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Globo Online
17/10/2006 às 22h04m
Gestor da Varig assume cargo de diretor
de Relações com Investidores
Patricia Eloy - O Globo
RIO - O gestor judicial da antiga Varig, Miguel Dau, passará
a atuar também como representante da empresa junto
aos investidores. Em comunicado enviado nesta terça-feira
à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)
e à Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Dau informa que responderá como novo diretor
de Relações com Investidores das companhias
do grupo (Varig, Rio Sul e Nordeste).
Assembléia de credores realizada
em meados de dezembro já previa que o cargo fosse
ocupado por um gestor judicial eleito pelos próprios
credores, já que a diretoria deixou de existir.
"Não havendo mais diretoria,
pois que me foram transferidos todos os poderes para o exercício
de funções e cargos necessários",
escreveu Dau em nota enviada à Bovespa e à
CVM, no qual informa que os contatos dos investidores deve
ser feito por meio do e-mail gestorjudicial@voenordeste.com.br
ou pelo telefone (21) 3814-5210.
O Globo Online
17 de outubro de 2006 - 15:22h
Variglog prevê investir US$
173 mi na ampliação da frota
A informação foi
dada nesta terça-feira pelo presidente da companhia,
nova controladora da Varig, João Luiz Bernes de Souza
Alberto Komatsu
RIO - A Variglog planeja investir US$ 173
milhões para ampliar a sua frota de aeronaves. A
informação foi dada nesta terça-feira
pelo presidente da companhia, nova controladora da Varig,
João Luiz Bernes de Souza. Deste total, US$ 140 milhões
serão desembolsados para o arrendamento de sete aviões
Boeing 757-200, que chegarão a partir de janeiro
do ano que vem. Os US$ 33 milhões restantes serão
investidos na compra de 22 aviões de médio
porte fabricados pela Cessan.
Segundo o executivo, a frota atual da VarigLog
é composta por 17 aeronaves. O objetivo da ampliação
do número de aviões é diminuir a utilização
dos porões da antiga Varig, garantindo a independência
da operação da nova empresa. No passado, a
Varig chegou a representar mais da metade da receita da
VarigLog. Com as novas aeronaves, Souza acredita que será
possível gerar 800 empregos.
O presidente da VarigLog prestou nesta
terça depoimento à CPI que investiga o caso
Varig na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
Na próxima semana, a comissão pretende ouvir
o presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Milton Zuanazzi.
C.P.I. - VARIG
Notícias da Assembléia Legislativa do Estado
Do Rio de Janeiro
17/10/2006
CPI UNIRÁ OS TRÊS PODERES
DO ESTADO PARA SOLUCIONAR IMPASSE NA VARIG
O depoimento do presidente da VarigLog,
João Luis Bernes de Souza, na Comissão Parlamentar
de Inquérito para apurar a venda da Varig, nesta
terça-feira (17/10), reforçou em todos os
integrantes da comissão a certeza de que sem a concessão
do Certificado de Homologação de Empresa de
Táxi Aéreo (Cheta) para a nova Varig será
impossível resolver o impasse em que hoje se encontram
os funcionários da antiga empresa.
"A nova empresa não pode operar
sem o Cheta e isso significa, na prática, que o processo
de recuperação judicial da empresa ainda não
foi concluído", explicou o presidente da CPI,
deputado Paulo Ramos (PDT).
Para solucionar a questão, o parlamentar
sugeriu ao secretário-chefe de Gabinete da Governadoria,
Fernando Peregrino, que o presidente da Alerj, deputado
Jorge Picciani, a governadora Rosinha Garotinho e o presidente
do Tribunal de Justiça, desembargador Sergio Cavalieri,
se reúnam no Palácio Guanabara e marquem uma
audiência com o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. "Precisamos dizer ao presidente que este
impasse criado pela Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) não é bom para o estado.
Temos que tirar dele um compromisso político,
é por aí que vamos resolver este problema",
afirmou o parlamentar, ressaltando que não vai abrir
mão de investigar como foi o processo de venda da
Varig. Na próxima terça-feira (24/10), a CPI
ouvirá o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, às
11h, na sala 316.
Segundo o deputado Paulo Ramos, o ideal seria que os novos
donos da Varig tivessem tomado o caminho natural, de sucessão,
o que faria com que o Cheta fosse desnecessário.
"Por uma questão de negócios, querem
montar uma nova Varig sem o ônus da antiga empresa.
A questão é complexa, mas a posição
da Anac é injustificável. E, neste ponto,
todos concordamos", sustentou.
Durante o depoimento, o presidente da VarigLog, João
Luis Bernes de Souza, disse que o objetivo da companhia
é recontratar os funcionários da Varig, tão
logo seja liberado o Cheta. Ele afirmou também desconhecer
o convênio firmado com o Governo estadual em 2004,
que previa a manutenção dos 4,5 mil empregos
no estado, o aumento da área de controladoria e do
número de vôos nacionais e internacionais a
partir do Aeroporto Internacional Tom Jobim e a permanência
das sedes operacional e administrativa no estado. Em contrapartida,
a Varig recebeu, entre outros benefícios, a devolução
de R$ 103 milhões relativos ao recolhimento irregular
de ICMS pelo estado. Bernes prometeu também enviar
um relatório à CPI com a sua visão
sobre os motivos que levaram a empresa a ser vendida nas
condições em que foi.
O presidente da VarigLog ingressou na Varig
em 1961 e permaneceu na empresa até 2001, quando
se aposentou. Em 2002 ele foi recontratado pela VarigLog.
Em seu depoimento, o presidente fez um panorama histórico
da importância da Varig e das sucessivas perdas que
a empresa sofreu.
Indagado sobre a possibilidade de a VarigLog ter recebido
alguma garantia sobre a vitória no segundo leilão,
Bernes contradisse o depoimento do ex-diretor e atual gestor
da Varig Miguel Dau. O presidente da VarigLog disse que
a única garantia que tiveram foi a de que caso não
vencesse o leilão o grupo vencedor devolveria à
VarigLog os R$ 20 milhões investidos pela empresa
na Varig entre um leilão e outro. "Miguel Dau
disse que o grupo aportou o dinheiro porque resolveu correr
o risco e poderia perdê-lo caso outro grupo comprasse
a empresa", lembrou o deputado Paulo Ramos.
Indagado sobre o fatiamento da empresa,
o presidente da VarigLog afirmou que a Varig já estava
há anos à venda e, apesar do interesse de
diversos investidores, nunca foi formalizada nenhuma oferta.
"Logicamente teria sido melhor que a empresa tivesse
sido vendida inteira, mas a crise nos levou em outra direção",
afirmou Bernes.
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