O
Dia
15/3/2007
Batalha por CPI do Apagão na
Câmara vai continuar
STF pede mais informações
para julgar recurso da oposição
BRASÍLIA - Oposicionistas amargaram
uma derrota poucas horas depois de comemorar o adiamento
da votação do recurso apresentado pelo PT
para interromper a criação da CPI do Apagão
Aéreo. Os deputados do PSDB, PFL e PPS queriam barrar
a votação até que o Supremo Tribunal
Federal (STF) se posicionasse sobre o tema, o que deveria
ocorrer ontem. No entanto, ao julgar mandado de segurança
proposto pelo grupo para garantir a investigação
da crise do sistema aéreo brasileiro, o ministro
do STF Celso de Mello resolveu pedir mais informações.
O prazo é de 10 dias.
Na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) da Câmara, a discussão
sobre a instalação da CPI ficou para terça-feira.
Ontem, durante cinco horas, os oposicionistas fizeram manobras
regimentais para atrasar a apresentação e
a votação do relatório. Assim que foi
lido o recurso, parlamentares do PSDB, PFL e PPS pediram
vista (mais prazo para análise). Antes, o relator
da medida, Colbert Martins (PMDB-BA), havia acatado o recurso
elaborado pelos aliados contra a CPI. Martins alegou que
há falhas na solicitação de criação
da comissão, que conta com 211 assinaturas de deputados.
O clima foi tenso. A troca de insultos
não poupou nem o presidente da CCJ, Leonardo Picciani
(PMDB-RJ), xingado pelo vice-líder do PSDB, Zenaldo
Coutinho (PA).
Pauta
de votações parada
Proposta pelo deputado Otávio Leite
(PSDB-RJ), a CPI do Apagão Aéreo virou um
desafio tanto para o Governo como para a oposição.
Os aliados alegam que ela é desnecessária,
enquanto os oposicionistas afirmam que é preciso
investigar os fatores que provocaram a crise no setor aéreo,
no fim do ano passado. Com isso, a oposição
vem barrando todas as votações na Câmara.
Ontem, foi mais um dia de a Casa ficar parada.
Na segunda-feira, a oposição
havia entrado com mandado de segurança no STF para
assegurar a instalação da CPI na Câmara.
O grupo queria que o Supremo se manifestasse o mais rápido
possível sobre pedido de liminar para que a comissão
parlamentar fosse instalada.
Os oposicionistas se reuniram na terça-feira
com o ministro-relator Celso de Mello. Ontem, foi a vez
de deputados da base aliada se encontrarem com Mello. Eles
pediram ao ministro para aguardar a decisão da Câmara
para se posicionar.
“Nada mais justo que o ministro Celso
de Mello ouça os nossos argumentos depois de ter
conversado com a oposição", disse o vice-líder
do PT na Câmara Maurício Rands (PE). Mello
já se manifestou a favor do direito da minoria em
julgamentos feitos anteriormente pelo Supremo. Este foi
o principal argumento da oposição ao pedir
a instalação da CPI.
Site da Alerj
14/03/2007
PAULO RAMOS DÁ CONTINUIDADE
A CPIS DA VARIG E DAS TERRAS
A CPI da Varig realiza sua primeira reunião
às 11h desta quinta-feira (15/03), na sala 311 do
Palácio Tiradentes. A CPI das terras será
instalada também nesta quinta, na mesma sala, às
12h. Ambas são de autoria do deputado Paulo Ramos
(PDT) e tiveram início na legislatura anterior.
Integram a CPI das terras, que investiga as denúncias
de ocupação de terras e lavagem de dinheiro
através de ações diversas, inclusive
compra fictícia de imóveis, com manipulações
relativas a registro de imóveis e sonegação
de impostos e emolumentos, os deputados Paulo Melo (PMDB),
João Pedro (PFL), Audir Santana (PSC) e Nelson Gonçalves
(PMDB), como membros titulares e os parlamentares Roberto
Dinamite (PMDB), Olney Botelho (PDT), José Nader
(PTB) e Rodrigo Neves (PT) como mebros suplentes da comissão.
Coluna do Claudio Humberto
14/03/2007
Protesto em Milão
Abandonada, a sede da Varig em Milão, na Itália,
(foto) mostra na única janela com veneziana aberta
a mensagem carregada de ironia e amargura de algum funcionário
que perdeu o emprego, após a derrocada da maior companhia
aérea brasileira: "Lula, obrigado, Lula".
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