:::::RIO DE JANEIRO - 22 DE MARÇO DE 2007 :::::

 

O Dia -Economia
22/03/2004
Luz no fim do túnel
Aposentados da Transbrasil e da Varig têm os pagamentos prorrogados
A previsão era que terminassem no mês que vem

Rio - Os pagamentos dos aposentados da Transbrasil assistidos pelos planos 1 e 2 do Aerus (fundo de pensão dos ex-funcionários da Transbrasil e da Varig) serão prorrogados até dezembro deste ano. Já os pagamentos dos aposentados da Varig serão estendidos por mais um mês (no caso do plano 1), e por mais três meses (no caso do plano 2). A previsão era que os últimos benefícios fossem pagos no dia 3 de abril.

Os aposentados do plano 1 da Transbrasil vão receber 50% do benefício a que teriam direito, e os do plano 2 terão 70%. Os assistidos vinham recebendo apenas 50% desde a intervenção no Aerus, em abril do ano passado, e sofreram desconto adicional de 20% em fevereiro, devido a uma dívida de R$ 59 milhões do fundo com a Receita Federal.

A prorrogação foi decidida ontem, um dia após reunião entre aposentados, diretores do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o interventor nomeado pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), José da Silva Crespo Filho. A SPC só não confirmou a prorrogação do plano 1 da Varig, mas o SNA já foi informado da decisão. No País , existem mais de 10 mil beneficiários do Aerus, 6 mil no Rio.

Verbas remanejadas para pagar benefícios

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, disse que a prorrogação foi obtida por meio do remanejamento de verbas para gastos administrativos e judiciais. “No caso da Varig, o interventor está sendo mais cauteloso, pois há muitos processos e mais assistidos: são quase 9 mil, contra 1.100 da Transbrasil”.

Zoroastro Ferreira, piloto da Varig aposentado pelo plano 1, comemorou. “O ideal seriam dois meses, mas já é um alento. Vamos apertar o cinto e continuar lutando”, disse. Os aposentados aguardam que o Supremo Tribunal Federal (STF) aprecie recurso da Advocacia Geral da União contra sentença da Justiça determinando que o governo pague os benefícios. O Plano 1 da Varig tem R$ 102 milhões investidos e R$ 17 milhões de liquidez (dinheiro em caixa, que pode ser usado a qualquer hora), com folha de pagamento de R$ 3,6 milhões mensais. O plano 2 tem folha mensal de R$ 3 milhões, R$ 200 milhões de liquidez e R$ 377 milhões investidos.

 

 

O Estado de São Paulo
22/03/2007
MP pressiona executivos favorecidos pela Varig
Alberto Komatsu

O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio quer uma investigação criminal para o favorecimento de executivos da Varig, que receberam R$ 1 milhão de verbas rescisórias sem serem demitidos. O pedido deve ser encaminhado hoje à 1ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial da Varig. O Ministério Público Estadual (MPE) também pedirá um inquérito policial caso o dinheiro não seja devolvido amigavelmente.

O MPE defende o uso desses recursos para o pagamento de dívidas trabalhistas, estimadas em R$ 150 milhões, conforme petição enviada há 10 dias à 1ª Vara Empresarial, cujo titular é o juiz Luiz Roberto Ayoub - que não fixou um prazo para decidir sobre o caso.

A denúncia de favorecimento de um grupo de executivos ligados ao alto escalão da Varig na gestão de Marcelo Bottini, foi feita por ex-funcionários da companhia. De acordo com os autos da recuperação judicial, o favorecimento aconteceu três meses antes do leilão da empresa, ocorrido em julho de 2006.

PENHORA

A Justiça Federal do Rio determinou, no último dia 16, a penhora de ações da VarigLog e VEM, ex-subsidiárias da Varig, para o pagamento de uma dívida de R$ 22 milhões da Rio Sul (ex-subsidiária incorporada às operações do grupo), com a União. 'Vamos recorrer assim que tivermos conhecimento integral do processo', diz o advogado da VarigLog, Cristiano Zanin Martins. A VEM, por sua vez, informa que não foi notificada oficialmente e que o setor jurídico busca 'informações exatas'.

 

 

Valor Econômico
22/03/2007
Asiáticas aproveitam mão-de-obra formada no Brasil

Numa tarde de terça-feira, Sigrid Rath atende o telefone em sua sala, na sede da Qatar Airways, em Doha. Do outro lado da linha, onde o relógio ainda marca sete e meia da manhã, a repórter brasileira busca informações sobre a empresa. Os primeiros dois minutos da conversa são mantidos em inglês até que Sigrid muda o código: "Eu falo um pouquinho de português", diz, com sotaque estrangeiro e ao mesmo tempo pronúncia de Portugal. "Eu nasci no Rio de Janeiro", completa Sigrid, para o espanto de sua interlocutora.

Sigrid, que nasceu e morou no Brasil até os dois anos de idade, é filha de uma portuguesa e de um alemão. Morou a maior parte da vida na Alemanha e visitava com certa freqüência a família da mãe, em Portugal. Até que foi viver no Catar. "Há muitos empregos por aqui e os salários são altos", explica ela, que é a executiva de relações com a mídia da Qatar Airways, a companhia aérea nacional. Se ela gosta? "Bom, não é tão bonito como o Rio de Janeiro, mas é uma boa experiência."

Por mais curiosa e multicultural que seja a história de Sigrid, ela é bastante comum em alguns países do Oriente Médio. No Qatar, onde a população é de apenas 900 mil habitantes, não há profissionais nativos especializados em número suficiente para fazer frente a uma economia que cresce mais de 7% ao ano. Por isso, o pequeno país contrata mão-de-obra no exterior. Lá, 60% da população economicamente ativa é estrangeira, segundo uma pesquisa do Gulf Corporation Council (GCC), organização que congrega seis Estados árabes.

Se no caso das companhias aéreas o corpo de funcionários já tende a ser multicultural, nas empresas do Oriente Médio essa característica fica ainda mais forte. A Emirates, por exemplo, sediada em Dubai, voa para 59 países, mas emprega pessoas com mais de 100 nacionalidades diferentes.

A Emirates já ficou conhecida no Brasil ter recrutado ex-pilotos da Varig. Hoje, a companhia tem 200 tripulantes brasileiros, entre pilotos e comissários, mas o objetivo é chegar a 400, conta Ralf Aasmann, diretor da companhia para América Latina e Caribe. A Emirates realiza até o fim deste mês eventos de pré-seleção em Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Nos próximos meses, o mesmo trabalho será feito em outros países da América do Sul, como Bolívia, Paraguai e Venezuela.

A Qatar Airways, que tem expectativa de começar a voar para o Brasil em 2008, já realizou um processo seletivo no país para contratar 40 pilotos. "Mas sem dúvida vamos aumentar as vagas, porque compareceram 115 pessoas, muito bem qualificadas", disse Ian Gillespie, diretor da empresa para América Latina e Caribe. Além dos pilotos, 20 comissários de bordo brasileiros e 30 argentinos já estão contratados, mas o número tende a crescer em função da proximidade do início dos vôos. O Brasil tornou-se um lugar atraente para recrutar tripulantes, pelo tamanho do seu mercado de aviação e quantidade de profissionais com experiência, muitos dos quais perderam seus postos de trabalho com as crises da Varig, Transbrasil e Vasp.

A Air China é a exceção. Ao contrário da empresas do oriente médio, não tem nenhum brasileiro entre seus tripulantes. Nos vôos para o Brasil, todos os pilotos e comissários são chineses, devido a uma política da companhia. No aeroporto e no escritório em São Paulo, dos 14 funcionários, cinco são chineses.

 

 

Folha Online
21/03/2007 - 23h15
Avião da TAM faz pouso forçado em Campo Grande

Uma aeronave Fokker-100 da TAM realizou um pouso de emergência na noite desta quarta-feira no aeroporto de Campo Grande (MS). O destino do vôo era o aeroporto internacional de Guarulhos (Grande São Paulo).

O avião decolou às 19h30, mas retornou para o terminal pouco tempo depois. Segundo a TAM, o comandante do avião constatou uma falha em um dos sistemas hidráulicos do avião.

O avião pousou na pista auxiliar, onde os 80 passageiros desceram. Em nota, a TAM informou que três pneus da aeronave sofreram expansão térmica durante a aterrissagem e terão que ser substituídos.

De acordo com a empresa, os passageiros seriam colocados em outro avião e decolariam para Guarulhos ainda na noite desta quarta. A nova aeronave pousaria às 23h para o embarque dos passageiros.