::::: RIO DE JANEIRO - 17 DE FEVEREIRO DE 2008 :::::

 

Coluna Claudio Humberto
17/02/2008
Dono do céu

O chinês Lap Chan, negou a venda da VariLog aos Correios. Controlador do fundo Matlin Patterson, ele diz que esse grupo estrangeiro representa 60% do total da empresa, mas é lorota: a lei brasileira não o permite.

Candidatura

Indicado para a presidência da Infraero, o ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara está mais inclinado a disputar a prefeitura de Fortaleza.

 

 

Jornal do Brasil
17/02/2008
A corrida do ouro cruza os céus por toda parte

Estamos acompanhando, meio sem perceber, uma revolução na aviação comercial. Trata-se da definitiva transformação das aeronaves mais novas em plataformas integradas, nas quais os passageiros não encaram mais o problema do longo isolamento durante os vôos. Somos agora todos cidadãos conectados, interna e externamente, e devidamente localizáveis. Na Europa, Ásia e EUA, principalmente, as companhias empenham-se na apresentação de diferentes soluções tecnológicas, em busca de uma primazia bilionária adiante. Afinal, quanto vale a última fronteira da transmissão de dados ou de voz em um modelo que acompanha deslocamentos de 900 km/h a 35 mil pés?.

Uma dimensão razoável do que está se falando foi fornecida esta semana por uma consultoria americana ligada à indústria do entretenimento de bordo - outro "braço" do negócio, junto com a internet - a Inflight Management Development Centre (IMDC). A companhia fez uma projeção de mercado para o período entre 2008 e 2012, focada principalmente na interatividade nos sistemas de áudio e vídeo, hoje tão ou mais sofisticados do que as conexões de rede.

O tamanho do mercado do qual a IMDC fala é esse: até 2012, mais de 16 mil aeronaves novas deverão ser entregues, sendo que no mínimo 3 mil com sistemas de última geração - que incluem, por exemplo, a comunicação wireless entre assentos e o uso de controles portáteis. Caso, por exemplo, do ICE, criado pela Motorola para a Emirates.

O sistema simples, touch screen, está a um milhão de anos luz da primeira exibição de um filme a bordo de um avião, em 1921, quando a americana Aeromarine Airways mostrou um filmete rodado na cidade de Chicago aos passageiros de um hidroavião que sobrevoava a cidade. O desenvolvimento era bem mais lento, tanto que décadas de passaram - uma guerra incluída - e apenas em 1961 foi desenvolvido o primeiro sistema de filmes específicos para aviões comerciais. A bitola era 16 mm, mas a operação exigia grandes carretéis. Contemporâneos, os luxuosos Boeings 707 da TWA - de Howard Hughes - ofereciam como diversão a bordo o primeiro longa-metragem de Hollywood: 'By love Possessed' ('O Amor tudo vence'), estrelado por Lana Turner e Efrem Zimbalist Jr.

O ano seguinte também foi pródigo, com a American e a Pan Am instalando monitores de tevê na primeira classe dos seus Electras e a Pakistan International Airlines se tornando a primeira empresa aérea internacional a incluir programações de filmes em todos os seus vôos. Ainda em 1962, uma companhia dos EUA desenvolveria um headphone pequeno, específico para os passageiros da TWA. O salto tecnológico mais significativo se daria então em 1984, com a introdução dos primeiros telefones a cartão na American Airlines - cheguei a usar um desses um ano depois, quando a Vasp recebeu o A300 e o operava na rota para Belém. As ligações eram caras e ruins, mal conseguia ouvir quem estava do outro lado da linha.

O salto de hoje é exponencialmente maior e representa um mercado de quase US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos. Em termos de investimentos US$ 1,45 bilhão, segundo a IMDC, já foram aplicados apenas no hardware em 2007. Estima-se que o aporte total em 2008 seja recorde, com foco principal na instrumentação portátil. Aqui, o potencial girou em torno de US$ 75 milhões no ano que passou, mas que deverá triplicar até dezembro. Quem conhece o ramo aposta nisso. Para o ex-presidente da International Air Transport Association, Pierre Janniot, "o desenvolvimento das cabines é o principal condutor da transformação de todo o negócio".

É nessa fase em que a corrida se encontra, com competidores embolados e a dianteira sem definição. Esta semana, a Air France avançou anunciando o início da operação comercial do seu A319 com internet e celular no sistema OnAir pelos céus europeus - cuja demonstração acompanhei em Paris e que deve ser a principal plataforma européia.

Além da gigante francesa, American Airlines, JetBlue e outras trabalham com opções próprias - as americanas estão mais voltadas à transmissão de dados do que propriamente à voz por questões de segurança. São modelos desenvolvidos a partir do sistema lançado em 2005 pela Singapore Airlines. Já naquela época, a empresa passou a oferecer quatro canais ao vivo de tevê (BBC, EuroNews, Eurosports, CNBC) nos vôos de longo curso usando conexão de banda-larga fornecida pela Boeing. Depois de tanto avanço, o difícil agora é imaginar o que mais haverá a bordo.

 

O Globo
17/02/2008

 

 

Zero Hora
Aviação - 16/02/2008 - 14h40min
Justiça afasta três acionistas da gestão da VarigLog
Decisão do TJ de São Paulo é de primeira instância e o trio pode recorrer

Os três acionistas brasileiros da VarigLog, Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel foram afastados sexta-feira da gestão da companhia, conforme decisão do juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, foi nomeado um interventor judicial para a VarigLog, José Carlos Rocha Lima.

O interventor, segundo o TJ, terá cinco dias para se inteirar da situação da empresa, período em que exercerá a função de fiscal. Depois disso, Lima cuidará da administração da ex-subsidiária da VarigLog.

A decisão é de 1ª instância e os acionistas podem recorrer. O afastamento dos três acionistas foi determinado após um pedido de liminar ajuizado pelo fundo americano de investimentos Matlin Patterson, que detém 60% do capital total da VarigLog. Os sócios brasileiros têm os 40% restantes.

O Matlin Patterson e os acionistas brasileiros protagonizam uma disputa judicial, envolvendo acusações mútuas e denúncias de gestão temerária, desvio de dinheiro e extorsão.

 

 

Coluna Claudio Humberto
16/02/2008 - 13:16 h
Ninguém tasca

O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, tem “cummulus nimbus” no caminho: o “companheiro” da CUT Pedro Azambuja, ex-comissário da Vasp, ex- Sindicato dos Aeronautas e fundador de uma certa Fentac, de trabalhadores da aviação civil.

Cabeças frias

O ministro Nelson Jobim (Defesa) passa dois dias com o presidente Lula, em viagem à Antártica. Devem conversar sobre a crise na Infraero.

 

 

O Globo
Coluna Ancelmo Góis
16 /02/2008
crise aérea
Decretada intervenção na VarigLog


A 17 Vara Cível de São Paulo decretou intervenção na VarigLog. O interventor nomeado é José Carlos Rocha Lima, que já comandou a voadora de cargas e deixou a companhia acusado de irregularidades.

A intervenção foi pedida pela Volo, empresa constituída no Brasil pelo fundo Matlin Patterson em sociedade com o empresário Marco Antônio Audi.

 

 

Site Alerta Total
16/02/2008
Aposentados da Varig pedem socorro!

Ilmo. José Crespo
Interventor dos Planos I e II da VARIG no Instituto AERUS de Previdência Privada

Já que o valor de R$ 30 milhões de reais foi liberado pelo senhor Juiz Ayoub para o AERUS se faz necessário regularizar o pagamento dos benefícios do Plano 1 AERUS VARIG.

Se entrou o dinheiro para os cofres do AERUS eu e todos os assistidos do Plano 1 AERUS VARIG queremos que o pagamento dos benefícios referentes a este plano sejam regularizados o mais rápido possível.

Não podemos mais ficar esperando e esperando. Nossos credores não esperam e estão nos cobrando juros de dívidas não pagas por falta exclusiva deste pagamento dos nossos benefícios referentes ao Plano I da VARIG no AERUS.

Afinal de contas se o dinheiro desta debenture foi liberado pelo senhor Juiz Ayoub nada mais justo que recebamos o que nos é devido referente ao pagamento de Fevereiro de 2008 JÁ! E que também o próximo pagamento ( Mês de Março de 2008 ) seja feito no segundo dia útil do mês como está sendo feito o pagamento do Plano II do AERUS VARIG.

Não existem mais razões para postergar este pagamento dos benefícios do Plano I da Varig no AERUS que nos é devido caro senhor Interventor José Crespo!

Mensagem enviada hoje pelo Comissário Aposentado da Varig José Paulo de Resende

Carta das associações de trabalhadores da Varig enviada à ITF - INTERNATIONAL TRANSPORT WORKERS´ FEDERATION pedindo solidariedade à causa dos demitidos da Varig e aposentados e pensionistas do Aerus cuja única falta foi trabalhar, pagar e receber uma banana do governo brasileiro. (J C Bolognese - Comissário aposentado Varig/Aerus)

ITF - INTERNATIONAL TRANSPORT WORKERS´ FEDERATIONMr. Randall Howard – PresidentMr. Ingo Marowsky – Civil Aviation SecretaryMr. Marcos Castro – Vice-President – Latin American/Caribbean

Prezados Srs.,

O Secretário de Aviação Civil da ITF, Sr. Ingo Marowsky, afirmou recentemente que “os trabalhadores em aviação e mesmo os de outros ramos podem assegurar-se de fazer parte de uma família global de associações de trabalhadores em transporte, a qual estará sempre a seu lado em tempos de dificuldades.” Nós, demitidos e aposentados da Varig, somos uma parte dessa família agora passando por enormes dificuldades como expomos a seguir.

A Varig, foi por muitas décadas uma referencia mundial em serviço e segurança de vôo. Contudo, anos de má administração e políticas governamentais equivocadas para a aviação civil no Brasil, transformaram a entrada da empresa no século XXI num enorme pesadelo. Os efeitos nefastos do 11 de setembro, mais a política econômica brasileira que durante anos impedia a empresa de ajustar seu faturamento aos crescentes custos operacionais, colocou-a numa irrecuperável situação de insolvência.

A adesão à nova e não testada “Lei de Recuperação de Empresas”, inspirada no “Chapter 11” americano, resultou no alto custo social da perda de nossos empregos e aposentadorias.
Milhares de trabalhadores demitidos ainda não encontraram um emprego decente e continuam esperando receber salários atrasados. Sómente uns poucos, das centenas de comissários de bordo demitidos por exemplo, conseguiram se recolocar em outras empresas aéreas.

Não existe interesse em aproveitar os profissionais demitidos da Varig. Prova disso é que a Tam, maior empresa atual, está treinando 110 novos comissários. Entre esses, nenhum demitido da Varig, a qual sempre esteve de portas abertas aos deserdados da aviação. Atualmente cerca de 400 experientes pilotos encontram-se expatriados, voando no Oriente Médio, Ásia e Europa. Pode-se dizer que estão empregados. Mas não é doloroso deixar o país de origem para sobreviver? Além disso, o Brasil se dá o luxo de exportar mão de obra altamente qualificada.

O fundo de pensão Aerus, patrocinado pela Varig e com contribuições dos trabalhadores, está em liquidação pelo governo brasileiro sob a alegação de que sem a contribuição da empresa (que cessou há muito tempo), não tem como se manter. Como se o governo não soubesse disso antes!

A Varig, em 21 negociações supervisionadas pelo governo, prometeu restabelecer suas contribuições ao Aerus. Não cumpriu nenhum desses acordos feitos sob os olhos do governo, que mantém (com fundos públicos) uma agencia para essa finalidade.

Quando de sua criação em 1982, em acordo aceito por todas as partes, o Aerus seria mantido pela patrocinadora, receberia contribuições dos funcionários e coletaria durante trinta anos, 3% do valor das passagens vendidas. Esses 3% do financiamento do Aerus foram sumáriamente extintos ainda em 1991, sem nenhuma preocupação com o futuro dos participantes e até hoje sem uma explicação convincente. E pensar que este ( e qualquer outro) governo não perde tempo quando se trata de cobrar impostos.

Agora, entramos na fase em que parte das receitas perdidas pela Varig ao longo dos anos, possam ser pagas pelo governo, (cujo papel foi decisivo nessas perdas de faturamento), em indenização à antiga Varig (uma empresa de um único avião, rebatizada Flex) e repassadas ao Aerus. Mas se o Supremo Tribunal Federal assim determinar, ainda poderão se passar muitos anos, caso prevaleçam os recursos e protelações de costume, até que nós aposentados tenhamos nossas pensões restabelecidas e os demitidos recebam os atrasados. Desalentador para pessoas envelhecendo e fora do mercado de trabalho. Se tivermos de esperar demais, a maioria, senão todos nós, poderemos já ter morrido.

Já estamos por quase dois anos sem poder manter uma qualidade de vida decente, principalmente com relação a saúde, numa fase crítica da vida, que é o envelhecimento. Trabalhadores estão desfazendo-se bens duramente conquistados, e exaurindo poupanças apenas para cobrir as necessidades básicas. Isso após décadas de trabalho dedicado e pagando tudo, inclusive previdência privada.

Essa, a nossa triste história. Apreciaríamos se fosse difundida entre os afiliados à ITF e publicada na revista Transport International Magazine.

Esperamos, sendo parte da família ITF, seu apoio e solidariedade.

Muito Obrigado,

ACVAR - Association of Varig Flight Attendants
sede@acvar.com.br - reynaldofilho@acvar.com.br

AMVVAR - Association of Varig Flight Engineers
amvvar@amvvar.org.br

APVAR - Association of Varig Pilots
apvar@apvar.org.br

Postado por Alerta Total de Jorge Serrão às 09:47 0 comentários

 

 

Site Brasilturis SP
15/02/2008 17:15
TJ mostra evolução do caso Varig

As principais etapas do processo de recuperação judicial da Varig, que termina em julho deste ano e levou à retomada do crescimento da VRG e à criação da Flex Linhas Aéreas, foram apresentadas hoje, dia 15, em entrevista coletiva realizada no Tribunal de Justiça do Rio. \"É muito importante que o final do processo seja cercado de toda a transparência que o acompanhou desde o início\", afirmou o presidente do TJRJ, desembargador José Carlos Schmidt Murta Ribeiro.

O juiz da 1ª Vara Empresarial do Rio responsável pelo processo de recuperação da Varig, Luiz Roberto Ayoub, apresentou um relatório mostrando a importância da manutenção da atividade empresarial da antiga Varig e do benefício social e econômico da sua recuperação. \"A VRG tem atualmente 3,5 mil empregados e até o final deste ano deve chegar a 4,1 mil empregos diretos. No início do ano passado, esse número era de apenas dois mil. De abril de 2007 a 31 de janeiro de 2008 ela teve dois milhões, 365 mil passageiros e funcionou com 17 bases de operação, tendo gerado outras sete. Atualmente, atua com 36 aeronaves\", explicou o juiz. Ontem, dia 14, Ayoub liberou 20% do valor depositado em juízo para o pagamento do primeiro rateio que será feito entre os credores habilitados.

Também foi demonstrada a importância da recuperação da empresa para o Governo: foram gerados em 2007 mais de R$ 83 milhões em tributos e encargos sociais. Além disso, o governo recebeu cerca de US$ 80 milhões decorrentes de operações internacionais da VRG até 31 de janeiro de 2008, contribuindo para a manutenção da balança comercial favorável. \"Tanto para o país, em geral, como para os funcionários da antiga Varig, as soluções encontradas foram as melhores possíveis\", garantiu o juiz Luiz Roberto Ayoub

A Flex Linhas Aéreas, que atuará no mercado como parceira da VRG, iniciará suas operações na segunda quinzena de março e terá vôos para o Rio, Salvador e Recife. A empresa possui, hoje, cerca de 300 empregados, na grande maioria ex-funcionários da Varig.

 

 

Monitor Mercantil
15/02/2008 - 22:07h
Compra da Varig gera prejuízo à Gol

A aquisição da Varig, em abril de 2007, está custando caro ao grupo Gol. A holding Gol Linhas Aéreas Inteligentes (Glai), que controla as duas empresas, registrou no quarto trimestre seu primeiro prejuízo desde o início das operações, em 2001: R$ 24,2 milhões, ante lucro líquido de R$ 92,6 milhões em igual período no ano passado, de acordo com padrões de contabilidade americana.

No acumulado do ano, o resultado foi positivo em R$ 102,5 milhões, mas isso significa uma queda de 82% ante 2006 (R$ 569,1 milhões). O valor é bem abaixo da expectativa dos analistas, que estimavam um lucro superior a R$ 200 milhões.

As ações da companhia lideraram as quedas na Bovespa na sexta-feira, com perdas de 4% ao final do pregão. Nos últimos doze meses, as ações caíram 50,5%. Monitor Financeiro, página 1