:::::RIO DE JANEIRO - 21 DE NOVEMBRO DE 2006 :::::

 

G1 - GLOBO
20/11/2006 - 17h41m - Atualizado em 20/11/2006 - 18h52m
WALDIR PIRES GARANTE SEGURANÇA NAS ROTAS AEROVIÁRIAS DO PAÍS
Gustavo Tourinho, do G1, em Brasília

O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse nesta segunda-feira (20), na sede do Superior Tribunal Militar (STM) em Brasília, que desconhece o conteúdo do relatório da Aeronáutica que comprova que pelos menos mais três incidentes graves poderiam ter acontecido nas rotas aeroviárias de todo o país só neste ano, assim como foi o caso da tragédia entre o Boeing da Gol e o jatinho Legacy, que se chocaram em setembro, matando 154 pessoas. Os documentos foram divulgados, com exclusividade, pelo “Fantástico”, da TV Globo, e pela revista "Época", no último domingo (19).

“Eu não sei de nada. Vou pedir o relatório. Preciso ler para saber do que se trata”, disse o ministro. Ele assegurou que o relatório ainda não foi enviado pela Aeronáutica ao Ministério da Defesa. Segundo o “Fantástico” um controlador de vôo disse que não colocaria o próprio filho dentro de um avião, por não confiar na segurança do tráfego aéreo no Brasil. Em resposta ao controlador de vôo, o ministro disse: “Eu me coloco dentro de um avião. Nós vamos criar instituições de controle de vôo para tranqüilizar a instituição”.

Questionado sobre a qualidade dos equipamentos de controle de vôo utilizados no Brasil, Pires foi taxativo: “Melhoramos muito nos últimos cinco anos. Nossos equipamentos são muito bons”. Em reação ao Inquérito Policial Militar (IPM), que investiga a atuação dos controladores que trabalhavam no momento do acidente com Boeing da Gol, o Ministro disse ser “necessária” a abertura do inquérito. “Não abro mão de segurança. Se tenho um conselho a dar a esses controladores é que sejam fortes”.

 

 

G1 - GLOBO
20/11/2006 - 02h14m - Atualizado em 20/11/2006 - 07h08m
RELATÓRIO REGISTRA TRÊS SITUAÇÕES DE ALTO RISCO EM 2006
Revelações mostram que um acidente como o ocorrido com o Boeing da Gol era um risco iminente no céu do pais
Fantástico

RIO - Pelo menos três desastres aéreos como o do avião da Gol - que matou 154 pessoas no fim de setembro - quase aconteceram este ano, revela reportagem da revista "Época" desta semana. O repórter Walter Nunes teve acesso a relatórios confidenciais do comando da Aeronáutica, que o Fantástico divulgou neste domingo (19) com exclusividade. Os documentos mostram que três incidentes graves ocorreram nos céus brasileiros nos últimos meses. São casos de quase-colisão, em que os aviões não se chocaram por pouco.

O risco de acidente foi classificado como "crítico", que, segundo o manual da Aeronáutica, é quando o choque não ocorreu devido ao acaso ou à ação evasiva de algum dos pilotos.
Segundo um controlador de vôo com mais de 20 anos de experiência, quase-colisões entre aeronaves são comuns no Brasil.

Esses incidentes podem ocorrer em qualquer local, em qualquer área terminal, em qualquer área de centro de controle, em qualquer proximidade com qualquer aeroporto.

Caso 1
Aviões da Varig e da TAM quase se chocam após manobra errada.

Oprimeiro caso aconteceu em 16 de janeiro, no sudoeste de Curitiba. Um boeing 737 da Varig tinha saído do aeroporto da capital paranaense com destino a Porto Alegre, enquanto um Fokker 100 da TAM viajava de Buenos Aires para Curitiba. No meio do caminho, o TCAS, radar das aeronaves, indicou a aproximação das duas aeronaves. O centro de controle percebeu o problema e instruiu as aeronaves, mas o avião da Varig efetuou uma manobra errada.

O comandante da Varig, em vez de fazer uma curva para a direita, para se distanciar ainda mais do Fokker 100, virou para a esquerda, indo justamente de encontro - disse o controlador de vôo.
Os dois jatos passaram muito perto um do outro: menos de mil pés, ou cerca de 300 metros, a distância mínima recomendada no espaço aéreo.

Caso 2:
Apenas 150 metros separou aeronaves no interior de São Paulo

O caso número 2 aconteceu em 19 de maio, na região de Boituva, interior de São Paulo. O comandante Costa pilotava um Cessna 180, carregando um grupo de paraquedistas.
''Quando eu voltei, um colega da área falou que o centro de controle de Curitiba tinha recebido uma informação de uma aeronave que estava passando e me viu e falou que passou um pouco perto'', contou o comandante Costa.
A aeronave que estava passando era o vôo 1696 da Gol, que ia de Curitiba para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Só que o avião estava num rumo errado, ele passava perto demais do Aeroporto de Boituva.

''Em virtude disso, ela acabou indo para cima dessa aeronave que estava efetuando o lançamento de paraquedista'', completou o controlador de vôo.

Segundo o relatório da Aeronáutica, os dois aviões não se chocaram por muito pouco. Passaram a apenas 150 metros um do outro.

Caso 3
Piloto descreve susto com o vulto de um avião

O caso número 3 aconteceu em 30 de junho. O MD-11 da Varig, que ia para o Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, levantou vôo de uma das pistas. Outro avião se preparava para pousar em outra pista. Por segurança, o controle de aproximação de Manaus pediu ao MD-11 que fizesse uma curva à direita após a decolagem. O avião seguiu a ordem. Logo depois, o comando mandou a aeronave regressar à rota original. Só que o controlador não percebeu que havia outro avião levantando vôo.

O avião, que partia do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, era um Brasília da Força Aérea Brasileira. Os dois aviões quase bateram no ar. Um dos pilotos do MD-11 escreveu mais tarde um e-mail para o setor da Varig responsável por segurança aérea. O assunto do e-mail: risco de colisão.

No documento, o piloto diz que foi "surpreendido por um vulto no pára-brisa dianteiro. Era um avião Embraer 120, o popular Brasília". O e-mail continua: "A aeronave passou, com toda a certeza, a menos de 50 metros da nossa. Conseqüência: um tremendo susto, risco enorme de colisão e um silêncio na freqüência". "Silêncio na freqüência" quer dizer que o piloto não foi alertado pelo rádio da torre de controle sobre o risco de colisão.

''É um relato bastante preocupante, porque, numa situação como aquela, em que o piloto está muito preocupado com a parte dos instrumentos da aeronave, porque ele está iniciando um procedimento de decolagem, iniciando um procedimento de subida, é um momento em que ele não está com a atenção voltada para fora da cabine. E quando ele viu o vulto da aeronave passar à direita, ele ficou bastante assustado. Para nós, que somos controladores de tráfego aéreo, o susto ocorre também, embora nós não estejamos voando, estejamos aqui em terra'', comentou o controlador de vôo.

 

 

Diário do Turismo Aviação
20/11/2006
Varig divulga seu novo serviço de bordo

O departamento de relacionamento da Varig informa que o serviço de bordo das rotas domésticas da empresa foi totalmente reformulado para oferecer aos clientes mais opções e variedades durante a viagem. São refeições rápidas e diversificadas, compostas de
combinações de sanduíches quentes e frios, empanadas, calzones, frutas frescas e sobremesas tipicamente regionais, como os doces de abóbora, mamão e as cocadas baianas.

Os preços das passagens internacionais também está sendo divulgado: um bilhete da empresa aérea, saindo de São Paulo para Frankfurt sai a partir de US$ 1086 e para Buenos Aires, a partir de US$ 265.

O relacionamento da empresa informa ainda que de 31 de outubro a 31 de dezembro quem adquire um bilhete entre o Brasil e Frankfurt, ganha Milhas em Dobro, além de poder levar um acompanhante com 50% de desconto no Bilhete Smiles.