O Dia
17/4/2007
Anac vai receber recursos hoje e
amanhã
Do total de 5.607 inscritos
no Rio, 1.035 não foram à prova no domingo
Rio - Os candidatos do concurso da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) têm somente
hoje e amanhã para entrar com recurso contra o
gabarito preliminar ou contra a formulação
das questões das provas objetivas aplicadas no
domingo.
Pela Internet, basta acessar o site www.nce.ufrj.br/concursos
até as 17h de amanhã. O pedido também
pode ser enviado pelo fax (21) 2598-3300, das 10h às
17h. Mas o candidato deverá confirmar o recebimento
do recurso ligando para o número (21) 2598-3333.
No dia 30, serão feitas várias divulgações:
dos gabaritos oficiais após o julgamento dos recursos,
da relação dos candidatos que terão
a redação corrigida e do resultado final
do concurso para os cargos de Nível Médio.
No dia 11 de maio será liberado o resultado preliminar
das provas discursivas, com prazo também para recursos.
E no dia 28 do mesmo mês vai sair a lista dos candidatos
aprovados que terão seus títulos avaliados.
Os documentos deverão ser entregues no período
de 28 de maio a 1° de junho.
Dos 5.607 inscritos no Rio, 1.035 faltaram às
provas: pela manhã foram 498 faltas e pela tarde,
537. Em todo o País foram registradas mais de 37
mil inscrições e 6.490 ausências.
O concurso visa ao preenchimento de 584 oportunidades
em cargos que exigem os níveis Médio e Superior.
Os vencimentos iniciais são de até R$ 4.797
mensais.
O Estado de São Paulo
17/04/2007
Alitalia recebe três propostas
de compra
Empresa não tem lucro
operacional desde 1998 e perde 1 milhão por dia
REUTERS
As três companhias que haviam demonstrado interesse
na compra da deficitária companhia aérea
Alitalia apresentaram propostas pela empresa ontem, prazo
final estabelecido pelo governo italiano. O governo, porém,
não deu detalhes das ofertas.
Estão na disputa pela Alitalia a russa Aeroflot
e a principal rival doméstica da Alitalia, a Air
One. O terceiro consórcio interessado inclui o
grupo norte-americano de private equity Texas Pacific
Group, que recentemente fez uma proposta no valor de 3,4
bilhões pela espanhola Iberia.
O premiê italiano, Romano Prodi, em entrevista
dada ontem antes de as ofertas serem entregues, afirmou
que nenhuma proposta adicional teria permissão
para entrar no leilão estatal para compra de pelo
menos 39,9% da Alitalia.
Qualquer companhia que compre essa parcela mínima
do capital da empresa teria de lançar uma proposta
para adquirir o restante da maior companhia aérea
italiana, de acordo com a legislação.
'Nós não mudaremos em nenhum caso as regras
do jogo enquanto a partida é disputada', disse
Prodi em uma entrevista durante viagem ao Japão.
Ele acrescentou que nenhuma outra empresa tinha solicitado
a participação no leilão. Havia especulações
de que a Air France-KLM, parceira internacional da Alitalia,
entraria na disputa no último minuto, apesar de
repetidas negativas da companhia aérea francesa.
O Ministério da Economia italiano disse ontem
que avaliaria as ofertas levando em conta não apenas
os preços, mas também outros fatores, incluindo
o plano operacional apresentado para a reorganização
da problemática companhia aérea.
O ministério também destacou que as empresas
que apresentaram as ofertas poderão ainda modificar
suas propostas preliminares, já que agora terão
acesso a mais informações da Alitalia. O
ministério não disse, porém, quando
as empresas terão de apresentar suas ofertas finais.
PERDAS
A Alitalia, quinta maior companhia aérea da Europa,
está perdendo mais de 1 milhão por dia,
em meio a greves e altos custos d e combustíveis.
A empresa não tem lucro operacional desde 1998,
apesar de vários esforços de reestruturação.
O prejuízo antes de impostos triplicou no ano passado,
para 405,2 milhões.
Site www.o aviao.com
16/04/2007
PILOTOS JÁ SÃO MERCADORIA
ESCASSA
Pela primeira vez desde os ataques de 11 de setembro
de 2001, todas as empresas aéreas importantes dos
EUA, estão empregando pilotos ou chamando os despedidos
durante o shoutdown de cinco anos da indústria
aeronáutica.
Mas as aéreas descobriram que, os dez mil pilotos
que perderam seus trabalhos durante esses anos não
estão interessados em retornar a seus velhos empregos.
Muitos pilotos, encurralados com cortes de salário
de 35% ou mais, trocaram seus empregos por outros além
mar. Como exemplo podemos citar a Emirates e a Cathay
Pacífic. Outros procuraram empregos mais seguros,
como trabalhar na FedEx e UPS.
Pilotos na faixa de 50 anos e 20 de carreira partem
para uma carreira nova na Emirates.
Algumas empresas americanas além de cortarem
os salários também rebaixaram seus tripulantes
para aviões menores, para preencher as lacunas
da escala de vôo. Hoje, comandantes de Boeing 777
na Emirates recebem salários na faixa de 11000
US dólares (R$ 24.200), e podem ter uma vida confortável.
Pilotos brasileiros também estão entre
os aviadores dessas empresas, principalmente na Índia,
China, Paquistão além dos Emirados Árabes.
Pilotos da Varig estão preenchendo as vagas disponíveis
em todas essas empresas, após a quebra daquela
que foi a maior empresa da América Latina.
Comandantes de B-737 NG estão ganhando na faixa
de US 8.000 ( R$
17.600,00) e além disso também recebem
diárias de alimentação e hospedagem
na base ou seja as empresas pagam a moradia e também
o colégio dos filhos.
Algumas empresas também pagam o gasto de água
e luz, tornando com isso um super salário.
Empresas com a Jet Airways, Emirates e Air Índia
também tem um programa de aposentadoria que garante
ao piloto após sua parada ter direito ao beneficio
já após 5 anos de vôo.
As passagens para visitar a família são
em torno de 6 por ano no mínimo e se quiserem suas
famílias são bem recebidas no país
onde o tripulante está baseado.
Além de tudo isso, ainda há a possibilidade
de voarem os equipamentos mais modernos que existem, como
o B-787 Dreamliner e o Airbus A-380.
No Brasil as empresas estão passando pelo mesmo
problema, achar tripulantes qualificados. A GOL acabou
de aumentar o valor de sua hora de vôo para comandantes
em 42%, prevendo se não o fizesse, iria perder
seus tripulantes para empresas internacionais. O salário
médio dessas empresas gira em torno de 8 a 10 mil
reais. Com o crescimento das aéreas brasileiras
e recebendo cada vez mais aviões, o mercado entrará
em um gargalo muito estreito, podendo até causar
fechamento de portas por falta de pilotos.
O segmento de cargas também paga muito bem. O
mais antigo piloto da UPS ganha US 40.000 (R$88.000) a
mais, anualmente, em relação ao mesmo posto
nas empresas aéreas de passageiros. O risco nessas
empresas é bem reduzido por não operarem
com passageiros.
O que vai acontecer nas próximas décadas
é uma incógnita, pois só na Ásia
leia-se China a previsão do aumento de trafego
é triplicar o atual até 2025.
No Brasil temos um déficit de aplicação
de recursos na infra-estrutura aeronáutica que
deverá ser o moldador do gargalo que irá
acontecer se nada for mudado. Controladores de vôo
mal preparados linguisticamente, serão obrigados
a fazer cursos de inglês intensivo e gerenciamento
de conflitos de tráfego aéreo. No mês
de janeiro uma entidade americana de pilotos de linha
aérea divulgou um documento, mostrando todos os
nossos problemas, relatos feitos por pilotos de verdade,
mostrando o quase caos do nosso sistema de tráfego
aéreo.
Com a criminalização do acidente aéreo,
também abrimos as portas para a não elucidação
das verdadeiras causas, pois todos se calarão,
diante da possibilidade de serem criminalmente processados.
O Brasil precisa urgentemente de mudanças e também
de investimento na área de aviação.
A Boeing prevê em seu estudo, que o uso de aeronaves
ao redor do mundo será de 35.970 aviões
até 2025. O numero de empregos novos para pilotos
no mundo será de 210.000, mais que o dobro dos
que estão empregados atualmente.
O FAA (Federal Aviation Administration) propôs
o aumento da idade para pilotos se aposentarem de 60 para
65 anos, estimando que com isso irão economizar
3.800 empregos nos próximos cinco anos.
Pelo quadro acima podemos entender o que acontecerá
no Brasil se nada for feito. Uma falta de demanda silenciosa
também está acontecendo que será
a dos pilotos que irão trabalhar na aviação
executiva, após as entregas dos novos jatos de
três a seis passageiros chamados VLJ (very ligth
jets), que irão demandar um numero cada vez mais
crescente de pilotos para esses postos. De acordo com
as previsões da Merrill Lynch, são previstas
entregas de 925 VLJ até 2010 e todos precisarão
certificar seus pilotos para o tipo de equipamento, ou
seja pilotos de jato.
A empresa Day Jet na Florida declarou, que pretende
chamar cinco pilotos para cada um dos 239 Eclipse 500
que eles tem encomendado.
A Cathay Pacific selecionou 55 pilotos americanos ano
passado, para voar o 747 cargueiro com base em Hong Kong.
A Cathay que tem sua base em Chicago, planeja contratar
65 pilotos em 2007, 100 em 2008. Dez por cento dos pilotos
hoje na empresa são americanos, a maioria recrutado
durante os últimos três anos.
As seis maiores empresas americanas estão contratando
pilotos para reporem as aposentadorias e manterem suas
operações, pois precisam manter suas aeronaves
cada vez mais no ar e para isso precisam de mais pilotos.
No mercado americano, as contratações
serão cada vez maiores.
A Continental Airlines planeja contratar 336 pilotos
em 2007, após ter contratado 491 em 2006. A Delta
Air Lines que teve um numero acentuado de aposentadorias,
está planejando contratar 200 pilotos em 2007 .
A American Airlines começou o ano chamando pilotos
em janeiro. A maior empresa americana planeja re-contratar
70 pilotos até abril e após 30 por mês,
por pelo menos até o fim do ano.
A US Airways planeja chamar 284 pilotos esse ano, enquanto
a Northwest Airlines irá re-contratar 150 pilotos
nos primeiros seis meses de 2007.
As empresas precisam planejar suas contratações
e reposição de aeronaves. A Boeing está
convicta que haverá um boom nos próximos
dois anos que será quando as contratações
irão começar.
Se as empresas brasileiras não se prepararem,
nos próximos dois anos elas poderão ser
engolidas por empresas internacionais, como foi o caso
da nossa Varig, que de um dia para noite virou uma nanica
do mercado, isso sem contar a falta de estrutura aeronáutica,
que ao que parece a cada dia é uma bomba relógio
sempre pronta para estourar.