Estadão
16 de Janeiro de 2007
Bottini reage às denúncias
de privilégios na Varig
O ex-presidente da aérea,
Marcelo Bottini, entregou os documentos sobre o favorecimento
de cerca de 20 executivos à administradora judicial
da companhia
Alberto Komatsu
O ex-presidente da Varig, Marcelo Bottini,
entregou ontem à administradora judicial da companhia,
a consultoria Deloitte, explicações sobre
o favorecimento, em sua gestão, a cerca de 20 executivos.
Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT),
esses executivos receberam indenizações trabalhistas
antes de serem demitidos.
'Estou entregando hoje (ontem) uma explicação
detalhada ao juiz por meio do pessoal da Deloitte. Não
posso falar antes de o juiz ter conhecimento', afirmou Bottini,
por telefone, de Miami, onde trabalha agora para a Aerolíneas
Argentinas. A Deloitte confirmou o recebimento e informou
que preparava uma petição para entregar o
documento à comissão de juízes que
cuida da recuperação judicial da Varig, o
que deve acontecer até hoje.
A investigação foi iniciada
pelo MPT, do Rio, que tem documentos oficiais da Varig comprovando
a antecipação de verbas rescisórias
- apenas um gerente recebeu R$ 150 mil - antes do leilão
da Varig, realizado no dia 20 de julho. Já os trabalhadores
demitidos desde então aguardam salários atrasados,
numa dívida estimada por sindicatos em R$ 150 milhões.
SLOTS
A Varig entregou à Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) um plano
de operação doméstica com as permissões
de pouso e decolagem (slots) prioritárias para a
companhia. A empresa, a partir de sua homologação
como empresa aérea, em 14 de dezembro, tinha 30 dias
para apresentar essa relação, que agora será
analisada.
Segundo uma fonte da companhia, os mais
importantes são os 125 slots que a Varig tinha direito
no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e que estavam
congelados pelo processo de recuperação judicial.
Essas permissões (intervalos para pouso e decolagens)
resultam em cerca de 80 vôos diários. Além
disso, serão mantidos os vôos que a empresa
vêm fazendo para 15 destinos nacionais.
O Globo
16/01/2007
Valor Econômico
16/01/2007
Fim de prazo para VRG
A VRG Linhas Aéreas, que opera com
a marca Varig, apresentou, ontem, à Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), os documentos
sobre o total de rotas e slots (horários nos aeroportos
para pousos e decolagens) que está operando. A Anac
afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que estudará
os documentos para saber exatamente quais serão as
rotas e slots a que a VRG tem direito.
Ontem, completado um mês após
a emissão do Certificado de Homologação
de Empresa Aérea (Cheta) da VRG, terminou o prazo
para que a companhia retomasse sua malha aérea doméstica.
Os slots que ela não estiver operando deverão
ser distribuídos para outras companhias aéreas.
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