TRIBUNA DA IMPRENSA
20 DE ABRIL DE 2007
VARIG: A HORA DO RESGATE ESTÁ
CHEGANDO
PEDRO PORFÍRIO
“E o Brasil perdeu a Varig! Perdendo
a Varig , o Brasil perdeu sua posição no
setor aéreo mundial”.
Deputada Luciana Genro
Pode parecer um sonho, uma expectativa de milagre, mas
eu ainda tenho a convicção de que a Varig
pode voltar a ocupar seu espaço nos céus
do Brasil e do mundo.
Quando falo Varig, refiro-me ao seu pessoal – aeronautas,
aeroviários e aeroportuários. E a todos
os aposentados e pensionistas que têm direito à
complementação pelo Aerus.
Vou mais além: acho que a própria aviação
comercial brasileira pode retomar sua pujança,
com o resgate dos empregados que passaram e passam pela
mais amarga das experiências trabalhistas: foram
expurgados sem direito sequer aos salários atrasados.
É por ter esta expectativa positiva que estou
convidando para uma audiência pública no
plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro,
dia 4 de maio, a partir das 9h30m.
Esse encontro pretende ter um caráter afirmativo.
Daí estarmos convidando vários ministros
do Governo Federal, dos quais pelo menos um, o ministro
do Trabalho, Carlos Lupi, já confirmou sua presença.
Daí estarmos convidando o governador do Estado,
o prefeito da Cidade, todos os deputados federais, estaduais
e senadores do Estado do Rio, além de funcionários
da administração pública ligados
às questões do trabalho, previdência,
turismo e transporte aéreo.
STJ julga defasagem tarifária
Nas próximas horas, há uma possibilidade
de que o Superior Tribunal de Justiça se manifeste,
em caráter definitivo, sobre o antigo pleito das
companhias aéreas, comprovadamente afetadas pelo
congelamento de tarifas em 1986.
Há um reconhecimento incontestável dos
prejuízos causados por aquela medida, que quase
tornou inviável a atividade das companhias aéreas
de então e que está na raiz das crises subseqüentes
enfrentadas por elas.
No caso da Varig, estima-se que o governo deve pouco
mais de 5 bilhões de reais. Não sei se hoje
ainda prevalecem os cálculos, mas esses valores
seriam suficientes para garantir a sobrevivência
da companhia, facilitando sua recuperação,
e o atendimento aos compromissos do Aerus.
A pendência poderá ser finalmente dirimida
no dia 25 de abril, quando o ministro Herman Benjamin,
da Primeira Seção do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) deverá levar a julgamento
o agravo regimental referente a ação de
defasagem tarifária.
Há uma mobilização de todos os profissionais
da ativa e aposentados para acompanharem o pronunciamento
da Justiça. Nove dias depois, estaremos realizando
o encontro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Uma decisão favorável dará suporte
legal para um desdobramento afirmativo em relação
a todos os que padecem de salários atrasados e
aposentadorias complementares reduzidas a quase nada.
Mas poderá levar o governo também a repensar
o quadro da nossa atividade aérea, considerando
seu caráter continental e sua importância
no mundo. A Varig, como você sabe, é uma
marca que se impôs entre as empresas mais respeitadas
e confiáveis da aviação internacional.
Há indícios de que o governo federal poderá
reavaliar algumas posições adotadas no passado,
muitas das quais, como o abandono da Varig à própria
sorte, sob influência de lobbies domésticos,
capitaneados por quem confunde transporte aéreo
com sabão em pó.
A presença do PDT no primeiro escalão do
governo e a nomeação do economista Luciano
Coutinho para o BNDES são sinais de que algo de
diferente está por acontecer. O BNDES é
o maior banco de fomento do mundo, com orçamento
superior a 60 bilhões de reais.
Nos últimos anos, esse banco cuidou muito pouco
de áreas estratégicas, como a aviação
comercial. Preferiu socorrer empresas privatizadas, com
as quais tem sido demasiado generoso.
O resultado foi essa trapaça pela qual um fundo
norte-americano classificado como “abutre”
deitou e rolou. Em julho do ano passado, foi sozinho a
um leilão por demais estranho, arrematou a marca
e alguns ativos da empresa por 24 milhões de dólares,
ficando por decisão judicial, com base numa perigosa
Lei de “recuperação de empresas”,
a salvo dos passivos de toda natureza, com o que ficaram
a ver navios os empregados, aposentados e credores.
Uma frente para vencer
Oito meses depois, sempre através de testas-de-ferro,
o fundo Martin Paterson revendeu a “nova”
Varig à Gol por 324 milhões de dólares.
Esta última transação ainda parece
nebulosa, tanto pelo “negócio da China”
conduzido pelo preposto Lap Chan, como pelas reais intenções
dos novos proprietários da Varig.
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior,
fez várias declarações a serem conferidas.
Uma delas, a de que dobrará rapidamente a frota
de aviões da “Nova Varig” de 17 para
34, sendo 20 Boeing 737 e 14 Boeing 767, não fazendo
referência aos MD-11 que ainda operam na companhia.
Ele afirmou também que tem a intenção
de trazer de volta o pessoal demitido da Varig para participar
dessa expansão, segundo ele, a pedido do próprio
presidente Lula. Mas nada disso pode ser entendido sem
uma avaliação dos próprios funcionários
que estão na luta pela salvação da
antiga empresa desde 2002.
O objetivo do encontro na Câmara Municipal do Rio
de Janeiro é considerar todos os aspectos desse
drama que atinge a milhares de famílias de todo
o país.
É bom que se frise o seu caráter afirmativo
e sua preocupação com todos os segmentos
envolvidos – aeronautas, aeroviários, aeroportuários
e participantes do Aerus.
Se tivermos o mínimo de lucidez e despojamento,
estaremos abrindo uma frente capaz de resgatar o tempo
perdido e de estruturar o envolvimento da sociedade e
dos agentes políticos com forças suficientes
para corrigir um dos maiores desacertos já cometidos
no âmbito do transporte aéreo.
Essa é a minha intenção. É
a minha expectativa. Daí insistir numa mobilização
unida que não se restrinja ao evento do dia 4.
Eu diria que os ventos são outros. Pode parecer
excesso de otimismo, mas nenhuma luta é vitoriosa
se não parte do princípio de que sua justeza
a levará a resultados positivos, mais dia, menos
dia, de uma forma ou de outra.
Portanto, espero que você compareça à
audiência com pensamento afirmativo, acreditando
que ela será um encontro importante para o resgate
do direito de todos. E para o bem do Brasil.
O Estado de São Paulo
20/04/2007
Lula toma fôlego para enfrentar
CPI
Brasília. O presidente Lula se reuniu ontem com
o conselho político e foi direto ao dizer aos líderes
dos partidos aliados que é impossível evitar
uma CPI do Apagão Aéreo. O presidente, no
entanto, instruiu os governistas a se prepararem para
o confronto.
Lula pretendia evitar a comissão por temer que
a investigação prejudicaria o debate sobre
o Programa de Aceleração do Crescimento,
tirando o brilho do pacote.
Mas a CPI não foi o único item de discussão
durante o encontro do conselho. O fim da reeleição
também foi debatido. Lula se mostrou incomodado
com as interpretações de que estaria financiando
o debate sobre o fim da reeleição com o
objetivo de voltar ao poder em 2014.
- Estão dizendo por aí que estou trabalhando
para voltar em 2014, mas nem sei se estarei vivo até
lá.
No início da noite, Lula recebeu o presidente
do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), no Palácio
do Planalto.
- Não podemos confundir oposição
com falta de educação. E oposição
tem que ser democrática - disse Tasso, alegando
que não poderia recusar um convite do presidente.
O convite foi feito pela líder do governo no
Congresso, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
-Pelo que a Roseana disse o presidente quer tratar de
CPMF. Ele está colocando isso como assunto prioritário
- afirmou Tasso.
A lei que instituiu a CPMF expira no final do ano e
o governo quer aprovar no Congresso a prorrogação.
Atualmente, a contribuição rende R$ 32,5
bilhões para a União por ano. Tasso disse
que aproveitará para levar a reivindicação
dos governadores, que querem 20% da receita da CPMF para
os Estados e 10% para os municípios. (Com agências)
O Globo
20/04/2007
Panorama Político
Tereza Cruvinel
O Dia
19/4/2007 18:11:00
Novo sistema de controle de vôo
dispensa controladores
Brasília - Um novo sistema de controle de vôos,
que poderá ser adotado por todos os países
do mundo a partir de 2017, dispensará o uso de
controladores no monitoramento do tráfego aéreo.
A comunicação será feita entre o
avião e um satélite, que por sua vez enviaria
os dados para um centro de controle na Terra. Esse centro
ficará responsável pela retransmissão
dos dados relativos ao tráfego aéreo captados
por satélite para os aviões.
Segundo o presidente da Comissão de Viação
e Transporte da Câmara, deputado Eliseu Padilha
(PMDB-RS), o novo modelo foi apresentado hoje (19) pelo
presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
(Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, durante
reunião fechada com integrantes da comissão.
“Tudo que aí está é absolutamente
dispensável, imprestável, porque o controle
será feito por uma constelação de
satélites”, informou Padilha, em entrevista
após o encontro. De acordo com o parlamentar, o
brigadeiro explicou que a decisão sobre o novo
modelo partiu de organismos internacionais.
Os Estados Unidos, a Rússia e a União Européia,
segundo relato do deputado, já anunciaram que vão
adotar o novo sistema. Os países que optarem por
não aderir ao modelo poderão desenvolver
um sistema próprio, disse.
Segundo o deputado, os parlamentares ponderaram se vale
à pena discutir um novo sistema de controle de
tráfego aéreo para o país, já
que deve começar a funcionar daqui a dez anos o
sistema apresentado pelo presidente da Infraero. "Trocar
todo o sistema que o país tem hoje por equipamentos
de última geração seria o caso para
tão pouco tempo? Essa é a interrogação”,
questionou Padilha.
O parlamentar defendeu que, como o futuro sistema dispensa
tanto os controladores de vôo como os equipamentos
usados atualmente, "teria que ser analisada a conveniência
de haver uma troca, uma modernização por
equipamentos de última geração”.
Jornal de Turismo
19 de Abril de 2007 (16:15:00)
TAP reforça seu controle
acionário na VEM
A TAP adquiriu à GeoCapital a posição
que esta detinha na Reaching Force, passando a ter a totalidade
do capital da sociedade que possui uma participação
de 90 por cento na VEM Manutenção e Engenharia.
A estatal portuguesa concretizou a operação
exercendo o direito de opção contratualmente
previsto e, simultaneamente, procedeu a um aumento do
capital social da VEM no valor de 24 milhões de
euros, dotando a organização de manutenção
brasileira com a estrutura financeira adequada ao plano
de recuperação já em execução.
Com esta operação, a TAP reforça
a sua aposta na VEM Manutenção e Engenharia
que, de acordo com Jorge Sobral, administrador executivo
da TAP M&E e presidente do Conselho de Administração
da VEM, deve atingir o break even em 2008.
Jorge Sobral sublinha “ o excelente entendimento
por que sempre se pautaram as relações entre
a Geocapital e a TAP, no decurso da parceria estabelecida
que conduziu à aquisição da VEM,
tendo decorrido as negociações que agora
culminaram com a aquisição pela TAP da posição
da Geocapital na Reaching Force em clima de completa sintonia
entre as duas entidades”.
Jornal de Turismo
19 de Abril de 2007 (15:15:00)
Varig promove happy hour na Ponte
Aérea
A Varig passa a oferecer todas as sextas-feiras um verdadeiro
happy hour, a partir das 17h, nos vôos da Ponte
Aérea Rio – SP. A promoção
“Sexta nas Nuvens” será feita através
de uma parceria com a cerveja Sol.
Mais informações e reservas: http://www.varig.com.br/,
4003.7000 (principais capitais) ou agentes de viagens.