::::: RIO DE JANEIRO - 22 DE ABRIL DE 2008 :::::

 

Valor Econômico
22/04/2008

Brasil perde 47 freqüências internacionais

Roberta Campassi

O cancelamento dos vôos internacionais de longa distância da Varig e da OceanAir, nos últimos dez dias, não gerou uma crise no tráfego de passageiros, já que as operações em questão representam uma pequena parte do total de vôos ao exterior que partem do Brasil. Mais uma vez, no entanto, cai a oferta de assentos internacionais, o que influencia na facilidade que brasileiros e estrangeiros encontram para sair ou vir ao país.

A Varig cancelou seus vôos diários para Paris, Madri e Cidade do México, enquanto a OceanAir suspendeu as cinco freqüências semanas que operava para a capital mexicana. Em março, a Varig já havia suspendido as rotas para Londres, com um vôo por dia; Frankfurt, que chegou a ter duas freqüências diárias, e Roma, destino para onde a Varig voava após pousar em Paris. Ao todo, o Brasil perdeu 47 freqüências internacionais por semana, cerca de 6% do total de 806 operadas na média semanal do ano passado. Os números são da Embratur e consideram as companhias aéreas brasileiras e estrangeiras. Agora, entre as nacionais, apenas a TAM tem operações de longa distância ao exterior.

Segundo Jeanine Pires, presidente da Embratur, órgão estatal que promove o Brasil no exterior, a suspensão de parte da oferta deve elevar a demanda pelos vôos das companhias que mantêm suas operações. "Isso dificulta que grupos grandes de turistas consigam lugar em vôos para vir ao Brasil", diz Jeanine. "Vamos fomentar a vinda de vôos fretados para suprir essa demanda." Segundo ela, os turistas espanhóis e franceses devem ser os mais prejudicados com a encolhimento da atuação da Varig. "A demanda tem crescido bastante na França e na Espanha", afirma.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Carlos Alberto Amorim Ferreira, prevê que, com aviões mais cheios, as companhias aéreas poderão vender passagens mais caras. "As opções de passagens mais baratas serão escassas, especialmente na alta temporada", diz.

As interrupções em vôos da Varig e da OceanAir também ampliam a diferença entre a participação das companhias brasileiras e internacionais na oferta de assentos para o Brasil. As estrangeiras detêm cerca de 65% desse fluxo e as nacionais ficam com o restante. As fatias eram equilibradas até quando a "velha" Varig, em meio a uma grave crise financeira, abandonou várias rotas internacionais, em julho de 2006.

O risco do desequilíbrio, segundo Jeanine, é que o país fica suscetível à estratégia das companhias estrangeiras. "Se outras rotas passam a ser mais interessantes do que os vôos para o Brasil, as companhias internacionais podem reduzir suas operações aqui", diz.

Por enquanto, porém, as estrangeiras vêm dando mostras de que o Brasil é um bom negócio. Diversas companhias aéreas, de todas as regiões, ampliaram seus vôos ao Brasil ou começaram a voar para cá. A Emirates, dos Emirados Árabes, iniciou vôos em outubro passado para São Paulo. A portuguesa TAP, que já voava para seis cidades no país, criou em julho vôos diretos de Lisboa para Brasília. Em fevereiro, inaugurou os vôos para Belo Horizonte. Já a Air France lançou um segundo vôo diário entre Paris e Rio de Janeiro.

Do lado brasileiro, em 2007 a TAM lançou vôos para Madri, Frankfurt e Milão, além de um entre Salvador e Paris. Como resultado, o número de vôos e assentos internacionais atingiu recordes no ano passado.

 

 

O Globo
22/04/2008

 

 

Site Baguete.com.br
22/04/2008

Infraero economiza R$ 4 mi/ano com BrOffice

A Infraero vai adotar o BrOffice, o que acarretará economia de mais de R$ 4 milhões anuais, informa a assessoria de imprensa da instituição. Uma campanha de esclarecimento e de treinamento será aplicada aos funcionários. A previsão da Superintendência de Tecnologia da Informação é que até setembro seja concluída a mudança.

"A adoção de software livre é uma tendência mundial. A decisão da Infraero faz parte de uma série de medidas que estão sendo adotadas para reduzir custos e tornar a empresa mais eficiente" afirma o superintendente de TI da Infraero, Luiz Júlio Silva Ferreira.

A empresa também fará uma campanha para que os funcionários deixem de usar programas piratas em casa e passem a adotar o pacote de código aberto.

 

 

Jornal do Brasil
22/04/2008

TACA inicia em julho os novos vôos Lima-Rio

A partir do dia 2 de julho, a companhia aérea TACA começa a operar a rota Lima-Rio-Lima. A empresa, resultado da aliança de várias outros empreendimentos da América Central, voa para o Brasil desde 2000 e fazia apenas a rota a partir de São Paulo, com saídas diárias. Para o Rio, que deverá receber também um escritório regional da companhia, serão quatro freqüências semanais.

– O Rio é um destino estratégico para nós em termos de turismo de negócios – define Ian Gillespie, representante da TACA no Brasil. A empresa pensa em abrir vôos também para Porto Alegre, Manaus e algumas capitais do Nordeste nas próximas ampliações.

O início da rota Lima-Rio-Lima terá passagens com preços promocionais a US$ 469. A frota é formada por 38 aeronaves, Airbus A319, A320 e A321. Há ainda 16 EMB-190, de 100 lugares, encomendados, com o primeiro chegando para a operação em agosto.

O novo vôo Rio-Lima tem partida às 5h35, e chegada às 9h30, às segundas, quartas, sextas e sábados. O retorno Lima-Rio decola às 3h35 e chega às 4h35, sempre às terças, quintas, sextas e domingos. Da capital peruana a TACA tem conexões para Caracas, Bogotá, Guatemala, Quito, San Jose da Costa Rica e Medellín, sem falar nos portões para entrada nos Estados Unidos, via Oakland e San Francisco, na Costa Oeste, e Miami, na Costa Leste (tais vôos são oferecidos a partir de El Salvador).

 

 

Site Vide Versus
22/04/2008

Finalmente governo Lula fará auditoria internacional no setor aéreo

Nove meses depois do desastre com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas, o Ministério da Defesa está finalizando os procedimentos para realizar uma auditoria no setor de aviação civil por meio de uma empresa internacional. A informação foi repassada pelo próprio ministro da Defesa, Nelson Jobim, a deputados federais da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deutados. "Vamos verificar onde estão as deficiências, onde temos de promover ajustamentos," disse Jobim. O ministro revelou-se preocupado com "o crescimento brutal que está acontecendo no tráfego aéreo no Brasil". Segundo ele, há, hoje, "1.950 vôos diários controlados pelo sistema" submetido à gestão da Aeronáutica. Mais: há, nas palavras do ministro, "um crescimento exponencial em torno de 15% ao ano”. "Ou seja, teremos, ainda em 2008, um acréscimo de 150 vôos. Isso nos leva a discutir a infra-estrutura aérea", acrescentou Jobim na reunião com os deputados.

 

 

CORREIO BRAZILIENSE
21/04/2008

Espionagem na Infraero

Estatal é suspeita de criar departamento para monitorar servidores e pessoas ligadas ao setor aéreo. Especialistas em estratégia militar garantem que a inteligência é a melhor arma para combater o inimigo. A estratégia tem sido levada à sério por diferentes órgãos do governo federal. Muito antes do Palácio do Planalto preparar o dossiê com contas sigilosas do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e deflagrar a crise política do momento, a Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, criou uma sessão exclusiva para coletar, produzir, analisar e interpretar dados "necessários à tomada de decisões".

Servidores da empresa e pessoas ligadas ao setor temem estar sendo monitorados pela Assessoria Especial de Inteligência Empresarial, que funciona no mezanino do aeroporto de Brasília. Para o comando do setor de inteligência foi escolhido um coronel da reserva da Aeronáutica, Hélcio Medeiros Ribeiro, há 10 anos na estatal. Foi o ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, quem criou a Assessoria Especial de Inteligência, em 31 de maio do ano passado.

Ele argumenta que a idéia inicial era colaborar com órgãos como a Polícia Federal no combate ao tráfico de drogas, armas, carga e também de pessoas nos aeroportos e também trabalhar com estatísticas e informações sobre o setor aéreo. E o atual presidente da estatal, Sérgio Gaudenzi, manteve ativa a sessão de inteligência para, segundo a assessoria de imprensa da empresa, "garantir informações adequadas ao processo decisório, colaborar com o presidente da Infraero e com os diretores".