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AEROCONSULT
16/10/2006
QUEM ACREDITA NO FUTURO ‘DAS’
VARIG?
Guido Sonino
Quem
acredita no futuro da VRG, a nova Varig, e da Nordeste,
que assumiu o nome de uma das empresas do ex grupo da velha
Varig, além dos respectivos executivos? Ou seja,
quem além de Marcos Antonio Audi, presidente do conselho
de administração da VarigLog e de Miguel Dau,
gestor da Nordeste, melhor conhecida pelo nome de Varig
remanescente, acredita que essas duas aéreas de papel,
um dia serão aéreas de fato?
Alguém,
no governo, está preocupado com isso ? Quem além
do juiz Ayoub, que fez e faz o possível para que
o projeto de reestruturação da Varig não
seja minado por iniciativas burocráticas de colegas
seus de outras “paróquias”, por zelosos
Procuradores, por atentados oficiais à legalidade
amparados pela inexperiente Anac, por manobras obscuras
de concorrentes temerosas da volta à luta da congênere
adormecida, quem tomou a sério os problemas de 5.500
demitidos, do prestígio internacional ligado ao nome
da Varig, dos prejuízos financeiros para o Brasil
decorrentes da saída de competição
nos mercados internacionais de sua ex maior, mais conhecida,
mais experiente companhia de transportes aéreos ?
Parece
que querem transformar o país num enorme centro assistencial,
no qual o estado alimenta os pobres a R$ 1 por refeição;
encaminha os meninos para as escolas pagando bônus
às famílias; abre vagas compulsórias
nas universidades também para eventuais carentes
de proteínas e de capacidade para chegar ao diploma;
distribui terras mas nem sempre fornece sementes nem meios
de transportes ,nem abre estradas para que a iniciativa
não seja apenas simbólica; distribui vacinas
para proteger os velhos mas não garante os medicamentos
nem o hospital para os adultos doentes. Credo político:
alguém sabe o que é ? Hoje quase não
há distinção entre os supostos e chamados
partidos de centro direita ou de centro esquerda, cujos
integrantes mudam de um para outro de acordo com a conveniência
conjuntural. Os da direita fazem isso para tentar modificar
suas imagens de conservadores vorazes; os da esquerda porque,
desde os tempos remotos de Lênin & Cia, tem a
pretensão de ser identificados como realizadores
dos anseios sociais do povo.
Por
isso, se antes das eleições houve quem se
pronunciou a favor da Varig, se entre eles havia talvez
uma dúzia de personalidades realmente determinadas
a defender esse bem do país representado pela aviação
comercial, a lutar para que jovens e velhos aeroviários
e aeronautas tivessem do Estado o amparo que seus ministros
não se preocuparam em garantir-lhes, atualmente –
neste final de segundo turno das eleições
– nos meses que faltam para a posse e, depois, com
o farto salário e as regalias garantidas por decreto,
é improvável que apareçam parlamentares
idealistas dispostos e lutar por 20 mil ou 30 mil trabalhadores
do setor aéreo, demitidos, desempregados ou aposentados,
sem presente e sem futuro.
Somente
os aviões voam velozes, tudo o resto vai em ritmo
lento no setor aéreo governado pela Anac. Atualmente
as empresas que mandam são duas, há mais três
que ainda não explicaram para onde pretendem ir,
outras são simples figurantes que costumam aparecer
no Snea para votar, além das duas meias companhias
que reúnem as sobras daquela que foi a Viação
Aérea Riograndense, melhor conhecida pelo nome pouco
explicito de Varig. Sem dúvida foi uma obra prima
de alquimia dividi-la em dois segmentos independentes, por
inspiração de economistas com boas noções
de jurisprudência, mas não há a certeza
de que ambas terão energias bastantes para sobreviver.
Há uma VRG adquirida aparentemente a preço
de liquidação por investidores chino-brasileiros
e a “velha”(ou remanescente) Varig, com a identidade
da Nordeste (a menos consistente das três ex integrantes
do grupo) e a herança de todas as dívidas
(cerca de R$ 7,9 bilhões) cuja hipótese de
pagamento é uma das mais hilariantes possibilidades
previstas pela moderna economia.
Mas
o fato das duas empresas ter nascidos anêmicas parece
não sensibilizar setores representativos do ordem
e do progresso nacional. De fato, outro dia um desembargador
do Tribunal de Justiça do Rio, logo apoiado por dois
colegas, julgou procedente o recurso impetrado no início
deste ano pela Procuradoria da Fazenda Nacional no qual
era solicitada à Varig a apresentação
das certidões negativas de débitos tributários,
sem as quais não poderia ter sido iniciado, por exigência
da Lei de Falências, o processo de recuperação
da aérea. Teoricamente, estando a Varig em dívida
com a Fazenda Nacional, tudo o que ocorreu neste ano, inclusive
o leilão no qual a VarigLog a adquiriu, não
teria valor legal, ficando suspenso até o aparecimento
das certidões.
Além
disso há o atraso na emissão pela Anac do
documento que autoriza a VarigLog a atuar como concessionária
de transportes aéreos , bloqueando qualquer iniciativa
para o aumento da frota, a ampliação da rede
e a contratação de funcionários. E
com isso a inteira indústria fica prejudicada, pois
a Justiça impede á Anac de redistribuir as
rotas, 3.500 demitidos da Varig ficam aguardando a hora
de voltar ao trabalho, Gol e Tam se aproveitam da emergência
para consolidar seus vôos, e a VarigLog paga as despesas,
tendo já gasto cerca de US$ 100 milhões, para
permitir às 14 aeronaves, supostamente suas, de continuar
voando.
De
outro lado a velha Varig, agora Nordeste, confiada ao dinâmico
Cmte. Miguel Dau, procura um sócio que aporte um
mínimo de capital necessário para que a aérea
possa voltar a voar. A idéia é ter uma frota
de cinco aeronaves, que operaria para vários destinos,
além da rota São Paulo-Porto Seguro, que era
a única inicialmente prevista. Mas por enquanto a
receita é fraca, pois depende do início de
atividades oficiais da VRG, que assumiu o compromisso de
pagamentos anuais à aérea irmã, pelo
uso do Centro de Treinamento e pela utilização
de vôos de fretamento, quando isso acontecer E há
ainda o problema de cerca de 700 funcionários excedentes
às necessidades da Nordeste,que não podem
ser demitidos..
Assim,
qualquer planejamento, tanto na VRG como na Nordeste permanece
condicionado, com características de desafio, a uma
conjuntura bastante hostil, na qual caberia ás entidades
governamentais agilizar processos e iniciativas que, em
definitiva, seriam a favor do país e de sua aviação
comercial. Por isso volta a crescer a descrença no
futuro das duas empresas nascidas dos espólios da
Varig, apesar da firmeza e da confiança de seus respectivos
gestores.
Jornal
BOM DIA Bauru
Bauru, segunda, 16.10.2006
STJ cancela liminar sobre distribuição
das rotas da Varig
O
ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Ari
Pargendler tornou nulo o efeito da liminar obtida pela Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil)
ontem, no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2.ª Região
do Rio de Janeiro, para distribuir antecipadamente rotas
da Varig. A reclamação ao STJ foi feita pela
VRG Linhas Aéreas, que entende que a agência
reguladora está descumprindo as regras do leilão
da empresa ao querer antecipar a distribuição
de espaços da Varig antes dos prazos previstos na
lei.
A
liminar do STJ restabelece as decisões da 1.ª
Vara Empresarial de Justiça, responsável pelo
caso, que impedem a distribuição de rotas
e slotsda Unidade Produtiva Varig antes dos prazos regulatórios
previstos no edital do leilão público de venda
da empresa. Segundo a portaria 569 da própria Anac,
a nova empresa aérea tem direito ao prazo de 30 dias
para retomar suas rotas nacionais e 180 dias para as internacionais,
após receber a certificação de empresa
de transporte aéreo.
Somente
após este período, e se a nova Varig, não
tiver capacidade de ocupar as rotas, a Anac poderia anunciar
a distribuição. A VRG Linhas Aéreas
informou que já entregou toda a documentação
à agência reguladora e espera apenas receber
todas as autorizações para poder se constituir
como empresa aérea e iniciar seu plano de expansão,
incorporando aeronaves à frota e retomando rotas.
A
decisão do STJ também restabelece multas no
valor de R$ 20 mil aos superintendentes da Anac que descumpriram
as ordens da 1ª Vara Empresarial.
Agencia
Estado
15/10/2006 - 20:42
Envolvidos no acidente da Gol receberão
recomendações
As
análises do conteúdo das caixas-pretas do
Boeing 737-800 da Gol e do jatinho Legacy da ExcelAir podem
ainda não ser conclusivas, mas indicam que recomendações
devem ser feitas a todas as partes envolvidas na tragédia
do vôo 1907 - o que inclui o controle do tráfego
aéreo brasileiro. A informação é
do coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, chefe
da Divisão de Investigação e Prevenção
de Acidentes Aeronáuticos (Dipaa) e presidente da
comissão que investiga as causas do acidente com
o vôo 1907 da Gol, no Canadá.
"Sempre
há algo que pode ser melhorado", afirmou Ferreira.
Ele lidera uma equipe que investiga desde a cultura gerencial
das empresas envolvidas no acidente até o trabalho
feito pelo controle aéreo brasileiro. "Tudo
deve ser questionado e revisto", resumiu. Entram também
na lista de recomendações os aviões
e equipamentos que foram instalados neles. Até a
infra-estrutura dos aeroportos de São José
dos Campos e Manaus, de onde decolaram o Legacy e o Boeing
737-800, respectivamente, vai ser analisada. De acordo com
Ferreira, algumas recomendações podem ser
feitas antes mesmo do fim das investigações
que, por enquanto, não têm data para terminar.
A
retirada e a análise dos dados das caixas-pretas
continuam sendo feitas nos laboratórios do Conselho
de Segurança dos Transportes do Canadá (Transportation
Safety Board), perto do aeroporto de Ottawa. Não
há data prevista para o fim dos trabalhos. Por conta
disso, o coronel Rufino Ferreira também não
tem data para voltar ao Brasil. Isso porque, assim que for
encontrado, o cilindro contendo as gravações
de voz da cabine do Boeing 737-800 já tem destino
certo: vai ser enviado imediatamente para a capital canadense.
"Já tenho uma equipe preparada para nos enviar
esse cilindro", disse.
Ferreira
afirmou que todo o conteúdo das caixas-pretas foi
recuperado, incluindo os dados de vôo do Boeing 737-800,
cujo cilindro ficou danificado com o impacto. Com o conteúdo
de três das quatro caixas-pretas, os técnicos
dos laboratórios do Conselho de Segurança
dos Transportes produziram gráficos e animações
próximas da realidade. Todo esse material vai ser
levado para o Brasil quando os trabalhos em Ottawa terminarem.
Questionado
se as caixas-pretas do Legacy indicavam se houve variação
na altitude de vôo ou se estão gravados os
contatos que o controle aéreo afirma ter feito com
os pilotos do jatinho, ele foi evasivo: "Dados separados
não servem para nada", afirmou o coronel. "É
preciso cruzar esses dados com o que está sendo pedido,
por exemplo, ao controle do tráfego aéreo
no Brasil." Logo em seguida, completou: "A expectativa
de chegar a resultados a curto prazo é impossível."
Tribuna
da Imprensa
13/10/2006
Para Lula e Alckmin lerem e debaterem
Aerus, Aeros, Petros não
estão recebendo aposentadoria complementar
Hélio Fernandes
Enquanto
Lula e Alckmin debatem, discutem, conversam, abrigam, seduzem,
mascaram, mentem, procuram de todas as formas obter os 50
por cento (mais 1 voto) que garantiria o Poder e noites
de muito sono tranqüilo, cuidemos da exploração,
praticada vergonhosamente contra os trabalhadores. Que durante
dezenas e dezenas de anos pagam a chamada APOSENTADORIA
COMPLEMENTAR, e quando param de trabalhar se transformam
em vítimas sem ter para quem recorrer.
Hoje
vou tratar dos funcionários ROUBADOS do AERUS (Varig
e Transbrasil), do AEROS (Vasp) e da PETROS (Petrobras).
Seria uma hora excelente para que os candidatos se movimentassem,
ouvissem os sindicatos dessas categorias, cuidassem dos
seus interesses. Poderiam ganhar até votos importantes,
o sistema funciona (?) assim.
Durante
20 anos, existência dos fundos AERUS e AEROS, e mais
tempo ainda o da PETROS, houve um criminoso processo de
intervenção e liquidação do
patrimônio de milhares de pessoas. A Secretaria de
Previdência Complementar sempre soube de tudo, mesmo
nestes tempos em que ninguém sabe de nada.
Montanhas
de IRREGULARIDADES foram cometidas pelos patrocinadores-administradores
desses fundos, nenhuma providência da SPC. Empréstimos,
renegociações, antecipações,
tudo era praticado com a omissão e a cumplicidade
dessa secretaria. A aposentadoria de dezenas de milhares
de funcionários (com os dependentes, centenas de
milhares) não foi honrada com uma justificativa criminosa:
NÃO HAVIA RECURSO.
E
a contribuição paga durante a vida inteira?
Os sindicatos entraram na Justiça, convencidos de
que a União é responsável direta pela
contribuição ESBANJADA e DESPERDIÇADA.
A Justiça também teve o mesmo entendimento,
e determinou que a União pague a COMPLEMENTAÇÃO
dos aposentados. Só que o Ministério da Previdência,
um bunker de escândalo, não paga, não
cumpre o decidido pela Justiça, e nada acontece.
Num
País que desrespeita a Justiça, está
aberto todo tipo de autoritarismo, atrabiliarismo, crueldade
e arbitrariedade contra o cidadão-contribuinte-eleitor.
Mais
desumano: esses aposentados, hoje idosos, muitos deles doentes,
gastando fortunas com remédios (um dos negócios
mais rendosos, no Brasil inteiro surge uma farmácia
em cada esquina), recebem desses fundos apenas 50 por cento
do que foi contratado. E já receberam o aviso, a
única coisa que recebem desses fundos: "A partir
de dezembro não receberão nem esses 50 por
cento". Que País é esse, Francelino?
Esses
fundos são regulamentados e garantidos pelo governo
federal. Que não fiscaliza, não garante, não
paga, não respeita a Justiça, não pune
os que ROUBARAM, pois é de ROUBO que se trata, o
patrimônio dos trabalhadores, chamados de aeronautas
e aeroviários.
Na
mesma linha de exploração, vem a Petros, que
rouba também dezenas de milhares de funcionários
da Petrobras. Nesse setor, surgiu uma empresa denominada
GLOBALPREV, que pertence ao senhor Gushiken, esse mesmo
envolvido em enormes irregularidades. E que tem como sócio
ou representante um senhor que diz, POR ESCRITO (tenho o
documento), que compra advogados e a Justiça, para
obter a decisão que quiser.
PS
- Não sou aeronauta, aeroviário ou funcionário
da Petrobras. Mas o roubo da coletividade sempre me sensibiliza.
Principalmente quando não têm a quem recorrer.
Ou como protestar.
PS
2 - Nenhum desses funcionários tem predileção
por Lula ou Alckmin. Mas exigem dos dois, AGORA, que respeitem
seus direitos, já CONFIRMADOS na Justiça.
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