::::: RIO DE JANEIRO - 19 DE JUNHO DE 2007 :::::

 

O Estado de São Paulo
19/06/2007
Gol ajuda a velha Varig a retomar as operações
Beth Moreira

A Varig antiga - que ficou com a dívida de R$ 7 bilhões do grupo Varig - deve voltar a operar em outubro, com a marca Nordeste, disse ontem o gestor judicial da empresa, Miguel Dau. Para conseguir voltar a voar, a empresa está contando com uma ajuda da Gol - que comprou recentemente a Varig nova, batizada de VRG. A Gol tem interesse direto em que a Varig antiga voe novamente: se a empresa for à falência, segundo especialistas, é possível que a dívida de R$ 7 bilhões do grupo Varig acabe nas mãos da Gol.

De acordo com Dau, a Varig antiga negocia contratos de leasing de seis aeronaves para a formação da frota, provavelmente de Boeings 737-300. 'Outras possibilidades (de aviões) estão sendo analisadas', disse. A Gol, segundo Dau, está ajudando na busca dessas aeronaves. A Varig antiga pretende operar em rotas que não concorram diretamente com as da Gol/Varig.

 

 

Jornal do Brasil
19/06/2007
Infraero prevê nova crise durante o Pan
Rivadavia Severo

Brasília. A previsão da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) é que a crise aérea continue e até se agrave em julho. A causa é o incremento do número de passageiros, no próximo mês, com a maior procura por vôos no período de férias, pelos jogos Pan-Americanos e o aumento de vôos da classe média.

A previsão é do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, que disse ao Jornal do Brasilque os eventos programados para o próximo mês devem acarretar ainda mais atrasos.

- No curto prazo, teremos que improvisar. Mas no longo prazo necessitamos de um Plano Aeroviário Nacional - disse Pereira.

O brigadeiro avalia que os problemas recentes são motivados por falta de gente no controle do tráfego aéreo, como no embarque internacional de Guarulhos, no fim de semana passado.

Os usuários do transporte aé reo, os mais prejudicados pelos atrasos e cancelamentos, apontam como responsáveis pela crise aérea as empresas e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O coordenador das Ações Judiciais do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Paulo Pacini, disse que "não existem santos nessa história". Para ele, as companhias aéreas são as responsáveis primárias pelos atrasos e cancelamentos de vôos.

- São as companhias que assinam um contrato comprometendo-se a transportar os usuários de um destino a outro em um determinado horário - justifica.

Pacini também responsabiliza a Anac, por não prestar apoio aos consumidores.

- Falta informação generalizada sobre atrasos, itinerários, horários, e isso pode ser atribuído às empresas e a Anac.

Pacini também cobra atitudes do governo federal, do comando da Aeronáutica e dos controladores de vôo.

O movimento de passageiros nos 67 aeroportos administrados pela Infraero cresceu 8,45%, no primeiro quadrimestre de 2007, comparado ao mesmo período do ano anterior, o que dificulta as operações. Foram 36,5 milhões de passageiros embarcados e desembarcados de janeiro a abril deste ano, contra 33,6 milhões no mesmo período de 2006.

A crise do setor aéreo já foi diagnosticada em 1996, na segunda metade do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Mesmo assim, não foram tomadas medidas estruturais para conter a crise. Na avaliação de Pereira, é preciso aumentar os terminais e disponibilizar mais aviões para passageiros e cargas.

- Hoje estamos com 80% da capacidade de terminais de carga sendo usados, o que poderá causar um apagão de cargas no futuro - ressalta Pereira.

 

Zero Hora - Aviação
19/06/2007
Falha no controle causou incidente
FÁBIO SCHAFFNER/ Brasília


A Aeronáutica admitiu ontem que houve falha no sistema de controle aéreo durante o incidente envolvendo o avião do presidente Fernando Henrique Cardoso e um jato da TAM.

As duas aeronaves estiveram a 24 segundos de uma colisão no ar, em junho de 2002. Alertados pelo sistema anticolisão, os pilotos fizeram manobras evasivas quando estavam a cerca de 9,8 quilômetros de distância e a mais de 700 km/h.

Segundo o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, "houve falha operacional no controle de tráfego aéreo", mas não foram fornecidos detalhes sobre quais erros teriam motivado a aproximação perigosa entre os dois jatos. Domingo Zero Hora revelou com exclusividade como o Sucatinha, um Boeing 737-200 da FAB, com o então presidente Fernando Henrique a bordo, quase colidiu no ar com o Fokker 100 da TAM, que se preparava para aterrissar em Brasília, vindo de São Luís (MA), com 108 passageiros e cinco tripulantes. O Sucatinha recém havia decolado rumo a Tucuruí, no Pará. Segundo o major Adolfo Aleixo, assessor do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o piloto do Fokker viu o Sucatinha voando em sentido contrário e na mesma altitude.

- A 10 quilômetros você consegue ver um avião. E o piloto da TAM disse que viu um avião passando - relata o oficial.

Aleixo negou, entretanto, que a aproximação ocorreu por falhas no sistema de comunicação por rádio entre os jatos e os controladores. No momento do incidente, as aeronaves sobrevoavam o setor nordeste do aeroporto de Brasília. Controladores ouvidos por ZH, porém, afirmam que os problemas de contato por rádio no local são freqüentes e que o equipamento só teria voltado a funcionar após os dois jatos se cruzarem. A mesma reclamação sobre as falhas no setor nordeste foi feita à CPI por controladores interrogados durante sessão sigilosa.

Centros teriam controladores inexperientes, afirma Botelho

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, é provável que tenha ocorrido erro do controlador que monitorava o vôo do presidente, mas ele critica a Aeronáutica por admitir inexperientes:

- Eu já sabia desse episódio, e pode ter havido falha do controlador. O problema é que a Aeronáutica tira o corpo fora, mas comete um erro grave ao colocar gente inexperiente em centros de controle. Depois fica fácil dizer que o controlador errou.

Conforme o major Aleixo, o caso teria sido arquivado por não ter representado risco de colisão aérea. ZH solicitou à Aeronáutica cópias do relatório e das transcrições das conversas entre os pilotos e os controladores, mas não obteve retorno. A assessoria de comunicação da TAM informou que enviou à Aeronáutica todos os documentos referentes ao incidente e que já não tem registro do caso em seus arquivos.

O relator da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, deputado Marco Maia (PT), pretende solicitar hoje à Aeronáutica cópia do relatório das investigações sobre o incidente.

 

 

Site da ALERJ
18/06/2007
CPI DA VARIG FARÁ A ÚLTIMA CONVOCAÇÃO POR OFÍCIO DE SÓCIOS DA VOLO

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia Legislativa do Estado do Rio que investiga o processo de venda da Varig irá convocar para depor, nesta quinta-feira (21/6), às 10h30, na sala 311 do Palácio Tiradentes, os sócios representantes do grupo Volo do Brasil: Marco Antônio Audi, Eduardo Gallo e Marcos Haftel, e o ex-interventor do fundo de pensão Aerus, Erno Brentano. Todos foram convocados para depor na última semana, mas não compareceram. O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), afirmou que não vai desistir de trazê-los à Alerj, já que eles faltaram em outras quatro oportunidades. Segundo o pedetista, a CPI não irá mais fazer as convocações para esses depoimentos através de ofício. “Vamos tentar trazê-los através da Justiça. Também estamos na esperança da quebra de sigilo fiscal dos três”, disse o parlamentar, acrescentando que a comissão já tem material suficiente para fazer o relatório final. Assim que os trabalhos terminarem, Ramos enviará o documento para a CPI do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados, em Brasília.

 

 

Jornal de Turismo
18/06/2007 - 16:55h
VEM e TAP-ME assinam contrato amanhã em Paris
por pratti

É com prazer que informamos que a VEM estará participando de um dos maiores eventos de aviação do mundo, o Paris Air Show, a ser realizado em Le Bourget, Paris, de 18 a 24 de Junho, Stand B7 - Hall 3.

A VEM, junto com a TAP-ME, estará assinando um novo contrato na terça-feira, dia 19, à tarde e nossos executivos estarão disponíveis para entrevistas na terça mais tarde ou na quarta, para contar sobre o contrato, cliente etc.

Da VEM, estarão presentes:Filipe Morais de Almeida, Presidente; Luis Alberto Correa, Vice-Presidente Marketing e Vendas e Walter Dominguez, Diretor de Vendas.

Caso você esteja presente ou algum correspondente seu, e deseje uma entrevista, basta enviar um email ou ligar no telefone (55-21) 8272-0481 e falar com Denize. Podemos também tentar algumas entrevistas por telefone, após a assinatura, se desejarem. Por favor, confirmar.

 

Estadão
18 de junho de 2007 - 13:35
Varig antiga volta a operar em outubro, como Nordeste
Empresa analisa quais rotas vai utilizar para não concorrer diretamente com a Gol
Beth Moreira


SÃO PAULO - O gestor judicial da Varig antiga, Miguel Dau, afirmou nesta segunda-feira, 18, que a companhia aérea deverá voltar a operar em outubro, sob a marca Nordeste. A empresa negocia contratos de leasing de seis aeronaves para a formação da frota, provavelmente de Boeing 737-300. "Outras possibilidades (de aviões) estão sendo analisadas." Segundo Dau, esse tamanho de frota deverá ser alcançado no prazo de seis meses a partir do início das operações.

A Varig ainda analisa quais rotas irá utilizar. O gestor afirmou que os planos já foram revistos duas vezes: uma em função do acidente com o Boeing da Gol, que deu início ao apagão aéreo; e a outra vez devido à compra da nova Varig pela Gol. "Queremos um nicho onde tenhamos espaço para trabalhar sem concorrer diretamente com o grupo Varig/Gol."

Dau informou que a antiga Varig também avalia uma parceria operacional com a Gol e com a nova Varig. Segundo ele, o grupo está, inclusive, ajudando a empresa a buscar aeronaves no mercado.


Território nacional
Ele destacou ainda que a marca Nordeste deverá ser substituída a médio prazo para evitar a conotação de empresa regional à antiga Varig. O objetivo da companhia em recuperação será operar em todo o território nacional. No mercado internacional, a Varig poderá operar vôos charters (não regulares), contou o gestor. O modelo também poderá ser adotado no mercado doméstico.

Ele disse ainda que a antiga Varig possui cerca de R$ 23 milhões em caixa e outros R$ 30 milhões em créditos a receber da VRG e VarigLog.

A antiga Varig solicitou em dezembro o certificado de companhia aérea (Cheta) e a previsão, segundo Dau, é que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conceda a autorização dentro de 30 a 45 dias.

 

 

O Globo
18/06/2007
Ancelmo Góis