:::::RIO DE JANEIRO - 16 e 17 DE DEZEMBRO DE 2006 :::::

 

Folha de São Paulo
17/12/2006
Apesar de crise, aéreas terão lucro recorde
Mesmo com "apagão aéreo", acidente da Gol e percalços da Varig, principais empresas devem encerrar ano com resultados inéditos
Caos nos vôos deverá ter reflexo negativo nas contas do 4º trimestre, mas não vão ofuscar rentabilidade do setor, afirmam analistas

JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

No ano do apagão aéreo, do acidente da Gol e do estouro da crise da Varig, as principais empresas do setor vão encerrar o ano com lucro recorde, segundo projeções de analistas ouvidos pela Folha.

O desempenho financeiro do quarto trimestre deverá sofrer impactos negativos em razão do aumento de custos com tripulação, combustível, acomodação e alimentação de passageiros, além de outras despesas referentes a atrasos e cancelamentos de vôos nos últimos meses.
As empresas afirmam que ainda não concluíram o somatório desses gastos. A estatística preliminar do setor, divulgada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), aponta para despesas da ordem de R$ 4 milhões por dia.

A Gol revisou novamente para baixo suas projeções de desempenho para o ano e a taxa de ocupação prevista passou de 74% para 73%. A expectativa de receita líquida passou de R$ 4 bilhões para R$ 3,9 bilhões e o lucro por ação deve ficar entre R$ 3,40 e R$ 3,65.

A taxa de ocupação das companhias aéreas no mercado doméstico passou de 71% em outubro para 67% no mês passado. Apesar do aumento de custos e da taxa de ocupação menor registrada nos últimos meses do ano, analistas afirmam que não há chance de as empresas registrarem prejuízo no quarto trimestre.

Receita de lucro

O comportamento favorável do setor até o terceiro trimestre deverá garantir cifras inéditas para as companhias. De acordo com Lúcia Helena Salgado, especialista em aviação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a receita de lucros mais altos incluiu ingredientes como custos e concorrência em baixa e demanda aquecida.

"A crise da Varig significou uma redução no número de concorrentes. Com isso, as empresas tiveram menos incentivos para oferecer tarifas menores. Os principais itens de custo das companhias aéreas são dolarizados, e o preço do combustível também contribuiu. Tudo jogou a favor da rentabilidade dessas empresas", disse.

O modelo de redução de custos e aproveitamento das aeronaves, com menor intervalo de aviões parados em solo, também contribuiu para elevar a rentabilidade.

Até o mês de setembro, a TAM, líder do mercado doméstico, registrou lucro de R$ 421,1 milhões, um resultado 245% maior do que o obtido em igual período do ano anterior. Em todo o ano de 2005, a empresa apurou lucro de R$ 187 milhões. Os ganhos da Gol nos nove primeiros meses deste ano somaram R$ 491 milhões, o que representa um aumento de 79,85% em relação a igual período do ano anterior.

O mercado financeiro já está atento, no entanto, ao impacto que o resultado negativo no fim do ano pode trazer para o balanço de 2007. No auge da crise, TAM e Gol chegaram a perder R$ 5 bilhões em valor de mercado. "As empresas não vão lucrar tanto quanto se esperava, mas ainda assim terão resultados inéditos. Para o próximo ano, a disputa será mais acirrada", afirma Salgado.

Descolamento

Tradicionalmente, o desempenho do setor de aviação cresce em média duas vezes mais do que o PIB (Produto Interno Bruto). Nos últimos anos, no entanto, houve um descolamento entre as duas variáveis e o número de passageiros transportados tem crescido "a taxas chinesas", segundo o diretor de Relações Institucionais da TAM, Paulo Castello Branco. Com a perspectiva de crescimento do PIB abaixo de 3% neste ano, o número de passageiros transportados cresceu 12,9% até novembro, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Segundo Amaryllis Romano, economista da consultoria Tendências, as previsões iniciais eram de alta de 15% no ano. Após a pane do sistema de rádio do centro de controle do espaço aéreo de Brasília, a meta dificilmente será atingida.
A maior parte da receita do setor é gerada por viagens executivas, com passageiros que não podem deixar de viajar. A magnitude da crise nos aeroportos no fim do ano já levou algumas empresas a modificar hábitos e priorizar apenas viagens essenciais. No fim do ano, as companhias aéreas costumam inverter a oferta de vôos.

"A partir do meio deste mês, as companhias começam a reduzir a oferta de vôos tipicamente executivos, como Congonhas/Curitiba e Congonhas/Santos Dumont. Neste período elas começam a desviar mais aeronaves para vôos de turismo, principalmente para o nordeste", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação.

 

 

Invertia - Aéreas
Sábado, 16 de Dezembro de 2006, 14h00 
Varig tem passagens de R$ 79 até o fim do ano
Fonte: INVERTIA

Algumas aéreas brasileiras resolveram baixar os preços na ânsia de atrair mais clientes em meio à crise nos aeroportos. A Varig, por exemplo, oferece até o dia 31 de dezembro passagens para vôos entre o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo, por R$ 79. O bilhete de Congonhas para o aeroporto Santos Dumont, também no Rio, custa R$ 119.

Para os clientes Smiles, a aérea oferece a promoção para o verão. Ao voar em uma das rotas escolhidas, o passageiro ganha milhas em dobro, entre o período de 18 de dezembro a 18 de janeiro.

Além a ponte aérea Rio-São Paulo, também há tarifas promocionais da capital paulista para Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Seguro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e Florianópolis, assim como entre o Rio de Janeiro e Recife.

As milhas adquiridas também podem ser utilizadas para vôos pelas empresas aéreas Air Canada (para viagens à América do Norte) e Pluna (para Montevidéo, capital do Uruguai). Mais informações podem ser obtidas no site http://www.varig.com.br/.

OceanAir
De olho nos turistas, a OceanAir lançou um pacote de tarifas promocionais para cinco cidades da Região Nordeste. Os preços variam entre R$ 220 e R$ 400, de acordo com o destino. A promoção continuará até esgotarem os assentos.

A promoção é válida para embarques de 1º de janeiro a 15 de fevereiro de 2007. Quem optar por ir a Salvador (BA), pagará a partir de R$ 220 se embarcar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Se o passageiro escolher Congonhas, o preço sai por R$ 300.

Ao interessado em ir a Recife (PE) ou Aracaju (SE), o valor do bilhete é de R$ 400 para ambos os destinos. Nos dois casos, o embarque é em Guarulhos. A viagem para Fortaleza (CE), com saída de Congonhas, custa R$ 450. O mesmo preço é cobrado para quem for a Maceió (AL), saindo de Guarulhos.

A OceanAir também lançou preços especiais para o trecho Rio-São Paulo. A partir de agora, a passagem custa R$ 69 com embarque em Guarulhos e destino ao Aeroporto do Galeão (RJ). Para Porto Alegre, o preço é de R$ 130, com saída de Congonhas.

Para adquirir os bilhetes, os interessados devem ligar para 4004-4040 nas principais capitais do País. Nas demais cidades, o número é o 0300-789-8160. Mais informações podem ser adquiridas no site www.oceanair.com.br.

TAM
A TAM não lançou promoções novas, mas continua oferecendo um novo serviço de venda de passagens, que inclui cinco níveis de preços.

Os níveis Promo, Light, Flex, Max e Top. Na ponte aérea Rio (Galeão) - São Paulo (Guarulhos), por exemplo, o cliente que optar pelo nível Promo consegue passagens por R$ 89. Para o aeroporto carioca de Santos Dumont, sai por R$ 119,50.

BRA
A BRA informou que sua política não é realizar "promoções relâmpago", e sim oferecer preços baixos o ano inteiro. A passagem só de ida para São Paulo - Rio sai por R$ 89, para Porto Alegre fica em R$ 169, para Florianópolis sai a partir de R$ 109, para Recife fica em R$ 279 e para Salvador a partir de R$ 199.

Do Rio de Janeiro, a passagem de ida para Porto Alegre fica R$ 209 e para Salvador a partir de R$ 149. Para Recife sai por R$ 259.

 

 

Mercado e Eventos
15/12 - 12:11h
Vem também recebe medalha Centenário do Vôo 14-Bis

Assim como a Tap, a Vem Manutenção e Engenharia S.A. recebeu no dia 12 de dezembro, a medalha Centenário do Vôo 14-Bis. A cerimônia realizada do Palácio Farroupilha, Porto Alegre, comemora cem anos do feito do brasileiro Santos Dumont. A Vem foi representada pelo engenheiro Sérgio Franceschini, gerente-geral de Manutenção de Aviões, do Centro de Porto Alegre.