::::: RIO DE JANEIRO - 18 DE SETEMBRO DE 2007 :::::

 

Site da AMVVAR
18/09/2007
4ª REUNIÃO DA SUBCOMISSÃO AERUS DA ALERGS

Ontem, dia 17 de setembro ocorreu a 4ª reunião da Subcomissão AERUS da ALERGS, composta pelos Deputados Kalil Sehbe (PDT), Raul Carrion (PCdoB) e Adão Villaverde (PT), representado nesta reunião, pelo seu Chefe de Gabinete Gerson Madruga da Silva, juntamente com os M/V’s: Nelson Cirtoli, Antônio Carlos Silva, Juan Rodolfo Metzler e prof. Cajati Borges, para debaterem a audiência ocorrida com o Ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, com esta Subcomissão.

O deputado Raul Carrion, que juntamente com o deputado Adão Villaverde participou desta audiência, representando a Subcomissão, explanou que o Ministro deixou claro, que existe grande interesse do governo, em resolver o problema Aerus o mais breve possível. Entretanto é necessário aguardar decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça, sobre o recurso interposto pelo Ministério Público Federal.

Os representantes dos trabalhadores discordaram em parte das colocações do Ministro enfatizando que:

1 – a Lei 9469/97 está em pleno vigor e permite ao Governo fazer o acordo nos autos imediatamente, conforme argumentado na Nota Técnica enviada por esta Subcomissão aos ministros, não sendo necessário, portanto aguardar por mais nenhuma decisão judicial.

2 – foi o Governo na função de Agente Público, Interventor e Liquidante dos planos de responsabilidade da Varig no Aerus, que fez a troca das promissórias da dívida da Varig para com o Aerus, pelo produto do resultado da ação do congelamento tarifário, limitado ao total da dívida, sem consultar os participantes ativos e assistidos da Varig. Como réu na ação de congelamento tarifário e como Interventor do Aerus efetuou essa troca, oficialmente registrado e homologado em Juízo na Primeira Vara Empresarial. Portanto, não pode transferir a responsabilidade desse pagamento a decisões do Poder Judiciário, ou qualquer outro órgão. Depende única e exclusivamente que informe ao poder judiciário dessa sua decisão.

4 – enquanto o Governo diz que é seu interesse resolver o problema o mais breve possível, ao mesmo tempo, de forma incoerente, administra a liquidação dos planos Varig no Aerus. Maior se torna a incoerência ao constatarmos que estes planos estão saneados considerando-se os cerca de 3,5 bilhões de Reais, produto da ação do congelamento tarifário, já transitados em julgado que depende apenas, que o Governo comunique ao judiciário a sua decisão.

5 – os assistidos do plano I da Varig são os mais idosos e já cancelaram seus planos de saúde, por insuficiência de rendimentos e que o seu sustento está cada vez mais difícil.

6 – ao liquidarem os planos Varig estarão rompidos os vínculos que permitem ao Aerus fazer chegar aos seus legítimos donos, os 3,5 bilhões da ação do congelamento tarifário.

7 – temos o receio que a parte desses 3,5 bilhões, em especial o referente ao direito dos participantes ativos da Varig sejam pulverizados entre outros planos deficitários do Aerus. Ou seja, a poupança para a velhice de uns seja usada para sustentar a velhice de outros.

8 – Trouxemos a discussão também a Ação Cívil Pública, por dependência, movida pelo SNA, com liminar vigente que determina à União pagar nossos benefícios, mas que não está sendo cumprida pelo Governo, o que levou seu patrono, Dr, Castagna Maia, assim se pronunciar: “A presidenta do STF suspendeu a multa diária contra a UNIÂO, mas não suspendeu a decisão que antecipou os efeitos da tutela jurisdicional. E a União está obrigada a cumprir a decisão, a menos que a própria União resolva iniciar um movimento de desobediência civil”.

Em virtude do relatório do Dep. Carrion da audiência desta Subcomissão com o Ministro da Previdência e da argumentação dos trabalhadores, o Coordenador e Relator da Subcomissão, Dep. Kalil Sebhe propôs e foi aceito pelo Dep. Carrion:

1 - que a Subcomissão faça um novo encaminhamento ao Ministro da Previdência Social, com cópias para a Casa Civil e o Ministério do Trabalho, e para o Ministério Público Federal e o Superior Tribunal Federal recolocando os subsídios legais para agilizar o processo.

2 - Que se solicite a suspensão da liquidação dos Planos Aerus da Varig.

 

 

Agência Câmara
Tempo real - 18/09/2007 14h52
CPI: Congonhas não cumpre questões de segurança

O primeiro capítulo do relatório da CPI da Crise Aérea, que está sendo apresentado pelo deputado Marco Maia (PT-RS), inclui uma avaliação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), segundo a qual o aeroporto de Congonhas apresenta "diversos problemas quanto à sua adequação à segurança operacional". De acordo com o relatório, isso ocorre devido à existência de diversos desenquadramentos com normas de segurança operacional nacionais e internacionais. "Essas questões são de difícil solução uma vez que a utilização intensa do aeroporto e a ocupação urbana de seu entorno dificultam sobremaneira a aplicação das recomendações de segurança operacional", diz o relatório.

 

 

O Globo
18/09/2007
Ancelmo Goís

 

 

Folha de São Paulo
18/09/2007
Relatório final da CPI da Câmara deve responsabilizar Anac por crise aérea
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relatório final da CPI do Apagão Aéreo da Câmara deverá responsabilizar a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) pela crise no setor, devido à falta de fiscalização e acompanhamento.

Haverá uma recomendação de abertura de processo administrativo para investigar a diretoria, mas o indiciamento da ex-diretora Denise Abreu ainda não foi definido pelo relator, o petista Marco Maia (RS).

O relatório começa a ser apresentado hoje, pela parte de infra-estrutura aeroportuária -a CPI, porém, não detalhou as acusações de irregularidades na Infraero, que está sob nova gestão e passa por auditoria.

Amanhã, será analisado o acidente do vôo 1907 da Gol e o sistema de controle aéreo. A votação será na quinta, após leitura da parte sobre o acidente do vôo 3054 da TAM.

Ontem, Maia não quis falar sobre os indiciamentos. A oposição pretende apresentar voto em separado pedindo o indiciamento de toda a diretoria, já que ela funciona de forma "colegiada". "A responsabilidade é conjunta", afirmou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

O relator adiantou ainda outras três recomendações: a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo, a proibição de vôo com reverso travado (caso do vôo 3054) e o fim do "passe livre" (passagens gratuitas usadas pela Anac).

Na prática, o terceiro aeroporto já foi desconsiderado pelo governo como solução de curto prazo e o passe livre não é mais usado, segundo a agência.

 

 

O ESTADO DE SÃO PAULO
18/09/2007
Helicóptero faz Airbus arremeter em Congonhas
Sistema anticolisão indicou ao piloto que só manobra urgente evitaria choque, o que significa que aparelho estava a menos de 300 metros
Camilla Rigi e Talita Figueiredo

Um Airbus A320 da TAM que se aproximava do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na manhã de ontem teve que arremeter (abortar o pouso) repentinamente por causa da aproximação perigosa de um helicóptero.

Segundo o Serviço Regional de Proteção ao Vôo de São Paulo (SRPV-SP), o sistema anticolisão do avião (TCAS, na sigla em inglês) detectou perigo e sinalizou ao piloto que ele deveria tomar uma atitude imediata para evitar um possível choque. Esse tipo de alerta ocorre, normalmente, quando as aeronaves estão a menos de 300 metros de distância.

O avião da TAM, similar ao que se acidentou em 17 de julho em Congonhas, vinha de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, e se aproximava para pouso às 10h20. Os controladores de helicópteros pediram ao piloto que aguardasse a passagem do avião, mas a ordem teria sido desrespeitada.

O SRPV- SP vai investigar hoje o que ocorreu e pode punir o piloto, caso a desobediência fique comprovada.

Esse foi apenas um dos quatro problemas registrados ontem em Congonhas. Apesar de a pista principal não ter mais restrições para operar em dias de chuva, o aeroporto fechou três vezes por causa de interferências de rádios piratas nas comunicações entre pilotos e controladores de vôo.

A primeira ocorreu das 9h29 às 9h36. Entre 13h45 e 13h58, houve interferência nos computadores que controlam vôos da Região Sul. A terceira interferência ocorreu entre 18h30 e 18h45. Com isso, o SRPV-SP teve de aumentar o espaçamento entre vôos, atrasando pousos e decolagens.

Segundo Infraero, até as 19 horas, das 228 decolagens programadas, 10 atrasaram mais de uma hora e 44 foram canceladas.

CACHORRO NA PISTA

Um cachorro atrasou o pouso de um avião da TAM no Aeroporto Santos Dumont, centro do Rio, na manhã de ontem. O comandante do vôo JJ 3914, proveniente de São Paulo, foi orientado pela torre de controle a dar mais uma volta sobre a cidade para aguardar a retirada de um cão por bombeiros, de acordo com a Infraero. O cachorro foi levado para a Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais).

Não foi a primeira vez que uma aeronave foi impedida de pousar por causa de animais na pista. Em janeiro de 2004, um cachorro atrapalhou o pouso de dois vôos que também vinham de São Paulo. Na ocasião, bombeiros também retiraram o animal da pista.

 

 

Agência Senado
PLENÁRIO / Pronunciamento
17/09/2007 - 16h40
Mesquita Júnior diz que manutenção de aviões no Brasil "é um escândalo"
Eli Teixeira / Agência Senado

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) afirmou, em discurso nesta segunda-feira (17), que a manutenção dos aviões de carreira no Brasil "é um escândalo" e que, depois do acidente da TAM em Congonhas (SP),já "ocorreram dezenas de episódios" que poderiam ter gerado "uma nova tragédia". Ele admitiu que hoje tem medo de voar no país e tem saudades da Varig.

Mesquita Júnior disse ter sentido na pele a falta de manutenção na sexta-feira (14), ao tentar voar de Brasília para Sergipe. Depois de embarcados, os passageiros tiveram de esperar que um funcionário da TAM tentasse um conserto antes do vôo. No entanto, mesmo com a solução do problema, o piloto cancelou o vôo depois de quase 90 minutos, alegando que havia detectado um outro problema, desta vez no trem de pouco.

- Só vejo autoridades falando de problemas nas pistas dos aeroportos. Não vejo ninguém preocupado com a manutenção das aeronaves. Nossas empresas são as mais lucrativas do setor aéreo e não vejo os órgãos responsáveis fazendo uma fiscalização para valer na manutenção das companhias aéreas. Voar hoje no país é correr sério risco - sustentou o senador.

Ele lembrou que a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) entregou há duas semanas um relatório de 15 páginas às autoridades brasileiras, onde classificaa aviação civil do Brasil como "instável e ineficiente", acrescentando que a situação atual compromete a segurança dos vôos. O senador condenou a existência de apenas duas empresas aéreas importantes no país e pediu ao governo que "regionalize a aviação civil" brasileira. Para ele, a Gol e a TAM não têm condições de cobrir todo o território nacional.

Mesquita Júnior pediu desculpas aos participantes do Encontro Internacional do Fórum Universitário do Mercosul, que se realizou em Aracaju (SE), onde ele deveria ter participado de um debate, não fossem os problemas do avião em Brasília.Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) também disse ter saudades da Varig.

(Reprodução autorizada mediante citação da )

 

 

Site da ALERGS
17/09/2007 - 13:50hs
Subcomissão do Aerus relata reunião em Brasília
Por Marinella Peruzzo



Integrantes da subcomissão criada em defesa dos beneficiários do Plano Aerus, coordenada pelo deputado Kalil Sehbe (PDT), relataram nesta segunda-feira (17), em reunião na Sala Vieira da Cunha, da Assembléia Legislativa, os resultados da audiência que realizaram no dia 29 de agosto, em Brasília, com o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho. Os beneficiários do fundo de pensão reivindicam ao governo o pagamento de uma indenização de R$ 3,2 bilhões. O valor representa parte de uma ação judicial (cujo total é de R$ 6,2 bilhões) decorrente do congelamento do preço das passagens aéreas no Plano Cruzado, em 1986.

Conforme o deputado Raul Carrion (PCdoB), que esteve em Brasília com o deputado Adão Villaverde (PT), existe grande interesse do governo federal em resolver o problema o mais breve possível, porém é necessário aguardar decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça sobre recurso interposto pelo Ministério Público Federal.

O presidente da subcomissão, deputado Kalil Sehbe, sugeriu a elaboração de um documento com subsídios legais sobre o caso a ser enviado ao Ministério da Previdência Social, à Casa Civil, ao Ministério do Trabalho, ao Ministério Público Federal e ao Superior Tribunal de Justiça. Os deputados também pretendem solicitar a suspensão da liquidação dos planos Aerus durante o processo.

O fundo de pensão possui mais de 7,5 mil beneficiários (1,5 mil no RS) que não estão recebendo os valores de aposentadoria pelos quais recolheram 8% de seus salários durante a carreira. Foi criado em 1982 com três fontes mensais de custeio: trabalhadores, empregadoras e União. Em 1991, esta terceira fonte – formada a partir do recolhimento de 3% do valor da venda das passagens aéreas - foi suspensa. Além dos funcionários aposentados, também os participantes ativos têm direito a ressarcimento.

Participaram da reunião os deputados Kalil Sehbe (PDT) e Raul Carrion (PCdoB), o assessor previdenciário da Associação dos Mecânicos de Vôo da Varig (Amvvar), Nelson Cirtoli, o diretor regional da Amvvar, Juan Rodolfo Metzler, o representante da Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus, Antônio Carlos Silva, e o professor Cajati Ildefonso Borges.

 

 

Site da AMVVAR
17/09/2007
MOÇÂO n° 024/14L/2007 DA CÂMARA MUNICIPAL DE NOVO HAMBURGO

O M/V Sadi Holler teve a iniciativa de contatar o vereador Jesus Martins de Novo Hamburgo relatando a situação do AERUS e seus beneficiários, assim como a dos colegas da ativa que ainda esperam pelas indenizações e salários atrasados. Mais tarde o vereador participou de uma das nossas reuniões / almoço colhendo mais subsídios para elaborar uma moção de apoio e aplauso.

Os associados foram convidados para participar da sessão do dia 23 de agosto da Câmara Municipal, marcando presença os M/Vs Metzler, Oscar Bürgel, Holler, Gustavo, Jurij, Malmaceda, Daniel, Ballico, Marcus Müller, Cmro. João Carlos e Vaine Gonçalves (filho do M/V Nelson Gonçalves).



Considerando os fatos apresentados o vereador Jesus Martins, com o endosso dos 16 vereadores presentes, requereu à Mesa uma “Moção aos Trabalhadores e Aposentados do setor aéreo, manifestando aplauso aos seus Pleitos Trabalhistas e Previdenciários que buscam sua dignidade como cidadãos e contribuintes que, com trabalho dedicado ou com o pagamento de seus impostos ajudaram e ajudam na construção deste País no qual a UNIÃO (Governo) não está cumprindo sua parte no acordado”.

Após a leitura da Moção o M/V Metzler ocupou a tribuna para agradecer à população de Novo Hamburgo e aos seus dignos representantes pela solidariedade prestada nesta jornada de lutas pelos nossos legítimos direitos.

M/V Egomar
Assessor AMVVAR-RS