a contar com o espaço das aeronaves
da VRG, adquirida pela Gol em abril, ampliando nossa
rede de atendimento nos mercados doméstico e
internacional", afirma Tarcísio Gargioni,
vice-presidente de Marketing e Serviços da Gol.
Em
abril, a Gol implementará seu novo sistema de
controle dos processos de transporte de cargas, o HORUS/LMS
(Logistics Management Systems), da Unisys. A ferramenta
reduz os custos diretos de TI e aumenta a eficiência
dos processos de atendimento ao cliente e do transporte
de cargas, melhorando a gestão de receita da
companhia.
Valor
Econômico
Quarta-feira, 20 de fevevereiro de 2008
Ex-conselheiros da Varig executam
indenização
Os ex-conselheiros da administração da
Varig, David Zylbersztajn, Omar Carneiro da Cunha Sobrinho,
Eleazar de Carvalho Filho e Marcos Castrioto de Azambuja,
entraram com uma execução de sentença
arbitral na Justiça do Rio de Janeiro cobrando
da Fundação Rubem Berta uma dívida
de R$ 3 milhões.
O
valor foi estipulado por decisão arbitral a título
de indenização pela destituição
dos conselheiros, sem justa causa, durante o ano de
2005. Conforme informações do Valor Econômico
, os executivos ficaram no cargo durante apenas seis
meses, quando foram então destituídos,
em novembro de 2005.
De
acordo com os autos do processo de execução
em andamento na Justiça carioca, no contrato
assinado com a Fundação Rubem Berta estava
previsto que os executivos teriam liberdade para tomar
decisões visando a recuperação
da empresa e também estava previsto uma cláusula
com o pagamento de uma indenização caso
o contrato fosse rompido sem justa causa.