Folha
de São Paulo
20/09/2006
STJ nega pedido da Varig, e Anac redistribuirá
140 linhas amanhã
Corte entendeu que Justiça
do Rio não pode interferir em decisões da
agência
IURI DANTAS DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O STJ (Superior Tribunal de Justiça)
negou ontem um mandado de segurança pedido pela Varig,
que tentava impedir a redistribuição de 140
de suas antigas linhas, abrindo caminho para a Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) realizar, amanhã,
leilão para o repasse da concessão a outras
empresas.
Com a negativa, permanece em vigor a decisão
do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região,
que na semana passada acolheu a interpretação
da Anac e determinou que a 8ª Vara Empresarial do Rio
de Janeiro não tinha competência para interferir
nas decisões administrativas da agência.
Responsável pela recuperação
judicial da Varig, a 8ª Vara Empresarial do Rio congelou
até 2009 as 140 linhas porque a empresa não
teria capacidade de usá-las agora. A Anac discorda
da reserva das linhas, pois entende que isso prejudica a
competição e o mercado de aviação
no país. Ao tentar licitar as rotas, porém,
foi impedida pela Justiça estadual do Rio de Janeiro
e ameaçada com multa, se as repassasse.
O Ministério Público Federal
concordou com a Anac, apoiando a agência no repasse
das linhas e no reequilíbrio da competição
entre as empresas de transporte aéreo. A pedido da
agência, a SDE (Secretaria de Direito Econômico)
também emitiu parecer diagnosticando prejuízos
ao consumidor com a menor oferta de assentos.
De posse dessas opiniões, a agência
recorreu ao TRF da 2ª Região, argumentando que
a Justiça do Rio não tinha competência
para julgar seus atos, por serem de uma autarquia federal.
Pouco antes, apresentou representação contra
juízes da 8ª Vara Empresarial ao Conselho Nacional
de Justiça, o órgão de controle externo
do Judiciário.
Conflito de competência
Quando o TRF concordou com a Anac, a Varig sentiu-se prejudicada
e recorreu ao STJ, por um suposto conflito de competência.
Defendeu que a 8ª Vara Empresarial, por conduzir o
processo de recuperação judicial da Varig,
deve ser responsável pela decisão sobre as
linhas que não serão usadas agora.
Ontem, a ministra Nancy Andrighi recusou
a tese da Varig. "Não me parece presente a existência
de conflito positivo de competência", disse a
ministra do STJ em seu despacho.
Segundo a legislação, as
linhas e espaços nos aeroportos são concessões
públicas. Não pertencem a nenhuma empresa,
mas são explorados por companhias mediante autorização
da Anac. Na Justiça, a Varig tenta manter reservadas
as linhas que utilizava antes de ser vendida para a VarigLog,
sua ex-subsidiária. A 8ª Vara Empresarial entende
que a companhia tem direito à carência pois
estava em processo de falência. A Anac discorda desse
entendimento.
Procurada pela reportagem da Folha, a Varig
e a VarigLog informaram ontem, por intermédio das
assessorias de imprensa, que não se manifestariam
a respeito da decisão do STJ.
O ESTADO DE S.PAULO
20/09/2006
Decisão do STJ permite que
a Anac redistribua rotas da Varig
Agência começa a
distribuir linhas da empresa a partir de amanhã
Alberto Komatsu e Isabel Sobral
O Superior O Superior Tribunal
de Justiça (STJ) manteve ontem sob a responsabilidade
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac)a redistribuição de vôos da Varig
. O processo, congelado desde a semana passada por uma decisão
da Justiça do Rio, chegou a se destravado pela Anac
por meio de recurso à Justiça Federal.
Ontem, a ministra Nancy
Andrighi indeferiu pedido de liminar da VarigLog, nova controladora
da Varig, que tentava novamente suspender a redistribuição
dos vôos às outras companhias aéreas.
A alegação apresentada ao STJ - e rejeitada
na senteça - foi a de conflito de competência.
Para a VarigLog, a Justiça
do Rio é quem deveria tratar de questões da
reestruturação da Varig. De acordo com Flávio
Ribeiro, procurador da Anac, a ministra Nancy entendeu que
não há conflito. A VarigLog, por meio da Aéreo
Transportes Aéreos S/A, empresa criada para investir
na Varig, ainda pode recorrer da decisão no próprio
STJ.
Com o aval do STJ, os diretores
da Anac começam a definir amanhã a retomada
do processo de redistribuição de rotas e autorizações
para pousos e decolagens nos aeroportos (slots) às
companhias aéreas. Trata-se de um conjunto de 148
rotas, sendo várias internacionais, e 50 slots que
deixaram de ser usados pela Varig, segundo o plano linhas
apresentado à Anac em agosto.
O plano da agência
é tentar publicar o edital ainda nesta sexta-feira,
para que a concorrência seja realizada em 15 dias.
Também será retomada a entrega de rotas internacionais
da antiga Varig às companhias TAM, Gol, BRA e Ocean
Air, cujas designações já tinham sido
publicadas no Diário Oficial. As empresas têm
prazo operacional de seis meses para organizarem os vôos.
Uma fonte do setor lembra
que o ministro do STJ Ari Pargendler - autor de duas decisões
anteriores reconhecendo que a competência para julgar
questões sobre a recuperação judicial
é da 1ª Vara Empresarial do Rio - ainda deve
julgar o mérito da questão. Pargendler estava
fora de Brasília e volta ao trabalho amanhã.
Em seminário realizado
na segunda-feira, no Rio, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da
1ª Vara Empresarial, disse que só haverá
segurança no processo de recuperação
quando o STJ julgar o mérito da competência
judicial. Ele coordena uma comissão de juízes
que 'congelou' 272 vôos que a Varig fazia desde maio.
Na liminar concedida pelo TRF a favor da Anac, o objetivo
é licitar 140 vôos que a companhia não
incluiu em seu plano de linhas. A VarigLog não comentou
o assunto, sob argumento de que ainda não foi notificada.
Valor Econômico
20/09/2006
STJ autoriza Anac a redistribuir rotas
ociosas da Varig
Juliano Basile
O Superior Tribunal de Justiça
(STJ) permitiu à Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) redistribuir as rotas da Varig. A decisão
foi tomada pela ministra Fátima Nancy Andrighi, da
2ª Seção do tribunal, e foi uma vitória
da agência reguladora do setor aéreo que poderá
retomar os planos de redistribuir as linhas aéreas
da companhia. A idéia inicial era redistribuir 140
das 272 linhas aéreas da Varig.
A Anac havia sofrido uma
derrota na Justiça do Rio, onde a 8ª Vara Empresarial
suspendeu a redistribuição das rotas a pedido
da VarigLog. Após essa decisão, a Secretaria
de Direito Econômico (SDE) do Ministério da
Justiça divulgou estudo mostrando que o congelamento
das rotas da Varig criou uma "reserva de mercado"
à companhia com prejuízos ao consumidor, como
a restrição na oferta de vôos e o aumento
nas tarifas.
A Anac usou o parecer da
SDE para reverter o cenário na Justiça. A
agência recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF)
do Rio e obteve uma decisão favorável.
O TRF concluiu que a Justiça
estadual do Rio não pode declarar a nulidade de decisões
da Anac. Segundo o TRF, a Justiça fluminense não
pode "tolher a função administrativa
(da Anac) de regular e distribuir regularmente as linhas,
rotas, horários, 'slots' e 'hotrans' (áreas
aeroportuárias de chegada e partida dos vôos)".
O TRF explicou que, no futuro,
a empresa que ficar com o controle efetivo da Varig poderá
entrar com recurso contra as decisões da Anac. Mas,
a Justiça estadual "não pode diretamente
comandar ordens, anular ou restringir a atividade de uma
autarquia federal, afetando o seu poder regulatório",
completou o TRF.
A VarigLog recorreu ao STJ,
contra a decisão do TRF. A empresa alegou que o TRF
não seria competente para julgar o processo justamente
pelo fato de ele ter sido iniciado na Justiça estadual.
No STJ, o recurso caiu com
o ministro Ari Pargendler. Como ele estava ausente do tribunal,
a ministra Nancy Andrighi tomou uma decisão em seu
lugar. Nancy Andrighi decidiu com base em argumentos eminentemente
processuais. Ela não analisou o problema da restrição
da oferta de vôos, nem o eventual aumento nos preços
das passagens aéreas.
A ministra entendeu que
não houve um conflito entre as competências
da Justiça do Rio e do TRF. Segundo ela, só
há este "conflito de competência"
quando dois ou mais juízes se declaram aptos para
analisar o mesmo caso. Mas, a Justiça do Rio não
se declarou competente, continuou a ministra. Logo, não
houve, segundo Nancy Andrighi, o conflito alegado pela VarigLog.
A VarigLog ainda tem esperanças
no processo. O mérito do recurso será analisado
pelo ministro Pargendler. Ou seja, a Anac venceu uma importante
batalha, mas a disputa judicial pelas linhas da Varig continua.
Amanhã a Anac realiza
uma reunião para definir a data para o leilão
de licitação de 50 horários de pousos
e decolagens da Varig no aeroporto de Congonhas, em São
Paulo. A agência informou ainda que continua a trabalhar
na distribuição das rotas ociosas internacionais
da Varig para outras empresas. (Com Valor Online, do Rio)
O Globo
20/09/2006
JORNAL DO BRASIL
20/09/2006
JORNAL DO BRASIL
20/09/2006
Estadão
19 de setembro de 2006 - 17:30
Anac começa
a definir redistribuição de rotas da Varig
na quinta
Serão
redistribuídas pela agência 148 rotas, sendo
várias internacionais, e 50 slots que eram da Varig
antes do leilão de venda da empresa
Isabel Sobral
BRASÍLIA - Os diretores da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) começam
a definir na quinta-feira a retomada do processo de redistribuição
de rotas e autorizações para pousos e decolagens
nos aeroportos (slots) às companhias aéreas.
Trata-se de um conjunto de 148 rotas, sendo várias
internacionais, e 50 slots que eram da Varig antes do leilão
de venda da empresa, realizado em julho, e que deixaram
de ser usados pela nova companhia, segundo o plano básico
de linhas apresentado à Anac em agosto.
Este será o primeiro passo prático
da agência após ter conseguido nesta terça-feira
sinal verde do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
para retomar o assunto. A ministra Nancy Andrighi, da Segunda
Seção do STJ, negou liminar à VarigLog
- que adquiriu a Varig - mantendo assim a permissão
para que a Anac faça a redivisão das rotas.
A ministra não viu "conflito de competência"
entre a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF),
do Rio, que na semana passada autorizou a agência
reguladora a fazer licitação pública
das rotas e slots e a justiça empresarial do Rio,
responsável pela condução da recuperação
judicial da Varig, que mandou a Anac "congelar" as rotas
até que o processo de homologação da
nova empresa se conclua.
A interpretação de um dos
procuradores da agência, Flávio Ribeiro, é
que com essa decisão o STJ está praticamente
"pré-julgando" o mérito da questão
e não vê possibilidade de a decisão
ser mais uma revertida. Com isso, os diretores devem discutir
na quinta uma nova data para realizar o sorteio de 56 pares
de slots no aeroporto de Congonhas (SP), um dos mais movimentados
do País, entre as empresas aéreas. Antes de
ter sido obrigada a suspender o processo, essa distribuição
estava marcada para o dia 14 de setembro.
Também será retomada a entrega
de rotas internacionais da antiga Varig às companhias
TAM, Gol, BRA e Ocean Air, cujas designações
já tinham sido publicadas no Diário Oficial.
As empresas têm um prazo operacional de seis meses
para organizarem os vôos.
Folha
Online
19/09/2006 - 14h05
STJ rejeita pedido da Varig e autoriza
redistribuição de rotas
PATRÍCIA ZIMMERMANN da Folha Online,
em Brasília
O
STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve decisão
judicial de instância inferior que autorizou a Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil)
a distribuir as rotas da Varig.
A
ministra do STJ Nancy Andrighi negou o pedido de liminar
formulado pela Aéreo, empresa que representa a nova
Varig, para suspender os efeitos de liminar concedida pelo
TRF da 2ª Região (Tribunal Regional Federal
no Rio de Janeiro) à Anac, autorizando a distribuição
das rotas nacionais e internacionais da Varig.
A
Aéreo questionou junto ao STJ a competência
do TRF-2 para cassar a liminar obtida pela empresa junto
à 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. Mas
a ministra destacou em sua decisão não haver
o conflito de competência no julgamento da matéria.
Diante
disso, a agência levará adiante o processo
de distribuição das rotas que não estão
sendo utilizadas pela Varig, segundo explicou Flávio
Ribeiro, um dos advogados da Anac.
A
1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro havia declarado
nulos os atos administrativos da Anac relativos a licitações
para a distribuição de parte dos slots (espaços
para pouso e decolagem), hotrans (concessões de vôos
e seus horários) e rotas que não estão
sendo operados pela Varig. A decisão, entretanto,
foi cassada pelo TRF.
Desde
que comprou a Varig em leilão realizado no dia 20
de julho, a VarigLog, nova dona da empresa aérea,
mantém a decisão de operar apenas parte dos
vôos que tem concessão para realizar.
Hoje
a Varig voa apenas para dez destinos nacionais e três
internacionais. A empresa afirma que espera conseguir a
autorização definitiva de vôo da Anac
para depois retormar outras rotas.
A
expectativa, entretanto, era de que essa autorização
tivesse sido concedida no mês passado, mas até
o momento nada aconteceu.
Ao mesmo tempo, o consumidor brasileiro viu a oferta de
vôos ser bastante reduzida devido ao encolhimento
da Varig, o que chegou a gerar elevação de
tarifas e transtornos para o passageiro em determinadas
rotas.
Associações
de defesa do consumidor, Ministério Público
Federal e SDE (Secretaria de Direito Econômico, do
Ministério da Justiça) se posicionaram a favor
da redistribuição imediata das rotas pela
Anac para evitar prejuízos aos passageiros.
No
lado oposto, a Justiça do Rio de Janeiro e a VarigLog
entendem que a redistribuição pode comprometer
a recuperação da companhia, que já
foi a líder brasileira no setor aéreo.
Estadão
19 de setembro de 2006 - 13:01
STJ mantém direito da Anac
de redistribuir vôos da Varig
A ministra Nancy Andrighi do Superior
Tribunal de Justiça entendeu que não há
conflito de competência no recurso que permite a redistribuição
das rotas
Alberto Komatsu
RIO - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu
nesta terça-feira ação movida pela
VarigLog, nova dona da Varig, que tentava cassar uma liminar
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) garantindo a redistribuição de vôos
da Varig. A informação é do procurador
da Anac, Flávio Ribeiro, que tinha em mãos
uma cópia da decisão. O STJ confirmou a decisão.
De acordo com Ribeiro, a ministra Nancy Andrighi entendeu
que não há conflito de competência no
recurso em que o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª
Região concedeu liminar à Anac para licitar
rotas da Varig. Na segunda-feira, a VarigLog entrou com
recurso no STJ para suscitar conflito de competência.
A VarigLog, por meio da Aéreo Transportes
Aéreos S/A, empresa criada para investir na Varig,
pode recorrer no próprio STJ. Segundo o procurador
da Anac, a juíza Nancy pré-julgou o mérito
da questão sobre quem tem competência para
decidir sobre a reestruturação da Varig. No
entanto, o STJ ainda vai julgar o mérito dessa questão.
Na segunda, em seminário no Rio, o juiz Luiz Roberto
Ayoub, da 1ª Vara Empresarial, havia dito que só
haverá segurança no processo de recuperação
judicial da Varig quando o STJ julgar o mérito da
questão sobre de quem é a competência
decidir judicialmente sobre a reestruturação
da Varig.
Ayoub e sua comissão de juízes
para a recuperação judicial da Varig são
os autores de decisões que tentavam impedir a redistribuição
de rotas da Varig. Ayoub congelou 272 vôos que a Varig
fazia desde maio. Na liminar concedida pelo TRF a favor
da Anac, o objetivo é licitar 140 vôos que
a companhia aérea não incluiu em seu plano
básico de linhas. A VarigLog não comentou
o assunto porque ainda não foi notificada.
O Globo Online
19/09/2006 às 12h56m
STJ mantém redistribuição de rotas
da VarigLog
Patrícia Duarte - O Globo
BRASÍLIA - O Superior Tribunal
de Justiça (STJ) não aceitou a ação da VarigLog, encaminhada
na segunda-feira, para tentar impedir que a Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) redistribua as rotas da Varig. A
decisão foi da ministra Nancy Andrighi, da 2ª sessão do
STJ. A empresa tentou derrubar a decisão do Tribunal Regional
Federal (TRF) da 2ª região, adotada na sexta-feira passada,
que anulou os efeitos das determinações da Justiça do Rio
de que a redistribuição somente poderia acontecer 30 dias
após a homologação da nova Varig como uma concessionária,
algo que ainda não tem data para ocorrer.
De acordo com o advogado
da Anac, Flávio Ribeiro, a ministra entendeu que não há
confito de competência entre o TRF e a Justiça do Rio, esta
responsável pela recuperação judicial da Varig. A Anac já
preparou plano de redistribuição de algumas rotas internacionais
e nacionais da empresa, com decisões já publicadas no Diário
Oficial da União.
Invertia
Crise na Varig
Terça, 19 de Setembro de 2006, 12h31
Representante
da Varig Log é novamente convocado a depor em CPI
Fonte: INVERTIA
Responsável
pela compra da Varig, o chinês Lap Wai Chan foi novamente
convocado a prestar depoimento à Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Varig, da Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. Na reunião
da última quarta-feira, ele não compareceu
e, caso falte novamente, poderá ser conduzido por
força policial.
Além
dele, Marco Antônio Audi, presidente do conselho administrativo
da Varig Log e um dos sócios da Volo Brasil, empresa
que comprou a Varig, também deverá prestar
mais informações aos parlamentares da comissão
sobre a venda da companhia aérea. Os depoimentos
estão previstos para acontecer às 11h, segundo
O Dia.
O
presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT),
também informou que outros dois sócios da
Volo do Brasil, Luis Gallo e Marcos Haftel, e o presidente
da Varig Log, João Luiz Bernes de Souza, serão
convocados nas semanas seguintes.
Instalada
no último dia 6, o objetivo da CPI é apurar
as denúncias feitas por funcionários da Varig
aos parlamentares, que terão três meses para
concluir as investigações.
Dentre
as denúncias recebidas pela comissão, está
a de que os funcionários do Rio de Janeiro seriam
obrigados a se transferir para São Paulo caso queiram
continuar trabalhando na empresa.
Folha Online
19/09/2006 - 09h14
Varig vai ao STJ para evitar perda
de rotas
JANAINA LAGE da Folha de S.Paulo, no Rio
de Janeiro
A VarigLog, nova dona da Varig, tenta derrubar
na Justiça a redistribuição de algumas
de suas principais linhas internacionais para as concorrentes.
A companhia entrou com um pedido para suscitar conflito
de competência no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Na prática, trata-se de pedir a uma instância
superior a definição sobre qual o juiz responsável
pela análise da divisão de vôos.
A Justiça do Rio havia proibido
a Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) de repassar vôos que fazem parte do plano básico
de linhas da Varig. Uma decisão do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, porém, permitiu
ao órgão regulador retomar a divisão
na última semana. Para a Justiça Federal,
a Justiça Estadual não pode tolher a função
administrativa da agência.
O relator do processo no STJ é o
ministro Ari Pargendler. Em discussão anterior sobre
dívidas trabalhistas da Varig, o ministro já
havia definido a 8ª Vara Empresarial como responsável
pela análise de questões relacionadas ao plano
de recuperação da empresa. Desta vez, a decisão
sobre quem deve julgar o caso ficou a cargo da ministra
Nancy Andrighi.
O pedido deverá ser analisado em
caráter de urgência. A diretoria da Anac tem
uma reunião marcada para quinta-feira para fechar
a nova divisão de linhas. Se ocorrer, o processo
de divisão será rápido. A diretoria
da agência só precisa confirmar a divisão
elaborada pela área técnica. Se a redistribuição
for suspensa, a Anac pretende recorrer até a última
instância.
A Superintendência de Relações
Internacionais já havia decidido alocar à
BRA sete freqüências semanais para a Itália.
Desse total, cinco partiriam do Nordeste. A superintendência
também já tinha definido a alocação
à Gol de sete freqüências para o México
e outras sete para o Uruguai. A OceanAir teria direito a
sete freqüências por semana para os Estados Unidos
e sete para o México. A TAM poderia realizar sete
freqüências por semana para a Franca e mais sete
para a Itália.
Divergência
A polêmica sobre a divisão
de vôos começou quando a Varig entregou à
Justiça e à Anac um plano básico de
linhas dividido em três etapas. A malha de vôos
seria ampliada de acordo com a recomposição
da frota. Atualmente, a Varig opera a primeira etapa dessa
malha, com número reduzido de destinos internacionais:
Frankfurt, Buenos Aires e Caracas.
Para a agência, permitir que a Varig mantenha as linhas
seria o equivalente a praticar uma "reserva de mercado"
para a companhia, com prejuízo ao consumidor.
O Tribunal de Justiça do Rio entende
que as linhas fazem parte do objeto levado a leilão
no dia 20 de julho. Na avaliação dos juízes,
a aérea deve contar com prazo estabelecido na portaria
569 da Anac, que prevê 30 dias para a operação
das linhas nacionais e 180 para as internacionais a partir
da assinatura do contrato de concessão.
Para o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª
Vara Empresarial, a situação atual gera incerteza
para o investidor. "A segurança só virá
quando a jurisprudência dos tribunais superiores puder
se manifestar, porque aí assenta qualquer tipo de
discussão", disse. Ele afirmou que, legalmente,
os novos donos podem decidir sair do negócio se avaliarem
que os ativos da empresa não correspondem ao que
foi arrematado em leilão porque a nova Varig ainda
não foi constituída formalmente. O juiz ressaltou,
no entanto, que avalia a hipótese como improvável.
Agência Brasileira de Notícias
16/09/2006 17:55
Responsáveis pela compra da
Varig vão depor em CPI na Alerj
RIO DE JANEIRO - Responsável pela
compra da Varig, o chinês Lap Wai Chan foi novamente
convocado a prestar depoimento à CPI da Varig, da
Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, na próxima
quarta-feira (20/09).
Na reunião da última quarta-feira
(13/09), ele não compareceu. Além dele, Marco
Antônio Audi, presidente do conselho administrativo
da VarigLog e um dos sócios da Volo Brasil, empresa
que comprou a Varig, também deverá prestar
mais informações aos parlamentares da comissão
sobre a venda da companhia aérea. Os depoimentos
estão previstos para acontecer às 11h, na
sala 316 do Palácio Tiradentes.
O presidente da comissão, deputado
Paulo Ramos (PDT), também informou que outros dois
sócios da Volo do Brasil, Luis Gallo e Marcos Haftel,
e o presidente da VarigLog, João Luiz Bernes de Souza,
serão convocados nas semanas seguintes. Instalada
no último dia 6, o objetivo da CPI é apurar
as denúncias feitas por funcionários da Varig
aos parlamentares, que terão três meses para
concluir as investigações.
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