:::::RIO DE JANEIRO - 17 DE MAIO DE 2006 :::::

Folha de São Paulo
17/05/2006
BNDES ainda não teve proposta pela Varig
JULIANNA SOFIA


O presidente do BNDES, Demian Fiocca, declarou ontem que nenhum investidor formalizou, até segunda-feira à tarde, proposta para obter o empréstimo-ponte que dará sobrevida à Varig até o leilão de venda de parcela da companhia aérea, previsto para julho.

O prazo para as propostas terminou anteontem às 18h, mas o banco decidiu prorrogá-lo por 48 horas a pedido do juiz que comanda o processo de recuperação judicial, Luiz Roberto Ayoub, e dos gestores da empresa.
"Acredito que, por conta da prorrogação do prazo, os grupos não formalizaram [suas propostas]", afirmou Fiocca depois de audiência no Senado.

Segundo ele, "em nível técnico" o banco conversou com vários interessados em investir na Varig. "Houve, sim, conversas. Empresas nacionais, possíveis investidores também financeiros foram recebidos antes e depois da assembléia [que definiu o leilão]."

O empréstimo-ponte foi a forma encontrada pelo banco para ajudar a Varig, de acordo com Fiocca, sem passar por cima dos critérios de prudência. "Passaremos por cima dos ritos, mas não da prudência", completou.

Os recursos equivalem a dois terços do que a Varig precisa para se financiar até o leilão. O valor posto à disposição pelo BNDES pode chegar a US$ 250 milhões.

Márcio Marsillac, do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), disse aos senadores que a demora na concessão do empréstimo pelo BNDES pode comprometer a empresa. Ele reclamou das exigências que o banco tem feito para emprestar os recursos, o que pode inviabilizar a venda da empresa.
Para ele, a exigência de fiança bancária por parte do BNDES e a remuneração do empréstimo (taxa Selic) podem dificultar o fechamento da operação.

Na opinião de Fiocca, a fiança bancária é uma alternativa ao procedimento regular, em que o tomador tem de apresentar garantias reais. Com a fiança, bancos com os quais as empresas interessadas na Varig já trabalham podem garantir a operação.

Fiocca diz que a Selic está condizente com a operação, que é de curto prazo. Além disso, o modelo do leilão prevê que, se o tomador do empréstimo não levar a empresa no leilão, receberá 200% sobre a Selic.

Ele evitou responder se a falta de interesse dos investidores na obtenção do empréstimo está ligada ao risco que os compradores correm de ter que responder, no futuro, pela dívida da empresa (R$ 7,9 bilhões). "A avaliação dos riscos e das oportunidades do conjunto do negócio cada investidor terá que fazer", disse. Anteontem, o juiz Ayoub decidiu que o investidor não levará a dívida, mas há entendimentos contrários.

Na audiência no Senado, o secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis, afirmou que poderá reverter o processo de liquidação dos dois planos de previdência complementar dos funcionários da Varig. O fundo de pensão que administra tais planos, o Aerus, está sob intervenção desde abril. "Diante de fato novo, a liquidação pode ser levantada."

Condições rígidas

O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, responsável pelo processo de reestruturação da Varig, afirmou ontem que as condições do empréstimo-ponte oferecido pelo BNDES são muito rígidas.

O diretor se referiu à exigência de uma carta-fiança equivalente ao montante de financiamento a ser concedido pelo banco.

"Os termos do empréstimo-ponte são bastante rígidos, a carta-fiança, a Selic. Temos o Banco do Brasil fornecendo com prazos e termos mais flexíveis. O tomador desse empréstimo tem mais de uma fonte", afirmou Gomes.

Folha de São Paulo
17/05/2006
Empresa reduz oferta em quase 40% neste mês

MAELI PRADO DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio às acirradas discussões sobre a venda de suas operações em leilão, a Varig vem reduzindo sua oferta de assentos em uma proporção cada vez maior.

Nos primeiros dez dias deste mês a queda no número de assentos foi de 39% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A redução no número de assentos oferecidos na comparação com 2005 se intensificou de fevereiro (queda de 10,8%) para cá: em março, a oferta recuou 14%, em abril, 23%, até chegar aos quase 40% de queda neste mês.

A demanda nos primeiros dez dias deste mês teve queda de 27% na comparação com o mesmo período de 2005, segundo Paulo Sampaio, consultor especializado em aviação.
"Em maio de 2000, Varig, Rio Sul e Nordeste atendiam 77 cidades no Brasil com 68 Boeings 737 em operação. Neste mês, atendem apenas 28 cidades, com 35 Boeings 737."

Além de ter parado de voar para alguns destinos e reduzido freqüências, a Varig vem cancelando muitos vôos. No mês passado, 31% dos vôos programados pela empresa não ocorreram.

As concorrentes atualmente cobram o direito de voar as rotas que ela deixou de operar por causa de sua delicada situação financeira, assim como horários e espaços em aeroportos.

Frota ampliada

Ontem, a Gol informou que decidiu ampliar sua frota prevista até o final deste ano. Anteriormente, a companhia previa operar um total de 58 aviões até o final deste ano.

O número mudou para 60 (atualmente a frota da empresa é de 47 aviões). Até o final do próximo ano, a previsão da empresa é operar com 74 aviões (a previsão anterior era de apenas 64 aeronaves).

Folha de São Paulo
17/05/2006
Consultoria critica "rigidez" do banco

JANAÍNA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, responsável pelo processo de reestruturação da Varig, afirmou ontem que as condições do empréstimo-ponte oferecido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) são muito rígidas.

O diretor se referiu à exigência de uma carta-fiança equivalente ao montante de financiamento a ser concedido pelo banco. "Os termos do empréstimo-ponte são bastante rígidos, a carta-fiança, a Selic [como remuneração]... Temos o Banco do Brasil fornecendo com prazos e termos mais flexíveis. O tomador desse empréstimo tem mais de uma fonte", afirmou Gomes na saída do Tribunal de Justiça do Rio.

Até segunda-feira, nenhuma empresa procurou o BNDES para se candidatar a repassar recursos para a Varig. Segundo Gomes, as empresas procuraram o banco e foram até a Varig para obter informações sobre como se qualificar para participar do leilão. "Tivemos reuniões com várias empresas, elas estão coletando informações para pegar o empréstimo-ponte", disse.

A audiência marcada para resolver a briga entre Varig e BR Distribuidora foi suspensa e adiada para hoje. A BR analisa proposta apresentada pela Varig. A distribuidora foi proibida pela Justiça na semana passada de cobrar adiantado da Varig pelo fornecimento de combustível.

Segundo Gomes, até que a audiência seja concluída, a Varig não precisa retomar o pagamento antecipado. O contrato entre Varig e BR venceu no final do ano passado e não foi renovado. Desde 1º de janeiro, a Varig paga na véspera pelo combustível necessário para voar no dia seguinte, o que representa um gasto de R$ 1,8 milhão a R$ 2,2 milhões. Com o caixa cada vez mais apertado, a companhia pediu na 8ª Vara Empresarial que fosse fixado um prazo de pelo menos 60 dias para o pagamento.

"A BR entende o novo momento da companhia, entende que entramos num processo de preparar a companhia para o leilão e compreende que é necessário que a gente tenha um crédito, um fornecimento com esse crédito até o leilão", afirmou Gomes.

Questionado sobre o prazo em discussão na audiência, Gomes disse que "é o prazo factível para a empresa continuar viva até o leilão" e que seria similar ao negociado com outros fornecedores.

Valor Econômico
17/05/2006
Varig ganha um dia a mais para negociar com BR
Janaina Vilella


A Varig ganhou mais um dia para ficar livre do pagamento à vista de combustível à BR Distribuidora. A audiência entre representantes da aérea e da estatal com o juiz da 1ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, marcada para ontem, durou cerca de três horas e acabou sendo suspensa por falta de consenso. A reunião continua hoje.

Na semana passada, Ayoub aprovou pedido de liminar a favor da aérea determinando que a estatal suspendesse a cobrança antecipada pelo fornecimento do querosene de aviação até ontem, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

Na reunião de ontem, os executivos também discutiriam a concessão de um prazo de pelo menos 60 dias - a contar de quinta-feira passada - para a retomada do pagamento do combustível, o que representaria um crédito da ordem de US$ 60 milhões. Mas como a audiência foi suspensa, o efeito da liminar se estendeu até hoje. A Varig paga por dia US$ 1 milhão à BR.

Só nos últimos seis dias, a Varig já deixou de pagar à BR Distribuidora cerca de US$ 5,5 milhões. O Valor apurou que, durante o encontro, os executivos da companhia aérea apresentaram aos representantes da BR um leque de garantias para o pagamento do combustível, entre elas, recebíveis de cartão de crédito e R$ 250 milhões referentes a uma parcela dos cerca de R$ 4 bilhões que teria a receber da União por perdas com congelamento de tarifas durante os planos Collor e Verão. A BR ficou de estudar as ofertas e dar uma resposta na audiência de hoje.

"A BR compreende que a empresa (Varig) entrou em um outro momento e que precisa de crédito pelo menos até o leilão. Precisamos de um prazo para que ela fique viva até o leilão", disse o diretor da Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, responsável pela reestruturação da aérea. Os advogados da BR deixaram a reunião sem falar com a imprensa.

Também vence hoje o prazo dado pelo BNDES para investidores interessados em obter financiamento de até US$ 166,7 milhões para fazer um empréstimo-ponte à Varig se apresentarem à instituição. A aérea conta também com esse crédito para continuar voando.

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, afirmou ontem que, até o momento, nenhum investidor havia apresentado uma proposta concreta de compra da Varig, mesmo com o financiamento oferecido pelo banco.

Durante audiência pública no Senado, Fiocca disse que até agora houve apenas conversas informais sobre a venda da companhia, mas procurou minimizar o fato lembrando que o prazo para apresentação de propostas foi prorrogado. O presidente reafirmou que o banco não vai oferecer empréstimo direto à Varig.
(Com agência OGlobo, de Brasília)


Zero Hora
17/05/06
Interessados na Varig não foram ao BNDES


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, afirmou que, até ontem, não havia aparecido investidor com proposta concreta de compra da Varig, mesmo com o empréstimo-ponte oferecido pelo banco.

Durante audiência pública no Senado, Fiocca disse que ocorreram apenas conversas informais sobre a venda da companhia. O prazo de apresentação das propostas para contrair o empréstimo se encerra hoje, às 18h:

- Não houve proposta formal.

Outra notícia negativa para a empresa aérea partiu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O órgão informou que os consórcios interessados em comprar a parte operacional da companhia (com as rotas domésticas e internacionais) precisam obrigatoriamente ter participação de empresas aéreas de transporte regular. Dessa forma, o leque de potenciais investidores na Varig se torna mais restrito.

Prazo para empresa continuar viva

Ontem, advogados da Varig e da BR Distribuidora, e o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decidiram suspender até hoje a audiência sobre o pagamento de combustíveis à subsidiária da Petrobras. Marcelo Gomes, diretor da Alvarez&Marsal, disse que foi feita nova proposta:

- A BR entende o novo momento da companhia, que entramos em um processo de prepará-la para o leilão - ponderou.

Hoje haverá uma decisão para estabelecer um "prazo factível para a empresa continuar viva até o leilão", previsto para julho.


O Estado de São Paulo
17/05/06
Varig negocia trégua com credores até o leilão
Alberto Komatsu

A BR Distribuidora continuará proibida de cobrar à vista da Varig R$ 2,2 milhões pelo fornecimento diário de combustível para os aviões pelo menos até hoje. Isso porque terminou sem consenso a reunião entre as duas empresas que definiria qual o prazo que a Varig terá para pagar. A suspensão da cobrança havia sido definida por meio de liminar na quinta-feira passada e estava condicionada à audiência de ontem na 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que terá fim hoje.

O sócio-diretor da consultoria Alvarez & Marsal, a reestruturadora da Varig, Marcelo Gomes, reivindica a suspensão do pagamento até a realização do leilão judicial da companhia, previsto para o início de julho – o equivalente a R$ 132 milhões. Desde a suspensão da cobrança, a Varig deixou de pagar R$ 13,2 milhões, sendo que já tem uma dívida de R$ 57 milhões que consta dos autos da recuperação judicial.

“O prazo que precisamos é o factível para a Varig continuar viva até o leilão”, disse Gomes. Segundo ele, várias empresas já procuraram o BNDES para obter informações sobre o financiamento do banco de até US$ 166,6 milhões, de um empréstimo-ponte total de US$ 250 milhões, para a companhia recompor fluxo de caixa. O presidente do BNDES, Demian Fiocca, havia dito que não havia investidor interessado, apenas consultas informais.

“O BNDES colocou termos bastante rígidos para esse empréstimo. A carta fiança, a Selic. Temos hoje também o Banco do Brasil fornecendo com prazos e termos mais flexíveis. É mais de uma fonte”, afirmou Gomes. Em uma reunião para esclarecer dúvidas, o executivo disse que compareceram 14 interessados – entre eles TAM, Gol, BRA, Oceanair e Webjet.


O Globo
16/05/2006 - 20h18m
Gol fecha contrato com a Boeing para a compra de 101 aviões 737-800
Erica Ribeiro


RIO - A Gol planeja reduzir os custos operacionais com a incorporação de novas aeronaves no próximos anos, que serão usados na estratégia de ampliação da malha aérea nacional e internacional. A companhia fechou contrato com a Boeing para a aquisição de 101 aeronaves 737-800 Next Generation (NG). Este é o maior acordo entre a Boeing e uma companhia latino-americana, segundo a fabricantes de aviões.

A Gol tem um total de 67 pedidos firmes dentro da encomenda de 101 aviões, cujo prazo de entrega está agendado entre 2006 e 2012. A primeira aeronave será entregue em julho de 2006. Hoje, a frota da Gol é de 47 aeronaves Boeing 737.

- O 737-NG da Boeing é importante para a estratégia de crescimento da Gol tanto no Brasil como na América do Sul, sempre focando na manutenção dos baixos custos, na tecnologia de ponta e na alta qualidade dos serviços - afirma David Barioni, vice-presidente Técnico da Gol.


Agência Brasil
16/05/06 - 19:52h
Prazo de pré-qualificação a empréstimo do BNDES para a Varig termina amanhã

Alana Gandra

Rio - O prazo para pré-qualificação dos interessados em obter empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e financiar a Varig até o leilão termina amanhã (17).

Segundo Marcelo Gomes, diretor da Alvarez & Marsal, consultora norte-americana contratada pelos credores para a reestruturação da empresa, várias empresas já procuraram informações.

"Tivemos hoje reuniões com várias empresas, que coletam informações tanto no BNDES quanto na Varig", disse, lembrando que a instituição colocou condições que considera rígidas para a concessão de até US$ 250 milhões, como a carta-fiança bancária a ser apresentada pelos interessados.

Marcelo Gomes acrescentou que "o Banco do Brasil também entrou no circuito", com prazos e termos mais flexíveis. "Então, os tomadores desse empréstimo têm hoje mais de uma fonte, mas principalmente procuram a Varig para poder coletar as informações necessárias, para saber quais são as garantias e quais são as considerações para esse leilão", previsto para o início do mês de julho.


Folha Online
16/05/2006 - 19:26h
Sem acordo sobre combustível, audiência da Varig e BR é prorrogada
IVONE PORTES da Folha Online, no Rio

A Varig e a BR Distribuidora não chegaram a um acordo sobre o fornecimento de combustível durante a audiência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que durou hoje quase três horas. Com isso, a sessão teve de ser prorrogada para amanhã, a partir das 15h30.

Desde a quinta-feira passada a BR Distribuidora está proibida de exigir pagamento à vista da Varig pelo combustível usado em seus aviões. A decisão é do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida do processo de recuperação judicial da companhia aérea.

Segundo o diretor da consultoria Alvarez & Marsal --responsável pela reestruturação da companhia aérea--, a decisão do juiz continua válida até a audiência de amanhã.

O juiz determinou ainda que se a BR interromper o fornecimento de combustível deverá pagar multa diária de R$ 500 mil.

Em razão da crise financeira da Varig, que colocou em dúvida a viabilidade da empresa, a BR Distribuidora reduziu progressivamente o prazo de crédito para a companhia aérea até passar a exigir o pagamento antecipado pelo combustível.

"A BR entende o novo momento da companhia e que entramos num processo para prepará-la para o leilão. Ela compreende que é necessário que a gente tenha um crédito, que haja o fornecimento [de combustível] com esse crédito até o leilão", disse Gomes, ao sair da reunião.

Ele ressaltou, entretanto, que a questão ainda está em negociação com a BR. "O prazo que a gente espera é factível para a empresa continuar viva até o leilão. São prazos similares ao de outras fornecedoras que estão nos apoiando."

A Varig pediu a Justiça inicialmente a fixação de um prazo de pelos menos 60 dias para o pagamento do querosene de aviação com a BR. Gomes não informou se nas negociações de hoje com a distribuidora foi alterado o prazo solicitado pela empresa.

O leilão de venda da Varig está previsto para ocorrer em menos de 60 dias. A Assembléia de Credores da Varig aprovou na semana passada uma proposta que prevê a venda da companhia integralmente ou separada --somente operações domésticas. Nos dois modelos de venda estão excluídas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7 bilhões e que ficariam com empresa separada.

A Varig espera também a liberação de um "empréstimo-ponte" do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) para "sobreviver" até o leilão.

O BNDES pode emprestar até US$ 166,6 milhões para o investidor interessado em capitalizar a Varig. Esses recursos não serão dados diretamente à companhia aérea, mas a um investidor interessado em repassá-los para a Varig.

O presidente do banco, Demian Fiocca, afirmou hoje em Brasília que nenhuma empresa apresentou proposta oficialmente ao BNDES para conseguir o financiamento e repassá-lo à Varig. O prazo para cadastro dos investidores interessados em fazer o empréstimo-ponte para a companhia aérea termina amanhã, às 18h.

BR

No final de abril, a BR distribuidora afirmou que não estava disposta a vender a prazo o combustível para a Varig.

Segundo o gerente de produtos de aviação da BR, Pedro Caldas Pereira, a companhia só estaria disposta a analisar a proposta se houvesse garantias de pagamento futuro.

Conceder o prazo de dois meses à Varig poderia comprometer, segundo ele,
24% do lucro da companhia, o que significa um alto grau de exposição ao risco da empresa aérea.


Reuters
16/05/2006 - 19:21h

STJ decide que União pague R$3 bi à Varig, sentença cabe recurso

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira que é procedente um pleito da Varig contra a União e determinou o pagamento de cerca de 3 bilhões de reais à companhia aérea.

Segundo a assessoria do STJ, ainda cabe recurso no próprio órgão. "O juiz entendeu que não existe a divergência que o Ministério Público havia apontado e determinou o pagamento", disse uma assessora à Reuters por telefone.

Um provável recurso por parte do governo, entretanto, só pode ser apresentado após publicação da sentença no Diário Oficial da União.

A ação que determinou o pagamento foi iniciada em 1985 e se refere a tarifas aéreas congeladas por planos econômicos de governos da época.

A Varig passa por uma recuperação judicial desde junho do ano passado para tentar solucionar uma dívida de mais de 7 bilhões de reais, dos quais 64 por cento são com o governo federal.

Mais cedo na terça-feira, a empresa se reuniu com a BR Distribuidora para tentar prorrogar o pagamento referente a despesas com combustível, mas ainda não obteve resposta da estatal. Conforme a assessoria da Varig, a reunião será retomada na quarta-feira.


Valor Online
16/05/2006 19:04h
Reunião entre Varig e BR Distribuidora é adiada para amanhã
Murillo Camarotto

SÃO PAULO - Foi adiada para amanhã, às 16 horas, a reunião entre a diretoria da Varig e representantes da BR Distribuidora para a definição de um prazo para o pagamento do querosene de aviação consumido pela companhia aérea. De acordo com a assessoria de imprensa da Varig, as partes ainda não chegaram a um acordo e por isso a decisão foi transferida.

No último dia 11, o juiz da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, proibiu a BR Distribuidora de exigir pagamento à vista para fornecer combustível à aérea, alegando que a cobrança prejudicaria o processo de recuperação da Varig.

O Globo
16/05/2006 - 19h02m

Varig lança promoção na ponte aérea Rio-São Paulo
Erica Ribeiro


RIO - A Varig inicia neste fim de semana uma promoção na ponte aérea Rio-São Paulo. Aos sábados e domingos, os passageiros vão pagar pelo bilhete R$ 249 nos trechos de ida ou R$ 498 para ida e volta. A venda de bilhetes começa a partir desta quarta-feira. Os participantes do programa de fidelidade Smiles que comprarem bilhetes da promoção acumulam mil milhas por trecho.


Valor Online
16/05/2006 18:46
BNDES informa que ainda não há interessados pela Varig

Murillo Camarotto

SÃO PAULO - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES), Demian Fiocca, disse hoje que ainda não apareceu, oficialmente, nenhum investidor interessado em comprar a Varig com o empréstimo-ponte do BNDES. As declarações foram dadas em audiência pública no Senado, promovida para debater uma solução para a companhia aérea.

Fiocca informou, no entanto, que o BNDES recebeu várias consultas informais. Para ele, um dos motivos para a não-oficialização dos eventuais interessados pode ser a prorrogação do prazo, em 48 horas, dado pelo BNDES a pedido do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, que cuida do processo de recuperação da empresa. O prazo, que deveria se encerrar às 18 horas de ontem, foi prorrogado para o final da tarde de amanhã.

Apesar das propostas ainda não terem sido oficialmente apresentadas, a direção do banco de fomento acredita que até amanhã os interessados devem se manifestar. Segundo uma fonte do BNDES, o fato de a Justiça ter garantido a venda da parte operacional da aérea sem as dívidas foi essencial para atrair os investidores.

O Globo
16/05/2006 - 18:43h
Varig e BR se reúnem mas não chegam a acordo
Diogo de Hollanda


RIO - A audiência entre os representantes da BR Distribuidora e da Varig foi suspensa após três horas de negociações. Um novo encontro está marcado para esta quarta-feira, às 15h30m, na 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo Marcelo Gomes, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, responsável pela reestruturação da Varig, a BR prometeu estudar uma proposta apresentada pela companhia aérea que prevê a concessão de prazo para o pagamento do combustível nos mesmos moldes ofecidos à concorrência ou, pelo menos, um prazo até a realização do leilão, que deverá acontecer dentro de 53 dias.

- A BR compreende que a empresa entrou em um outro momento e que precisa de crédito pelo menos até o leilão. Estamos conversando. Precisamos de prazo para que ela (Varig) continue viva até o leilão - disse Gomes.

Com a suspensão do audiência, a Varig ganhou mais um dia para ficar livre do pagamento de combustível à vista para a BR. Expiraria hoje o prazo de uma liminar concedida sexta-feira passada pela Justiça do Rio que proibia a BR de cobrar da Varig pelo fornecimento. Os advogados da BR distribudora saíram sem falar com jornalistas.


O Globo
16/05/2006 - 17h53m
Até o momento não apareceu proposta concreta para compra da Varig

Geralda Doca


BRASÍLIA - O presidente do BNDES, Demian Fiocca, afirmou nesta terça-feira que até o momento não apareceu nenhum investidor com uma proposta concreta de compra da Varig, mesmo com o empréstimo-ponte oferecido pelo banco. Durante audiência pública no Senado, Fiocca disse que até agora houve apenas conversas informais sobre a venda da companhia.

- Não houve proposta formal - disse o presidente do BNDES.

Fiocca, no entanto, procurou minimizar o fato de não haver interessados na empresa, lembrando que o prazo para apresentação de propostas, que terminava ontem, foi prorrogado para esta quarta-feira, a pedido do juiz Luiz Roberto Ayoub, que está coordenado o processo de recuperação judicial da companhia, e dos gestores da Varig.

Fiocca reafirmou que o banco não vai oferecer empréstimo direto à Varig.


O Globo
16/05/2006 - 16h42m
Sem financiamento, Varig terá que vender ativos para pagar dívidas antes do leilão, diz credor

Agência Brasil

BRASÍLIA - O comandante Márcio Marsillac, coordenador dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), um dos grupos credores da empresa aérea, disse nesta terça-feira que a Varig precisa sobreviver e implementar as ações do plano de recuperação antes da realização do leilão, previsto para o início de julho.

Até lá, caso não consiga esses investimentos, segundo o comandante, a empresa "teria que reunir com urgência seus credores para alienar os ativos da Varig e pagar suas dívidas". Ele criticou as exigências do empréstimo do BNDES, como a carta fiança, considerando que inviabilizam a participação dos investidores.

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, reafirmou nesta segunda-feira na audiência pública do Senado a disposição da instituição de conceder empréstimo sob a forma de financiamento no montante de até 2/3 (dois terços) do total ao investidor que queira adquirir os ativos totais ou parte da Varig. O empréstimo está limitado a US$ 250 milhões.

Fiocca já havia dito na semana passada que dada à urgência da operação e desde que os investidores apresentem como garantia do financiamento junto ao banco uma carta de fiança bancária, correspondente ao montante de financiamento a ser concedido pelo BNDES, o prazo para liberação dos recursos será "curtíssimo", entre dois a três dias após a data-limite estabelecida para a formalização do interesse dos investidores, que é nesta quarta-feira, às 18 horas.

A Varig, com 79 anos de existência, tem hoje uma dívida de R$ 9 bilhões.


Estadão
16 de maio de 2006 - 16:18
Até o momento não apareceu comprador para Varig, diz Fiocca
Segundo o presidente do BNDES, um dos motivos para a não oficialização dos eventuais interessados pode ser a prorrogação do prazo em 48 horas
Vânia Cristino

BRASÍLIA - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES), Demian Fiocca, disse nesta terça-feira, em audiência no Senado Federal, que ainda não apareceu, oficialmente, nenhum investidor interessado em comprar a Varig com o empréstimo-ponte do banco, mas que foram feitas diversas consultas informais.

Segundo ele, um dos motivos para a não oficialização dos eventuais interessados pode ser a prorrogação do prazo, em 48 horas, dado pelo BNDES a pedido do juiz da 8ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, que cuida do processo de recuperação da empresa. A data limite que deveria se encerrar na segunda-feira às 18 horas foi prorrogado para esta quarta-feira.

Critérios

Fiocca ressaltou ainda que, apesar da pressão dos trabalhadores, o BNDES não alterará os critérios para a concessão do empréstimo-ponte. O presidente explicou que se trata de um empréstimo emergencial, que só pode ser concedido a um investidor interessado que apresente garantias. "O BNDES não tem condições de fazer um empréstimo direto à Varig."

Durante a audiência, o comandante Márcio Marsilac, da entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), chegou a atribuir a ausência de interessados aos critérios rígidos do BNDES.

De acordo com Fiocca, a garantia pedida pelo banco é a fiança bancária. Ele também explicou que o custo da taxa básica de juros do empréstimo, considerado elevado pelos trabalhadores, é adequado. "Se, por acaso, o investidor que pegar o empréstimo não for o que vencer o leilão, ele será ressarcido pela Varig em 200% da Selic".

Reversão

O Secretário de Previdência Complementar (SPC), Adacir Reis, garantiu para os senadores que participavam da audiência sobre a Varig, que a liquidação dos planos de benefícios patrocinados pela empresa aérea poderá ser revertida, caso apareça um fato novo que modifique a situação existente hoje.

Como fato novo, Reis se referiu à possível sobrevivência da empresa. Ele esclareceu aos senadores os motivos que levaram a SPC a decretar a intervenção no fundo de pensão Aerus e a liquidação dos dois planos patrocinados pela companhia aérea. De acordo com Reis, o Aerus já deu, ao longo do tempo, uma forte contribuição para a sobrevivência da companhia aérea. "A Varig deve cerca de R$ 2,3 bilhões ao fundo de pensão."


Agência Brasil
16/05/06 - 15:44h
Funcionários da Varig oferecem parte do salário como garantia para obter financiamento do BNDES
Keite Camacho - Repórter da Agência Brasil


Brasília - O comandante Márcio Marsillac, coordenador dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), um dos grupos credores da empresa aérea, disse que foi apresentada uma nova alternativa para captar investimentos para a companhia aérea junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo ele, a idéia é comprometer parte do salário dos funcionários que aderissem ao plano como garantia para viabilizar o empréstimo-ponte do BNDES (para capitalização da empresa), no valor de US$ 150 milhões.

"Protocolamos, no BNDES, uma proposta para formarmos um clube de investidores dos funcionários da empresa", disse hoje (16) o comandante, em audiência sobre a crise da empresa no Senado Federal.

A proposta, segundo o presidente do BNDES, Demian Fiocca, "precisa atender às condições feitas no comunicado" divulgado pelo BNDES para a captação pelos demais investidores.

Segundo Fiocca, analisando a própria Varig, não haveria condições de emprestar. "Como demonstração da busca de solução, o BNDES se dispôs a financiar um terceiro investidor para obter empréstimos", disse.


Jornal de Turismo
16/05/06 - 11:40h
Petrobras reduz preço do querosene de aviação
Postado por pratti


Após cinco aumentos consecutivos, a Petrobras reduziu em 2,2% o preço do querosene de aviação (QAV), comercializado a partir desta terça-feira.  No acumulado do ano, o preço do combustível acumula alta de 15,4%.

A inflação medida no período pelo índice IGP-M é de 0,27%. Os reajustes do querosene de aviação são decididos pela Petrobras a cada 15 dias. A majoração mais recente, aplicada em 1º de maio, foi de 5,5%, fazendo com o aumento acumulado desde janeiro chegasse a 18%.

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), o combustível representa cerca de 50% dos custos operacionais das transportadoras aéreas no Brasil, dependendo do perfil de cada empresa.