O Estado de São Paulo
22/08/06
Troca no comando da Varig
Marcelo Bottini deixa a presidência
da companhia
Mariana Barbosa
O presidente da Varig, Marcelo Bottini, que acumulava
a função de gestor interino, deixou ontem
a direção da empresa. Sua saída,
bem como o afastamento de todo o conselho de administração
da empresa, estava prevista no plano de recuperação.
Com a venda da parte boa da Varig para a Varig Log, não
havia mais sentido manter essa estrutura. A Varig remanescente,
que assumirá o nome e a marca Nordeste, uma das
companhias aéreas do grupo, será comandada
pelo gestor judicial Miguel Dau, eleito na semana passada.
O cargo foi transferido formalmente ontem, durante uma
reunião de diretoria da Varig velha na sede da
companhia, ao lado do aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Aos 45 anos, dos quais 26 dedicados à Varig, Bottini
assumiu o comando da companhia em novembro do ano passado,
com o afastamento de Omar Carneiro da Cunha e David Zylbersztajn.
Casado com uma ex-comissária da Varig, ele deixou
a família em Miami quando assumiu a presidência.
Por conta da crise da empresa, ele literalmente passou
a morar na Varig, num quarto anexo à sala da presidência.
Calmo e atencioso com os funcionários, ele é
tido com um dos grandes responsáveis por manter
o ânimo da tropa, apesar dos salários atrasados.
Miguel Dau ficará responsável por administrar
um passivo de R$ 7,5 bilhões - com uma receita
de apenas alguns milhões. Além de alugar
imóveis e prestar serviços para a nova Varig,
a Nordeste irá operar um único vôo,
de fim de semana, ligando São Paulo a Porto Seguro,
na Bahia. M.B.
Folha de São Paulo
22/08/09
VarigLog pede proteção
de linhas contra decisão da Anac
DA SUCURSAL DO RIO
Os advogados da VarigLog pediram ontem ao juiz Luiz Roberto
Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, responsável
pelo processo de recuperação da Varig, que
reitere sua decisão sobre a redistribuição
de linhas da aérea e que intime a Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) para comunicar
que há uma decisão judicial em vigor.
Ayoub suspendera a redistribuição das linhas
da Varig que não constam da primeira etapa do plano
básico de linhas apresentado à Justiça
e à agência. Segundo ele, os vôos domésticos
só poderão ser redistribuídos 30
dias após a obtenção do certificado
de concessionária de transporte público
da nova Varig e após 180 dias no caso dos vôos
internacionais.
A agência manteve a decisão alegando que
não recebeu a notificação e que a
outorga de vôos é de competência da
Justiça Federal. A Anac diz que a redistribuição
é questão de interesse público e
que não pode fazer reserva de mercado à
Varig.
A agência pretende redistribuir 148 vôos e
53 "slots" (espaços de pouso e decolagem)
em Congonhas por meio de licitação. O processo
não é imediato e depende da elaboração
de edital.
Após encontro com o advogado da VarigLog, o juiz
Ayoub afirmou que nenhuma providência pode ser tomada
enquanto não houver a confirmação
de que a agência foi notificada.
O Globo
22/08/06
O Globo
22/08/06
O Globo
22/08/06
Estadão
21 de agosto de 2006 - 19:52
VarigLog pede congelamento de horários
e slots não utilizados
Na petição, a
empresa requer ainda ao Juiz Luiz Roberto Ayoub que determine
que a agência cumpra a medida, sob pena de conseqüências
previstas em lei
Nilson Brandão Junior
RIO - A VarigLog, nova dona da Varig, encaminhou nesta
segunda-feira petição ao Juízo da
8ª Vara Empresarial do Rio, pedindo que sejam enviados
ofícios a cada um dos diretores da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), informando
a decisão de congelar os horários de vôos
e slots (intervalos de pouso e decolagem) que não
estejam sendo utilizados pela nova empresa.
Na
petição, a empresa requer ainda ao Juiz
Luiz Roberto Ayoub que oficie a diretoria da decisão,
que já havia sido tomada anteriormente, e determine
que a agência cumpra a medida, sob pena de conseqüências
previstas em lei, como a aplicação de multa
pessoal.
O
pedido deverá ser julgado apenas nesta terça-feira,
comentou fonte que acompanha o assunto. Em decisão
datada do último dia 14, o juiz determinou uma
espécie de congelamento dos vôos e slots
que a Varig não venha a realizar.
Agência
O Globo
21.08.2006 | Atualizado 17:48h
Cade não pode combater concentração
no setor aéreo, diz presidente do órgão
Ramona Ordoñez - O Globo
RIO
- A presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade), Elizabeth Farina, informou que o órgão
não pode fazer nada contra a concentração
dos vôos domésticos em apenas duas empresas,
a TAM e a Gol que têm mais de 60% do mercado. Segundo
Farina, que participou de palestra na Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro, o problema
de concorrência não é uma questão
exclusiva de concentração.
-
Se pode ter uma concentração alta e ter
uma concorrência muito forte entre os grandes. Não
existe nenhum nível de concentração
que seja proibido. Ninguém vai ser condenado por
ter uma participação alta de mercado, desde
que o caminho para isso tenha sido concorrência
lícita. Não existe um nível de concentração
que seja ilegal - disse Farina.
A
executiva lembrou que recentemente o Cade analisou o caso
de promoções especiais que a Gol fez na
cobrança de algumas passagens aéreas. A
apuração concluiu que não se tratava
de uma concorrência predatória.
Uol
21/08/2006 - 14:50h
Vôos e "slots" da
Varig devem ser licitados em outubro, diz Anac
A
Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) informou hoje que a distribuição
dos vôos e " slots " (horários
para pouso e decolagem) que deixaram de ser operados pela
Varig será feita por meio de licitação.
A expectativa é de que o trabalho seja feito ao
longo de setembro e que o processo licitatório
comece a partir do início de outubro.
De
acordo com informações da agência,
a Varig operava 272 vôos em maio e hoje realiza
apenas 124. Dessa forma, sobram 148 vôos para serem
licitados, além de 53 " slots ".
Agência O Globo
21.08.2006 - Atualizado 08:28h
Agência só deve redistribuir
rotas da Varig a partir de outubro
BRASÍLIA - Apesar de ter informado na semana passada
que começaria a distribuir as rotas que não
ficassem com a Varig, além de suas autorizações
de pouso e horários de trânsito em aeroportos,
a Agência Nacional de Aviação Civil
deverá começar a fazê-lo somente a
partir de outubro.
Reportagem publicada no jornal O Globo desta segunda-feira
explica que a previsão é da própria
Anac. O motivo são os prazos exigidos nos processos
de licitação.
A TAM já anunciou que tem interesse nas rotas
internacionais para Paris e Milão e nas nacionais
que estão nos principais aeroportos, mas a empresa
terá que participar da licitação.
A Anac também fará concorrência pública
para linhas dos aeroportos menores do país, dependendo
do interesse do mercado. O edital da licitação
da Anac terá que ser publicado primeiro para consulta
pública, e somente depois será divulgada
a versão definitiva. A agência reguladora
é o poder concedente das rotas aéreas. No
total, serão licitados 148 vôos, contra os
272 que a Varig fazia antes.
O anúncio da retomada das rotas provocou a reação
do juiz Luiz Roberto Ayoug, da 8ª Vara Empresarial
do Tribunal de Justiça do Rio. Ele alegou que uma
decisão judicial estabelecia que a distribuição
só poderia ocorrrer 30 dias após a homologação
do contrato de venda da Varig à VarigLog.
Mercado&Eventos
21/08/06
Embratur: Brasil perde cem vôos
semanais e inicia segunda fase do Plano Aquarela
Depois de afirmar que o Brasil registrou em julho uma
média de 620 vôos internacionais, o que corresponde
a uma redução de cem vôos procedentes
do exterior, em comparação ao mês
de janeiro, a presidente da Embratur, Jeanine Pires, confirmou
hoje (21/08) o lançamento, até o final de
setembro, da segunda fase do Plano Aquarela.
"A
crise da Varig, aliada à questão cambial
e outros fatores contribuíram para a redução
nos vôos internacionais. O ministro Walfrido dos
Mares Guia já encaminhou o problema à Anac
e outros setores do governo no sentido de ampliar os vôos
regulares através de acordos bilaterais, como também
os charteres procedentes do exterior", destacou ela.
Jeanine
confirmou também que, dentro de um mês, a
Embratur vai iniciar a segunda etapa do Plano Aquarela.
"Com base em estudos realizados e nos indicadores
obtidos em mercados no exterior, vamos implementar uma
nova estratégia para trabalharmos cada mercado
emissor visando obter resultados mais imediatos",
explicou.
A
presidente da Embratur participa amanhã (22/08)
do Fórum Estadual de Turismo, em Florianópolis,
e em seguida viaja para os Estados Unidos onde, pela primeira
vez, o governo brasileiro participará oficialmente
da La Cumbre, entre os dias 6 e 8 de setembro, em Las
Vegas.
"O
mercado norte-americano tem uma importância significativa.
Este evento passou a trabalhar com os mercados emissivo
e receptivo, o que levou a Embratur a participar divulgando
o Brasil", lembrou.