Folha
de São Paulo
15/09/2006
TRF autoriza que a Anac redistribua
vôos da Varig
Liminar derruba decisões
contrárias da Justiça Estadual do Rio sobre
a questão
Processo de distribuição de linhas que não
são usadas pela companhia aérea deve ser retomado
pela agência já na próxima semana
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
O juiz federal Guilherme Couto de Castro,
convocado para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
concedeu liminar favorável à Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) sobre a redistribuição
de linhas da Varig. Ele cassou a decisão do Tribunal
de Justiça do Rio que tornava nulas as ações
da agência sobre a redistribuição.
Com a decisão, a agência vai
retomar na próxima reunião de diretoria, marcada
para o início da semana que vem, o processo de redistribuição
de vôos da Varig. A companhia aérea informou
que ainda não foi notificada da decisão e
que, portanto, não pode se pronunciar.
A decisão do TRF foi proferida em
um mandado de segurança impetrado pela Anac. Ela
representa mais uma etapa da disputa entre a Justiça
do Rio e a Anac. A VarigLog, nova dona da Varig, ainda pode
recorrer na Justiça Federal. Segundo Castro, a Justiça
Estadual pode provocar os órgãos públicos
competentes para que tomem medidas judiciais cabíveis,
mas não pode comandar ordens, anular ou restringir
a atividade de uma autarquia federal.
"Sem prejuízo de posterior
reexame, o Juiz Estadual não poderia, e não
pode, declarar a nulidade de decisões da Anac, ou
lhe tolher a função administrativa de regular
e distribuir, através do procedimento administrativo
próprio, as linhas, rotas, horários, áreas
aeroportuárias que entenda devam ser licitadas",
afirma a decisão.
Desde que as operações da
Varig foram vendidas, em 20 de julho, a aérea não
retomou a maior parte dos seus vôos. Ela entregou
um plano básico de linhas à Justiça
do Rio, na qual corre o processo de recuperação
da empresa, e à Anac. Segundo o plano, as rotas seriam
retomadas em três etapas.
A Anac entende que deve redistribuir as
linhas que não serão usadas na primeira etapa.
Atualmente os vôos internacionais se limitam a Frankfurt,
Buenos Aires e Caracas.
Segundo a Justiça Federal, a Anac
argumentou que, ao impedir a transferência de 140
linhas a outras empresas, a Justiça Estadual teria
promovido reserva de mercado que afeta a competitividade
do setor.
Na avaliação da Justiça
do Rio, a companhia deve retomar as rotas dentro de prazo
previsto pela portaria 569 da Anac: em 30 dias para linhas
nacionais e 180 dias para as internacionais a partir do
prazo de assinatura do contrato de concessão. Esse
prazo só começaria a contar depois que a Varig
obtiver o Cheta (Certificado de Homologação
de Empresa de Transporte Aéreo), um documento emitido
pela agência.
A agência só interrompeu o
processo de distribuição de linhas como Milão,
Paris e México depois que a Justiça do Rio
decidiu aplicar uma multa de R$ 1 milhão à
agência. Como resposta, a Anac anunciou que faria
uma representação ao Conselho Nacional de
Justiça contra a juíza Márcia Cunha,
que tomara a decisão.
Nesta semana, a SDE (Secretaria de Direito
Econômico) anunciou avaliação favorável
à agência afirmando que a não-redistribuição
é equivalente ao aumento nos preços das passagens
aéreas e causa prejuízo para o consumidor.
As linhas internacionais, em particular as européias,
são consideradas os ativos mais valiosos da Varig.
O
ESTADO DE S.PAULO
15/09/2006
Anac retoma direito de redistribuir
rotas da Varig
Tribunal cassa liminar da Justiça
do Rio que impedia a agência de repassar vôos
que não estão sendo feitos
Isabel Sobral e Alberto Komatsu
A Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) espera retomar nos
próximos dias o processo de redistribuição
das rotas e concessões de vôos que a Varig
não está utilizando. A redivisão havia
sido suspensa por uma decisão liminar da juíza
Márcia Cunha, da 8ª Vara Empresarial do Rio
de Janeiro. Mas essa liminar foi cassada no final da tarde
de ontem pelo desembargador do Tribunal Regional Federal
da 2ª Região, do Rio, Guilherme Couto de Castro.
Castro concordou com os
argumentos da Anac de que a redistribuição
de rotas cabe unicamente ao órgão regulador
e que somente a esfera federal do Judiciário pode
questionar as decisões da agência.
Antes da suspensão
da redivisão, a a Anac já havia repassado
rotas internacionais da Varig entre a TAM, Gol, BRA e Ocean
Air, e tinha marcado para ontem o primeiro sorteio de 56
pares de slots (horários para pousos e decolagens)
no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A agência deverá
decidir nova data após a Justiça do Rio ser
notificada da decisão do TRF. A agência pretende
redistribuir 140 vôos da Varig que não estão
incluídos no plano básico apresentado pela
nova controladora da empresa, a VarigLog.
Paralelamente, a Anac apresentou
representação no Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) contra a juíza Márcia Cunha, acusando
a Justiça carioca de “extrapolar” os
limites de sua competência, ao interferir no processo
de certificação da nova Varig pela agência.
O juiz Luiz Roberto Ayoub,
que cuida da recuperação judicial da Varig,
disse que discorda da decisão do TRF, mas ainda não
se decidiu que caminho vai tomar. “Respeito decisões
de juízes hierarquicamente superiores, mas não
significa que concordo”, disse. “Me curvo à
decisão. Só que o processo não se esgota
aqui.” A nova Varig informou não ter sido notificada
da decisão e disse que não comentaria o assunto.
Com sua ação,
a Anac quis também impedir que a comissão
de juízes da recuperação judicial da
Varig dê à companhia a concessão de
transporte aéreo (Cheta). Essa possibilidade foi
levantada por meio de um entendimento do Ministério
Público do Rio.
O diretor da Anac Josef
Barat já havia ressaltado que a certificação
de uma empresa aérea é um processo “complexo,
que envolve vários estágios”. E enfatizou
que a homologação também é questão
de segurança de vôo. O promotor do MP do Rio,
Gustavo Lunz, por sua vez, argumenta que nos autos da recuperação
judicial da Varig constam documentos que comprovam que a
Anac já finalizou os estudos técnicos e que
só faltam detalhes sobre o capital social da nova
Varig.
A Anac informa que ainda
aguarda informações e esclarecimentos sobre
o capital social e como ele será integralizado na
nova Varig para poder conceder a concessão para a
empresa. A VarigLog, nova controladora da empresa, porém,
tem informado que já entregou todos os dados solicitados.
O Globo
15/09/06
O Globo
15/09/06
Jornal do Brasil
15/09/06
CARTAS
Jornal do Brasil
15/09/06
Jornal do Brasil
15/09/06
Agência O
Globo - Economia
14.09.2006 - Atualizado 21:01 hs
TRF cassa liminar que mantém
rotas da Varig na nova empresa até concessão
Erica Ribeiro - O Globo
RIO - O Tribunal Regional Federal 2ª
Região cassou nesta quinta-feira a liminar da 8ª
Vara Enpresarial do Tribunal de Justiça do Rio que
impede a distribuição de rotas da Varig a
outras companhias aéreas até que a nova Varig
obtenha a autorização de empresa aérea
de transporte regular da Agência Nacional de Aviação
Civil ( Anac).
A decisão do juiz federal Guilherme
Couto de Castro, foi tomada com base em um mandado de segurança
Anac, que havia iniciado o processo de redistribuição
das rotas no fim de agosto mas, por uma decisão da
Justiça do Rio, que determinou a nulidade dos atos
da agência neste sentido, no que diz respeito às
rotas que estão no edital de venda da companhia,
interrompeu o processo.
No mandado de segurança, a Anac
alegou que, ao impedir a transferência de 140 linhas
para congêneres, ficou caracterizada reserva de mercado
pela Justiça do Rio. A Varig informou que ainda não
foi oficialmente notificada e, por isso, não cometa
a decisão.
A juíza Márcia Cunha, que
faz parte do corpo de magistrados que acompanha o processo
der recuperação da Varig disse que as decisões
superiores devem e serão respeitadas e que divergências
são saudáveis. Mas que a decisão certamente
será alvo de recurso das partes interessadas.
Gazeta Mercantil
14/09/2006
Caso Varig
A Varig Log tem até segunda-feira
para comprovar ao Judiciário que tem condições
financeiras suficientes para honrar os compromissos da Varig,
adquirida em 20 de julho deste ano, e hoje presidida por
Marco Antonio Audi. A Anac alega que a empresa ainda não
comprovou ter capital de giro necessário para honrar
as operações da companhia aérea. A
Varig Log argumenta já ter demonstrado que possui
capital suficiente para manter a companhia aérea.
A informação é da Gazeta Mercantil.
Folhapress
14/09/2006
TRF autoriza redistribuição
O
juiz federal Guilherme Couto de Castro, convocado para o
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu
liminar favorável à Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) sobre a redistribuição
de linhas da Varig. Ele cassou a decisão do Tribunal
de Justiça do Rio que tornava nulas as ações
da agência sobre a redistribuição. Com
a decisão, a agência vai retomar na próxima
reunião de diretoria, marcada para o início
da semana que vem, o processo de redistribuição
de vôos da Varig. A companhia aérea informou
que ainda não foi notificada da decisão e
que, portanto, não pode se pronunciar.
A
decisão do TRF foi proferida em um mandado de segurança
impetrado pela Anac. Ela representa mais uma etapa da disputa
entre a Justiça do Rio e a Anac.
O Globo Online
14/09/2006 às 11h19m
Boeing estuda idéia de dois aviões para substituir o 737
Reuters
WASHINGTON - A Boeing está estudando opções para substituir seu modelo mais vendido, o 73. Uma das possibilidades estudadas seria incluir modelos distintos para dois mercados, disse o mais importante executivo de marketing do grupo na quarta-feira.
Com as companhias aéreas à procura de diversificação na capacidade de passageiros e de maior eficiência operacional e no uso de combustível, a Boeing está estudando como atender às expectativas e oferecer um modelo que satisfaça o mercado de rotas curtas e médias.
No momento a Boeing não produz jatos regionais, um mercado dominado pela canadense Bombardier e pela brasileira Embraer.
A família 737 cobre modelos de 110 a 200 lugares e representa o avião comercial de maior sucesso, com mais de cinco mil exemplares produzidos em quase quatro décadas. Houve diversos aperfeiçoamentos na linha 737, entre os quais uma grande reformulação no começo dos anos 90.
A decisão sobre a entrada no mercado de rotas curtas só deve ser tomada dentro de dois anos, e a produção da nova linha começaria anos depois disso, mas uma das opções em estudo, disse Randy Baseler, o vice-presidente de marketing da Boeing, é entrar no mercado para aviões com menos de 100 assentos, dominado pelos jatos regionais, e ao mesmo tempo satisfazer os clientes que desejam modelos com mais de 200 lugares.
Uma incursão da Boeing no mercado de aparelhos de 100 lugares, com o modelo 717, foi encerrada em maio. O modelo era inicialmente um produto da McDonnell Douglas, que ganhou nome novo quando a empresa foi absorvida pela Boeing em 1997.
Baseler disse que a Boeing terá primeiro de determinar se o 737 deve ser substituído em base de um a um --com outro jato de classe única e corredor único. Ele disse que a empresa está estudando o mercado para jatos de 80 e 90 lugares, e os planos das fabricantes de aviões regionais para modelos de 100 assentos.
"Pode ser que o resultado final da análise indique que não faz sentido algum para nós entrar no mercado de aparelhos de 90 ou 100 lugares", disse Baseler.
Mas se a Boeing decidir entrar neste mercado, Baseler disse que a empresa terá que ter dois modelos para também satisfazer as companhias aéreas que querem mais de 200 assentos.
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