::::: RIO DE JANEIRO - 18 DE OUTUBRO DE 2007 :::::

 

Jornal do Brasil
18/10/2007
Espera de 38 horas por vôo

Recife, Manaus e São Paulo. O relógio do Aeroporto de Recife marcava pouco mais das 16h30 de ontem, mas um grupo de passageiros aguardava desde as 2h30 de terça-feira para embarcar em um vôo da BRA. O vôo não ocorreu porque o avião - um Boeing 767 - teve problemas em um compressor no motor e continuava em manutenção desde então.

O vôo saiu de Natal e, depois da escala em Recife, seguiria para Lisboa, Madri e Milão. A BRA diz que não era possível realizar um vôo extra para os passageiros prejudicados porque todos os outros 10 aviões da empresa estavam em operação. A empresa alegou que tentava colocar os passageiros em linhas de outras companhias aéreas, mas não soube informar quantos já haviam embarcado.

Na manhã de ontem, um jato da Rico Táxi Aéreo com 83 passageiros a bordo foi obrigado a voltar ao Aeroporto de Manaus e fazer um pouso de emergência. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o que houve foi "um susto provocado por uma pane no motor". O vôo fretado foi adiado para hoje.

Outra prova de que a crise aérea continua a todo vapor foi o recorde de queixas registrado terça-feira pelo juizado especial cível do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, Grande São Paulo. Em apenas um dia, foram computadas 52 reclamações de passageiros e fechados 15 acordos com as empresas aéreas.

Antes, o dia mais movimentado havia sido o dia 11, véspera do feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida. Na ocasião, o juizado de Guarulhos fez 32 atendimentos.

Em São Paulo, desde a inauguração das unidades, o Tribunal de Justiça paulista já registrou 204 atendimentos em Cumbica e 134 em Congonhas. O TJ informou que a média de acordos nos dois juizados fica em torno de 40%.

 

O Estado de São Paulo
18/10/2007

Congonhas: governo revê regras e pista fica maior
Nas decolagens, pista auxiliar terá mais 120 metros, que haviam sido transformados em área de escape após o acidente com Airbus da TAM
Bruno Tavares

A pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ficará 120 metros maior durante as operações de decolagem. O Ministério da Defesa aceitou anteontem rever os critérios de utilização das áreas de escape, criadas após a tragédia com o Airbus A320 da TAM, que deixou 199 mortos em 17 de julho. Embora a mudança atinja principalmente a aviação geral (jatos executivos e táxi aéreo), as empresas aéreas regulares dizem que também serão beneficiadas, uma vez que não terão mais de dividir a pista principal com os aviões menores.

Desde que as pistas foram encurtadas, em 15 de setembro, apenas 10% das aeronaves que costumam operar em Congonhas tinham condições de utilizar a pista auxiliar, o que, segundo fontes militares, contribuía para as longas filas de aviões nas pistas de taxiamento. “Com essa modificação, será possível dividir melhor o fluxo do aeroporto”, avalia o tenente-coronel Delany Lopes, chefe de Operações em Congonhas. “Enquanto estivermos aproximando um avião para pouso na pista principal, por exemplo, será possível alinhar outra aeronave na pista auxiliar. O ganho é de alguns segundos, mas num aeroporto com movimento intenso isso é crucial.”

Quando anunciou a adoção de áreas de escape em Congonhas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, determinou uma redução de 120 metros em cada uma das cabeceiras da pista auxiliar e de 150 metros na pista principal. Para especialistas em aviação, no entanto, a medida era tecnicamente equivocada, já que não haveria necessidade de uma área de escape na traseira do avião no momento da decolagem. De certa forma, a decisão dos técnicos do governo “corrige” a configuração anterior. Nos procedimentos de pouso, a pista auxiliar continuará operando com o comprimento atual (1.195 metros), ou seja, com 120 metros a menos em cada cabeceira. Por enquanto, a pista principal, de 1.640 metros de extensão, não sofrerá modificações. Apesar de parecer insignificante, o ganho de 120 metros permitirá que mais aeronaves tenham condições de decolar na pista auxiliar e carreguem mais peso - seja em carga, quantidade de combustível ou passageiros.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano da Costa, comemorou a decisão. “Do jeito que estava, só os aviões a hélice usavam a pista auxiliar.” Ele rebateu, porém, a alegação de militares e empresas aéreas de que a utilização da pista principal pela aviação geral ajudava a agravar a situação de Congonhas. “É bobagem”, reagiu. “Os fatores limitantes do aeroporto são terminal de passageiros, circulação de aeronaves e pátio. Não usamos nada disso. É injusto quererem nos responsabilizar.”

Além das mudanças na área de escape, Congonhas voltará a ter o status de aeroporto “monitorado” e não mais “coordenado”. Sendo assim, a aviação geral não será mais obrigada a solicitar slots (autorizações de pouso ou decolagem) com antecedência. As novas medidas entram em vigor a partir da publicação de uma notificação técnica (Notam), prevista para hoje.

 

 

O Estado de São Paulo
18/10/2007
Passageiros da BRA esperam 2 dias para viajar

Trinta e cinco passageiros do vôo 7557, da BRA, que na noite de terça-feira faria a ligação Natal-Milão, com escalas em Recife, Lisboa e Madri, só devem ser embarcados para a Europa na manhã de hoje. O vôo foi abortado na terça-feira, por causa de problemas no compressor de uma das turbinas do Boeing 767.

A empresa informou que o problema no motor causa vibração e turbulência, o que incomoda os passageiros. A aeronave não chegou a decolar na terça-feira e, por isso, entrou em manutenção não programada. Técnicos da empresa foram deslocados para Natal para consertar a aeronave.

O defeito ocorreu, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) , quando o jato vinha da Europa para Natal, com 193 passageiros a bordo. Uma passageira teria relatado que ouviu uma explosão, segundo fonte da Anac que preferiu não se identificar.

 

 

O Estado de São Paulo
18/10/2007
Air France-KLM faz parceria com a Delta

A Air France-KLM e a Delta Air Lines anunciaram a criação de uma joint venture para compartilhar custos e receitas de suas operações transatlânticas, aproveitando o acordo “céus abertos” (open skies) firmado entre os EUA e a União Européia, que entra em vigor em abril. A primeira fase da joint venture deve gerar uma receita estimada em aproximadamente US$ 1,5 bilhão por ano, e chegará a mais de US$ 8 bilhões por ano na segunda fase.

 

 

Mercado e Eventos
17/10/2007 - 19:22h
Varig lança promoção Smiles & Money Londres

A Varig está lançando a promoção Smiles & Money para a inauguração de sua rota internacional para Londres. O cliente Smiles com saldo superior a 25 mil milhas pode emitir um bilhete de ida e volta em classe econômica, pagando somente US$300, para vôos no período de 29 de outubro a 15 de dezembro de 2007.

"A promoção Smiles & Money é uma grande oportunidade para o cliente viajar a Londres, novo destino internacional da VARIG, que será inaugurado em 28 de outubro, utilizando suas milhas", afirma Murilo Barbosa, diretor de Marketing da Varig.

Além de São Paulo e Rio de Janeiro, o cliente pode emitir bilhetes partindo de outras localidades do Brasil para Londres e vice-versa, como no exemplo: De São Paulo ou Rio de Janeiro para Londres, valor de ida e volta por pessoa US$300 + 25.000 milhas.

Clientes partindo das regiões Sul, Sudeste (exceto Rio de Janeiro e São Paulo) e Centro-Oeste devem acrescentar mais US$50 ao valor da passagem. Do Norte e Nordeste acrescentar US$75 ao valor da passagem.

De São Paulo ou Rio de Janeiro para Londres, valor de ida e volta por pessoa £200 + 25.000 milhas.

Clientes com destino às regiões Sul, Sudeste (exceto Rio de Janeiro e São Paulo) e Centro-Oeste devem acrescentar mais £30 ao valor da passagem. Do Norte e Nordeste acrescentar £50 ao valor da passagem.

Os valores sem taxas de embarque, governamentais e/ou demais taxas.

Mais informações e condições da promoção estão disponíveis para consulta no site www.smiles.com.br.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO
17/10/2007
Sem aviões, Varig corta linha para Frankfurt
Empresas de arrendamento de aviões cobram da Gol velhas dívidas da Varig
Alberto Komatsu

A Gol enfrenta outro obstáculo para fazer decolar a operação internacional da Varig, depois de descobrir e pagar velhas dívidas, de US$ 17,5 milhões, nos aeroportos internacionais. A nova dona da Varig está com dificuldades em conseguir aviões. Por isso, a Varig já suspendeu uma linha para Frankfurt, saindo do Rio, e ainda não retomou a rota para Buenos Aires, inoperante há dois meses.

A falta de aviões tem duas explicações. A primeira delas é que o mercado está aquecido e existem poucos aviões para serem vendidos ou arrendados no mercado internacional. A outra razão é que as empresas de arrendamento de aviões estão cobrando parte das velhas dívidas de leasing da Varig, que chegam a R$ 2 bilhões.

As empresas de leasing estariam cobrando a Gol para poder liberar aviões de grande porte em seu poder. A Gol não quer pagar para não abrir um precedente de sucessão de dívidas. Ou seja, não quer assumir que é responsável por honrar débitos da velha Varig.

Sem fazer qualquer alarde, a nova Varig, cuja razão social é VRG, suspendeu a rota para Frankfurt desde 20 de setembro, quando remanejou o avião que voava para a Alemanha para poder reinaugurar a linha São Paulo-Paris-Roma.

A Gol, que comprou a Varig em março por US$ 320 milhões, substituiu a linha direta do Rio pela rota Rio-São Paulo-Frankfurt. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a VRG pode suspender seus vôos no exterior, mas tem seis meses para retomar a rota, sob pena de perdê-la.

“A Gol, com certeza, não imaginava que o pepino da Varig fosse tão ruim”, afirma um executivo do setor, que pediu para não ser identificado. Segundo outra fonte, ainda não se sabe se a Varig terá aviões para fazer o seu retorno à Cidade do México, no fim de outubro, ou para Londres, em novembro.

Segundo uma pessoa que acompanha os planos da VRG no exterior, essa foi a fórmula encontrada para não perder os intervalos de pouso e decolagem (slots) no exterior: suspender alguns vôos e retomar outros enquanto ainda há escassez de aviões. “É para tapar o buraco mesmo”, diz uma fonte.

A 1ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial da Varig antiga, blindou os slots internacionais da Varig até o mês que vem. A Anac, por sua vez, chegou a vetar, em maio, a prorrogação da validade dessas rotas, mas prevaleceu a decisão judicial do juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 1ª Vara Empresarial.

A VRG, que esteve proibida de voar para a Argentina do dia 9 de agosto a 21 de setembro, principalmente por causa de problemas trabalhistas, havia marcado o retorno a Buenos Aires para o último dia 10, o que não aconteceu. Já faz mais de dois meses que não voa para a Argentina. A VRG foi procurada, mas não retornou até o fechamento desta edição.